Copo vazio
SÃO PAULO (um brinde, anyway) – Leio na “Folha” que o Riviera fechou, depois de 56 anos.
Nunca fui de bares, ou de um bar só. É uma das lacunas de minha formação, não ter um bar, aquele bar onde você encontra sempre todo mundo, um copo para brindar.
É por causa de minha vida de cigano, talvez, ou por nunca ter tido, eu, um bar. Mas alguns, como o Riviera, estiveram sempre lá, à espera de seus clientes assíduos. Sempre achei que um dia seria assíduo do Riviera, um bar de jornalistas, notívagos, boêmios de todos os tipos. O bar da Rê-Bordosa do Angeli, do Belas Artes, de Chico Buarque e, vejam só, Fernando Henrique nos idos dos 70, quando era preciso derrubar alguma coisa, e era nos bares que se derrubava um mundo e se construía outro.
O Riviera era o bar de alguns de meus grandes amigos da “Folha”. Sempre que passava por lá, olhando-o de longe, e isso é quase todo dia, lembrava do Emílio, grande ilustrador do jornal, que com suas linhas retas e vigorosas parecia tentar dar algum sentido ao mundo e às coisas.
Onde anda o Emílio, cara e bola do doutor Sócrates, que me chamava de Flaveta nas nossas peladas de terça à noite?
No Riviera da Paulista com a Consolação, da parede de tijolos de vidro, não há de ser. Mas algum novo Riviera saberá recebê-lo, a ele e a toda a sabedoria dos que escolhem bares como extensões de suas casas e vidas.
Ladrão tem em qualquer lugar, Lucilene, é só marcar toca,e já era mesmo. O meu rayban Desapareceu no restaurante de um amigo.
Neste Mi Milhas da Robert Kennedy, 4600 (antiga Atlântica) fui furtada, levaram meu óculos de grau!! Um absurdo, não o recomendo a ninguém. Onde vamos parar, é o fim do mundo!?
Pô !
Fechar boteco deveria ser proibido por lei !
Mas fechar o Riviera já é caso de polícia !
Alô, boêmios ! Vamos cerrar fileiras e protestar contra este ato indígno !
Agora só falta fecharem o bar do Cambridge, o Plano’s e o Luar de Agosto – este eu quero ver os sabidos lembrarem !!!!
Ao VELOZ-HP
Muito antes deste restaurante na Gurapiranga existia um resturante Mil Milhas na Sabará x Interlagos. Os antigos sócios montaram este na represa.
Este Mi Milhas da Robert Kennedy (antiga Atlântica) está do mesmo jeito e quem toca hoje são os filhos dos fundadores: Geraldino e Mateus, inaugurado +/- 1979.
Domingo passado almocei lá, muito bom, o chopp é um atrás do outro.
O Santa Paula fechou faz muitos anos, mas a estrutura tá lá abandonada. O que tem de bom para fazer na região é frequentar o Clube de Campo Castelo, além do chopp do Mil Milhas.
Abraços
Caro Valter, esse restaurante 1000 Milhas que citei fica, ou ficava, na Av. Atlântica, que hoje se chama, eu acho, Robert Kennedy que margeia o lado Sul da Represa de Guarapiranga, quase ao lado do Santa Paula Yatch Club.
Se você estiver em frente ao portão 2 de Interlagos e seguir descendo por aquela avenida onde tem o semáforo, você chega em frente ao Yatch Club, virando à esquerda e andando uns 100 m fica, ou ficava esse restaurante.
Não vou para esses lados a uns 15 anos ou mais, desde que vendi o meu barco e principalmente, desde que destruiram o autódromo, então pode ser que tenha mudado tudo por lá.
Abraços.
Alô Alô Cásper… vamos pro Riviera ??
Chama o Laert e toda a banda do Língua de Trapo… bóra rapaziada…
Ao VELOZ-HP
O Mil Milhas a que você se refere é aquele da N.S.Sabará?
Ao Antonio: falta 1 dia pra vc… já comecei a tomar umas cervejinhas desde ontem…
Vão-se os bares , fica a sede….
ÊÊÊhhh , só falta 1 dia pra chegar o fim de semana com cerveja e F1 ! .
Tá quase…
Grande Gomes,
Morei em Sampa por mais de 5 anos e frequentei muito o Riviera, especialmente após sessões de bons filmes no Belas Artes. Lamentável. Lugares como esses tinham que ser tombados. Mas não seria a prefeitura do PFL que o faria.
Abraço.
Por sorte aqui no Rio nós temos diversos butecos, aonde conseguimos com pouca dor substituir os que já fecharam.
Cerveja gelada em pé na calçada de qualquer bairro aqui é sempre certeza de belas mulheres passando e alegria certa.
Tenho saudades do Edd´s Bar em Botafogo (frenquentei lá por 11 anos…) e do Muglandia na rua Santa Luzia, Cinelandia, onde tbm já enchi muito a cara.
As vezes é melhor não ter recordações de lugares onde vivemos grandes momentos na vida, porque quando esses lugares terminam, parece que uma parte da gente vai junto.
No meu caso tenho esse tipo de sentimento com o “Café Concerto” no Ibirapuera, o “Jack in The Box” na praça Pan Americana, o “Well`s” também de lá e da rua Augusta, do “Santa Paula Yatch Club” na Represa Guarapiranga, e do “Restaurante 1000 Milhas” onde todos íamos após as corridas no antigo e sagrado circúito de Interlagos.