FICOU LINDO

SÃO PAULO (parabéns) – Por absoluta falha minha, ainda não tinha visto pronto o Democrata que o Roberto Nasser estava restaurando em São Bernardo do Campo. Vi o carro em fase inicial de montagem há dois anos, e ontem recebi esta foto de Mestre Mahar com uma prévia do encontro de Araxá, no fim de semana que vem.

O carro está maravilhoso. E nosso impagável Professor Doutor Nasser está convocado para dar uma palavrinha aqui sobre sua obra.

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jose luiz finardi
jose luiz finardi
11 anos atrás

parabens a todos que gosta da historia do unico carro nacional pois isto faz parte da minha vida quando restaurei os dois remanecentes

jose luiz finardi
jose luiz finardi
11 anos atrás

fico feliz toda vez que vejo comentarios e elogios sobre o democrata pois é como se fosse um filho pois adquiri as sobras da fabrica e restaurei os dois democratas que estão de pé e quem os adquiriu terminou os detalhes parabens a todos

Ruiter
Ruiter
12 anos atrás

Caro Flávio, fiquei muito entusiasmado ao ver essa foto, poisno dia em que foi tirada, eu empurrava “infelizmente”o Mestre Mahar em uma cadeira de rodas pelo pátio do Grande Hotel do Barreiro, onde eu trabalhava, e nem sabia quem ele era realmente. Como sou um apaixonado por automóveis, esse era o evento em que eu mais gostava de trabalhar, pois eu era o Capitão Porteiro do Hotel na época. Vendo a influência do “Mestre” com outras lendas do antigomobilismo brasileiro, ví a importância daquele momento em que eu vivia. Desde então não tive mais noticias desse homem notável que é o Mestre Mahar, que nesse dia me deu um susto sofrendo de uma crise de hipotermia decorrente de sua diabetes. Caso você leia esse comentário e tiver noticias e tempo para responder-me, por favor medê noticias.
Muito Obrigado
Atenciosamente: Ruiter Santos Solé

Braulio Gerhardt
Braulio Gerhardt
15 anos atrás

Sou amigo do Newton desde 1996, quando estudamos juntos em Curitiba (fui eu que indiquei o Blig do Gomes pra ele).
Conheço o Sr. Nelson desde essa época também e o que o Newton disse sobre ele, eu assino embaixo.
Só acrescentaria mais algumas características, como simpatia, hospitalidade e humildade.
Ah, e muita paciência com o filho caçula também, eheh…

Belair
Belair
15 anos atrás

Vai aqui meu agradecimento tambem, Newton ,por ter se manifestado esclarecendo , e admiração por ter defendido seu pai aqui. Acreditei quando criança , não vale, mas acredito agora tambem. Sem querer traçar paralelos, mas me lembrou o Tucker.

Gomes
Gomes
15 anos atrás

Da minha parte, Newton, obrigado por vir ao blog e dividir suas experiências conosco. Estive na fábrica há dois anos e também na oficina dos Finardi. Sou um admirador do Democrata e de sua história.

Newton Cabral Fernan
Newton Cabral Fernan
15 anos atrás

Bom, acredito que posso trazer um pouco de luz para esse fórum. Eu sou o filho do Nelson Fernandes.
Este democrata foi primeiramente reformado pelos Finardi, sendo então doado por minha família ao museu do automóvel de Brasília que tem como curador o nosso estimado amigo Dr. Nasser. O Democrata vermelho foi reformado pelos finardi e vendido a um colecionador do Rio Grande do Sul.
Quanto à história deste carro, bem posso dizer tanto que não caberia aqui, mas, vou me ater aos comentários e dúvidas aqui descritos.
A idéia do meu pai não foi fazer um carro e sim construir uma indústria, essa indústria teria como diferencial a participação popular, sem que pudesse nunca ser dominada por uma só pessoa ou organização, em seus estatutos era vedada que qualquer sócio tivesse mais de 20 cotas de participação e também era proibida a venda a empresas estrangeiras. Cabe citar que desta maneira meu Pai já havia construído o ACRE clube e o Hospital Presidente com 350 leitos na cidade de São Paulo. A filosofia do meu pai era que não precisávamos de patrões para poder empreender e construir, o que hoje em dia conhecemos como cooperativas.
Explicadas as razões para a construção da indústria vamos às dúvidas, o motor foi encomendado na Itália exclusivamente para o democrata, o projeto foi comprado e o ferramental de produção do motor bem como 500 unidades já produzidas na Itália foram apreendidos em alto mar, quando a guia de importação, tenha certeza de que estava corretamente recolhida, não foi essa a razão de reterem a carga sobre esta razão falo depois, era um motor realmente revolucionário com motor câmbio e diferencial integrados, utilizavam um só óleo, porém devido à qualidade do óleo brasileiro foi necessária a separação das câmaras e a utilização de óleos distintos. Bloco de alumínio e outras tantas qualidades. O democrata tinha suspensão independente nas quatro rodas e seu projeto e design foram totalmente desenvolvidos aqui por engenheiros e designer brasileiros que haviam trabalhado nas montadoras até então aqui estabelecidas. Não foi cópia de nenhum carro.
O problema é que não só as grandes montadoras como todas as indústrias do ABC paulista estavam preocupadas com a possibilidade de que uma indústria comandada por seus funcionários desse certo e mostrasse aos funcionários destas empresas que estes poderiam fazer o mesmo.
Um último comentário, quando dizem que era tudo falcatrua, charlatanismo e pilantragem. Posso dizer que em toda a minha existência nunca vi meu pai passar ninguém pra trás, sempre foi um homem extremamente honesto e correto que sempre me ensinou a ser justo e cumprir com minha palavra. Se ele errou foi em acreditar que este país podia ser melhor e mais igualitário.
Quaisquer dúvidas, estou a disposição.
Newton Cabral Fernandes

Pé de Chumbo
Pé de Chumbo
15 anos atrás

Meu finado pai perdeu muita grana comprando cotas dessa fábrica…

vitão
vitão
15 anos atrás

projeto cheio de boas intenções, sem a menor possibilidade de viabilidade. E ainda foi dar sopa pro azar, confrontando as montadoras, e nem pediu guia de importação dos motores. Quando vai-se pra guerra deve ser estar no mínimo em igualdade de condição com o inimigo. A FIAT tinha um dedinho na história, tanto que a investigação atrasou o projeto de instalação da fábrica de Betim uns bons 5 anos.

Eric
Eric
15 anos atrás

O Romeu falou tudo.Era a Ibap e o carro Democrata.
O dos Finardi não foi vendido para um colecionador do Sul?
Era vermelho…e se não foi pelo que me consta então é que 3 carros desse estão andando.
Alguém sabe mais?

Sérgio Hingel
Sérgio Hingel
15 anos atrás

Eu tenho as 4 Rodas,da época,denunciando a IBAP como falcatrua. Se foi perseguição política,não sei dizer.

Eric
Eric
15 anos atrás

Uma coisa interessante também era o V6 com os escapes entre o V enquanto os carburas vinham por fora,ao contrário dos outros que conhecemos,com a admissão no meio.

rodolfo m. costea
rodolfo m. costea
15 anos atrás

A primeira vez que eu vi um Diplomata foi numa exposição na Galeria do Hotel Nacional lá pelos anos 60 e alguma coisa, eu era um garoto que tinha como meio de transporte uma bicicleta Caloi e pedalei da 302 sul até o HN pra conhecer a raridade, hoje já com meus…..e tantos anos o Nasser deixou ele como no dia que eu vi na Galeria do HN. Parabéns Nasser se não fosse vc pra resgatar a história da nossa pioneira Industria Nacional muita coisa já teria caído no esquecimento. Mais uma vez Parabéns! Rodolfo M.Costea.

Breno Peixoto
Breno Peixoto
15 anos atrás

Ainda na década de 80, a Oficina Mecânica fez uma reportagem sobre a IBAP, com várias fotos da linha de montagem abandonada.

Na reportagem, a perseguição política foi considada fundamental para a derrocada da empresa.

Produzir um carro chamado Democrata naqueles tempos de ditadura militar… certamente soava como provocação para os milicos.

Romeu
Romeu
15 anos atrás

A IBAP (Industria Brasileira de Automóveis Presidente) teve uma história confusa, complicada, cheia peripécias, perseguições políticas e muito mal explicada.
O projeto do Democrata era mirabolante e audacioso (para a época).
Seu presidente Nelson Fernandes foi acusado de fraude, estelionato, mau versação de dinheiro e outros bichos.
Posteriormente foi absolvido, mas ai o estrago já estava feito e muitas pessoas foram prejudicadas principalmente aquelas que tinham adquirido cotas para a compra do carro, que na verdade nunca existiu.
Algumas unidades foram montadas apenas para desfilar sobre carretas por diversas cidades de alguns estados brasileiros, com o intuito de angariar e atrair investidores/cotistas.
Alguns carros inclusive eram impedidos de serem examinados mais a fundo, por nem terem a mecânica completa. Alguns nem funcionavam.
Três ou quatro carros completos tinham motor importado da Itália, um V6 PROCOSAUTOM (Proggetazione Construzione Auto Motori)
Algumas carrocerias, (de fibra de vidro) quase todas de 2 portas sobrevivem até hoje nos escombros do que foi a fabrica em São Bernardo do Campo.
Mas nada disso tira o brilho da iniciativa do Mestre Nasser de restaurar algumas unidades (se não me engano, essa azul é a 2ª que ele restaura).
Um árduo trabalho que envolve muita pesquisa, garimpo de peças, e fabricação de outras tantas.
Enorme dificuldade pela falta de referencia, e apenas baseado em precárias fotos de catálogos da época.
O premio é o brilhante resultado da restauração desse raro e histórico carro.
Um outro carro sobrevivente pertence aos Irmãos Finardi, de SBC que por todos esses anos cuidaram do que restou da fabrica e das carrocerias sucateadas.

Gomes
Gomes
15 anos atrás

O motor era traseiro, bloco de alumínio fundido na Itália. O vermelho (dos Azambuja) tem motor. Esse verde, também.

Claudio Bassi
Claudio Bassi
15 anos atrás

Faz pouco tempo vi um vermelho em exposição num encontro no Memorial do Imigrante, no Brás. Tinha um texto dizendo que era o único com motor, e que era Italiano.
O motor, não havia sido definido ainda e a fábrica fechou antes que isso ocorresse. Lembro-me que o motor era dianteiro.Será que os carros que eram apresentados ao público não tinham motor, sòmente
enganação?
Nunca mais vi esse carro em encontros.

João Carlos Bevi
João Carlos Bevi
15 anos atrás

Sr. Flávio, pena que tantas outras carcaçãs deste belíssimo automóvel com motor italiano V6 trazeiro (!) jazem ao lado da oficina dos Finardi.
Precisariam encontrar outros Nasser,
tarefa impossível. Uma pena..

reginaldo nat rock
reginaldo nat rock
15 anos atrás

Belair, as carretas eram tracionadas por FNM’s (2). eu os vi no largo Tito no alto da Lapa. Tinha um verde e um vinho os outros 2 eram claros mas não recordo a cor. Lembro sim de ter ficado umas 3 horas por lá vendo o oba oba que era enorme.
Sempre achei que o projeto era baseado em carros italianos.
Mas ffrancamente, não façoa mínima idéia.
Depois do fiasco do lançamento barumento, td perdeu-e na poeira do tempo.
Se esse aí é fiel projeto, parabéns fervorosos.

Mark Kweirotz
Mark Kweirotz
15 anos atrás

Belo carro e belo trabalho.
Se já é difícil restaurar carros que foram fabricados aos montes, imagine uma raridade dessa.
Parabens!

Irapuã
Irapuã
15 anos atrás

Uma só palavra define tudo: Maravilhoso!
Roberto Nasser é destes antigomobilistas que merecem estátua em praça pública. A recuperação e inclusão do culto aos modelos nacionais, hoje tão valorizados, passa por sua biografia.
Depois do Onça, esta preciosidade única. Parabéns e votos para que não deixe arrefecer seu entusiasmo, pois a memória automotiva do Brasil necessita disso.

Belair
Belair
15 anos atrás

De novo; tambem tem um pouco de Corvair aí, né não ?
E lá atrás na foto, oque é aquela belezura ? Um Fiat 124 Spyder ?Ou algo mais sofisticado ainda, pela “subida” do paralama?

Belair
Belair
15 anos atrás

Ainda guardo na memória esses carros em cima de um reboque, desfilando pelas ruas de Santana (eu morava no J. São Paulo na época) com faixas aludindo ao “1o. automóvel totalmente nacional”, se não me engano. Fiquei super entusiasmado na época,e mais ainda quando descendo pela Anchieta, logo depois do pedágio, apareceram as placas anunciando as futuras instalações da Presidente (era isso ?).Sei lá, eu era bem criança, mas toda vez que passávamos por alí eu declarava que iria ser engenheiro automobilístico e trabalharia numa fábrica brasileira !!
Nunca mais ví os carros , e sinceramente não lembro de ter visto algum verde na época, mas olhando bem agora agora, parece que foi inspirado (na aparencia externa,não o layout mecanico ) nos Avanti americanos que acho que já existiam na época, e se não me falha a memória, eram para ter sido Studebaker,não fosse a falência. Alguem aí me refresque a memória.