GIRA MONDO, GIRA
SÃO PAULO (triste fim) – Trabalhei na “Folha de S.Paulo” de 1986 a 1994. Peguei os primeiros anos do “Projeto Folha”, um ambicioso plano de reforma do jornal e do fazer jornalismo, levado a cabo por um então jovem e impetuoso diretor de Redação, Otavio Frias Filho. Nossa turma era muito boa. Matinas Suzuki Jr., Leão Serva, Caio Túlio Costa, Marcelo Beraba, Carlos Eduardo Lins da Silva, Alon Feuerwerker, Mário Vitor Santos, Nilson Camargo, Edgard Alves, esquecerei muitos dos meus vários mestres do ofício, que me perdoem.
Cheguei muito novo, tinha 22 anos, e muito cedo assumi funções de chefia, num período histórico do país em que jornais tinham muita importância, bem mais do que hoje. Deixei amigos, dezenas deles, e se tem uma coisa de que me orgulho na profissão é de ter feito parte desse momento muito especial do jornalismo brasileiro.
Nesses anos todos, desde que saí do velho prédio da Barão de Limeira pela última vez, em maio de 1994, nunca deixei de ler a “Folha”. A relação de um leitor com seu jornal é muito especial, você gosta dele, se irrita às vezes, admira-o, odeia-o. Mas continua lendo. É hábito, o companheiro do café da manhã, o papel que te informa, por mais que a internet avance, sempre tenho a sensação de que jamais deixarei o jornal de lado, não me vejo passando requeijão na bolacha água-e-sal com um laptop na minha frente.
Hoje, porém, quando abri a porta de casa pontualmente às seis e meia da madrugada, tive pela primeira vez vontade de cancelar minha assinatura, mas teria de ser algo menos impessoal do que um telefonema para uma atendente que iria me dizer vamos estar verificando.
Tive vontade de ligar para meus tantos amigos que ainda labutam no palácio das pastilhas e perguntar, puta que pariu, o que vocês estão fazendo com meu jornal?
“Brasil está em recessão” foi a manchete da “Folha” hoje. Quatro palavras, em corpo grande, coisa rara, uma manchete tão curta e definitiva. A impressão que tive, sabendo como se faz um jornal, como se fecha uma Primeira Página, foi de que por muito pouco não colocaram um ponto de exclamação ao fim da sentença, algo que só não foi feito porque as regras do Manual de Redação são claras quanto a títulos, elas não permitem pontuação final, no máximo vírgulas e ponto-e-vírgulas na “Folha”, nem mesmo dois pontos.
Poderiam, também, colocar um “Ufa!” antes de “Brasil está em recessão”, mas o Manual, igualmente, não aceita. Porque a “Folha”, de alguns bons anos para cá, esqueceu todos seus princípios de jornalismo imparcial, apartidário, isento etc. Tudo que eu sempre aprendi ali, naquele prédio, e que serviu de base para minha conduta profissional.
Os exemplos são muitos, tantos que enumerá-los ficaria cansativo. A manchete de hoje é de um ridículo atroz, fala em “regra de identificação mais universalmente adotada” para concluir que o país entrou em recessão, “com dois trimestres consecutivos de queda do Produto Interno Bruto”.
Lá no meio do texto é que aparece a verdadeira notícia: “Vistos mais de perto, os números mostram que a recessão, na sua definição mais vulgar, não chegou para todos, nem sequer para a maioria. Basta dizer que o setor de serviços, em que estão 60% do PIB, não caiu por dois trimestres consecutivos: teve expansão de 0,8% no primeiro trimestre, após a queda de 0,4% no final de 2008. Nesse grupo estão atividades do cotidiano que vão desde a escola dos filhos até os aluguéis, da oferta de saúde ao seguro do carro. É um setor que só costuma ver retrações quando há disparada do desemprego ou queda forte dos salários, até agora inexistentes. Pelo contrário: a massa salarial -que leva em conta o volume de emprego e os rendimentos- do primeiro trimestre ainda foi 5,2% maior que a de um ano antes. E o consumo das famílias, depois de encolher 1,8% na derrocada geral do final de 2008, subiu 0,7% na comparação com o trimestre anterior.”
Ou seja, a economia brasileira vai bem, resistiu à maior crise mundial desde 1929, a recessão da manchete é apenas uma ilação que se baseia numa “regra de identificação mais universalmente adotada”, embora ninguém saiba direito onde está escrita essa regra. A recessão da manchete é, na verdade, uma comemoração do jornal.
No começo deste mês, um texto assinado por Fernando Barros e Silva, editor de Brasil, que vem a ser filho daquele diretor do São Paulo Futebol Clube, atacou o governo federal por “pulverizar” a publicidade oficial comprando “mídia de segundo e terceiro escalões”, como se as verbas públicas devessem ser aplicadas exclusivamente na mídia de “primeiro escalão”, à qual a “Folha” deve achar que pertence. Uma das coisas mais ridículas que li na vida, não consigo entender como alguém é capaz de escrever tamanha sandice e ainda assinar o nome, e que mereceu uma ótima análise do jornalista Rodrigo Vianna, da TV Record, em seu blog (vale a pena a leitura, está aqui). Antes, poucas semanas atrás, houve o episódio do editorial chamando o regime militar brasileiro de “ditabranda”. Há algum tempo, também, o jornal abre espaço para um certo Luiz Felipe Pondé, articulista que destila suas idiotices semanalmente, acho, na contracapa da “Ilustrada”, que já teve Paulo Francis e Carlos Heitor Cony. Um reaça primário, filhotinho da TFP, uma coisa horrorosa.
São sinais que já deveriam ter-me feito cancelar a assinatura, mas como é o “meu” jornal, dei-lhe o befefício da dúvida, essas coisas devem estar passando sem ser lidas por alguém com o mínimo de discernimento, às vezes acontece. Mas não, não é isso que está acontecendo. A “Folha” se transformou num palanque medíocre, está rasgando sua história, acabando com sua credibilidade, jogando no lixo seu maior patrimônio.
E enquanto anuncia alegremente que o Brasil está em recessão em sua edição de hoje, fecha os olhos para as implicações políticas da greve na USP, isentando-se de apontar responsáveis e de criticar o governo estadual e sua polícia que joga bombas e baixa o cacete em estudantes, professores e funcionários como se fazia nos tempos do coronel Erasmo Dias, que lascou o sarrafo na comunidade acadêmica na reunião da SBPC na PUC em 1977, porque o governador é seu candidato à sucessão, sucessão que vem sendo tratada com inacreditável sutileza paquidérmica ao decretar, dia sim, dia não, que o terceiro mandato está descartado, que ninguém quer, que é um absurdo, que isso, que aquilo.
Dá pena ver o que fizeram da minha “Folha”. Mesmo assim, não vou estar cancelando minha assinatura. As alternativas para meu café da manhã não são grande coisa, infelizmente.
Interessante colocar numeros não consolidados não é ?
Ou o IBGE tem 2 pesos 2 medidas, ou o desgoverno fhc era mentiroso ou ou proprio IBGE não sabe o que fala, já que o proprio grafico que saiu na Folha, segundo o jornal, dados do IBGE e da FGV, mostrava a curva de impostos exatamente do jeito que falei, 37,9 / 35,6 / 36,0 / 36,3 / 36,9 (2006) e desemprego em queda, tambem na mesma faixa, lembrando que o criteiro mudou várias vezes, de qualquer forma fica claro que lula tem feito um ótimo tabalho, e o estrago feito por fhc.
Por esse raciocínio – perfeitamente aceitável -, você tem razão, mas minha questão aqui é, como sempre foi, o comportamento da imprensa. Por isso a comparação que fiz foi com Zé Dirceu. Se Zé Dirceu é elencado pela imprensa no rol de autores intelectuais do que se convencionou chamar “mensalão”, o Azeredo é responsabilizado por seus pares tucanos pela autoria intelectual do que alguns poucos na imprensa tiveram coragem de chamar de “mensalão mineiro” – repare que, num caso, o mensalão tem partido, no outro tem gentílico. Sem entrar no mérito, então, das avaliações particulares acerca de qual mensalão foi mais mensaleiro, fica evidente a diferença de tratamento a uns e a outros quando se “escandaliza” qualquer atividade política de Dirceu e se alude pejorativamente até às suas atividades particulares. E olha que o cara perdeu o mandato, não os direitos políticos. Mas essa parte da imprensa a que me refiro – e um notório escroque já escreveu isso numa revista semanal – diz que é obrigação de todo brasileiro repugnar Zé Dirceu.
Convenhamos noutro ponto, sempre com relação ao comportamento da imprensa: reconhecendo a veracidade de todos os números e dados que você esgrime com competência, o país está hoje melhor do que estava há sete anos. Tome-se, então, apenas as primeiras páginas dos jornais impressos daquela época e os de agora e tem-se impressão absolutamente inversa: mergulhamos com Lula num abismo ou, como diz a Folha, “Brasil está em recessão”. Mentira. Mentem hoje tanto quanto mentiram antes para vender o inverso: que o naufrágio do país nas apostas “liberais” dos anos 90 era um verdadeiro sucesso.
Concordamos integralmente em três pontos, creio:
– todo governo ou instituição pode ser criticado;
– esse governo merece ser duramente criticado em alguns pontos não menos fundamentais para o país que as políticas econômica e social, por exemplo e;
– toda crítica deve ser avaliada por seu teor de verdade factual e honestidade intelectual.
Ainda discordo de você em seu otimismo em relação à mera continuidade, a crença que me aparentou ter em uma sinergia natural que leva tudo para a frente em sentido positivo. Acredito que opções de governos e governantes determinam muito do sucesso ou fracasso das políticas públicas. De minha parte, avalio que as opções de Lula nos conduziram a todos a melhores condições que as de FHC.
Avaliação passível de crítica também, mas não mais que o comportamento partidário de uma imprensa que nos trata, a todos, como completos idiotas. Coisa que, sinceramente, não somos. Nem eu, nem você, nem quem queira, seriamente, discutir os rumos desse país.
Abraço!
Carlos,
É exatamente isso que eu gostaria de ver, você citou virtudes e defeitos do governo. Não pedi que as pessoas passem a criticar o Lula, só pedi que criticassem o que deve ser criticado e elogiar o que deve ser elogiado. Preferências todos tem, mas devemos ser justos.
Tem apenas uma coisa que discordo de você, Qual o problema do Eduardo Azeredo ser o Presidente da Comissão de Relações Exteriores? O Lula é nosso Presidente da República. Ambos tiveram comprovadas o caixa 2 em eleições e alegam não saber na época do acontecido. Mas sinceramente, acredito na inocencia de ambos, o candidato majoritario geralmente não fica envolvido em questões financeiras pois tem que fazer campanha e no caso do Azeredo ele ainda era Governador na época (Não era necessario se licenciar do cargo). Minha opinião.
As informações de Carga tributária estão disponíveis apenas 2006, não sei porque, mas o passado não muda. Eu li em alguns sites que hoje estaria em torno de 36,5%, mas não quis citar fontes não-oficiais para evitar discussões em torno da fonte e não em torno do mérito. Da uma olhada no site do IBGE que você pode achar algo.
As informações de taxa de desemprego são as que falei mesmo:
Era de 10.5% em Dezembro de 2002, variou entre 8,5% e 12% até o final de 2005 quando começou a cair. Atingiu o menor nível em Dezembro de 2008, 6,8%. E o ultimo resultado é de Abril, 8,9%.
Fonte:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/tabelas_excel/tab177042009.xls
Abraços
Não ia comentar nada. Não concordo que a Folha é tão imparcial, mas também não compro a idéia do PIG do Paulo Henrique Amorim.
Mas fiquei intrigado com isso:
http://www.viomundo.com.br/denuncias/lula-e-ovacionado-de-pe-na-oit-pig-na-internet-nao-sabe/
André, André… você faz que quer trazer racionalidade ao debate, alega uma certa “coluna do meio”, mas acusa todo “petista de ficar louco” com quem critica o governo Lula. Não é verdade. E negar a patrulha eletrônica que a “torcida” tucana – essa que é tucana não por convicção, mas por puro preconceito – exerce resvala a desonestidade (intelectual, é claro). Ninguém “endeusa”, nem deifica o Governo Lula. Já disse, há o que criticar. Quer ver, por exemplo? A reforma política. Lastimavelmente para o futuro do país, Lula não gastou um naco de sua imensa legitimidade sequer para discutir o tema com a sociedade. Quer outra crítica? A participação cidadã. O governo fez, creio, quase umas cem conferências nacionais sobre os mais variados temas. É importantíssimo ouvir a sociedade civil organizada, mas você conhece algum encaminhamento concreto das propostas levadas a esses espaços pela sociedade? Nem eu. Quer outra crítica? A superestrutura do PT deslumbrou-se com o poder, acreditou piamente que tinha sido aceita no establishment, havia gente que dizia, por exemplo, que a “Globo é governista por natureza”. Toma-lhe a impostura do “mensalão”, um esquema inventado e usado despudoradamente por tucanos graúdos e que gente do PT tentou incorporar, inclusive utilizando-se dos mesmíssimos “players” – simplesmente por acreditar que o que era permitido aos tucanos o era também para o PT, coisa que, até felizmente, provou-se falsa. Hoje “acusa-se” Zé Dirceu de ter militância política enquanto Eduardo Azeredo é um insuspeitado presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado a quem imprensa se proíbe de fazer qualquer questionamento sobre sua ligação com Marcos Valério.
Sim, eu usei o termo “pagar” a dívida externa porque é, rigorosamente, a mesma coisa, tem o mesmo efeito em termos econômicos. Não somos devedores, mas credores internacionais. Isso é um fato.
Aos números, então. Não te chamarei de mentiroso; não acho que estejas agindo de má-fé, mas, sejamos honestos: não foram “quinze anos de estabilidade econômica” a não ser que você parta de duas premissas, ambas falsas:
1) que a propalada estabilidade passou a vigorar no país por um passe de mágica quando da implementação do Plano Real e;
2) que um país que vai à lona, à bancarrota, por três vezes em sete anos, que é forçado pelos mercados a promover uma mega-desvalorização de sua moeda, tida como “forte” pela propaganda oficial fundamentada em pirotecnia cambial pra ganhar eleição, possa ser considerado estável economicamente.
O governo Lula, de fato, na questão tributária, não foi nenhum prodígio. Mas a tabela em que você tanto se apóia acaba em 2006 e estamos em 2009. Eu gostaria de ver dados mais atuais. Se você os tiver, ilumine mais esse debate, por favor. O desemprego voltou a cair e, que eu saiba, está num patamar menor do que esse que você mencionou. Mas, sinceramente, não pretendo ficar disputando décimos de percentuais com você. Tudo bem, FHC fez um governo tão bom quanto o de Lula. Apenas um entregou ao sucessor um país em frangalhos e o outro entregará ao sucessor um país em franca ascensão social e econômica. Ambos lidaram com crises externas e, num caso fizemos um acordo para tomar até US$ 40 bilhões do FMI em empréstimos; no outro, emprestamos US$ 10 bilhões ao FMI. Ambos fizeram governos responsáveis do ponto de vista fiscal, mas um passou oito anos sem conceder qualquer reajuste ao funcionalismo, demitiu e desfalcou o estado em áreas fundamentais, permitiu ao salário mínimo rastejar bem abaixo dos cem dólares, não abriu nenhuma vaga no ensino superior público (criou o FUNDEF, registre-se como ponto positivo). O outro abriu concursos para novos servidores, reajustou os salários e recuperou o valor do salário mínimo, abriu milhares de novas vagas no ensino superior público (e ampliou os recursos da Educação com o FUNDEB).
Mas, enfim, é tudo igual…
Abraço, amigo.
R/T,
Mas aí fica difcil conversar com você, ou você quer fingir de bobo ou não leu meu comenário. Esses numeros informados por você são inventados mesmo, vou colocar de novo o endereço do IBGE (Orgão ligado ao ministério do Planejamento) para você ver. Não preciso espernear não, eu mostro os fatos.
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasnacionais/referencia2000/2002_2006/tabsinotica19.pdf
Mostra que a carga no governo lula aumentou, não tem como negar isso.
O Desemprego caiu realmente, mas não foi de 17% para 10% como você disse, foi de 12% em 2002 para 9,8% em 2009, andou em 6,9% em 2008. De novo, dados do IBGE.
É exatamente isso que crítico, o endeusamento, o governo lula tem varios indicadores bons e alguns poucos ruins, mas os caras não aceitam, parece que fere a alma. Que bobagem…..
De formiga, corintiano, flamenguista e reacionário, o Brasil tá cheio…
O que me intriga é ver gente orgulhosa de tal posicionamento. Estudam ou trabalham em instituições públicas, e entendem que o acesso a tais segmentos é apenas pra elite. Desconsideram o abismo econômico, social e cultural que, muitas vezes, seus antepassados ajudaram a criar. O Lula vem fazendo um governo, digamos, curioso: seu primeiro mandato foi bastante conservador, e o segundo, mais progressista.
Não quero usar esse espaço pra defender o PT – provavelmente, meu voto no primeiro turno não será deles. Só que o que não dá pra aceitar nunca é ver PSDB, DEM, e engodos do tipo fazendo oposição, como se nunca tivessem sido governo. Pois foram, e fizeram o favor de governar para as elites. Como hoje a ideologia mudou (um pouco), os “reaças” se inflam… e usam a Veja, a Folha, o JB pra isso.
Esses reacionários, muitas vezes, são os mesmos que, guiados por Locke, mantiveram o Estado longe do mercado financeiro, e hoje, imploram por sua ajuda pra manterem o caviar na mesa. Socializam os prejuízos, a crise. Mas nunca os vi repartindo lucros. Então, o Estado é ou não é o comitê de gestão dos assuntos da burguesia?
Pois, mais uma vez, Marx provou estar certo…
Andre, nãi inventei dados caras, são fatos
Quem não se lembra disso, por conveniencia ou por ma intenção é que inventa
É só voce se lembrar que a Nação tinha mais de 15 milhões abaixo da pobreza e hoje tem 6 milhões, basta se lembrar das famosas capas da “veja” com negunho passando fome no Nordeste, isso praticamente acabou ou foi muito diminuido
E tambem não custa resslatar os numeros, repito, fhc pega a carga tributária a 23,9 % em 1995 quando assumiu, e deixou a 37,9 % em 2002 quando deixou o desgoverno, dai que atualmente essa carga é inferior a esses 37,9 %, conforme saiu a uns meses na Folha, no caderno de Economia, a carga é de 36,3 ou 36,9 % do PIB, portanto é menor, não adianta espernear, assim como o desemprego diminuiu bastante, o barbudo prometeu incentiva a criação de 10 milhões de empregos e foram criados quase 15 milhões de empregos, ou seja, cumpriu a promessa
No mais, é isso, quem não quer que não analise, a uns tempos antes das eleições o Flavio Gomes aqui mesmo nesse blog postou uns numeros comparando, numeros oficiais, diga se de passagem, vale muito tomar conhecimento deles pra confirmar o que até as pderas sabem, que fhc afundou essa Nação e coube ao barbudo e sua equipe salva la de uma quebradeira, como fhc queboru a Nação 3x em 5 anos.
Caro Flávio:
Abaixo reprodução de texto do Ricardo Kotscho, bem a propósito, publicado dias atrás em seu blog (dele):
“Fla-Flu dos leitores e jornalismo “isento”
A disputa eleitoral de 2010 parece que dividiu o Brasil ao meio entre os pró-Lula e os que têm ódio do atual presidente e do seu governo. Não tem meio termo
Ricardo Kotscho
É batata: basta publicar um texto com tema político que logo os leitores se dividem ao meio, num interminável Fla-Flu da disputa política, como se estivessem nas arquibancadas do Maracanã vestindo as camisas do PT ou do PSDB.
Este clima não agrada ao leitor Manoel Ferreira, que mandou hoje um comentário contra a crescente beligerância entre tucanos e petistas, a mais de um ano do início oficial da campanha de 2010.
Por isso, ele sugere que o Balaio trate de outros assuntos, como as enchentes no norte ou a seca no sul, as filas nos hospitais e outras mazelas da vida real dos brasileiros.
Até concordo com ele, e procuro evitar ao máximo falar de política, mas a verdade é que a maioria dos leitores, a julgar pelo número de comentários enviados, parece só se interessar por temas polêmicos que estão nas manchetes da chamada grande imprensa.
Mesmo quando trato aqui de assuntos mais amenos do cotidiano ou de futebol, não tem jeito: petistas aproveitam para falar mal dos tucanos e vice-versa.
A disputa eleitoral de 2010 parece que dividiu o Brasil ao meio entre os pró-Lula e os que têm ódio do atual presidente e do seu governo. Não tem meio termo. O que varia é o tom dos comentários.
Os leitores que se identificam com seus nomes, sem pseudônimos ou codinomes, geralmente usam argumentos e fatos para defender suas posições, enquanto os valentes anônimos partem logo para o xingamento, a desqualificação de quem pensa diferente.
Na semana passada caí na besteira de defender algum tipo de regulamentação para colocar um pouco de civilidade nesta terra de ninguém, mas já vi que fui voto vencido – a maioria não quer nem saber de nenhuma regra na internet.
É curioso isso porque, enquanto alguns leitores defendem a liberddade absoluta para defender suas opiniões, outros partem para o ataque com ofensas pesadas ao blogueiro porque cometi o crime imprescritível de ter trabalhado no governo com o presidente Lula.
Publico sem problemas estas críticas que me fazem, desde que não coloquem em dúvida minha honestidade pessoal e profissional, insinuando que o governo me paga para escrever o que escrevo – certamente, pessoas que julgam os outros de acordo com seus próprios metros morais.
Como trabalhei lá, posso garantir que o governo nem tem dinheiro para isso. O governo paga muito mal.
Tem gente que vem com a história de que não sou um jornalista “isento”, estas bobagens. Vamos falar a verdade aqui, sem frescuras.
Em 45 anos de carreira, só conheci dois tipos de jornalistas.
Os que abrem o jogo e deixam bem claras para os leitores suas preferências ideológicas, partidárias, futebolísticas, religiosas e seja o que mais for.
E os que se escondem atrás de um suposto “apartidarismo”, “neutralidade”, “isenção”, “objetividade científica”, como se fosse possível. Isso não existe.
Jornalista, como qualquer cidadão, tem lado. Uns escondem, outros não, mas todos têm suas preferências e seus antagonismos. O mesmo vale para as empresas e para os donos de colunas da velha mídia.
Eu nunca procurei enganar ninguém. Vejo e escrevo as coisas do meu jeito, da mesma forma como colegas meus, que pensam exatamente o contrário, analisam o mesmo assunto com o sinal invertido.
Se não há picaretagem no meio, o que é outra coisa, é do jogo. O leitor, que não é burro, sabe com quem está falando, ou melhor, de que lado está aquele que escreve.
O que o jornalista não pode fazer é mentir, ser desonesto com os fatos, querer manipular a notícia. O resto é opinião – e cada um tem a sua.
Com a fartura de sites e blogs que temos hoje na internet, com a diversidade de opiniões expostas no mercado, cada um pode procurar o seu quadrado, escolher entre seus favoritos aqueles com quem mais se identifica.
Não pretendo convencer ninguém de que sou o dono da verdade, não quero levar leitores a pensarem da mesma forma que penso, não uso meu espaço para agredir nem agradar ninguém.
Quero apenas ter o direito de dar a minha visão sobre os fatos, contar as minhas histórias. Jornalismo “isento” pode ser muito bonito como tese acadêmica ou peça de marketing empresarial, mas não faz parte da natureza humana da qual fazem parte os profissionais de imprensa.
Assim como acontece com os leitores, também no campo dos jornalistas assistimos hoje a um Fla-Flu, com a diferença de que uns vestem a camisa e outros a escondem no armário”.
Carlos,
Pode ficar que tranquilo que eu estou bem calmo. Mas insisto que você continua a viajar na conversa. O meu comentario la em cima que recebeu uma resposta do Flavio Gomes e mais tarde do R/T não criticou especificamente este post do Flavio Gomes, eu repito mais uma vez, critiquei esta parte do Blog “Gira Mondo”. Não vou repetir de novo a crítica. Basta ler. Vamos aos fatos: O mundo hoje se encontra melhor, isso é fato, basta comparar as taxas de crescimento da America Latina por exemplo. Tenho dados e posso te mandar se quiser. Em nenhum momento eu disse que o Lula não fez nada para melhorar, acho sim que ele fez varias coisas, acho que o Lula faz um bom governo. Como acho que o FHC tambem fez. Calma, não fica nervoso assim, petista quando escuta isso fica louco!! Governo nenhum gosta de crítica, é verdade, mas eu não vejo o PSDB criando mil blogs, vários deles sem dono, somente para acusar a oposição, basta olhar na internet. Quanto a dívida externa, foi você quem usou a palavra “PAGOU”, quando sabe bem que o país não pagou. Não da para pagar a dívida, emprestar 10 bi para o FMI e ainda fazer investimentos. Em um dos meus comentarios você vai ver que eu disse que a carga tributária aumento bastante no governo FHC. De novo, basta ler. Aí o R/T inventou uns dados de que o governo lula tinha baixado a carga, os mesmos dados de Desemprego tambem estão incorretos. Concordo com você quando você diz que o país enfrentará melhor esta crise. Afinal são 15 anos de estabilidade econômica, tivemos uma entrada de grandes empresas do meio dos anos 90 para ca. Tivemos governos que optaram pela boa conduta fiscal. Hoje temos mais capacidade produtiva e custo mais baixo que os Europeus, o que leva a empresas como a Arcelor Mittal a neste momento optar por trazer toda a sua produção para países como Brasil, China e India e deixar as plantas europeias paradas até que a demanda volte ao patamar anterior. (Globalização trazendo benefícios ao país). Acho que deu para você entender que não estou aqui para criticar o governo A e defender o governo B, só peço que as pessoas saibam elogiar o que foi bem feito e criticar o que não esta sendo bem feito, sem ideologias e sem endeusamento.
Abraços
Falou mal do Lula, o jornal é lixo… Belo pensamento. E os “estudantes” da USP, local onde estudo, tem mais é que apanhar mesmo, são apenas paus-mandados (pausmandados) de partidos e sindicatos, não estão lá pra estudar. Quando esses vagabundos destroem patrimonio publico, quem paga somos nós.
Ei, Andre, se acalme. Parece que a conversa “andante” começava com o post do Flávio e ele citava exatamente isto: o tratamento parcial e, por vezes, falacioso da mídia em relação a uns e a proteção descarada que ela dispensa a outros. Esse tratamento faccioso está contido também nesse seu exercício retórico: o Brasil está melhor por estar “flutuando” num mundo supostamente melhor (o que não se comprova, de fato) e nenhuma ação deste governo tem nada a ver com isso. O governo tem a ver, claro, com o que, na sua opinião, não avançou. Mas, se “tudo é uma continuidade”, tanto faz, não? Então a orientação de um governo não determina absolutamente nada, não é? Isso é o que eu chamaria de “determinismo niilista”. Não? Ah, entendo. “Tudo é uma continuidade” refere-se só ao que for positivo, não é?
Insisto: é só honestidade intelectual o que quem discorda de sua opinião pede. Falo por mim, pelo menos.
Eu nunca atribui toda e qualquer crítica ao golpismo inveterado de parte da mídia que representa certos setores notadamente golpistas. Há espaço para crítica e ela é necessária, mas quem investe na radicalização é uma oposição que sabota o país diariamente. E que, ao que me consta, não permite a crítica onde ela governa.
O fato é que NENHUMA dívida externa pesa sobre seus ombros hoje, como nos acostumamos a viver por tanto tempo. O resto é conversa fiada. Do jeito que você fala parece que tínhamos de juntar o dinheirinho e ir quitar o carnê. Falácia, você sabe que não é assim. O fato é que teu país hoje é credor internacional e atravessa soberanamente uma crise que os próprios veículos que você tanto preza vendem como a maior desde 1929. Deve ser uma força inercial advinda, claro, desde os brilhantes tempos em que privatizamos tudo o que deu tempo com a promessa de uma vida melhor, não obstante o fato de termos iniciado o período deste governo sob índices astronômicos de desemprego e, sim, carga tributária escorchante.
No final das contas (as nacionais) o fato inegável que mostra a tabela a que você se refere é que a carga tributária explodiu foi durante o governo de FHC. Pior, explodiu junto com a dívida pública. Isso rebaixando ao rés-do-chão a qualidade dos serviços públicos. Foi, sem dúvida, um serviço bem feito. Pasmo em saber que deve-se, então, à “continuidade” daquelas opções o país que temos hoje: com imensos desafios a superar, é certo, mas inegavelmente melhor do que o que conhecemos naquele período.
Um abraço.
E não precisa ficar nevoso. =o)
Já faz tempo que não sou assinante da Folha por razões parecidas com as citadas.
E a Folha ainda usa “Mosca na Sopa” na sua propaganda televisiva…..
Carlos,
Acho que você entrou na conversa errada ou pegou o bonde andando. Eu disse ao Flavio Gomes que os cometarios elogiando o governo estavam perdendo o credito proque eu nunca vi ele fazer uma crítica, e citei algumas coisas do governo lula que merecem ser criticadas, o R/T respondeu dizendo algumas coisas erradas do PSDB, eu disse a ele que uma coisa não faz a outra passar a ser aceitavel. E você veio com esse discurso desesperado ai. Em nenhum momento eu disse que o sucesso do Lula se deve ao FHC, mas entendo que tudo é uma continuidade. E vamos parar com essa conversa de que o Brasil pagou a dívida externa, o Brasil não pagou a divida externa, o que aconteceu é que em 2008 o que o país tinha de reservas era maior que o que ele tinha de dívidas externas. Pagamento é outra historia. É uma espécie de índice de alvancagem. Quanto a carga tributária, da uma olhada no endereço que coloquei acima e você verá que essa carga aumentou no governo Lula. O país esta melhor hoje como boa parte da mundo esta, depois de anos de credito fácil. O que critico é o endeusamento de uma parte da esquerda ao governo Lula, onde não se aceita a crítica, a crítica é sempre vinda da “imprensa golpista”. Apenas isso, não precisa ficar nervoso não.
Mas que conversinha, Andre Ludes. Reduzir a cara tributária em meio ponto percentual pode ser pouco mesmo. Fazer isso PAGANDO a dívida externa deixada pelo governo tucano e INCLUINDO economicamente mais de vinte milhões de brasileiros, não é pouco para qualquer analista sério. Depois, sempre a mesma conversinha de que se alegam as falcatruas do PSDB para “justificar” as do PT. Mentira. Ninguém está fazendo isso. Está é dizendo que a vontade de investigar qualquer ilação contra o PT, na “imprensa”, não é a mesma de se investigar qualquer evidência contra o PSDB. Quantas manchetes você leu hoje sobre a situação no RS? E se a governadora fosse do PT, quantas você acha que teria lido? Se o PT governasse um estado como São Paulo há quinze anos (descontando, generosamente, o tempo em que as vestais se abrigavam sob a legenda PMDB e já governavam o Estado) e esse estado aparecesse em todos os indicadores educacionais ridiculamente como aparece, essa imprensa iria questionar a respondabilidade da gestão do PT? Seja honesto.
Ninguém está lhe pedindo para defender o PT ou o governo do PT, como também não é o que se pede a essa chamada imprensa “grande”. O que se pede é um mínimo de honestidade intelectual. O país está bem melhor hoje, e ninguém engole mais essa tortuosa lógica da imprensa tucana de que “tudo que dá certo no Governo Lula é mérito de FHC e tudo que deu errado no governo de FHC foi culpa do frango da Malásia”.
Pára, né, meu!
R/T informadíssimo,
Acho que quem esta distorcendo é você, da uma olhada nos endereços abaixo.
A fonte é o IBGE que é do ministério do planejamento, esse não da para falar que é de direita.
De acordo com o IBGE em 2002 a carga tributária era de 32,3% e em 2006 de 34,1 %. Se você esta dizendo que hoje é de 36,5 % a coisa ta pior do que eu pensava.
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasnacionais/referencia2000/2002_2006/tabsinotica19.pdf
R/T informadíssimo,
Não vou ficar discutindo com você números, porque o numero que eu falar, você vai dizer que é da mída Golpista, e bla, bla , bla…. Então vamos usar “seu numero”, 36% do PIB é pouco para você?? Quer dizer que em 7 anos de fartura de crédito, de recordes de receita foi reduzido apenas 0,5 %!!! Você se contenta com muito pouco. Esse negócio de 69 CPIs barradas é um absurdo mesmo!! Quem não deve não teme. Com base nessa sua afirmativa acredito que você seja a favor da CPI da Petrobrás né. Outro absurdo esse gasto de 50 milhoes do Alckmin com propaganda, isso deveria ser investigado pelo ministério público ou até uma CPI caberia. Da mesma maneira que é um absurdo os 500 milhoes gasto pelo governo federal para criação de uma rede pública de TV. E por ultimo me diga uma coisa:
Todas as falcatruas que voce diz que aconteceram durante o governos do PSDB apagam os erros do governo do PT. O fato de ter existido um mensalinho no governo Alckmin, da o direito ao PT de fazer o mensalão? O Lula ficou 7 anos no governo, cade a reforma tributária prometida? e reforma política para evitar o caixa 2? Em nenhum momento nos meus posts eu defendi partido A ou B eu só disse que as críticas devem ser feitas para os dois lados. E por ultimo no seu post la em cima, você diz que as pessoas são preconceituosas ao chamarem o Lula de sapo barbudo e depois você chama o FHC de cachorro e classe media de merdia, vamos parar com a hiprocrisia.
Ate
Você disse tudo. Excelente!
Citando:
“Engraçado esse pessoal de esquerda, quando a notícia não é boa, não presta. Mate o mensageiro”
Perfeito.
Talvez FG possa coloborar para o tablóide dos agitadores profissionais da USP e publicar uma matéria com o título:
O Brasil não está em recessão!!!
(o Manual de Redação da UNE permite exclamação)”
Comentário meu:
Engraçado esse pessoal de direita, não? Eles nunca discutem o mérito da questão. Afinal, quem está criticando a Folha por dar notícias desagradáveis ao governo? O que se questiona é a veracidade da manchete, coisa que a própria matéria desmente. É manipulação ou não? Dêem-nos um exemplo, um só, do mesmo comportamento em relação ao governo do Estado de SP. Um só, por favor. Não tem, né?
Mais: cadê o interesse da Folha em informar seus leitores sobre os grupos de extermínio da polícia paulista? sobre as suspeitas na CDHU? sobre a propaganda nacional da Sabesp? sobre a merenda em São Paulo? Alston? Buraco do metrô?
O que se pede à FSP, como à imprensa dita “grande” é, simplemsente, o mínimo de isenção e respeito à verdade factual. E isso a direita, simplesmente, não discute a não aceita.
A verdade é que a Folha quase sempre foi isso aí. Você é que pegou um período excepcional.
Ah, é “andre desinformado”
Fale da tucanalha aqui em SP, ale do “mensalinho” do alckmin entre 2003 e 2005 que roubou 100 milhões, ou das 69 CPIs abafadas por alckmin e das 15 CPIs abafadas por serra na Assembléia
Ou ainda das verbas de publicidade (estimadas em 50 milhões, entre 2003 e 2005 tambem) que ele dava a publicações em troca de apoio, incluindo ai a uma publicação porcaria do não menos lixo “reinanta azevedo”
Fale dos desvios e superfaturamentos apontados pelo Tribunal de Contas entre 2001 e 2005 com desvios estimados em 15 bi, sendo 3 bi no CDHU e 5 bi no “roubo anel”
Isso não interessa não é ?
ao desinformado “andré”
A carga tributária era de 23,9 % do PIB em 31/121994 e o fhcanalha quado deixou seu desgoverno essa mesma carga tributária era de 37,5 % do PIB em 2002, hoje a carga está em 36,5 %, ou seja, diminuiu ao contrário do que a imprensa tenta empurrar pra dentro da cabeça oca da classe mérdia
O mesmo vale para o desemprego, que era de 12,0 % em 31/12/1994, fhc e sua quadrilha tucanalha deixaram em 17,5 % em 2002, atualmente o desemprego não chega a 10 %
Vale lembrar ainda que quando essa quadrilha fhc-psdb pegou a Nação em 95, a divida interna era de 30 % do PIB e mesmo tendo vendido todo o patrimonio nacional a preço de banana, ao fim do desgoverno tucanalha a divida havia sido aumentada para 69 % do PIB, atualmente essa divida é de 39 % e a externa foi paga.
Portanto não venha dar uma de revista semanaal e bancar o “spin doctor” aqui e distrocer os numeros e fatos
Quanto a violencia, porque que apenas em SP os indices criminais aumentaram mais de 30 % no periodo 1999-2008 enquanto que nos demais estados esse numero se manteve estável ou com aumento inferior a 5 %, hein ? Será que é porque a policia paulista é a mais mal paga do BR ? E quem que desgoverna SP dsde 1995, hein ?
Respostas são bem vindas
Antes gostaria de lhe corrigir: NÃo existe imparcialidade.
Sou graduando em História e alerto que o termo “ditabranda” ( poucas semanas atrás, houve o episódio do editorial chamando o regime militar brasileiro de “ditabranda”.) vem ganhando cada vez mais espaço no meio acadêmico, o que por si só já gera medo, as pesquisas retratam os que aderiram à luta armada como terrosristas e não contabilizam os que morreram dessa forma como desaparecidos durante o regime militar.
Flavio,
Você deveria saber que comparar dados estatísticos em tempos diferentes não é correto. Em 1986 o mundo era outro, nosso mercado era outro até a moeda era outra. Hoje, competindo no mesmo mercado com a mesma situação econômica, a taxa de juros brasileira é uma das maiores do mundo. A carga tributária não é essa desde Cabral, aumentou bastante durante o governo FHC e continuou a aumentar durante o governo Lula. Independentemente disto, todo o governo é responsavel pelo estado atual da economia, o FHC assim com o Lula, tambem não criou a inflação, a pobreza, impostos altos e a violência, mas ambos são culpados se não fizerem nada para reduzi-los. Não da para ficar culpando governos passados o resto da vida. O mensalão é outro fato, nao foi uma acusação da oposição, foi uma acusação de um partido de apoio, foi confirmado por dois ex-misnistros do governo, Miro Teixeira e Ciro Gomes, e existem saques e mais saques de pessoas em anos não eleitorais. Dizer que é caixa 2 é apenas uma maneira de aliviar o erro. Quanto ao jornalismo, não quero e não pretendo te ensinar nada de jornalismo, só me estranha o fato de você exibir os jornais com o maior orgulho quando as notícias são o aumento na venda de carros e os valores do crescimento do país, e quando as notícias são ruins você tenta desqualificar a fonte. É mais ou menos o que disse uma pessoa aí acima, se a mensagem é ruim, mate o mensageiro.
Abraços
FOLHA: NÃO DÁ PARA LER.
Olha, não sou social democrata, esquerdista ou nada do gênero. Não é por isto que vou deixar de ler o blog do Gomes. Achei estranho alguns escreverem “não leio mais isto aqui, hmpf” só porque o jornalista comentou algo sobre a Folha. Nem dá pra detectar um comunismo radicalista nas palavras do FG. Creio que ele não queima o dinheiro que ganha, pelo menos. Nem torce contra a Ferrari por ela representar o capitalismo da ostentação.
Sobre a Folha, Eu, que não tenho simpatia pelo PT, fiquei chateado com a matéria sobre a Dilma, por exemplo (terrorismo com Delfim. Quem leu, lembra). É, ainda assim, o melhor jornal do país.
E não deixo de ler o blog pelo mesmo motivo que considero Juca Kfouri uma referência. Eu separo política e religião do resto.
Flavio,
Me desculpe, mas suas opiniões sobre a situação do país ficam cada vez mais sem crédito. Você tem todo o direito de elogiar , comentar os feitos do governo Lula, mas assim que você publicar esses comentários você tem a obrigação de colocar suas críticas, e não é possível que não haja alguma, nunca vi você criticar a política dos juros altos, dos impostos que ocupam quase 40 % do PIB, a violência que não para de crescer em nosso país, nenhuma crítica, nem na época do mensalão e do caixa 2. O maior perigo para mim é o que parece estar acontecendo com várias pessoas de esquerda, incluindo você, é o endeusamento do Governo Lula. O país estar em Recessão é um fato, você pode espernear, chorar, fazer o que for, mas é um fato. Esta recessão vai durar? Provavelmente não. Esta recessão vai atrapalhar a popularidade do governo? Se atrapalhar, não será muito. Mas não aceitar um fato é quando a pessoa perde a razão e pensa apenas com a paixão política. Morei na Alemanha durante um tempo, os varios estudos que fiz sobre o nazismo, demonstravam exatamente isto, o governo nazista fez o que quis quando Hitler passou a ser endeusado. Quanto ao fato da Folha dar mais espaço a Recessão do que o problema na USP (o que não concordo com você. existe uma foto enorme do conflito na capa) entendo que é normal. Notícias do governo federal interessam mais do que as dos governos estaduais que interessam mais do que as notícias municipais. Sempre foi assim, no governo FHC, os problemas tinham mais espaço do que os problemas da prefeitura de SP (Marta) ou do que o governo do RS (Olivio Dutra). Se não o Serra poderia reclamar que dão mais espaço aos problemas do governo dele do que os problemas da prefeitura de São Bernardo. Ou seja, não faz sentido.
Como eu disse acima, só elogios fica parecendo que; ou você esta cego pela paixão partidária ou você tem outras motivações para fazer isso.
Abraços
RESPOSTA DO FG:
Não seja ridículo. A taxa de juros é a mais baixa desde 1986. A carga tributária é essa aí, que me lembre, desde Pedro Álvares Cabral. Não foi inventada pelo Lula. O mensalão é a coisa mais mal-explicada da história (qual governo precisa pagar aos seus deputados para votarem com ele?), deu-se crédito a um sujeito como Roberto Jefferson, de enormes serviços prestados ao país. Não queira me ensinar como interpretar jornalismo. Disso eu entendo.
Flávio Gomes
Fico horrorizado em ver até que ponto chegam os comentários postados aqui. Tudo isso apenas porque você demonstrou sua insatisfação com os rumos seguidos pelo jornal em que trabalhou e, como você mesmo disse, tinha uma turma muito boa. Não precisava ter virado o que virou: um jornal de ataques gratuitos, de invenção de factóides. Perdido mesmo. Infelizmente, o pessoal aproveita o anonimato da internet para descarregar suas frustrações internalizadas, repletas de conservadorismo. Aí vira esse show de ataques, o ruim é perder seu tempo respondendo isso aí.
Sem querer puxar o saco, confesso que resolvi fazer jornalismo depois que eu comecei a ler suas colunas, isso em 97, 98. Seu modo debochado e, ao mesmo tempo, direto sempre me chamou a atenção. Continuo seu leitor assíduo. Por falar nisso, onde foram parar suas colunas antigas, anteriores a 2002? Sumiram do site. Adorava reler aqueles textos.
Abraços
Embora não compartilhe da mesma visão política, tenho acompanhado com satisfação a coluna de Luiz Felipe Pondé na Folha. Sou de esquerda, mas não sou um idiota. Acredito que o ponto de vista contrário, quando apresentado de forma profunda e sincera, deve ser levado em conta. A crítica que Pondé fez do relativismo foi uma das coisas mais bonitas que já li na Folha; duvido que qualquer liberal tivesse coragem de escrever aquilo.
Já dizia George Orwell: “A principal responsabilidade do intelectual é dizer o que as pessoas não querem ouvir”.
Este debate só serve ao interesse das quadrilhas envolvidas. Caímos nessa de “bem x mal” e eles estão lá fazendo a partilha do butim, rindo dos otários que acreditam que existe algo que pode ser chamado de democracia no Brasil.
Ok, então o título poderia ser: Depois da marolinha vem a bonança.
Já deu uma chance para a Carta Capital?
E tem mais senhor cacete ops Pinto posso não escrever corretamente, pois acredito que com meu pouco estudo não me ajude mais pode ter certeza que sou um Brasileiro muito grato a este governo e pode ter certeza que com a minha ignorância minha saude financeira deve estar bem melhor que a do senhor intelectual.
Quantas ligações dos banco o senhor recebe por dia!
fala a verdade vai
Senhor Nilson pelo sobrenome não deve ser levado a serio né
A trema não existe mais ok ah e vai ler o blog do FHC aqui meu camarada é blog de amigos e apaixonados por carro ok.
Daqui a pouco vão falar para vc ler e levar a sério o Mainardi.
Indiana Gomes! Adorei esta matéria! Concordo plenamente sobre como estes meios de comunicação ditos imparciais são tão hipócritas!!! O titulo da capa estava em alguma gaveta da folha faz anos, desde o primeiro dia do Lula na presidencia! Parafraseando o seu colega do Limite/ESPN João Carlos Albuquerque, a turma da FSP são um bando de canalhas!!! Continue sempre mandando o sarrafo em quem só quer o pior para o país (pois omitem o que fazem de bom e destacam sempre as cagadas)!
uma palhacada flavio essas pessoas virem aqui e ficar reparando nos posts dos outros e dizendo bobagens criticando e tambem corrigindo qualquer erro que a gente possa cometer ora somos humanos todos erramos. meu teclado nao tem acento mas o cara ai ficar me enchendo falando que nao sei nada de gramatica e que nao sei escrever ai ja e demais ne. sao pessoas que vivem para os proprios umbigos e concerteza devem ter tudo nas maos porque os pais sempre deram nunca precisaram trabalhar nem sustentar familia. com certeza sao eles que proliferam o psdb no poder e que ficam ai repetindo que o senna era o melhor. coitadinhos.
Eu não sei se vc vai cancelar sua assinatura, mas eu estou cancelando minhas visitas a esse blog.
RESPOSTA DO FG:
Jura? Pensa direito, vai. Vamos fazer assim: pensa direitinho uns dez anos e depois volta, ok?
Passo a ler esse blog a partir dessa matéria.
A foia deixei de ler a 15 anos.
A óia nunca li, graças a Deus.
A joven cansada pan, nunca ouvi.
Flávio, PARABÉNS!!!
Vou imprimir esta matéria para entregar para alguns amigos.
Recebo semanalmente e-mail e panfletos para receber gratuitamente por 15 ou 20 dias a folha, eu aceito só para poder cancelar e dizer o quanto eles são parciais em suas matérias sobre política.
O jornal tem que informar exatamente o que esta acontecendo, como diz o Mino Carta “o factual”, deixar para dar a sua opinião no editorial, agora inventar notícias, ou esconder os fatos é triste ou desonesto mesmo.
A folha só sabe falar mal do PT, e o que ela tem a dizer do psdb que esta há 14 anos governando SP, e só faz piorar as condições de seus habitantes.
Educação péssima, saúde esta em coma, transporte parado, segurança (esta ótima é o pcc quem diz), etc…..
O serra e o kassab ficam blindados.
Folha, globo e veja deixaram as máscaras cair a algum tempo.
Abraço.
É um que escreve tudo em maiúscula, outro que escreve sem acento (e sem vírgula, e sem concordância verbal, nominal, enfim, sem gramática da língua portuguesa) mas o que importa é ver que com a maioria que aqui freqüenta a bandeira da Alemanha Oriental e da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas estão imperando sobre as da União Européia e dos EUA, né Flávio?
Curiosidade: Hürth-Hermülheim fica de que lado da Alemanha?
FG… vc foi direto… atingiu o ponto a ser levado em pauta…
Ao menos esperamos q alguém de lá tome uma atitude…. jah q nosso pais não tem mais jeito, alguns da imprensa como vc suplicam por mudanças necessárias…
Brilliant!!!
Grande FG.Concordo em gênero,número e degrau.Cancela esse folhetim.
Já disseram: “Demorô”! (Com exclamação!)
Deixei de assinar a Falha de SP já nos primeiros anos noventa do último século do milênio passado.
USA Today na veia. Isso lá era projeto de jornalismo moderno? A Falha só teve isso sob Cláudio Abramo, lamento FG.
“Lamentavelmente” tive contato com o Quino em meados dos anos 1970, no auge de minha adolescêncioa, via Mafaldita:
“Se metade do que acontece não sai nos jornais”; “E metade do que os jornais publicam não é verdade”; “Logo, os jornais não existem.” (Não é uma transcrição literal da tirinha.)
Ou uma pichação em uma greve de jornalistas nos anos 1980:
“Não compre jornal. Minta você mesmo”.
As alternativas estão na internet e em uma ou outra rara publicação impressa.
Pode colocar seu lapitópi na mesa no café da manhã.
Abraço.
Ciro
Caro Flavio, assim neste rumo vc acaba morando em Cuba, dono de um (já é) Lada. Que pena. Mas vc ainda tem salvação, é so seguir falando de automobilismo.
Ab.
Olá FG,
Depois do Prof. Belluzzo (quesito: assuntos borings) você (quesito: o que realmente importa na vida) é meu guru. Se as condições materiais de subsistência me libertassem do moinho satânico capitalista, deixaria de ser professor do curso de economia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para trabahar como mecânico voluntário do 69 e como auxiliar geral do GrandePrêmio! Concordo plenamente com sua análise acerca da maneira por meio da qual o argumento principal da matéria de capa foi construído e com sua opinião política sobre a Folha. No entanto é necessário relativizar um pouco seu comentário de que a economia vai bem e a recessão é apenas um fenômeno técnico. As mediações, como você mesmo sabe, são bem mais complicadas que isso.
Abraços
FLAVIO SEI QUE ODEIA LETRA MAISCULA MAIS NÃO TEM COMO.
SEMPRE FUI SEU FÃ POR SER UM JORNALISTA IMPARCIAL E COM O TEMPO MINHA ADMIRAÇÃO FICA CADA VEZ MAIOR.
VOCÊ É UM EXEMPLO RARO DE JORNALISTA QUE NÃO TEM MEDO DE FALAR A VERDADE E MOSTRAR A VERDADE SÓ NÃO EXERGA QUEM NÃO QUER VER.
ESTE NEGOCIO DE PETISTAS PSDBZISTA NAZISTA SE LA O QUE NÃO INTERESSA MAIS O FATO É QUE O PAIS MUDOU E MUITO NESTES ULTIMOS ANOS, O SENHOR FHC VENDEU TUDO QUE O PAIS TINHA AS TELES, AS EMPRESAS DE ELETRICIDADES, AS SIDERURGICAS ENFIM TUDO QUE ERA NOSSO SÓ FALTOU PRIVATIZAR O PAIS COM O INTUITO DE QUE SÓ DAVA DESPESAS É ESTOU VENDO MESMO A TELECOMICA NADANDO NAS BURRAS ENTRE OUTRAS.
AS MICROEMPRESAS EM GOVERNOS ANTERIORES MORRIAM CEDO DEVIDO AS ALTAS TAXAS E IMPOSTOS HOJE POSSO DIZER COM CLAREZA POIS SOU MICROEMPRESARIO QUE SE MINHA EMPRESA TIVESSE SIDO FUNDADA NA EPOCA DO FHC COM CERTEZA NÃO EXISTIRIA MAIS.
O PAIS PRECISA MELHORAR, PRECISA SIM MAIS É SÓ OLHAR UM POUQUINHO PARA TRAS E VEREMOS QUE MELHOROU.
FOME, PROBREZA INFELIZMENTE AINDA VAI EXSTIR PORQUE PERGUNTO?
PORQUE NO PASSADO NÃO TINHAMOS INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO E NÃO INSTRUIMOS AQUELAS PESSOAS QUE GOSTARIAM DE APRENDER.
AGORA EXISTE TAMBEM O POBRE FOLGADO ESSE SIM NUNCA VAI MUDAR E OLHA QUE TEM MUITO VIU QUE ADORA POR CULPA NO GOVERNO MAIS NA HORA DE TRABALHAR NADA.
NOSSO PAIS ESTÁ NO CAMINHO CERTO É UM PROJETO PARA LONGO PRAZO INFELIZMENTE PORQUE NO PASSADO OUTROS GOVERNOS ACABARAM MAMANDO MUITO NA TETA DA MÃE PATRIA BRASIL.
AGORA PARA VOCÊS BURGUESINHOS QUE SÓ GOSTAM DE DINHEIRO FACIL E NÃO QUEREM O BRASIL MAIS JUSTO SÓ POSSO DIZER UMA COISA.
A MAMATA TA ACABANDO PODE TER CERTEZA DISTO.
ABRAÇOS AMIGO GOMES
RESPOSTA DO FG:
Tudo bem, mas continuo odiando as maiúsculas em comentários.
Aconselho ao malandrao sabetudo (ou sabe-tudo?) dono do blog a bater um papinho com Reinaldo; chame ele para debaterem algum assunto político. Ahh, chame algum puxa-saco (ou puxasaco?) lulista ou petista para te ajudar.
Na verdade sou leitor assíduo deste blog; de automobilismo tu sacas, porém qdo se mete a falar essas asneiras bolorentas fico com pena. É sério, chego a ficar com vergonha prá você. Ainda mais quando uns petetas que leem PHA e Nassif concordam com tudo que diz. HAHAHAHAHA.
Fique só com os autos. Por favor.
RESPOSTA DO FG:
Fique só com o Reinaldo. Por favor.
Flávio, parabéns!
Nada do que eu escreva aqui, vai superar o que vc disse. Mesmo estando no Paraná, eu sempre lia a FSP, que eu tinha como isento, e que podia se contrapor ao Globo e ao Estadão. Assim como eu lia a Veja, de uns anos pra cá, esses veículos se tornaram impossíveis de ler sem dar enjoô, sem causar náuseas e/ou revolta. Panfletos reacionários com verniz.
E o pior, sempre tem banquinhas de vendedores nas portas das universidades, com promoções e tals para tentarem angariar leitores, faz parte do jogo de venda, mas é rídiculo, estudante que se preza não lê essas porcarias, ou lê, pra poder criticar, mas não assina, não vira cliente. E por mim, a FSP, GLOBO, VEJA e similares podem quebrar e desaparecer que não farão falta, talvez em alguma estatística de PIB, mas quem se importa, esses numeros não traduzem a realidade brasileira, pois a pergunta não é se o Brasil cresceu ou deixou de crescer, e sim, para QUEM cresceu, por que os ricos, as grandes empresas veem qualquer crise, pelos olhos de uma diminuição dos lucros, e não alteram muito seus padrões de vida, e o que fazem é mandar gente embora, não pensam sequer em rever seus próprios conceitos, crise quem paga é sempre o povo. E o povo brasileiro, não está sofrendo mais que antes, mesmo com a crise, aliás, acho até que os tais Programas Sociais tem surtido efeitos positivos. Receção em manchete da Folha, pra mim, é sinal de desespero da oposição (que manda na FSP) e de antemão sei que é, ou mentira ou exagero.
Bem, um grande abraço, leio e assisto sempre, tanto seus escritos como os programas da ESPN.
Alnary – Ponta Grossa-Pr.
[i]Em tempo, PSDB, FHC, etc são de esquerda também na minha opinião, de centro, mas de esquerda.[/i]
Como alguém pode ser de centro, mas de esquerda?
Tem como o sujeito ser palmeirense, mas torcer pro Corinthians?
Tem como ser azul, mas ser vermelho?
Expliquem-me, si vous plait.