A NOTÍCIA DO ANO
SÃO PAULO (essa sim) – Jason Vôngoli descobriu no caderno carioca da “Quatro Rodas”, numa edição de 1965, esse anúncio aí. Incrível. Wartburgs vieram, já vi alguns. Mas Trabis? Putz grila. Acho que não. Em todo caso, fica o registro. Se ninguém comprou, é porque não quis. Que os motoristas do Brasil não reclamem de seu destino inglório, que desembocou em Corollas e similares.
Seu Flávio, aqui em minha cidade (Florianópolis), há um Trabant, dos mais recentes, há muitos anos… ele é de um verde acinzentado.
Flavio,
Escutei no rádio que a Renault vai relançar o Gordini. Já pensou??
Puta merda, o anuncio fala também das motos MZ, já tkinha até me esquecido delas, era um sonho de infancia
Olha como usavam o rally para fazer marketing atestando o carro. Se ganha no rally, aguenta qualquer coisa. É por isso q amo o rally!!!
E os de 1965 eram iguaizinhos aos atuais. Aliás, desculpe a ignorância, mas ainda são fabricados?
Flávio, eu sei que aqui não é o melhor lugar, e que provavelmente vc já recebeu isso milhões de vezes, mas vale. Esta é uma série de reportagens do portal Vrum sobre os automóveis do bloco oriental.
Espero que goste.
http://noticias.vrum.com.br/veiculos/template_interna_noticias,id_noticias=33335&id_sessoes=4/template_interna_noticias.shtml
http://noticias.vrum.com.br/veiculos/template_interna_noticias,id_noticias=33366&id_sessoes=8/template_interna_noticias.shtml
Só mesmo o JV para achar algo desse naipe. Inacreditável !
Anos depois as motocicletas MZ citadas no anúncio chegaram a ser importadas mas parece que foi apenas um nao ou dois e acabaram por virar mico já que ninguém quer comprar sem falar nas peças de reposição que não existem.
Acho que não, foram vendidas no Brasil pela empresa que fazia as FBM, se bem me lembro. Eu tive uma FBM.
As motos MZ também eram da RDA? Santa Ignorância a minha… andei circulando numas durante a década de 80/90. Só lembro do motorzão quadradão, com aletas de refrigeração enormes fazendo parte do quadro (sem aquela história de berço duplo). Lembro também que o representante brasileiro armou uma “expedição” com jornalistas brasileiros saindo da montadora de Manaus rodando até o Rio Grande do Sul. As motos aguentaram, não se pode dizer o mesmo da bunda de alguns colegas malacostumados com as manhas do motores 2T.
E sumiram, né. MZ-Simpson… sobrou alguma por aí? Eram bonitas e andavam bem…
Trabi virar linguote é meio difícil…
Gomes, aquele Trabant que você mostrou no Limite, com a placa preta com número 1971, veio via diplomática? E aquele que tinha na Ulbra, alguém sabe? Aliás, muitos dos carros antigos importados que temos por aí foram de embaixada, e alguém achou que não compensava levar de volta para o país de origem…
Estranho é como um carro de mecânica simples e baixo custo de fabricação não ter sido produzido aqui.
“Se ninguém comprou, é porque não quis.”
Faz sentido!
Interessante! Mas, tomando esse anúncio como base, realmente não há indícios de que os carros entraram no Brasil. Pelo menos os Trabant…
Para os Wartburg, havia essa tal Benno S.A. Mas para os Trabant, apenas procurando a representação do país. Não sei como eram as condições de taxas para importação naquela época, mas talvez fosse economicamente inviável trazer os Trabis.
Os Wartburg chegaram a ser importados sim.
Alguns com pintura saia e blusa, que deixavam o carro muito simpatico, alem do charme do motor 2T.
Acredito que não tenha vindo nenhum Trabant na época.
O Trabi, só fomos conhecer de perto agora, com a liberação da importação de carros antigos e classicos.
Pelo menos o Wartburg não devia fazer feio frente aos carros brasileiros da época.
Mas de 1965 em diante foi recrudescendo o regime militar e aí não houve chance pros carros da DDR (e também pra muitos outros importados, mas por motivo diferente).
se eu tinha alguma dúvida sobre qual antigo comprar, nao tenho mais.
Wartburg 1000 é o carro. iniciarei as buscas rumo a 2010.
Eu ja vi um Trabant “perua” aqui no Guaruja, mas nao tive a oportunidade de falar com o dono… Estava meio enferrujado…
Enferrujado?? Esse deve ser raro mesmo… eheheh.
Só mesmo Jason para desenterrar essas preciosidades arqueológicas. Mas, pelo anúncio, parece que eles estão fazendo publicidade para o comprador e também para algum investidor/revendedor interessado na importação. Acredito que possam ter aportado um ou outro por aqui. Vale a investigação. Eu nunca ouvi de Trabis no Brasil.
Como disse meu amigo Mario Mesquita: se teve virou lingote nos anos 70.
Ô luis. Lingote não, farofa… Que nem o Paulo César Pereio nos comerciais daquele refrigerante: “Agua não! Farofa…”
Vongôli, esse é o cara. O mais curioso além da menção dos carros no Brasil é o consumo, em padrão DIN litros por 100 km. Não usado por aqui, o que indica que o anúncio pode ter vindo pronto de Berlim
Perfeito…consumo em litros/100km… se fosse km/litro seria autonomia e não consumo. No Brasil utilizamos a denominação errada!
DISCORDO !!!!!! Tanto uma medida quanto a outra é consumo, o que acontece é que com a medida usada no Brasil a conta para autonomia já é feita direta, da outra forma temos que achar a medida brasileira e multiplica-la depois pela quantidade de gasolina que voce dispõe ou a capacidade total do tanque, apesar dos pesares a medida brasileira é muito mais precisa , pois a medida alemã prevê o uso de uma constante ( 100 km ) aleatória que deve ser desprezada como o “x” de uma questão, portanto a medida usada por nós é mais simples, nem tudo que fazemos ou usamos é o pior……
Aquele Wartburg lembra um carro que conhecí chamado Consul, que em 1970 já era velho. Alguém sabe alguma coisa sobre o Consul?
era do Opel alemã.
Só a geladeira.
Provavelmente não entrou nenhum. O governo de João Goulart caiu em abril de 64 e com os militares no poder, é lógico pensar que as relações com o bloco comunista tenham ficado um tanto abaladas.
Eu tenho curiosidade de visitar estes endereços, para ver o que funciona hoje!
No endereço da Santa Ifigênia em Sampa funciona uma empresa de rolamentos…
Q preconceito. O próprio anúncio prevê a “possibilidade de fornecimento apenas dos Wartburgs… O Trabant do anúncio era apenas pra dar vontade aos motoristas brasileiros…
35-0985. Vou ligar lá e fazer um financiamento de 72 meses de um Trabi prata flex com ar condicionado e motor 1.0.
Espetacular. Adoro importadoras independentes.
Aqui em casa tão chamando o Trabbi de DKW de plastico! Infamia! ;)
“Visite-nos na feira de aniversário em Leipzig”.
Que tal essa? hehehe!
Se eles vieram, devem ter virado farofa. Os anos 70/80 foram mortais para muitos carros pré 1970, não valiam nada e acabavam indo pro lixo. Pena.
Medalhas de ouro? Naquela época não existia o CONAR…
Que tal o detalhe do anúncio; “possibilidade de fornecimento de automóveis…”. Não falavam em venda! Pode?
Fantástico, nunca imaginei que tivesse tido importador oficial de Wartburg e Trabis no Brasil. Será que não veio nenhum Trabi 500 também não?
Aproveitando, pra quem gosta da Alemanha Oriental, visitem o meu blog sobre a gloriosa DDR
http://ostalgiebrasil.blogspot.com/
Essa é demais… precisamos investigar isso mais a fundo… será que ao menos alguns Trabis vieram ao Brasil, à título de carros de exposição?
Curiosamente na mesma época, o governo do Estado de SP importou para suas ferrovias (Paulista, Mogiana, Sorocabana) locomotivas diesel da RFA, da marca LEW (Lokomotivbau Elektrotechnische Werke) por débitos daquele país com o Brasil. Como era melhor aceitar isso do que o puro e simples calote, vieram as locomotivas e quem sabe teve espaço para os carros também?
E muitas delas rodam até hoje.
16 Km/L ?! Meu Mille Way Economy pena pra fazer isso!!!