Álbum (sobre rodas) de família

SÃO PAULO (só na memória) – Infelizmente, o blogueiro esqueceu de assinar a mensagem (veio apenas como “JL-GB”). Mas acredito que vai passar por aqui para dizer quem é.

O “Álbum” de hoje é um pouquinho diferente, porque não tem foto do carro. Mas sim do manual, o que restou de uma bela história automotiva… “JL” explica abaixo.


“Infelizmente a gente tinha tão pouca grana na época que nem fotos dos carros eu tenho (um Austin 1949, um Aero-Willys 63, e uma infinidade de Fuscas na sucessão). Só restou o manual do Austin A40. Chegou a ficar em cima da laje da casa, tomando chuva dentro de uma caixa mal protegida, e continua inteiro. Sobre o carro: primeiro da família, comprado já velhinho, por volta de 1970, era um desses tradicionais carros pretos de antigamente — o que chamava a atenção, já que em 1970 os carros eram bem coloridos. Tinha vários problemas mecânicos: não tinha mais a primeira, a terceira caía se tirasse o pé do acelerador, a ré funcionava com muita dificuldade (tinha de segurar forte a alavanca e mesmo assim ia arranhando tudo), o freio só funcionava para a frente (o que não era problema, já que praticamente não tinha ré), o volante tinha uma folga de um terço de volta, entre outras coisas. Mas que saudade do carrinho…”

Subscribe
Notify of
guest

17 Comentários
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
FlavioFernandes
FlavioFernandes
15 anos atrás

… só pra completar… já casei com esta citada namorada, e como consequencia desse ato, a frota aumentou. Tem até um Austin Jr. em cima do guarda roupa do quarto de casal ! ! !

prof. Flavio Fernand
prof. Flavio Fernand
17 anos atrás

Susto ! … foi minha reação ao ver o manual do A40 na tela do computador… achei que SÓ EU tinha um desses (e tenho um manual pequeno…bem menor, editado em Lisboa). Meus Austin A40 estão em fase de restauração: um Street Rod preto que era do meu avô … e um outro todo original …que comprei para canibalizar peças … e … e … dancei : virou + um Austin na garagem de casa. Minha esposa falou : “ou eu ou essas duas porcarias” … que pena … até que era uma boa esposa (isso é verídico, tá ?). Felizmente minha namorada adora os bichinhos e tem fé que essas pequenas crianças logo-logo estarão rodando em eventos de antigomobilistas e “modificados”. Se alguém quiser fotos é só falar que eu envio. Abraços.

Marcos "macarrão"
Marcos "macarrão"
17 anos atrás

Meu pai teve um Austin 1952. Totalmente restaurado, era uma beleza. Nos anos 70, viajávamos para o Rio de Janeiro com ele. Tudo funcionava perfeitamente. A família também tinha um Opalão 4.100, que não se comparava em conforto e acabamento ao velho e bom Austin. O carro foi vendido a um colecionador e, tomara, ainda esteja desfilando sua classe por aí.
Grande carro, grandes recordações.

Alguem de minas
Alguem de minas
17 anos atrás

Se não foi para o ferro velho do Mussolini (não deve ter ido, da ultima vez que meu irmão esteve lá tinham enterrado tudo sob a BR040, e não tinha carro ingles, só Dodge e Galaxie, além de Opalas e Aeros), então deve ainda estar no galinheiro. Anda mais em Barbacena. Por aqui muitos donos tem o estranho costume de dar esse destino aos carros que não querem mais andar. Além de que “não vende, não troca, não empresta, não dá”.

Max
Max
17 anos atrás

alguns anos atrás, em Barbacena (MG), vi um Austin 40 destes dentro de um galinheiro. Sério. O carro, mesmo acabado, era lindo, e tentei comprar o bichinho. Só que havia uma briga entre irmãos, sobre quem seria o verdadeiro herdeiro da várias traquitandas espalhadas pela casa e pelo quintal que não deixava ninguém mexer em nada. Hoje, não deve restar mais nada dele…

Franco SC
Franco SC
17 anos atrás

“o volante tinha uma folga de um terço de volta” – hehehe muito boa. Isso já não é mais folga, é férias.

Askjao
Askjao
17 anos atrás

Resumindo, o carro era uma verdadeira bomba!

Zé Maria
Zé Maria
17 anos atrás

FT,vc tá enganado.
Eu coloquei o crédito antes da mensagem.
‘Weblog No Mínimo’.

André Grigorevski
André Grigorevski
17 anos atrás

É verdade… Os manuais antigamente eram uma aula de mecânica. Com o tempo foram diminuindo e ficando mais simples.

Não conheço muitos manuais de carros atuais, mas alguns que vi recomendam levar o carro a uma concessionária até mesmo pra trocar uma simples lâmpada da seta.

José Luiz
José Luiz
17 anos atrás

Olá amigos, o JL sou eu. Não percebi que não havia assinado a mensagem. O que acho mais interessante nesse manual é a quantidade de detalhes que tem. É praticamente um curso de mecânica. Em outras fotos que mandei mostra, por exemplo, o carburador, ou o cambio, todo desmontado, peça por peça.
Não conheço muito os desdobramentos da industria inglesa, mas o MG, o Morris (inclusive o mini), entre outros são parentes próximos do Austin.
Morro de saudades do bichinho.

FT
FT
17 anos atrás

FG, acho que essa lista dos “Mandamentos do Comentarista de Blog” foi tirada do Blog do Birner, se não me engano.

carlos roberto
carlos roberto
17 anos atrás

O site No Minimo é do Pedro Dória

FT
FT
17 anos atrás

“freio só funcionava para a frente (o que não era problema, já que praticamente não tinha ré)”….foi demais…rsrsrs

Vicente Miranda
Vicente Miranda
17 anos atrás

Joaquim,

Prefect é da Ford inglêsa. Austin é da antiga Brityish Motor Corporation, que depois virou British Leyland Motort Corporation. O motor do A-40 é parecidíssimo, se não idêntico ao do MG TD e primeiros MG TF, a menos da carburação que no Austin é única.

Gomes
Gomes
17 anos atrás

Não sei quem escreveu isso, mas tirou as palavras da minha boca. Ou do meu teclado. Vale para todos aqui.

joaquim
joaquim
17 anos atrás

Eu, que não sou versado nessas coisas, pergunto ao Romeu ou outro especialista de plantão: Austin e Prefect eram o mesmo carro com outras denominações ou eram completamente diferentes?

Zé Maria
Zé Maria
17 anos atrás

Do Weblog No Mínino sobre comentários em blog:

Administrativa

Não gosto da idéia de me intrometer nos comentários, mas que algumas coisas fiquem claras:

1. Este Weblog não é uma democracia. É um espaço editado. Em opinião, vale tudo. Quando se ofende pessoalmente alguém ou discrimina por raça, credo ou opção sexual, então incomoda o blogueiro. Corto.

2. Jamais imaginei que palavrão pudesse vir a me incomodar nos comentários. A gente se ilude. Comecei, nos últimos dias, a perceber um tipo de uso de palavrão que me incomoda. Espero não ver mais disso. A gratuidade absoluta e raivosa é grosseria reles. Que se interrompa.

3. Liberdade poética, no geral, jamais me incomodou. Mas o nonsense de alguns comentários tem extrapolado. Que se estruture uma opinião, que se dê um pitaco ou não se diga nada. Se não tem o que dizer, não diga. Não faço a mínima questão de ver tudo quanto é post com dezenas ou centenas de comentários.

Censura? O país é democrata, o Weblog não. Isto quer dizer que há direito de livre expressão, sim – a Internet está aí, abre gratuitamente um blog quem o quiser. Aqui é como uma casa – a minha casa. As pessoas se comportam com elegância e cordialidade ou se retiram.

Os comentários valem quando as pessoas, mesmo com profundas diferenças, querem discutir e argumentar e até brigar. Aliás, com profundas diferenças é que a discussão fica boa. Se todo mundo concorda é monólogo. O objetivo do Weblog jamais foi o de reforçar convicções, bem o contrário. Confusão é que é bom. Este é o blog profissional jornalístico há mais tempo no ar na Internet tupinambá. Cresceu um bocado nos últimos quatro anos. Os comentários sempre foram das coisas mais importantes aqui. Não é agora que vai se perder mesmo que pela primeira vez, agora, eu tenha que intervir.

Que tudo se corrija com cada um mudando o comportamento conforme ache adequado. Não quero ouvir desculpas ou explicações – não há a mínima necessidade de nos comportamos como na escola primária. Quero que tudo se corrija. Só isso.

Em caso contrário vou ser obrigado a expulsar comentaristas. Farei isto conforme meus critérios e a decisão será final. Sem apelações. Mesmo.

Obrigado.