A TRAVESSIA

SÃO PAULO (glorioso e valente) – Você sabe qual foi o primeiro carro a cruzar a ponte Rio-Niterói? Anos atrás, publiquei aqui a foto do dito cujo: um Candango 1961, que levou a bordo as autoridades da época na inauguração de uma das maiores obras da engenharia civil brasileira. A ponte foi inaugurada em 4 de março de 1974, época de governo militar e do “Brasil Grande”. Pois o carrinho está preservado com honras no museu da Ponte S/A, a empresa que administra a via de ligação entre a atual e a antiga capital do Estado do Rio de Janeiro.  Nosso blogueiro André Passatowski visitou o museu e escreveu esta deliciosa matéria para o portal Maxicar sobre o jipinho que guarda as marcas do tempo e dos serviços prestados.

Palmas para o André. E para o Candango, claro.

Subscribe
Notify of
guest

23 Comentários
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
HELIO MARTINS
HELIO MARTINS
6 anos atrás

O jipe era meu e eu trabalhava como assessor de imprensa da ECEX, empresa federal ligada ao DNER e que administrou a construção da ponte.O ministro dos transportes Mario Andreazza pediu à ECEX um carro fora de linha, nacional e conversível para ser o primeiro a atravessar o vão central. Não fabricavam mais, havia muito poucos, o tempo era curto e eu tinha um candango caidinho, que estava vendendo. A empresa comprou,reformou tudo em poucos dias e meu jipinho foi o primeiro veículo a a atravessar a ponte rio niterói por inteiro. Guardo os documentos e fiquei satisfeito em saber que está sendo conservado, pois virou protagonista de um momento histórico do Rio e do Brasil. Pelo menos essa memória está preservada.

MSM
MSM
15 anos atrás

Para vocês verem a complexidade dessa obra, sugiro que peguem a Barca Rio – PAquetá ou Rio – Ilha do Governador e fiquem no 2º andar na proa, para quando passarem pelo vão central, olharem para cima e poderem ver a altura e a dimensão desta ponte.

jose carlos
jose carlos
15 anos atrás

o colega que foi no rio na pavuna eu fui criado la e morei desde 1968 ate 1982 quando mudei pra minas
o onibus do consorcio trazia varios colegas de servico,isto era 1972 1974
com relacao aos corpos fundidos junto dos pilares e folclore dos bravos isto nao existiu nem nos tubuloes
jc sete lagoas

Eric
Eric
15 anos atrás

Que bacana esse Candango ser preservado e cuidado.

Imagina que legal se todos os veículos que participaram de eventos históricos fossem para o mesmo caminho…

Tohmé
15 anos atrás

Dizem as más línguas que tem 4 operários junto com o concreto dos pilares da ponte.

Rogério Gonçalves
Rogério Gonçalves
15 anos atrás

Tenho um meio parente (tem hífen?) que me lembro bem, foi o primeiro a cruzar oficialmente a ponte Rio Niterói. O Taizinho (assim o chamávamos na família) venceu o cordão de isolamento e cruzou a ponte sozinho com a sua 350 (moto linda e rara na época). Na descida do vão central foi abordado por todos e saiu no Jornal Nacional da emissora oficial. o Actair (acho que ninguém na família lembra ou sabe o nome dele…rs) já relatou esse momento em um site.

“… dia da inauguração da PONTE RIO-NITERÓI. A banda tocava o Hino Nacional e eu furava o rigoroso esquema de segurança do Ditador Médici, ano de 1974 dia “04” de março … acabou o hino, o arcebispo do Brasil junto com o presidente e toda a comitiva cortavam a fita da inauguração, os PEs apontavam a matraca, baixei o Ray-Ban e com firmeza mandei “sou da segurança reservada do homem” … se entre olharam e abriram passagem e…, LÁ FUI EU…, O frio na barriga e a sensação de vitória e vingança misturado…, e lá fui eu!!! até a descida do Vão Central, onde parei para dar entrevista a repórter que iniciava carreira, hoje a consagrada GLÓRIA MARIA, OS CARAS CHEGARAM E QUERIAM ME JOGAR DA PONTE!!!, Mas valeu, eu e minha inesquecível HONDA 350cc, que por motivos óbvios foi vendida poucos dias depois, …deu JORNAL NACIONAL.
Actair Graneiro
Rio de Janeiro – RJ”

http://www.motosclassicas70.com.br/eu_me_lembro_1.htm

Felipe Montanheiro
Felipe Montanheiro
15 anos atrás

Que lindeza hein…vi na foto que o 4° veículo a cruzar a ponte foi uma Rural…que beleza…..

Amo Rural e tudo mais que seja Willys.

Abraços.

Dú
15 anos atrás

E as pontes / viadutos sem entrada e saída? Indo pegar a Castelo agora, aposto que tem uma lá ainda. Na estaiada a falta, de ciclovia e acesso para pedestres é o fim da picada.
A esta hora, o Daniel Santos já atravessou alguma ponte de Sampa, sorrindo.

Tuta
Tuta
15 anos atrás

Todo mundo tem um tio que já morreu. Meu tio que já morreu trabalhou na construção da ponte.
Em 7/7/77 eu fui com minha avó para o Rio visitá-lo, ele morava na Pavuna, SJ de Meriti, baixada fluminense.

Antonio Jose
Antonio Jose
15 anos atrás

Não canso de dizer; – o Candango foi o jipe mais bonito que tivemos no Brasil. Se fosse reeditadato hoje, com design semelhante, seria perfeitamente viável.

André Buriti
André Buriti
15 anos atrás

Já tinha um Fusca subindo pra cima e pra baixo da ponte, como se pode ver na foto, aliás ele já estava até voltando e deu uma paradinha pra apreciar o comboio… heheheheh

Squa
Squa
15 anos atrás

Caro Gomes,
Falando em ponte, vc poderia dedicar um espaço deste blog para as pontes. Há pontes lindas pelo Brasil e pelo mundo, como a Juscelino Kubitschek em Brasília e a nova ponte estaiada de São Paulo. Até o circuito de Valência terá uma linda ponte na reta.

Fernando assis
15 anos atrás

Olá Flávio…
Aqui em Capinzal/SC têm um Kandango todo restaurado e em perfeito estado de funiconamente…
Um luxo só…

[]’s

Dú
15 anos atrás

Na Etapa do Brasileiro de cross, em Rio das Ostras, faço questão de visitarmos. Fotos.

luis
luis
15 anos atrás

meu pai quase trabalhou la(mecanico de motres a diesel), mas acabou indo trabalahr na ponte da amizade.

pedro arnaldo
pedro arnaldo
15 anos atrás

Candango com para brisa de avião e rodões era o supra sumo da beleza e rebeldia sobre rodas no início dos anos setenta, nunca esquecerei deles descendo o Alto da Boa Vista e com vento na cara na Barra da Tijuca… era sucesso total e geral… alguem sabe aonde tem um para negócio? mesmo que seja para ser recuperado??se souber agradeço os detalhes…..

jose carlos
jose carlos
15 anos atrás

sai da escola tecnica em 1974 e em 1972 fiz estagio no almoxarifado da ponte no canteiro caju.este candango pertencia ao consorcio e realmente foi o primeiro a passar sobre a ponte
foi neste almoxarifado que eu abri algumas caixas de motores rolls royce que eram utilizados em umas barcacas que davam suporte na obra.os porticos eram colados nas colunas com toneladas de araldite
existe uma outra cidade abaixo das pistas
estagiei um ano e meio nesta obra e grande parte dos conhecimentos que adquiri na vida foi nesta obra

marcello baviera
marcello baviera
15 anos atrás

Belíssima reportagem,´parabens para o Andre Grigorevski,omaior especialista em Passat da minha terra,Niteroi!A placa AA foi a primeira sequencia de letras de niteroi,em 1970,qdo foram trocadas as placas de seis numeros ( tres sequencias de dois numeros) para as amarelas de dois alfas e quatro numeros,acrescido de plaquetas coloridas substituidas a cada ano.A última plaqueta foi de 1982,se não me engano representando a auto estrada lagoa-barra,a de 81 era verde simbolizando o pro alcool,a de 80,o Rio,a de 79 era azul simbolizando o metrô!algeum se lembra das plaquetas?eda TRU?

Carmem
Carmem
15 anos atrás

Que interessante!!
Aliás, não sabia que a ponte Rio-Niterói foi inaugurada um dia antes do meu nascimento.
Abraços!!!

nilton
nilton
15 anos atrás

parabénsss para quem cuida da nossa história !!!

Claudio
Claudio
15 anos atrás

éééé tá lá o “Munga” liderando o desfile. Pelo estado do piso ele deve ter utilizado a tração 4×4.

Helio "Chico Bento" Junior
Helio "Chico Bento" Junior
15 anos atrás

É isso ai!!! Mais um DKW que fez história!! E tinha que ser um Candango.

reginaldo nat rock
reginaldo nat rock
15 anos atrás

Lembro das reportagens no Jornal nacional e em outros canais onde o Candango era figura destacada pois o Mario Andreazza dava entrevista sentado no banco do passageiro.
Legal saber que está preservado . Melhor seria se o museiu fosse aberto a visitação pública. Afinal, todo o acervo foi pago – também – com o meu dinheiro.