nas asas

SÃO PAULO (como ajudar?) – Hoje a seção é um pouquinho diferente. Reproduzo pedido do Rodrigo Ghigonetto, aflito com o destino desse avião aí embaixo.

Não sei se já comentei com você, sou um aficionado por aviação (daqueles que quando foi na fábrica da Embraer fazer uma entrevista chorou copiosamente na saída). Eu vi as fotos do Viscount e do DC-4 no seu blog e resolvi pedir sua ajuda para salvar um raríssimo avião.

Trata-se do SAAB Scandia. Foi o primeiro avião comercial fabricado na Suécia, tinha capacidade para mais ou menos 50 passageiros e seu intuito era substituir os já antigos DC-3 na década de 50. Mas comercialmente o avião foi um fracasso, sendo produzidas somente 14 unidades e vendidas para a SAS e para a VASP, sendo que a VASP comprou todos os exemplares da SAS e durante muito tempo operou 100% dos Scandia fabricados, inclusive os três protótipos de testes.

O único Scandia que restou no mundo encontra-se em um “museu” em Bebedouro. As aspas são utlizadas pois não dá para considerar aquele gramado a céu aberto como um museu, e sim como uma ferro- velho, afinal o objetivo de um museu é preservar. Além do Scandia, estão deteriorando várias aeronaves que fizeram história na aviação brasileira, como DC-3, DC-4, DC-6, Curtiss Comando, Viscount (igual ao da foto que você publicou), Lodestar etc.

A SAAB já se ofereceu várias vezes para restaurar o avião DE GRAÇA, pois de certo modo é um patrimônio sueco também, e como a VASP utilizou todos os modelos e sucateou todos (menos o do “museu”), a Suécia ficou sem a oportuidade de contar com esse pássaro em seu acervo. Mas o museu não aceita liberar o Scandia para restauro. Parece que esse museu é da família Matarazzo (não sei ao certo). Com sues contatos, acho que será possível dar um destino melhor a essas aeronaves históricas.

Bem, Rodrigo, meus contatos são as dez mil pessoas que entram aqui neste blog todos os dias. Alguém haverá de se manifestar.

Espero.

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cristiano
cristiano
15 anos atrás

conhecço o museu a mais de 30 anos, fica em Bebedouro, cidade de meus pais a 380km de SP.
Sim é judiação mas estão lá desde que me conheçco por gente e resitem a vandalismo, sol, chuva, pé de vento, duas enchentes de dar dó…
Quem gosta tem de no mínimo ir lá pra ver de perto.
Vale a pena, acho que é o maior acervo de automóveis antigos do Brasil!

Zé Maria
Zé Maria
15 anos atrás

Complementando o que foi dito, e muito bem, pelos outros colegas:
Hugo, o que era do Fontoura era outro exemplar, ficava inclusive hangarado no Campo de Marte e pelo que me lembro, foi abandonado pelo dono depois de uma pane de motor.
Este do “museu” era da VASP, assim como o Viscount citado como transformado em cinema em cidade do interior de SP.
Estrangeiros inclusive propuseram arrematar o mesmo em troca da construçao de hospitais, etc mas a oferta foi recusada!!
Resta dizer o quê??

vitão
vitão
15 anos atrás

Não , Chico , o Tucker está aprodrecendo no museu do Roberto Lee em Caçapava. Outro pecado.

Daniel
Daniel
15 anos atrás

Rodrigo, você já tentou apresentar este cenário para o senador Eduardo Suplicy e publicar isto em na mídia? Talvez isto desse força a sua causa

Chico Rulez!
Chico Rulez!
15 anos atrás

Esse museu não é o mesmo onde tem o único Tucker Torpedo da América Latina, caindo aos pedaços?

vitão
vitão
15 anos atrás

a história, pura e simples é a seguinte : os MAtarazzo estão falidos, quebrados, arrombados, f.u.d.i.d.o.s, pobre de marré marré, então eles só concoradam com qualquer coisa se entrar uma boa grana no bolso deles , senão vai pro buraco junto deles. Altruismo é uam qualidade que essa gente desconhece.

Péricles Malheiros
Péricles Malheiros
15 anos atrás

Olha só, não sou o que se pode chamar de fã de aviões, não… Mas a questão aí é outra: trata-se de história, cultura… Que papo é esse de dar a um campinho privê o status de museu? Só aqui mesmo, infelizmente. Em tempo: sugiro a troca do título por Pássaros feridos — pra não dizer outra coisa…

Mario
Mario
15 anos atrás

FG,

para ser justo tenho de recenhecer de publico que pelo menos aqui em seu blog existe um esforco genuino de preservar varias memorias importantes, quer seja de automobilismo ou de outros temas,

parabens

Carlos Trivellato
Carlos Trivellato
15 anos atrás

Pelo jeitão da coisa, esse Saab vai acabar virando um bocado de latinhas de cerveja.

Adal Avin
Adal Avin
15 anos atrás

Se a manutenção deste museu for a mesma que havia no antigo Museu da Aeronáutica, no Ibirapuera, ai de nós! Só vai sobrar a poeira depositada sobre os aviões, como era no extinto museu!
Meu pai trabalhava em uma empresa de origem sueca, e contava que foi convidado para um vôo de demonstração do Scandia. disse que, em dado momento, o piloto informou que iria desligar um dos motores, voando apenas com o outro. Pouco depois, informou que iria desligar também o outro, e passou a voar… sem motores! Um verdadeiro “DC-3 sueco”!
Felizmente, quando o piloto reacionou os motores, estes pegaram, senão iríamos ter um acidente aéreo muito difícil de ser explicado!

Thiago
Thiago
15 anos atrás

É a respeito desse “museu” aí que eu fico tagarelando direto aqui, quando se mostram fotos de aeronaves clássicas que tivemos num passado não muito recente em nossas aerolinhas.
É disso aí ó, desse crime de lesa-pátria, cometido a céu aberto, quase em praça pública, do qual eu falo.
Isso tá assim, já tem mais de décadas, e não vai mudar tão cedo.
Todo o inventário pertence à família Matarazzo, sendo que os atuais herdeiros não tão muito ligados nisso aí não. Apenas ao se citar o absurdo de não poder tirar fotos de um museu, que em tese, deveria ser público, já é o indício definitivo de sandice, que realmente é o que leva pro buraco, e revela em cores vivas ( tá aí na foto, tirada não sei como, visto que é fortemente coibido pelos seguranças do local) o descaso com a história. Pasmem senhores, é isso que é feito da preservação de algo raríssimo, quase ouro puro a céu aberto.
Realmente, a SAAB quis o avião, se propôs a reformá-lo inteiramente, de graça, mas a família não deu nem bola. Na verdade, essa aeronave é da VASP ( ou teoricamente sua massa falida), mas, esqueçam, VASP é apenas recordação.
Em relação ao museu da TAM, é o seguinte: O Rolim, comandante Rolim, quando vivo, entrou em contato com os desqualificados donos desse museu, e propôs-lhes uma espécie de cessão em comodato. Algo como é feito hoje com vários aviões do ” asas de um sonho”. Ele pegaria o avião, reformaria, mas o avião continuaria de propriedade dos desqualificados. Muito bem. Deram de ombros para a proposta do Rolim, e fica aí para saboreio da ferrugem, vários e vários pássaros a se desintegrar ….
Então, infelizmente, a não ser que algo de bom surja da cabeça dos matarazzo que dirigem o “museu”, o destino dessas máquinas é apodrecer.
Final indigno para aviões que são tão raros, alguns até , páginas da história da aviação, e que são vitimas disso aí ó: descaso.
Na foto também dá pra ver o Lockheed Lodestar com a cauda no chão, e atrás do Scandia, um Convair 240, me parece.

Pêsames senhores, pesames..

Tohmé
Tohmé
15 anos atrás

Moçada, o problema não é gente para restaurá-lo. Isso existe. O problema é que o museu é particular e eesa gente não libera nenhum dos aviões do acervo.

Mário Buzian
15 anos atrás

Rodrigo,

Já avia lido o seu manifesto nos comentários,e faço coro contigo…Meu sogro foi funcionário da VARIG por vários anos,e eu li em uma revista de aviação uma matéria sobre o abandono do Museu de Bebedouro,onde várias aeronaves raras e que fizeram história aqui e no mundo estão se desmanchando a céu aberto…
Realmente é uma lástima,assim como os carros do Museu,que vão se acabando nas mãos dos vãndalos e gatunos de plantão,ávidos por arrancar algo que lhes sustente o vício…
Espero sinceramente que alguém que tenha “força” consiga levar esses pedaços de história para um lugar decente…Tente contato com o Museu Tecnológico da ULBRA,talvez eles possam auxiliar nas negociações,já vi eles conseguirem coisas que eram consideradas “absurdas”,e que agora fazem parte do acervo…
Grande abraço !!

Hugo
Hugo
15 anos atrás

Talvez esse exemplar seja o do avião privado do Olavo Fontoura (leia-se Biotônico), no qual inclusive, tive o prazer de voar.

Fábio Aguilera
Fábio Aguilera
15 anos atrás

Ah Brasil, Brasil…. Brasil e seus brasileiros que não desistem nunca, mas também não fazem nada pra mudar.

Fernando Honda
Fernando Honda
15 anos atrás

Mas ta precisando de uma restauração urgente, mesmo!!! Ta virando fabrica de tétano…

Anarquista
Anarquista
15 anos atrás

Roberto, a TAM não se interessou pelo exemplar não? Seria um belo acréscimo ao museu de São Carlos (Asas de um sonho), este sim, bem cuidado e bem visitado.

Tito Neto
Tito Neto
15 anos atrás

Tenta entrar em contato com algum representante/administrador do museu “Asas de um Sonho” em São Carlos.
Eles têm bastante influencia no meio aeronáutico. Quem sabe eles não conseguem dar um destino melhor para esse pássaro.
Abraços.

Olavo Taube
Olavo Taube
15 anos atrás

Minha avozinha mora em Bebedouro, já visitei esse Museu algumas vezes, mas depois de 2 enchentes acho que foi fechado. Tinha vários carrões dentro dele. Uma pena.

Emanuel Henn
Emanuel Henn
15 anos atrás

Rodrigo, já pensou em entrar em contato com o museu Asas de um Sonho da TAM? Fica em São Carlos, não muito longe de Bebedouro. Talvez eles tenham interesse em restaurar e preservar esse avião tão raro. O site é http://www.museutam.com.br.
Boa sorte.

Luis de Carvalho
Luis de Carvalho
15 anos atrás

É a minha primeira vez nesse blog.Quanto ao avião ,se for realmente dos Matarazzo,eles não cedem para o restauro , porque devem estar pedindo muito dinheiro ao fabricante da aeronave.

Philipe Pacheco
Philipe Pacheco
15 anos atrás

Eu já fui nesse “museu”.
Dá dó de ver os aviões a céu aberto e largados lá no meio do nada.
Acho que uma das formas poderia ser mandar e-mail para o Museu Asas de um Sonho e ver a possibilidade de restauração.
Além desse Scandia, alguém precisa fazer alguma coisa com o breguinha PP-SMA (Boeing 737-200) da Vasp, que é o avião que mais voou na mesma cia aérea no mundo, chegou zero hora nos anos 60 e voou na Vasp até o último dia de operação, e hoje está abandonado em Confins, já sem motores e todo branco.

Roberto Fróes
Roberto Fróes
15 anos atrás

E o Museu Aeroespacial, no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro?
O avião pode ter sido um fracasso comercial, mas é um bocado bonito!
No Rio Grande do Sul, na estrada que vai de Passo Fundo para Gramado (acho) ou Porto Alegre, tem um Douglas DC-3 largado, sem motores, no páteo de um restaurante. É de dar dó…

Guilherme Corrêa
Guilherme Corrêa
15 anos atrás

Rodrigo,

Como vão as coias aí no escritório novo? Com relação ao avião estaria em melhores mãos lá no museu da TAM em São Carlos. Do jeito que está é capaz de virar panela de alumínio.

Um abraço
guilherme