UMA CARA PARA AS MIL MILHAS

SÃO PAULO (tem jeito) – Quando Antonio Hermann pegou as Mil Milhas e jogou os valores lá no alto, achei que cometia um erro. Ele queria subir o nível da prova, subiu os preços. E fez uma “sucursal” das corridas de Porsche, Maserati e outras coisas chiques que já pipocavam por aqui. Só rico andava, com patrocínio de remédio. Aí veio a possibilidade de incluir a prova na Le Mans Series, e achei duca. Afinal, era a chance de ver uma corrida com protótipos e carros de verdade, top de linha, jamais esquecerei dos Peugeot rasgando a reta em Interlagos num silêncio ensurdecedor, como diria um cronista antigo.

Foi uma pena que o público não compareceu, mas isso é outra história.

A Le Mans Series não volta (vai correr na China) e Hermann está com um mico gigante nas mãos. O que fazer com as Mil Milhas? A idéia, agora, é chamar a turma da Grand Am. Não quero urubuzar ninguém, mas não vai dar certo. É caro demais, e desinteressante para quem corre nos EUA.

O que vai acontecer é que neste ano teremos de novo uma prova elitizada com as sobras de Porsche, Maserati e um ou outro carro bacana que virá de fora a preço de ouro. Além dos protótipos brasileiros que, desestimulados, farão figuração.

Assim, as Mil Milhas vão perdendo a cara de vez. Se vale a sugestão, e se Hermann quer fazer algo pelo automobilismo brasileiro, já que a CBA, as federações e os clubes não fazem, que tal formatar de vez essa prova para que ela seja uma autêntica corrida nacional, a maior de todas, desejada e esperada por meses a fio, como antigamente? Estimulando construtores de protótipos e preparadores de carros de turismo, estabelecendo rígidas normas técnicas para dar um salto de qualidade, procurando um bom patrocinador que possa dar um bom prêmio aos participantes?

Não sou a favor de dar dez passos a trás e abrir a corrida para um enxame de Gols bolinha, Corsas e Fiestas, mas pode ser um momento interessante para, por exemplo, chamar as montadoras instaladas aqui, que podem formar times de fábrica e contratar pilotos de bom nível. Mesclando uma turma forte com os “garagistas” de sempre, desde que atendam às exigências de uma prova séria e competitiva, pode-se ter uma corrida bem legal.

É o caso de se pensar. Mas Hermann sabe que tem de fazer isso sozinho. Se pedir ajuda dos poderes estabelecidos, não sai nada.

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Hugo Guidini
Hugo Guidini
13 anos atrás

Mas só quem não conhece Automobilismo e menos ainda o Antonio Hermam para saber que jamais daria certo e que o publico não viria e que seriam poucos carros. Qdo deu certo querer fazer esse tipo de corridas sem os carros nacionais?Nunca. Sou a favor de povoar sim de gols bolinhas, opalas, omegas, enfim tudo o que corre em regionais. Grid cheio, com boa divulgação é areceita. É só olhar para traz e ver como era. Times de fabrica aparecem, preparadores ganham e depois somem. O que deu? este ano nem corrida tivemos.

Ana Paula
Ana Paula
15 anos atrás

Flavio,
quando Antonio Hermann se apropriou das 1000 milhas, já começou errado: Acabou com a tradicional largada à meia noite. Já descaracterizou o que vários organizadores e pilotos haviam construído em décadas.
Flavio, você escreve que o público não compareceu…esqueceu de escrever que a única patrocinadora, a Telefonica, também não teve retorno de mídia. As mil milhas brasileiras são um fracasso de mídia e de público, onde seu departamento de marketing e assessores deveriam ser despedidos pela incompetência de deixar morrer uma das provas que poderiam gerar muitos empregos e turismo em São Paulo. As Mil Milhas Brasileiras foram destruídas por Antonio Hermann e equipe.

Flavio, parabéns pelas suas matérias!
Abraços
Ana Paula

Flavio S. J.
Flavio S. J.
15 anos atrás

Somente hoje encontrei o vosso blog. Fui até o autódromo e achei excelente assistir ao treino das Mil Milhas gratuitamente. Pena que antigamente mesmo sem o auxilio da mídia havia muito mais publico. Acredito que existe espaço para todo mundo, se não e possível correr carros de 400cv com carros de 100cv, Que façam Duas Provas em datas diferentes, porque há Publico e Pilotos que participariam das duas. E as provas de longa duração dão mais chances às Equipes pequenas onde a Sorte e a Paixão prevalecem.

CorredorX
CorredorX
15 anos atrás

O GP poderia ir lá cobrir essa corrida, Gomes.

Jorge Lima
Jorge Lima
15 anos atrás

Excelente ideia. se aqui no ceara, nosso clube APME (ASSOCIAÇÃO DE PILOTOS DE MARCAS E ENDURANDE), Organizou uma uma corrida de 500 km.e foi um sucesso, com as segunites categorias. Turismo ate 1600, Turismo ate 2000, Protopipo Nacional até 2000, e Protopito acima de 2000. em janeiro tem a segundfa edição

CorredorX
CorredorX
15 anos atrás

A idéia do Gomes é boa mesmo. Tem muito garageiro pelas binbocas do país que poderia participar. E seria uma chance das marcas realmente fazerem jus aos seus nomes em termos de envolvimento de verdade com o automobilismo e a um preço provavelmente muito acessível (como se grana fosse problema pras montadoras).

Vitor
Vitor
15 anos atrás

Cada um acha o que quiser, mas para mim os carros da GT3 são legais demais para não se tentar usá-los nas 1000 milhas.
A partir daí, uma categoria para carros 1000, uma pros AP, uma para protótipos nacionais, e não precisa mais de nada.
Se as fábricas resolvessem participar, mais uma categoria (2.0?).

Fernanda Soares
15 anos atrás

Concordo plenamente e poderiam também incluir uma categoria universitária, para colocar o pessoal das universidades para rebolar e “bolar” protótipos inovadores e diferentões! Seria um prato cheio para nós!!!

Luiz Evandro águia
Luiz Evandro águia
15 anos atrás

Caro Flavinho..Ja participei de varias Mil Milhas,, a 1a foi em 1965 com Renault Teimoso No 40..- 19o lugar….e as duas ultimas foram em 1983 ( com Chev Stock Car – 2o colocado ) e em 1988 com Ford Escort XR3..- 4o colocado – Achei sua sujestão sensacional…. Tomara que dê certo.. abraçao do sempre amigo Águia

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
15 anos atrás

Gol com motor AP é o carro de corrida mais barato do Brasil.
Com 800 reais vc retifica um AP usando pistões forjados, além que existem milhares de peças de preparação à disposição, incluindo sobrealimentações, à preços pequenos.
É possível, com custo abaixo de 15 mil reais, montar um AP com 400 cv.

Tem preconceito o pessoal que não enxerga aí uma grande possibilidade de termos categorias de custo baixo.

Aqui no Brasil, o pessoal é dos bons, só andam de F1!

Ricardo de Bittencourt
Ricardo de Bittencourt
15 anos atrás

O que é que os Srs. têm contra o Gol Bolinha? Já vi o Ingo falando a mesma coisa: “daqui a pouco vamos correr de Gol Bolinha”!

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
15 anos atrás

na minha opinião, deveriam sim fazer uma fórmula mil no Brasil, como citaram aí.
Carros mil são caros para preparar, e pouco emocionantes para pilotar.
Mas já tive a idéia que lancei nesse blog tempos atrás, de uma F-Mil com participação de qualquer motor 1.0 nacional de 4 cilindros, usado em veículo de passeio de série original.
Só seriam permitidas modificações em chip, filtro e escape pós coletor. Todo o resto original, quem sabe um pistão forjado caso sentissem nescessidade.
Os carros poderiam ser fórmulas até quem sabe sem asa, ou então tubulares de bolha de fibra (sim, existe espaço para isso), mas usando peças como caixa de direção, cubos de rodas, discos de freio, todos originais de modelos vendidos em série. Basta fazerem carros de fibra de 400 kg, ou fórmulas desse tipo, que os 1.0 despertaria emoção, e se poderia fazer categoria de até 18 anos, para ser uma opção para quem sai do kart.

Os 1.0, que alguns criticam, é importantíssimo para a indústria nacional, e o automobilismo tem que seguir a grana, e não o contrário.

Fabio
Fabio
15 anos atrás

“Foi uma pena que o público não compareceu, mas isso é outra história.”
Eu e um amigo fizemos nossa parte e passamos o dia inteiro lá… =D
a lemans series em interlagos….. puxa… como foi bom…. aquele dia 10 de novembro poderia ficar em loop eterno na minha vida q eu nao reclamaria…..
a seção de autogrofos… a aston martin fazendo treino de pitstop na minha frente…. eu cumprimentei henri pescarollo…. ao final… a invasão de pista para o podium…. no podium… pular junto com os mecanicos da JMB….. esbarrar no cinegrafista oficial (=P)…
ficar ao lado dos carros depois do podium enquanto mecanicos faziam algumas medições…. o spyker sacudindo com o limite de velocidade rs…
fantastico…. parecia que eu estava na europa, e nao no brasil….

pergunto: durante a corrida… o narrador falou algo de “o contrato esta renovado no ano que vem a lms virá de novo”…. eu acreditei…. isso foi mentira entao, ou os caras da LMS “deram pra tras”?

espero q tenhamos de novo a lms aqui em interlagos…. Grand AM e ALMS nem seria legal….muito norteamericano… argh…

espero que as milmilhas volte a ser descente…. seria legal voltar a ser nacional puro… mas o legal seria mesmo a LMS….
Se fosse mil milhas de stock car com certeza teria apoio ateh de uma rede de tv tosca…. argh q nojo….

a unica reclamacao minha da LMS de 2007 foi a Oreca que nao veio correr….. rs

meu primeiro coment neste blog…. sempre leio e nunca comento =P
até+

Lucas Paulo
Lucas Paulo
15 anos atrás

Gomes,
Baseado um pouco no que o Dado Andrade e o Lago falaram, sei lá, é uma idéia que eu tenho “medo” de compartilhar pra não ser chamado de maluco: por que é que o automobilismo nacional não cria categorias que valorizem o nacional… Quero dizer – e talvez fale asneira – mas o exemplo do Brasil com o motor 1000zinho é muito legal, assim como o álcool de cana. Por que não trabalhar em cima desse tipo de tecnologia? Criar categorias de fórmula, turismo, protótipo, baseando-se no que o Brasil produz de melhor nessa indústria…
Seria legal ver uma indústria nacional de motor 1.0 mostrando a equipe para a qual fornece o motor numa propaganda, o mesmo 1.0 dos nossos Gols e Unos e etc., tal qual a Petrobrás faz com a AT&T Williams F1. Sem contar que com algo bem organizado, os custos seriam bem mais baixos e seria criado um celeiro de pilotos… Enfim, eu sou fã de fórmula, e adoraria ver uma Fórmula 1.0 (sugestivo nome, né… Não esqueçam os direitos autorais).

Fowler T Braga Filho
Fowler T Braga Filho
15 anos atrás

Como um representante da categoria DINOssauro, acho que o foco tem que ser nos garagistas ” à la Lobão” e sua carretera 18.
Toque de modernidade ? Excelente a sugestão que já deram de que o motor deva ser flex, correndo X milhas com gasolina e Y milhas com álcool. Patrocínio da Petrobrás quase garantido neste formato. E só carros nacionais, dando alguma liberdade de preparação de motor e suspensão, aí acho que os fabricantes se interessam.

egidio manoel domingos
egidio manoel domingos
15 anos atrás

assisti minha primeira mil milhas ano passado, de resto so via pelas revistas, então falo como observador somente. para um admirador das corridas, foi excelente a corrida do ano passado. o top dos carros de endurance esteve aqui. acho que merecemos sim uma orrida de endurance de alto nivel. desde os anos 70 que se falava numa etapa do mundial de marcas, então foi mesmo um marco. o que falta ao herman e um toque de aurelio felix, o cara que se preocupava com uma boa corrida mas tb se os torrcedores podiam pagar o ingresso e gostavam do que viam, mas isso parace ser uma caracteristica dele e não vai mudar. a gran am me parece ser a mais apropriada para as mil milhas, uma vez que com chassi tubular e motor de carro de serie, vai abrir mais espaço ate para nos fazermos carros aqui que se enquadrem no regulamento deles. importante e que existe uma vontade deles tb em correr aqui, coisa que o ACO não deu muita bola.

pauloaidar
pauloaidar
15 anos atrás

Flavio, em Jacarepagua , nos box do GT vermelho durante a etapa da GT3 do fds, discutíamos as Mil Milhas e a sua sugestão foi palco de uma boa conversa entre Kiko Barros (assessor do Hermann), Leandro de Almeida (piloto do Ford), Sergio Burger e eu.

E a idéia mais aceita seria a de fazer uma prova apenas com carros nacionais com motorização ou de 1.6 ou de 2.0 com o apoio das montadoras, uma vez que todas elas tem um carro e um motor destes e poderiam facilmente viabilizar com a comercialização de unidades que não são entregues aos concessionários e servem apenas para ações de marketing, testes, etc.

Concordamos que haveria um grande grid, com carros acessíveis, manutenção idem, custos ibidem e basicamente uma grande disputa.

E concordamos que isso somente seria possível sem apoio oficial por que se depender deste já sabemos o final da estória.

Mas parece que o interesse não é esse e sim transformar ou manter as Mil Milhas como uma prova internacional, com carros vindo de fora e custos saindo pra fora !

Só como base de dados e informação, para se fazer umas Mil Milhas com um carro de GT3 o custo não ficaria abaixo dos 200.000,00 .

José Agart
José Agart
15 anos atrás

Na maioria das vezes discordo de vc…PEQUENO SER, mas desta vez tenho que concordar, não resta outra saída para esta prova maravilhosa que restou no calendário automobilista brasileiro. E tenho dito.

Luiz Guima
Luiz Guima
15 anos atrás

Flávio,
acho que a solução seria voltar às origens. Não se esqueça que os Gol Bolinha, Fiestas e Corsas de hoje são os DKW, Gordini, Fuscas, Simcas, JKs de ontem… grid cheio, circuito p/ macho, arquibancada lotada (sem esquecer da indefectível musiquinha do Centauro!).

Samuel
Samuel
15 anos atrás

Escrevi errado “Divulgação”

Samuel
Samuel
15 anos atrás

Essa 1000 milhas é uma salada mista de carros, rs

Além de melhorar os carrões o ideal seria trabalhar mais nas questões da difulgação da prova, pilotos e equipes, para o público entender, torcer

Acarloz
Acarloz
15 anos atrás

Estive na do ano passado e foi realmente do KCT, mas nada a ver com as 1000 milhas da história e tradição etc, foi mais uma etapa do LMS no Brasil.
Tua idéia é realmente excelente e desafiadora, mas como já disseram, difícil de ser realizada, pois atenderia aos interesses daqueles como nós, aficcionados, apaixonados pelo esporte, mas lembre-se esses interesses passam muuuuito longe dos interesses dos dirigentes nojentos que temos por aqui.

Uma pena, perdemos nós.

Marcelo
Marcelo
15 anos atrás

o maior problema é o seguinte:

“foi uma pena que o público não compareceu, mas isso é outra história”.

o FG deveria focar mais nessa história.

Jota
Jota
15 anos atrás

legal, agora que a vaca foi para o brejo, tu quer “nacionalizar” as mil milhas como era na origem… eu sempre fui contra essa palhaçada de fazer das mil milhas uma prova “mundial”… Era uma das poucas, se não era a unica, que permitida que o “inventor de garagem” pudesse desenvolver um Opala com motor v8 350 … Um mustang dos anos 60, com 4 webber dando chinelada em BMW…

Gustavo
Gustavo
15 anos atrás

Com o medo que as montadoras têm de comparar os seus produtos com os outros, eles irão apoiar de forma oficial alguma equipe? Isso acontecia nos anos 80 com gol, voyage, escort, fiat oggi, uno, chevette….etc, e era bem legal! Mas não vejo isso que hoje possa acontecer, o que é uma grande pena.

Eric
Eric
15 anos atrás

Provavelmente a MMC estará presente.

Ricardo - OR
Ricardo - OR
15 anos atrás

E incrivel como que nao entra na cabeca de dirigentes que autodramo e um grande negocio e da dinheiro.
e nao e com inscricao pra corrida, nem com ingresso a 100 reais.
Observem esse site os eventos da semana , tem atividade pra todos os gostos diariamente o ano inteiro.
Entrada? 8 dolares.
No inverno (aqui chove e neva) (Fim de ano) eles decoram a pista com motivos de natal e combram entrada com direito a volta na pista (em cada curva tem um motivo diferente)
Nao e possivel que seja tao dificil de viabilizar um autodramo.

http://www.portlandraceway.com/

Thiago
Thiago
15 anos atrás

Simples como 2+2
Alguem organiza uma mil-milhas brazuca. Ou poe la 1000km, sei la, inventa um nome novo, chama o Barão, tragam de volta o troféu Bardahl, Abre vaga pra 40 , ou 50 carros aí e ponham-os pra andar até varar o dia.

Acho que essência tem de ser a mesma: garagistas.

Rossini Miranda DIppólito
Rossini Miranda DIppólito
15 anos atrás

É Gomes, a idéia é boa, mas eu sinceramente acho difícil as montadoras entrarem num projeto desses. Parece que pra eles não funciona o “vence no domingo, vende na segunda”. Vê o presidente da Renault, brasileiro, assim que assumiu já queria cortar o orçamento da equipe de F1. Tô meio descrente a respeito de nossas montadoras, mas tomara que eu esteja errado.

Gerson Teixeira
Gerson Teixeira
15 anos atrás

É realmente uma pena a capacidade de desconstrução na República das Tordesilhas… A lembrança da Vasp, que fica para mim, é que numa manhã de inverno, há vários anos atrás, ao embarcar num vôo Vasp Porto Alegre – São Paulo, logo após a decolagem houve problemas. A aeronave – famoso 727 – desestabilizou e começou a perder altura rapidamente, numa espécie de cavlo-de-pau alado. Acompanhei da janelinha o chão a se aproximar, parecia zoom do Google, agito de passgeiros, meu vizinho de poltrona empapou o terno Armani de suor instantaneamente, e só senti um aperto no estômago e aquelas lembranças familiares da ocasião. Repentinamente um rugido forte das turbinas, o avião todo chacoalhando e, aos poucos a situação de vôo foi novamente retomada pelo piloto, que foi aplaudido no retorno a Porto Alegre, de onde fomos transferidos para outros vôos. Gosto de automobilismo, piloto moto esportiva e admiro um bom braço; para mim o braço e herói daquela ocasião foi o piloto da Vasp, que não guardei o nome mas que também era FUNCIONÁRIO PÚBLICO! A empresa ainda era estatal paulista! Que Deus lhe tenha recompensado.

Juliano
Juliano
15 anos atrás

GrandAm não é aquela categoria que a família France (Nascar) está comprando???

Lago
Lago
15 anos atrás

este esquema banqueiro/garagistas é um tanto quanto paradoxal, não é não? o sr. hermam, apesar de nutrir admirável paixão pelas corridas, e ser um realizador, na essência é e sempre será um banqueiro, e neste caso a grana imperará ‘always’. para os garagistas e outros ‘less money’ alguém poderia idealizar um campeonato brasileiro de provas “mille miglia”, com investimento da petrobrás. quem sabe agora, com a camada pré sal e a propalada divisão social de seus lucros, alguém (fg) não os induza a investir um pouquinho, pouquinho mesmo, para tornar forte o automobilismo nacional popular, vinculando -tal qual o comentário do dado andrade acima- a rede ‘s’ para preparar mão de obra, ensinar ofícios e gerar renda. o retorno viria também no caixa, pois se venderia muita gasolina podium caso vinculada a imagem próxima de seu cotidiano, e não do sonho distante da f-1.

Jonny'O
Jonny'O
15 anos atrás

Seria o melhor caminho até porque quem quiser ver carros importados hoje já existe a GT3 que parece que vai decolar .

O automobilismo nacional precisa de uma prova de prestigio para somente carros de corrida feitos aqui ,seria um grande incentivo para o desenvolvimento técnico .

Mas para um evento assim funcionar é preciso gente séria e capacitada para criar um regulamento bem claro e funcional .

Gosto da idéia ,mas francamente não acredito que esta seja a busca do Hermann.

Felipe Wilhelms
Felipe Wilhelms
15 anos atrás

É só pegar o regulamento das 12 Hs. de Tarumã, nada mais. Sem idéias absurdas, como “corrida total flex”, prova da Stock e GT3, blá blá blá…

Phillipe
Phillipe
15 anos atrás

Trazer a Grand Am? Afe! Ainda mais que agora a NASCAR comprou a categoria…

dado andrade
dado andrade
15 anos atrás

Porra Piro.Vai ser pessimista la longe bicho.Estamos aqui batendo uma e tem cara sempre na contra mao.

Piro
Piro
15 anos atrás

Só falta avisar as montadoras…. Simplista demais para depois ter meia duzia nas arquibancadas e para o custo de alguns milhoes que custaria para as montadoras. Resultado prático: nenhum!!! Dinheiro nasce em arvore para se queimar assim….

Manoel
Manoel
15 anos atrás

Grand Am é uma estoque melhorada. Mesmo chassi, com bolhas, motor e cambio diferentes. Deviam esquecer a Grand Am. Vão acabar perdendo para os MCRs nacionais. Se a Le Mans Series não vem mais, esqueçam a internacionalização. Concordo com o FG: devemos fazer das mil milhas a maior prova nacional, como já foi no passado. O resto,… é só lucro fácil!

roger
roger
15 anos atrás

Não sei porque uma coisa nos moldes da TC 2000 não me sai da cabeça! (estou com uma Campeones – revista Argentina em mãos vendo a Turismo Nacional Classe 3 e ainda a 2 Serie).
….e nós…

Tato
Tato
15 anos atrás

Achei bárbara esta ferramenta. Acho que precisava uma destas para poder entender bem a corrida toda. Obrigado

Nilton Lopes
Nilton Lopes
15 anos atrás

E olha que dá. Em 2004 a GM colocou duas Montanas na época do lançamento, era a Chevrolet Endurance Team, as picapinhas andaram bem. É mais vitrine que estoque, carro de verdade correndo bem e terminando em 14 e 16, sendo a primeira em segundo na categoria.

dado andrade
dado andrade
15 anos atrás

Flavio,voce queira ou nao arrumou um problema que tem de ser resolvido.Voce eh lider e tem que exercer esta lideranca uma vez que enfiou o dedo nessa ferida.Nao eh necessario ficarmos comentando se o Antonio Hermann tem ou nao razao.Precisamos vestir a roupa de Pais DURO e que nao pode ter o Automobilismo voltado para os caras que podem importar baratas de primeiro mundo ou vender ESTOQUES para quem possa dispor de U$1 milhao por ano para competir,e cobrar R$100,00 para o cara assistir corridas completamente sem graca!!!! Lance uma categoria voltada para briga entre Garagistas & Fabricas,como antigamente,dentro daquilo que mencionei pouco atraz e todo mundo sera feliz novamente.Aqui no Sul eu te ajudo.Poderemos montar Centros de Exelencia na Preparacao de mecanicos de Veiculos de Competicao, em convenio com as Federacoes de Industria do Pais atraves SENAI etc….Alias tenho um Projeto pronto que montei com SENAI PR.Eh um projeto Campeao do Mundo,mas que nao funciona com ESTOQUE,GT3&CIA. pois qual o interesse de uma fabrica em bancar algo que nao fale a mesma lingua daquilo que elas produzem.Vamos fazer o povao lotar os autodromos para ver briga do seu carro com o carro do vizinho,e,por muitas horas,nao em doses Homeopaticas,sendo os pilotos OBRIGADOS a colocar 10 ou 15 litros de gasolina soh para dar MAIS emocao.RIDICULO.Feridas foram feitas para ser Expurgadas!!!Vai fundo Campeao que tenho certesa que a blogaiada te apoia.Abs. Dado Andrade.

Ze Zanine
Ze Zanine
15 anos atrás

FG tem toda razão, o certo é abaixar a taxa de inscrição para que várias categorias possam participar, me lembro de uma mil milhas que tinha uma perua Marea correndo e como única representante da caegoria, terminou em um dos ultimos lugares mas em primeiro na sua categoria.
Acho isso interessante, pode não ter sido veloz, mas terminou a prova!
Acompanhei várias mil milhas (Divisão 3 correndo junto com corcel, fuscas, opalas etc) nos anos 70 e começo dos 80 a entrada era grátis, e acampavamos no autodromo, hoje não tem área para camping.
Quando vejo aquelas provas americanas, com o miolo repleto de trailers e barracas, interlagos e outros autodromos não fazem nada para que isso ocorra.
Elitizando o esporte nunca teremos pilotos do nivel de um Piquet, e muitos outros que eram mecãnicos e na época a taxa de inscrição não era esse roubo!!!!!

Doutor Marin
Doutor Marin
15 anos atrás

Camarada Gomes

Mil Milhas BRASILEIRAS, o nome já diz tudo, tem que abrir para CARROS e PILOTOS BRASILEIROS.

Tem que permitir carros ACESSIVEIS ($), claro que dentro do regulamento, quem sabe até para os velhinhos (digo Classicos) como o #96 ou o novissimo #69

Colin Chapman começou com o Seven, carro que podia ser tudo, menos lerdo.

Mc Laren e até Fittipaldi (Vw Fitti) começaram com o básico, mesmo tendo cabeça pra voar muito mais alto…

Agora aqui você morre na vontade se não tem condições de trazer um Corvette, Ferrari, GT ou Lambo, lembrando que para esses caras já tem a categoria GT3, sigla para Gran Top Money ($$$).

Ajeitem o que for possivel do traçado antigo para aumentar o tempo de volta e acomodar mais carros e liberem a criatividade para o brasileiro mostrar do que é capaz de fazer em corridas…

Quanto a você camarada Gomes, que fica postando fotos antigas de interlagos com provas de DKWs e congêneres, mas se esquece que DKW naquele tempo era tão popular quanto um Gol ou Palio.

E o pior é que os pilotos abonados já naquele tempo torciam o nariz pra carro nacional e traziam o fino da Europa e da América para as Mil Milhas…

…mas isso nunca impediu a Equipe Vemag e outras de mostrar a força das máquinas “Nativas”.

Portanto Mil Milhas BRASILEIRAS aos BRASILEIROS ou que vendam o direito da prova pra Portugal, como o Rock in Rio (que agora é em Lisboa).

jose
jose
15 anos atrás

Acho que temos que elogiar o Antonio Hermann pela iniciativa e pela vontade de elevar o nivel do esporte no pais,se deu certo ou não isso é outra coisa.
Não podemos esquecer que na maioria das vezes a construção de autódromos,de categorias e de corridas foram iniciativas de pessoas e da iniciativa privada normalmente gastando o seu dinheiro e patrimonio para viabilizar seus projetos mesmo que desacreditados e as vezes ridicularizados.
Quando as coisas funcionam e dão certo ai entram vereadores,deputados,dirigentes,puxa-sacos para aparecer.
Querem exemplos?Guaporé no RS(Dr. Nelson Barros)Tarumã(Andreatta e outros sonhadores),Cascavel,Campo Grande,enfim quase todos senão todos tiveram pessoas que tomaram as rédeas e realizaram seus sonhos e o de muita gente.Não podemos esquecer que um autódromo ou um evento automobilistico gera empregos,movimenta pessoas,diverte e encanta,mexe com o povo assim como o futebol ou outro esporte.
Acho que qualquer iniciativa nesse sentido mesmo que não de certo mas seja honesta merece o nosso respeito.

Antonio José
Antonio José
15 anos atrás

É isso! Montadoras daqui com suas equipes de fábrica. Uma pesquisa de um site mostrou que os carros mais procurados no proximo Salão do Automovel devem ser Gol e Voyage. O público de massa quer ver os carros que utiliza no dia a dia em eventos e isso inclui a Mil Milhas Brasileiras. Quem não acredita deve pesquisar sobre essa prova nos anos 60/70. Ela era cheia de Simcas, DKWs, Gordinis, Fuscas e outros importados, é claro, mas o que a maioria queria ver mesmo eram os similares aos seus ‘envenenados’ e brilhando na pista. Depois eles tentavam fazer igual nas ruas e quebravam a cara, e o carro. Mas, tudo bem, eles eram felizes e iam a Interlagos.

Peixe
Peixe
15 anos atrás

Acho que a idéia de fazer as fábricas de carros investirem é fantástica, mas sendo realista, não aconteceria nunca…
Eu acho que o pessoal da GT-3 vai aproveitar as carangas e tentar brincar mais um pouco…

Eduardo Aranha
Eduardo Aranha
15 anos atrás

Idéia excepcional, muito bem complementada pelo Dado. Precisamos voltar a respirar o verdadeiro automobilismo deste país. Inovador, talentoso, competente, competitivo, audacioso, brilhante e tantos outros adjetivos que precisamos colocar em pratica e dar visibilidade.

Ricardo Botto
15 anos atrás

BRAVO FLÁVIO!!! Eu acho que era única prova tradicional com alguma história. Eu particularmente não gostei muito quanod o Herman comprou a prova.Sempre gostei dos garagistas, da turma de amigos que junta uma grana e vai correr, das novidades e engenhocas de alguns protótipos. Aliás pela realidade de nosso país e do nosso automobilismo em geral não sei de onde o Herman tirou que a prova poderia ser um sucesso.

regi nat rock
regi nat rock
15 anos atrás

1000 milhas ? onde ? quando ? qtos carros ? que legal; oba !!! e o narrador será o Barão né?… putz viajei. E não bebo nem fumo temperos estranhos…