THOSE NICE BRIGHT COLORS

SÃO PAULO (e o mundo vai chegando ao fim) – Li hoje nos jornais de folhas que a Kodak vai parar de fabricar os filmes Kodachrome. A marca é usada desde 1935. O motivo é o mesmo que fez a Kodak fechar, nos últimos meses, várias de suas fábricas de películas pelo mundo: a invasão definitiva das digitais.

Que são ótimas, mas banalizaram o ato de fotografar. Hoje se fotografa qualquer coisa, o tempo todo, para colocar no orkut, no facebook, no msn, no twitter, em todo lugar. E pouca gente vê.

A Kodak explicou que hoje mais de 70% de seu volume de negócios é ligado à tecnologia digital. Os últimos rolos de Kodachrome serão doados a um museu. Um dos problemas para seus usuários é que apenas uma loja no mundo, a Dwayne’s Photo, em Kansas, tem capacidade técnica para revelar devidamente fotos batidas com Kodachrome, processo que exige um produto químico qualquer que já não se encontra mais.

É por isso que estou me inscrevendo na Sociedade Lomográfica Internacional. O equipamento já chegou. Em breve estará nestas páginas digitais. É a resistência analógica, silenciosa, que começa a se espalhar pelo mundo.

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Danilo Viana
14 anos atrás

“É a força da grana que ergue e distroi coisas belas”
O imediatismo das tribos urbanos não nos dá espaço para fotografar com peliculas, os clientes querem tudo cada vez mais rápido, hoje precisamos ser cada vez mais fast, fast, fast… como o food!!!
Acredito que películas fotográficas hoje abandonadas serão um certo nicho de mercado, para quem verder, revelar e ampliar… Como o vinil! Que hoje é procurado por muitos em lojas especializadas…. tenho grandes raridades em vinil onde o fluxo das músicas parece soar de melhor forma nos lados A e B!

Anselmo Coyote
Anselmo Coyote
14 anos atrás

Flávio,
Vc lê comentários de posts “antigos”? Adorei esse seu post. Tenho alguns rolos de filmes de 100ft (30,5m), Tri-X, Plus-X-Pan, T-Max e Ilford. Não parei de fotografar com filmes nem vou parar enquanto for possível. Estou com o Antônio Carlos. Um macaco medianamente treinado fotografa com uma digital. Seria possível vc voltar a esse assunto? Pelo menos enquanto o automobilismo não melhora um pouco, enquanto não acaba essa politicagem maléfica na F1… O debate foi muito bom.
Um abraço.
Anselmo Coyote.

Bianchini
Bianchini
14 anos atrás

Flávio, são os engravatados de merda com seus MBAs fazendo o mundo ficar mais chato e triste. Minha Zenit 122 está inconsolável.
Abraço.

Paulo Barros
Paulo Barros
14 anos atrás

Este post, na verdade, daria um blog inteiro, pra discutirmos por muito tempo.

No começo, vi a fotografia digital como uma espécie de inimiga. Usava minha Canon A1 e fotografava feito maluco, o tempo todo e não via a menor graça naquelas maquininhas com toda a demora e diiculdade para expressar seus resultados em papel. Mas a coisa evoluiu rápido, muito mais do que eu esperava, e com o tempo fui reconhecendo que os tempos mudaram.

Acho que a discussão sobre qualidade do filme X captura digital, está sendo encerrada. Tudo bem que filmes pode ter milhões de pixels a mais que os formatos digitais, mas e daí, se o olho humano não é capaz de distinguir a diferença? Não faz diferença.

Outros queixam-se da “manipulação” da Imagem. Para mim, isso não existe. Fotografia é uma expressão da realidade segundo o olhar de quem fotografa. Nunca é a própria realidade. Técnicas de manipulação (na verdade, processamento) sempre existiram, apenas estão se modernizando, inclusive ampliando os horizontes da fotografia. Algumas das minhas fotos que mais gosto, feitas ainda com filme 35, tem, propositalmente “flares”, reflexos e distorções. Criam exatamente a imagem que eu tive daquelas cenas. Adoro brincar com estas possibilidades de expressão.

Outra grande vantagem do formato digital, é que ele trouxe o processamento da imagem para as mãos do fotógrafo amador. Antigamente, só o profissional tinha acesso ao processamento de suas próprias fotografias. Quantas vezes passei raiva vendo fotos noturnas, de longa exposição, com luz natural, sendo entregues a mim já “corrigidas” (blergh, que horror ficavam) pelo laboratório. Hoje, com um equipamento relativamente acessível, pode-se fazer o processo todo em casa.

Ainda pretendo manter um pé em cada mundo. Nunca me esqueço da sensação que tive quando vi pela primeira vez, uma foto minha, surgindo como um milagre, de um papel branco, ali na minha frente, num abafado laboratório improvisado em um minusculo banheiro de apartamento, sob aquela aura vermelha, quente e úmida. Não dá para explicar, para quem nunca passou por algo assim. É magico.

Hoje estou sem laboratório, mas meu projeto de reforma de casa inclui um espaço para isso, enquanto isso, velhas companheiras esperam na estante. O P&B é fácil e acessivel, e para iniciar, requer muito pouca prática. Enquanto isso, vou fotografando o que me dá na telha com minha digitalzinha básica, que vem a ser uma Canon S3is. Apesar de não ser uma SLR, faz coisas incríveis para alguém do seu tamanho. Ainda pretendo ter uma boa SLR e umas coisinhas a mais para processa direito em casa.

Ah, e as velhas companheiras: Canon A1, que ainda vai fazer muita P&B. Suas lentes são uma “delícia” para os olhos. Uma Zenit 122 ( made in URSS), para a qual tenho um tubo de extensão, de rosca, que me permite macros que não consigo nem com a digital, e a vovó de todas, uma Zeiss-Ikonta de 1956, com obturador a corda, que funciona com uma precisão increditável. Usa filmes 6×6 e está em perfeito estado de funcionamento. Com essa idade, não merece trabalho pesado, mas rende umas fotos interessantes.

Aliandro Miranda
14 anos atrás

E o cinema, como a gente conhece, também está chegando ao fim.

Dêem uma olhada em http://www.panavision.com/product_detail.php?maincat=1&cat=36&id=375&node=c0,c136,c137

Inúmeros filmes já foram rodados com esta nova câmera.

O mundo está ficando muito sem graça.

Edson Del Rio
Edson Del Rio
14 anos atrás

Acompanhei o desenvolvimento da fotografia nos últimos 50 anos e muita coisa veio e se foi. Cheguei a trabalhar com filme rígido e fotografia de casamento no estúdio (que naquela época chamava-se atelier e era decorado, aos sábados, com flores naturais). Utilizavam-se câmeras de grande formato (18×24 cm) e toda a comitiva (padrinhos, pais, parentes etc.) acompanhava os noivos para a seção de fotos que, no máximo seriam duas ou três poses (uma dos noivos, uma só da noiva e talvez uma com os padrinhos, quando eles é que estavam pagando a conta). Também, como ajudante, acompanhei a utilização de flash de magnésio (erroneamente designado à pólvora).

Trabalhei, como ajudante, fazendo fotocópia, isso é, tirando fotografia de documentos, principalmente daqueles monstruosos diplomas (utilizando filmes em rolo com negativos 6×9 cm) e ganhava-se muito bem. Com o surgimento das termocópias da 3M e depois da Xerox, o negócio desabou e os diplomas ficaram ridículos no útil tamanho A4. Recentemente, um incêndio em meu laboratório queimou todos os meus diplomas e não mais tenho coragem de tirar a segunda via imaginando-os minusculamente miniaturizados.

Fiz fotografia de reportagem de casamento utilizando médio formato (6x6cm) com câmeras reflex ( principalmente a Yashica). Usei a Yashica A em estúdio para fotografar 3×4 e crianças (as mães levavam a criançada para ser fotografada no estúdio) e depois a Yashica Mat que transportava o filme automaticamente, que maravilha! ! ! O flash eletrônico era um pesado aparato operando com bateria de chumbo e vivia pifando! Meu pai concertava os flashes eletrônicos e levava cada choque! Um dia explodiu o condensador eletrolítico e foi um bafafá, felizmente, sem feridos, mas essa é outra história.

Vendi filmes em rolo para as câmeras Kodak Rio 400 (formato 127), para as Kodak Instamatic (filme 126 e utilizando flashcubes), para as Kodak Pocket (110) além do formato 120 para as câmeras Flika (da DFV, que além de câmeras fabricava carburadores), e aquelas câmeras caixotinhos, como a Kapsa pinta azul e pinta vermelha. Vi a fotografia colorida chegar e acabar com o P&B.

Depois foram os 35 mm que no início era uma granulação só, desprezíveis, não dava para fazer uma única ampliação 18×24 cm digna! Mas a Olympus Trip 35, a primeira câmera com regulagem automática, vendia feito água e permitia 36 poses, coisa de louco para a época. A Olympus Pen permitia até 72 exposições, mas o pessoal reclamava que demorava muito tempo para revelar o filme.

Utilizei fotografia preto e branco (papéis Ilford e filmes Tmax “puxados para ISO maiores que 24.000) para fotografia técnica em condições de pouca luminosidade até o início de 2005, quando definitivamente abandonei a fotografia química rendido pela superioridade do “inimigo”. Novamente, num ato de traição, que me acompanha nas últimas décadas, tive que migrar para a nova tecnologia. Apenas uma questão de sobrevivência.

Desde que me conheço por gente, a sobrevivência profissional é uma constante migração para novos cenários. Super 8, Betamax, VHS, lâmpadas incandescentes GE Photo flood, filmes Daylight, ORWO, Agfa, Sakura, além de muitas outras, são palavras que tiveram um grande significado no passado.

Quando criança fazia minhas calças sociais no alfaiate, como toda a garotada, e fazia e minhas camisas na costureira. Hoje somente alguns poucos afortunados podem fazer um belo de um terno sob medida em um alfaiate, virou “Cult”? Assim como a Lomo, que também é “da hora”. Quero fazer minhas camisas na costureira e as calças no alfaiate, dirigir meu fusca 69 e a minha Veraneio com carburador! Quero comer maria-mole de claras de ovos e outras coisas maravilhosas que não se vendem na caixinha! Quero utilizar meu Z80 e o meu Amiga 500 Motorola 68000. Meus relógios de bolso estão quebrados, a máquina de escrever enferrujada e não acho para comprar um vídeo cassete decente! Meus paquímetros são digitais, agora é só CNC na oficina e desenho é eletrônico. E a minha régua de cálculo como fica? Quando adolescente ia a Drogasil e comprava, no balcão, um litro de éter sulfúrico PA do Laboratório Herzog para colocar nos motores de aeromodelos. Hoje, será que eles venderiam éter para um distinto professor universitário de cabelos brancos?

Anselmo Coyote
Anselmo Coyote
14 anos atrás

Carlos, sua Zenith é a 120 ou 220? Tenho uma objetiva dela: 50mm f/1.8.
Flávio, só para te matar de inveja: Minha Leica M6 continua impecável, com 03 lentes Summicron 90mm f/2.0, 35mm f/2.0 e 50mm f/2.0. Tenho ainda duas FM2 Silver, com objetivas 80mm f/2.0, 20mm f/2.8 e 50mm f/1.4. Uma Yashica MAT 124B Twin lens, 80mm f/2.8. E o xodó: uma SX-70.
Qualquer dia te falo dos meus 02 ampliadores e de todo o meu lab.
Abs.

Decio
Decio
14 anos atrás

Exintem coisas, que não tem a menor importancia !

Para, todas as outras o tempo destruirá…

Marcelo Barbosa
Marcelo Barbosa
14 anos atrás

Um marco e tanto hein, putz Flávio. Esse mundo está se transformando mesmo diante de nossas fuças, e sem piedade.
Eu soube ontem, achei a notícia do ano.

E ainda dirão “…na “era Kodachrome” um diapositivo 35mm era capaz de armazenar o equivalente a 3 Gb de informação”….

E o velho lab. Era muito bom ver uma imagem nascer suave de um banho sob aquela luz laranja tenue…
Um dia volto. Mas será que encontrarei material?
ah, volto nada…

Abraço!

Claudio Pessoa
Claudio Pessoa
14 anos atrás

Quem curte fotografia vai sentir falta. Lamentável! Sim, o mundo está acabando, mas pra mim o derradeiro dia será quando anunciarem o fim do TRI-X 400. Aí sim terei certeza que o mundo acabou.

Antonio
Antonio
14 anos atrás

Esse caminho nao tem volta

Só espero que as digitais melhorem a qualidade e o custo ,que ainda deixam a desejar.

na festa junina da minha filha um amigo foi tirar a foto e na hora H.. ops cartao cheio…

ou entao ops.. acabou a bateria..

Marilia Compagnoni Martins
Marilia Compagnoni Martins
14 anos atrás

e eu ainda não comprei uma maquina digital. Seilá, acho q as fotos banalizaram, a pessoa clica, olha no visor diz: “outra q essa eu não gostei”

mantenho a Pentax básica manual

PAULO
14 anos atrás

ISSO É PARA A TURMA QUE JÁ PASSOU DOS CINQUENTINHA (EU NESSA) SE TOCAR QUE OS TEMPOS MUDAM, SÃO OUTROS.
PAUL SIMON & ART GRANFUNKEL ESTÃO MAIS TRISTES, NÓS ENVELHECENDO A CADA DIA.
BONS TEMPOS QUE NÃO VOLTAM MAIS.
“RODA” PARA A FRENTE.
BJS

Oto
Oto
14 anos atrás

A revelação tradicional, por ser resultado de efeito químico, age no filme e no papel a nível atômico. São os minúsculos átomos modificados que dão uma qualidade que atualmente poucas digitais conseguem. No entanto, sou da opinião oposta que a foto foi banalizada e ninguém vê. pelo contrário: É só observar quantas fotos e vídeos circulam por youtube. Quantas dúvidas da F1 foram clareadas com vídeos amadores do pessoal da arquibancada. (vide hamilton fazendo lambança atrás do safety car numa corrida com chuva que não lembro qual foi). Acho que a era digital perdeu na arte, mas ganhou na comunicação / conectividade / network, ou seja lá qual for a palavra da moda ….

Ros
Ros
14 anos atrás

Bom, isso já era previsível há alguns anos, quando a AGFA faliu.
Aliás, o fim desta coincidiu com o fim do uso das minhas velhas Canon A-1 e EOS-Elan.

Lince
Lince
14 anos atrás

Quando surgiu a fotografia os pintores falaram a mesma coisa da novidade. Agora com o enterro da fotografia “analógica” dizem a mesma coisa da tecnologia digital. Não houve banalização e sim uma democratização da fotografia, o que era privilégio de alguns agora esta ao alcance de muita gente.

Quanto a qualidade e besteira, as fotos digitais não ficam devendo nada as de filme desde que ambas sejam feitas em equipamento de qualidade. O número de pixes é importante mas a qualidade da lente é mais ainda.

Foi a mesma coisa com o fim dos Lps, fim do Carburador, fim dos relógios mecânicos e mais um monte de coisas do passado.

Olavo Ito
Olavo Ito
14 anos atrás

Pois é Kodakchrome, give us the green of summers, so mamma don´t take my Kodakchrome away…
Paul Simon da década de 70. Que saudades…mas I’m Still crazy after all these years.

[]s
Olavo

Léo
Léo
14 anos atrás

Vai querer ser do contra assim lá longe. Só falta agora querer digitar o blog numa máquina de escrever.

Mário Sérgio
Mário Sérgio
14 anos atrás

Estar no momento certo, no lugar certo para focar e registrar as coisas como elas são, conseguir dar a uma fotografia tons alegres e tristres, tudo em um ângulo perfeito e quando olhá-la ela nos contaria tudo o que se passou naquele momento, poderiamos até “ouvi-la” se entregássemos à imaginação.
Flavio (agora grafando certo) ainda confio no olhar do cara, no oportunismo, na sorte que ele carrega e no tato que ganhou em anos no quarto escuro e em milhares de rolos de filmes e portanto, não temo o fim da fabricação do kodachrome , mas sim o fim desses profissionais da foto.
Mesmo sem sua petição vou contribuir citando aquela foto do einsten mostrando a língua é em minha opinião a melhor foto já feita da história, seja analógica ou digital.

Verde
14 anos atrás

Empresas relacionadas à fotografia estão entre as minhas favoritas. Fuji, Kodak, Polaroid, a antiga Konica Minolta.

Nem é porque eu goste ou entenda do assunto. É um ramo simpático da indústria, relacionado à arte. E também porque essas empresas tem dos logotipos mais legais da história.

E concordo. As fotos banalizaram. A única coisa que se salva na fotografia digital é a possibilidade de aplicar efeito sépia com facilidade. O que também foi banalizado.

Fora a qualidade. Não me lembro aonde vi, mas uma fotografia vinda de máquina analógica possui a resolução equivalente a uma fotografia de máquina digital de 12 megapixels. Fora essa coisa deprimente chamada zoom digital. Enfim, argh.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
14 anos atrás

Dias desses peguei mais de 20 fimes que estavam jogados num armario lá de casa e fui revela-los.

Impressionante… sairam todas as fotos…apesar de estarem bons anos…isso mesmo… ANOS… jogados no fundo do armario.

Acho que a pouca luz e a baixa humidade ajudaram na conservação.

Fotos esquecidas. Foi muito legal a apreensão que a revelação das fotos causou em todos… “só ficava pronto no domingo”… e com essa resposta tivemos que passar tres longos dias a espera dos resultados.

Uma “Festa Junina”… um passeio a Campos de Jordão… um Natal e um Ano Novo, entre tantas outras coisas, que voltaram de repente a memória de todos… foi bem legal mesmo.

Certamente isso é impossivel atualmente, tenho um celular da Sony Ericsson que é na verdade uma maquina digital que efetua ligações telefonicas, mulher e filhos com celular equipados com cameras e no dia dos namorados dei uma Camera Digital para a minha esposa, resumindo: é foto todo dia e a toda hora.

Muito estranho a entrega do presente a minha esposa, ela chorou como é de costume… mas recuperada da emoção foi logo dizendo a todos que a camera “Canon” (que utiliza filmes) ainda é de uso exclusivo dela… traduzindo… “é de uso exclusivo das forças armadas lá de casa”

Realmente o mundo anda mudando muito, mas não posso deixar de lembrar o que o meu Pai sempre diz…”tempo bom para se viver??É hoje… quando era muleque nem sapato eu tinha para ir a escola… e olha que o meu Pai sempre trabalhou muito para nos sustentar”.

Super Abraço

Imperador Ricardo Bigliazzi.

Antonio Carlos
Antonio Carlos
14 anos atrás

Pô Vitor, então eu mudo: A velha tecnonogia era mais legal e necessitava de conhecimento das maquinas.
Hoje, um macaco mais ou menos ensinado tira foto digital, e até escreve e-mails.

Leonard
Leonard
14 anos atrás

Acho que vocês são saudosistas demais, tudo tem um início um meio e um fim. Uma boa foto digital e uma boa foto de filme serão sempre boas fotos, a tecnologia tem que avançar é isso que nos impulsiona.
Atentem para a minha colocação: Não é política, religião ou nenhuma outra instituição que nos trouxe bem estar e conforto nesses tempos, a única coisa capaz disso é a tecnologia e a ciência.

Cleiton Pessoa
Cleiton Pessoa
14 anos atrás

E tu não tem um flickr para postar suas fotos?
ainda encontramos muitas fotos legais por lá… experimente

Victor Alvarez
Victor Alvarez
14 anos atrás

Concordo com tudo menos com a frase:
‘Hoje se fotografa qualquer coisa, o tempo todo, para colocar no orkut, no facebook, no msn, no twitter, em todo lugar. E pouca gente vê.’
O que pouca gente vê são as fotografias do ‘álbum’ da mamãe. Elas só são vistas quando os vou na casa dela e mostro pro meus filhos. E ainda tenho que escutar: ‘Põe no orkut, papai!’

Leonardo
Leonardo
14 anos atrás

Oi, Gomes,

Compartilho com você a tristeza de ver mais um ítem lendário ser descontinuado pela indústria fotográfica. Eu ainda tenho em casa muitas coisas do meu pai: dois reveladores, muitas garrafas de produtos químicos e muito papel fotográfico todos antigos e sem mais condições de revelar com qualidade…não consigo me desfazer, pois tenho pena e sinto muita saudade dos velhos e bons tempos do laboratório escuro com luzes vermelhas..

abraços.

João B. Valim
João B. Valim
14 anos atrás

Isso sem falar da fonte de inspiração para gênios como Paul Simon e Art Garfunkel.

Fica aqui uma sugestão para um Radio Blog em homenagem à Kodachrome.

http://www.youtube.com/watch?v=UcR_LvorN_0

Alex Martins
Alex Martins
14 anos atrás

Acho que o lugar de produtos como esse é mesmo o museu. A Kodak esta atras de lucros, a coisa não anda boa por lá. Produzir o que o publico quer e vender é a saída obvia a qual ela tem resistido a anos. Chegou a hora da verdade. Ou vende ou está fora.
Mundo cruel assim? Mude-se para a lua quem não gostar.

Victor
Victor
14 anos atrás

Hahahaha Pô, Antonio Carlos

“(…) a velha tecnologia é muito melhor.”

…NOT!

A velha tecnologia de fotografia apesar de ser mais nítida – 20 milhões de pixels do filme (estimado) contra 5 ou 6 (em média) das digitais – é muito mais “crua”. Ou seja, as máquinas não se ajustam a cada foto, não possuem nenhum tipo de ajuste automático que melhore a captura da imagem. Então, com uma câmera digital razoável é bem provável que sua foto fique muito melhor do que numa câmera de filme. Sem falar que nas digitais você pode tirar a foto milhares de vezes até ficar da maneira perfeita e que, eventualmente, a quantidade de pixels vai aumentar até ultrapassar o filme.

Sem falar nessa história do vinil e do CD. Pior é que é briga de caras na era pré-cambiana contra caras na mesozóica. Duas tecnologias ultrapassadas.

Essa história de que as tecnologias antigas são absolutas só serve para saudosistas e macacos que não conseguem aprender truques novos…

Mirtes
Mirtes
14 anos atrás

Da mesma forma que os mais puristas acreditavam que o cinema falado era inferior ao cinema mudo, que a televisao mataria o teatro e a fotografia acabaria com pintura… agora é hora de jogar pedra nas máquinas digitais? O que faz a diferenca é quem está por trás das lentes, nao o aparato. Acho que o verdadeiro romantismo nao está nas coisas materiais em si, está na forma como enxergamos o mundo.

Conde
Conde
14 anos atrás

Como vc fala sempre : O mundo está ficando cada vez mais chato.

Viscondi
14 anos atrás

Caro Gomes,

Segundo estudos realizados na Inglaterra, por cientistas mesmo, chegou-se à conclusão que cerca de 70% da memória visual gráfica do mundo, gerada e armazenada em sistemas digitais, estão irremediavelmente perdidas.

Isto se dá pela perda, pelos cidadãos comuns, de suas fotos e de seus filmetes, seja por deterioração direta dos meios de armazenamento, seja pelas alterações de tecnologia ou defeitos em seus equipamentos de memória.

É uma coisa preocupante, não acha? Eu mesmo já perdi algumas fotos armazenadas no disco rígido de um dos computadores daqui de casa e de uma forma prozaica, meu filho, sem noção do que estava fazendo, “formatou” o disco para ver se acelerava a realização dos seus “downloads” e foi tudo pro sal.

Marcelo Migliorini
Marcelo Migliorini
14 anos atrás

quando eu falo que tiraram toda a graça de tirar foto sou chamado de velho…

realmente era toda uma emoçao diferente, bater as fotos (e tinha que ser bem por que eram apenas 12, 24 ou 36), trocar o rolo, mandar revelar e esperar anciosamente para ver o resultado e torcendo para que o momento x estivesse registrado.

tambem sempre achei que a fotografia digital banalizou este ato, e o ato de como pensar em uma fotografia nao eh mais pensado

Maurício MV.
Maurício MV.
14 anos atrás

Nenhuma digital consegue me cativar tanto quanto minha boa e velha Zenit fabricada na Bielorussia.

Cabra
Cabra
14 anos atrás

Era morte anunciada a do Kodachrome e acho que nem são os fotógrafos os que vão sentir mais falta mas, especialmente uma leva de cineastas.

Quanto ao filme em geral, aqui no Brasil está ficando uma desgraça. Lá fora, no entanto, o “movimento” continua razoavelmente forte com velhos (e novos) adeptos, porque a fotografia digital ainda é uma tecnologia nova, imatura e cheia de falhas.

Quando o cinema parar de rodar filmes em película é que provavelmente será o sinal de que o digital chegou num patamar suficiente de qualidade. Creio que teremos uns bons anos até isso acontecer.

Até lá, como gosto de sofrer, vou continuar fotografando em filme 120 com uma soviética pra lá de temperamental.

Roberto
Roberto
14 anos atrás

Flávio Gomes, você é dos meus.

Existe ainda álbum de família? Dia desses vi uma propaganda de máquina digital dizendo “crie seu álbum virtual”.
Sou filho de fotógrafo. Meu pai morreu há 10 anos e nunca mais tive câmera alguma. Nunca vou-me esquecer de como ele achava bela a história da Polaroid. O filho do inventor dessa máquina perguntou se não dava para tirar a foto e a imagem tirada sair intantaneamente. Daí o cara fez a Polaroid.

Creio que dessas invenções que estão em voga a melhor foi o mp3, mas nem isso tenho.
Pego vinis da minha avó para ouvir. De mais moderno travo nos anos 80.
Celular nunca tive.
Especializei-me em filmes de movimento de vanguarda. Uma pena eu não ter mais vídeo-cassete também. Há filmes que a era DVD não conseguiu resgatar, porém a internet, às vezes, ajuda aos retrôs.
Literatura só da marginal etc.
Talvez daqui 20 anos eu me acostume com a época de hoje e me atualize (risos).

Alguém sabe o nome daquelas máquinas de tripé que tinha um pano preto e o flash entontecia?

Fabio Bill T. Aggio
Fabio Bill T. Aggio
14 anos atrás

Viva a resistência analógica!

É uma pena que a foto analógica esteja sumindo do mercado. Sempre adorei fotos assim.

Carlos
Carlos
14 anos atrás

Para fazer inveja ao FG … tenho uma máquina que nunca usei, que era o xodó do meu pai, uma Zenith … Made in USSR

Leonardo Felix
Leonardo Felix
14 anos atrás

Depois de praticamente ser varrida do mapa, como os vinis, vão voltar a virar moda depois de um tempo, as máquinas digitais.

Vai virar modinha de gente “cult”, assim como os vinis e aquelas bandas que tocam com aparelhagem dos anos 60.

Enfim, é o que as inovações tecnológicas, que todo mundo tanto ama, e que quase sempre começa na indústria bélica, trazem como consequência.

Gustavo Reis
Gustavo Reis
14 anos atrás

Ao Vinicius Duarte: Fotos são manipuladas desde sua criação. A manipulação é inerente à fotografia. A Alemanha nazista fez isso aos montes. Faziam através da combinação de negativos no laboratório, durante a ampliação.

Ao Minoru: As digitais, sim, superam sim, a qualidade dos bons ‘cromos’. Não é questão do meio de registro na câmera (filme ou CCD) mas sim da lente. Compare as fotos de um celular atual com 3.2MP com as fotos das primeiras Cybershots (de 5 ou mais anos de idade) e você verá claramente a diferença.

Daqui a 1 ano e meio defenderei minha dissertação de mestrado, onde talvez eu aborde esse tema. Mas quem não quiser esperar até lá para discutir o assunto, pode visitar a Photo Image Brazil no mes de agosto, aqui em São Paulo.

Anselmo Coyote
Anselmo Coyote
14 anos atrás

FG,
Não acredito que li isso. Estou cheirando a D-76, ácido acético glacial e a fixador. Acabei de sair do meu lab, radiante com um Plus X-Pan, 125, ainda úmido, que acabei de revelar. Juro que volto a falar sobre esse post. Adianto que meu amigo mais próximo nos últimos tempos tem sido Ansel Adams e seu livro The Negative, da trilogia The Camera, The Negative and The Print,
Um abraço aos Flávios, o Gomes e o Damm (vc conhece este último, Flávio?).
Abs.

Bugre
Bugre
14 anos atrás

Fui dar uma fuçada na internet e descobri que a Leica M8.2, de 10.3 megapixels está saindo por US$6.000,00 (!!!). Deve tirar fotos fantásticas. pelo menos ninguém deve pensar em roubar uma câmera dessas: http://en.leica-camera.com/assets/gallery/4697.jpg

Bugre
Bugre
14 anos atrás

Depois que a Leica lançou suas digitais (lindas, com corpo retrô), acabou-se a era dos filmes fotográficos. Quando ainda saía caro uma câmera digital, vendi minha Pentax MZ-50 com 2 objetivas zoom (uma de 300mm que tirou belas fotos da F1) para comprar uma Sony Cybershot. Fiquei maravilhado com a facilidade de transporte, possibilidade de fotografar tudo e apagar as porcarias depois, fazer filmes, etc.. Mas um tempinho depois me arrependi ao perceber que a qualidade das fotos da minha reflex Pentax era muito superior à da Sony. Felizmente as reflex-digitais estão com preços cada vez melhores. Logo pretendo deixar a “aponte e fotografe” com minha mulher e comprar uma Nikon reflex digital.

Arnold
Arnold
14 anos atrás

Se dependesse de vc Flavio estariamos no tempo das diligências ou das cavernas..o mundo evolui meu amigo!! ACORDA…

Leonardo
14 anos atrás

Eu tenho minhas analogicas baratas: a clássica Olympus Trip 35 e uma Kodak de plástico, vendida por 20 reais com filme e pilha.

Nada supera um filme revelado e digitalizado a partir do negativo. A dica é essa. digitalizar o negativo, a qualidade é insuperável. Basta procurar no Flickr os grupos como “I shoot film”

Flavio, não sei como voce anda em relação às Lomo, cuidado com as falsas lomos, toy cams chinesas frageis e sem qualidade. As Lomo boas de verdade são a LC-A, a Holga e a Smena.

Léo Engelmann
14 anos atrás

Uma revolução muito mais barulhenta do que o silêncio de uma fotografia é a dos vinis. Eles estão voltando, sim.

http://www.feiralivredovinil.blogspot.com

Vinicius Duarte
14 anos atrás

Com o premente fim da fotografia “analógica”, não poderemos mais admitir fotografia como prova de qualquer ato. Os “Photoshopeiros” estão fazendo coisas incríveis. Dias piores virão, aguardem.

Silvio Roesler
Silvio Roesler
14 anos atrás

Romantismos de lado, o progresso eh inevitavel, e bom!
A fotografia digital democratizou o ato de fotografar.

Lucas Carioli
Lucas Carioli
14 anos atrás

Também sinto saudade das inesquecíveis Polaroid com – aqueles sim – verdadeiras forografias instantâneas, de papel sem precisar de telas. O barulho delas era tão original e inesquecível quanto o motor de um Fusca.

Ricardo Laika azul CCCP
Ricardo Laika azul CCCP
14 anos atrás

Se quiser te empresto minha soviética Zenit 12xp ou a Ucraniana FED 5c ( cópia das Leicas segundo as más linguas) ambas em plena atividade…