MULHER NO VOLANTE
SÃO PAULO (não se veem mais, todas têm insulfilm) – Já recebi esse anúncio 200 vezes, mas sempre esqueço de colocar aqui. Hoje quem mandou foi o Antonio Dourado. O sortudo levou o crédito!
Outros tempos, não? Espero recorde de comentários. Femininos. Podem xingar.
ATUALIZANDO
Ainda bem que a blogaiada é bem mais atenta que o blogueiro. Não li o texto com atenção, mas a turma notou que há erros de português (“conceciónária”, “mão de obras”, “amasar”), históricos (shopping não era algo que se usava dizer na década de 60), de grafia (“$24.95”) e tipologia (não era essa a que a Almap usava nos títulos para os anúncios da VW).
Assim, está claro que caí numa pegadinha. Demorei, até, porque, como disse, recebi esse negócio umas 200 vezes. Mantenho o post apenas pelo inusitado da situação. E podem me malhar à vontade.
ATUALIZANDO DE NOVO
Mas o blogueiro Huller Moreno deixou aí nos comentários um link que mostra aquele que seria o anúncio original, em inglês. Parece verossímil…
Salve as rainhas, ou princesas , sou proprietario de uma oficina de reparações ( funilaria e pintura), e confesso que se não fossem elas minha renda diminuiria em no minimo 40% hshshshs!!!!!
Saindo em defesa da meninas , pode se ver que não foi a motorista do Fusca que causou o acidente, pois o parachoque não esta amassado, assim foi o fusca que foi atingido, rssrrsr
Muito legal! Mais uma pérola publicitária. Quase do nível das de cervaja atuais. Abraços!
Erar eh umano , iço acuntesi inte cuns cademicus dacadimia brasileña di letraz .
Bem, pelo menos hoje em dia boa parte das mulheres trabalha e têm seu dinheiro… Podem ir na “conceCionária”, comprar seu próprio carro e “amaSá-lo” o quanto quiser, ao invés de deixar seus maridinhos preocupados. Tempos modernos!
Peraí : mudança de ortografia é uma coisa. Erro de portugues é outra. Esse anuncio não saiu no Brasil e foi traduzido há pouco só para postagem
Estes erros de portugues são recentes com certeza absoluta. A palavra shopping denuncia isto, pois como disse Flavio era palavra fora do nosso vocabulário nos anos 60/70.
FBF
(fake but funny)
Não sei se existem tantos erros de português assim. Em primeiro lugar, o anúncio original era em inglês e foi traduzido. Em segundo lugar, da década de 60 para cá, muita coisa mudou em nossa ortografia. Lembro que ´nôvo´ tinha o ´^´, e por aí vai.
[]´s.
Parece que a peça original em inglês é autêntica. Eram comuns esses tipos de anúncios, que hoje soam politicamente “incorretos”. Vide os anúncios de cigarros de outrora, onde médicos recomendavam o uso do tabaco!
Porém, lendo os comentários dos colegas acerca dos erros, me parece que a tradução tenha sido feita recentemente para dar a impressão do anúncio ter sido veiculado no Brasil na década de 60.
Duvido que tenha sido, especialmente porque naquela época o zelo com a língua-pátria era bastante grande, (acho que muitos que frequentam este espaço não eram nascidos, mas era a época da turma do “Ame-o ou Deixe-o”). Muitas vezes os textos empregavam traduções de termos (às vezes até perdendo o sentido) para não utilizar termos de outros idiomas. Estes, quando empregados, eram devidamente grafados com destaque em itálico ou entre aspas. Valores sempre apareciam na moeda nacional. Sempre!
Portanto, parece que algum piadista quis brincar com a história, mas não foi muito preciso.
PS: Segue link que indica autenticidade do original em inglês, e traz um anúncio do Dodge Charger R/T, com semelhante teor machista.
http://copyranter.blogspot.com/2009/06/960s-auto-ad-sexism-american-and-import.html
A diferença entre essa época e hoje, é que o preconceito está velado. Assim como todos os outros.
Desculpem minha ignorância (não sou de São Paulo)
Mas o 1º shopping não é a Galeria Pagé??
Não meu caro, a Galeria Pagé é o primeiro shopping do Paraguai.
Esta peça publicitária “não” é fake. É uma adaptação mal feita de uma peça americana da Volks de autoria de William Bernbach. Tem nesse link a peça original http://www.tressugar.com/3501423. Muito boa. hehe
Gomes:
Não é pegadinha. Trata-se de uma propaganda americana que foi traduzida “literalmente” para o português, inclusive se mantendo o preço do serviço em US$. Anúncio dos anos 60 que foi traduzido para várias línguas só para melhor compreensão. A. Dourado
o shopping do méier não conta.
não tem nem estacionamento.
só passou a ter uma loja âncora quando a C&A abriu uma lá.
e até meados da década de 80, nem cara de shopping tinha. a fachada era absolutamente genérica, e a estrutura interna era pouco melhor do que os shoppings populares de hoje (promocenter na esquina da paulista e pamplona, o da rua pelotas na vila mariana, etc.)
Não conta pq não tem estacionamento? Nem os prédios residenciais e casas anos 50/60 não tinham garagem. E não tinham porque carro era um privilégio para poucos. Havia trem, bonde e lotação e as coisas eram feitas para as pessoas e não para os carros. O importante era o conceito de um mix de lojas concentradas em um mesmo espaço, diferente de galerias ou ruas dedicadas ao comércio. Daqui a pouco vão dizer que não é shopping pq não tem wi-fi zone…
não conta. não foi pensado como shopping e sim como galeria comercial, como várias outras no Rio, a grande maioria das quais posteriorente, alteraram seus letreiros para abrigar a palavra “shopping” em suas fachadas.
O preço deveria ser Cr$24.000,95.
Puta merda, fazia tempo que não escrevia Cr$.
Amigo Flávio,
Na condição de crítico contumaz daqueles que espancam cotidianamente o português, sem dó nem piedade, fico feliz em constatar que os “anarfa” acabam se dando mal em algum momento.
E este caso é só mais um.
Me recordo de um veículo roubado, que foi interceptado pela Polícia Rodoviária, pois na placa constava que o mesmo era da cidade de “Frorianópolis”.
Ou seja, não maltrate o português, pois a vítima pode ser você.
Abraços
Haha… e até agora nenhum comentário de mulher!!!! Pegadinha do malandro hein Flávio ???
Tem um erro gravíssimo no texto…
“SUA ESPOSA VAI DIRIGIR ”
Como ela não dirigiu, lógico que também não bateu…
Então quem bateu…
Lógico que foi algum BRAÇÃO !!
Vcs sempre arrumando desculpas !!
Chatos !!!
Propaganda “fake” … além dos “erros” já citados, a frente do carro está amassada , mas o parachoque está intacto …
Muito estranho esse Shopping aí…
No Rio de Janeiro o Rio Sul de 1980, o BarraShoping é de 1981 e o NorteShopping de 1986. Acho difícil um shopping no RJ mais famoso e mais velho que esses 3 pra poder sair numa propaganda.
Muito estranho…..
Tem dois mais antigos:
Shopping Center de Copacabana (1960)
Shopping do Méier (1963)
Super Shopping Center Cidade de Copacabana http://www.rioquepassou.com.br/2006/02/07/
O Shopping da Gávea é dos anos 70, tudo muito antes do Rio Sul e cia.
O mais legal do shopping do Méier já foi: A pista de autorama e a boate Gargalo, um dos templos da era pré-discotheque da zona norte. Alem de uma loja onde comprava meus botões de futebol de mesa…
Tá com jeito de forjado esse anúncio mesmo. Não se falava em Shopping naquela época.
Mas que havia propagandas desse teor, havia. Até tem uma no VocêTubo:
http://www.youtube.com/watch?v=NA1Mzko-5sg
Realmente, eram outros tempos.
Procurei a propaganda original na intenet mas não encontrei. Na verdade, fizeram uma montagem com um anuncio antigo da vw que realmente falava do baixo preço de reposição das peças. Mas nada alusivo ao fato de ter uma mulher ao volante. Os erros de gramática e o termo “shopping” do texto denunciam isso, como observaram seus leitores.
Dizem que essa anúncio nunca “saiu” tendo ficado dentro da agência. Bem possível, pois mesmo naquela época a mulherada iria gritar.
Esse é o meu arranjo de faróis favoritos para o besouro, papa-moscas com sealed-bean por dentro. Muito mais bonito que os tremedões da vida….
HAHAHAHA… Meio preconceituosa, mas muito interessante.
Vão te chamar de porco chauvinista, machista, e tal…
Mas realmente, as mulheres não batem. Fazem os outros bater…
UÉ!!! JÁ NÃO HAVIAM INAUGURADO O IGUATEMI?
O Iguatemi é de 1966, o primeiro do Brasil. Mas a mulherada não tinha essa fissura por shopping como hoje. Minha mãe andava num fusca bordô com teto solar. Se chovia entrava mais água dentro do que fora. (com o teto fechado, é lógico) ;o).
Primeiro de São Paulo, pode até ser. Mas lembre-se que o Brasil é maior do que São Paulo.
O Shopping mais antigo do Brasil é o Super Shopping Center Cidade de Copacabana, projetado por Henrique Midlin e incorporado pelos Srs. Roberto Marinho e Arnom de Mello ( sim o pai da crionça). Vôngoli o chama de Xoxópping, já outros o chamam de Shopping do Leão. Na realidade não ficou pronto de todo, até hoje, e por décadas com seus andares fantasmas foi a alegria da criançada do Bairro Peixoto e arredores…
Aqui vai o anúncio do shopping de 1961 : http://www.rioquepassou.com.br/2006/02/07/ muito antes de 1966…..
Realmente, o anúncio não se encaixa ao uso daquela época.
o você deveria ter sido trocado por “v.” e concecionária?
As mulheres não se incomodam mais com esse tipo de comentário. Após a ira, vem a aceitação.
ANÚNCIO FAKE…
Essa propaganda é tão falsa quanto a ficha policial da Dilma publicada na Folha. Vamos às falhas:
1) Grotesco erro de revisão em “concecionária”. Jamais passaria na Alcântara Machado;
2) “Faceis” e “para-lama” sem acento;
3) Uso do verbo “possuir” em vez do simples “ter” (ô mania moderna; já está pior que o gerundismo!);
4) $24.95 Em vez de Cr$ 24,95.
5) Repare que é um VW-1200 – e shopping, antes de 1966, só se fosse em Copacabana ou no Méier. A estes dois, todos iam a pé…
6) Não bastasse, as fontes são de computador…
Há outros erros primários que jamais passariam pelo revisor da agência de publicidade:
“E uma concecionária VW, sempre tem as peças (…)”
Além de ser a concessionária com “c”, já citada, ainda mete uma vírgula separando sujeito de verbo!
E reparem em:
“Um para-lama sai fácil sem desmontar metade do carro.”
O acento do para-lama só caiu agora, na novíssima ortografia de 2009. E o correto seria “Um pára-lama sai facilmente, sem que seja necessário desmontar metade do carro”. Mas o pior é o tosco espaçamento das palavras.
O andamento do texto tenta imitar o estilo dos redatores da Almap, mas nem o engraxate do Alex Periscinoto escrevia tão mal.
Imagino que seja algum exercício de aluno de curso de propaganda. Outra hipótese: tradução recente de um anúncio publicado nos EUA na década de 60 (acho que o farol é sealed-beam).
JV
A ficha pode ser falsa, mas as idéias dela batem.
Como fã do jornalista deixo registrado o meu comentário. Muito bom. Por isso que digo e repito. Nunca os carros atuais terão o mesmo charme dos antigos.
Forte abraço
Muda o mundo, hein!! Um comercial deste, hoje, decreta a falencia da montadora….
Hahahaha, parece coisa de Casseta e Planeta, inacreditável!
Mulher talvez, disse talvez, não dirija bem, mas é um bom co-piloto, principalmente nesta nossa era de milhões de motocicletas, e milhõs de motoristas de última hora. Quando meu pai tinha um possante fusca, não era assim, nem tinha mulher ao volante, o que dava muito certo. O anúncio pareceu meio falso, mas já existia shopping na década de 60.
“mão de obras”??? shopping naquela época??? sei não, será fake?
hahahahahaha…. muito boa sacada… esse é o comercial mais verdadeiro de todos os tempos…
Azar do DellaBarba. Na casa dele não mudou nada. Jackie e seu Fusca….
Dú Cardim, dirijo desde os 12 aninhos e nunca, nunquinha bati o carro !!
E olha que eu só ando…digamos assim…apressadinha !!
“Concecionária”? Este anúncio tá meio estranho. Acho que é alguma brincadeira de algum maluco. Compartilho também que não se usava “shopping” nos anos 70 desta forma em comerciais.
não tinha percebido.
fake?
Concordo com o Franco. Tem cheiro de armação neste anúncio. Tenho idade o bastante para saber que a grafia era bastante diferente. Mas que eu achei estranho foi:
– “para-lama” ou “pára-lama”?
– “mão de obras” ou “mão de obra”?
Agora, “Shopping” não era da época não. No máximo “magazine” ou “loja de departamentos”. Saudades do Mappin…
Uma informação: O shopping center do Méier foi inaugurado em 1963, com esse nome e disputa com o Shopping Iguatemi de São Paulo o título de primeiro shopping do Brasil. Do Méier eu sabia, morei lá. Mas essa do Iguatemi eu vi no Google mesmo.
Só pode ter batido na traseira de um onibus ou caminhão, o parachoque e as rodas estão intactos.
Esse anuncio é americano.
Esse texto foi “adaptado” em portugues.
Eu tenho o livro do criador desse anuncio….”Bill Bernbach Book”.
A propaganda é boa e talz… mas você acha que eu vou deixar uma mulher dirigir MEU FUSCA????? Nem mulher, nem homem… FUSCA É IGUAL CUECA, NÃO SE EMPRESTA!!!!!!
Muito Legal o anúncio ! Pena que não fazem mais fuscas porque qualquer batidinha já detona esses carrinhos de hoje . . .
Parabéns ao Flávio Gomes , pela coluna . Sou um dos donos da Elite Customs e desde já agradeço pela citação feita ha alguns meses atrás !!
Estamos com alguns projetos interessantes de se ver como o Austin Healey MK 3000 quase pronto ( já andando ).
Se quiser nos visitar para um bate papo , estamos de portas abertas!!!
Abraço
Daniel
sem falar que eles escrevem concessionária com um “c” no lugar dos “ss”. é a grafia correta mesmo ou um erro ortográfico daqueles?
Esse comercial aí é do tempo que mulher só servia para lavar roupa, cuidar das crianças, limpar a casa e fazer aquele rango delicioso. Pilotar??? Só fogão de 6 bocas.
Bons tempos aqueles…
Este Gomov é bem “balaqueiro” mesmo! Vai chover porrada da “muierada” nele! Vai ver o gajo é sado-masoquista! ;)
Este anúncio me parece totalmente fake. Parece que foi criado hoje mas com tratamento visual retrô para parecer que é de época. O Texto tem um humor muito atual. Quantos “Shoppings” haviam naquela época (?) e quantas pessoas tinham o hábito de fazer compras em shopping? As pessoas faziam compras em lojas no centro da cidade! Isto tá me cheirando pegadinha. Quem tiver como comprovar a veiculação da época que se apresente. Até lá continuo apostando na teoria acima.
É ótima a propaganda, mas é falsa.
“isso pode deixar você furioso, mas não vai deixar você pobre”
LOL
Agora uma pergunta: qual era a moeda no Brasil na época? Reis? Cruzeiro? Cruzado?
Pq achei que tem pouco “0” no preço (ná época do cruzeiro, era mais fácil ser milionário, hehehehe)
$24,95 mais a mão de obra. Minha mulher bater o corsa num onibus, estrago semelhante, quebrou o paralama e farol esquerdo, e a tela do radiador também, gastei R$ 1000 fora o onibus, que foi mais uns R$300. Se eu tivesse um fusca desses ai não gastaria nem 10% desse valor…
Já recebi este e-mail e à ocasião também achei “photoshopado”. Além de haver problemas na redação do texto, falta a acentuação utilizada na época, como o circunflexo em esposa (espôsa) e o acento agudo em para-lama (pára-lama).
Além dos pontos apontados já pelo petrafan, como falar em “Shopping” na década de 60.
Sem entrar no mérito da propaganda, mas eram bons estes tempos em que não éramos patrulhados pelos arautos do politicamente correto.
O mundo ficou chato.