FOTO DO DIA

Bird Clemente dando uma atravessada nas 12 Horas de Interlagos de 1967, clique da lavra de Raul Pasqualin, a mais nova paixão deste blog. O Ceregatti acha essas atravessadas o máximo. Como sou do contra, acho que nesse negócio de drifting não vem tempo, não… Mas é bonito pacas. E o Bird sabia o que estava fazendo.

bird12int67

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Sávio Rocha Barbosa
Sávio Rocha Barbosa
11 anos atrás

por que é que eu não nasci nessa época?
tudo era muito mais bonito. eu ao menos teria tido a honra de ver o Bird correr.

ARANHA
ARANHA
14 anos atrás

CURVA DO “S” !!!! PÔ !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Orlando Salomone
Orlando Salomone
14 anos atrás

Lindo!. A curva é o Laranjinha? Se a curva já é cega hoje em dia, imagine com todo aquele mato. Notou o Citroen no alto do morro à direita?

GuilhermeA
GuilhermeA
14 anos atrás

Hoje em dia nem carro fraco anda mais fazendo power slide, só kart, que não tem diferencial. O “slip angle” do pneu diminuiu muito dessa época pra hoje (~30º para ~3º, para pneus de alto desempenho), como contraponto ao grip mais elevado. Assim, quem anda de lado só ganha uma bela saída de frente ou de traseira, dependendo do acerto do carro. Além disso a faixa otima de temperatura do pneu também é mais estreita, e essas escorregadas logicamente aumentam a temperatura, diminuindo o grip e a durabilidade do pneu.

Igor D.
14 anos atrás

Belíssima foto, Flávio!!!! Me arrependo amargamente de não ter ido no Encontro Anual de Antigos no Forte de Copacabana ano passado(2009) e não ter desfrutado da palestra do Bird….

Mas só um dado histórico….o drift na terra do Sol Nascente começou do mesmo jeito que aqui: carro fraco, ou solta a traseira ou não vem tempo. Os pioneiros mais conhecidos, Kunimitsu Takahashi e Keiichi Tsuchiya(o famoso Drift King) disseminaram, e cada vez mais foi virando “presepada”.

Thiago Sabino
14 anos atrás

Antonio..

Satisfação vê-lo por aqui também.
Meu sonho, no terreno automobilístico, é ter um Interlagos amarelo, faixa verde longitudinal, com a bola branca escrita 22 no capô. Meu pai teve uma berlineta em 1970, azul, e eu ainda quero ter um bólido desses.

No terreno aeronáutico, bom esse é outro capítulo.

Salve o mestre Bird, e seus eternos drifts!!!!

Luiz Eduardo
Luiz Eduardo
14 anos atrás

Nem Rural nem F75(não existia na época da foto).Trata-se de uma Chevrolet versão ambulância.Quanto a andar de lado, alguém aí se atreveria a dar conselhos de pilotagem ao Bird, Peterson, Villeneuve, dizendo a êles que estavam perdendo tempo?Lembrando que o talvez maior kartista (e piloto de F1) de todos os tempos tinha como característica colocar o kart totalmente de lado na entrada da curva para ajudar na frenagem. Outros tempos. Talvez aqueles pilotos mudassem seu estilo nos dias de hoje, mas aposto que encontrariam uma ou outra situação em que andar de lado lhes traria alguma vantagem.

Dú
14 anos atrás

Ceréga, mas cazzo, olha aqui a curva e os boxes oras pois!
http://www.youtube.com/user/blogdoLuizinho#p/u/4/etWRZjCYtvM

Ricardo
Ricardo
14 anos atrás

Ceregatti

Hà controvérsias ? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Vamos aguardar , mandei pro FG umas fotos , quem sabe logo ele publique , talvez dê uma clareada . Você disse sobre a cronometragem , vou mandar uma foto que tirei do Roberto Gomes de Simca de dentro da sala de Cronometragem . Então , a cronometragem não lembro que tivesse torre , pra mim era aquele predio todo horizontal de madeira quase caíndo mesmo . E era depois dos Box . Tinha o fim (começo) dos Box , o pódium e aí sim começava a cronometragem .
Vamos aguardar … rsrsrsrsrs

Luizguima
Luizguima
14 anos atrás

Ceregatti,
também acho que é o Bico de Pato. Note que na pista há um pequeno aclive, que não existe no Esse.
Quanto à “faixa de asfalto em curva”, foi idealizada e construida, se não me falta a memória, para uma prova de moto, realizada há muito tempo. Confere? Não me recordo, também, se foi ou não utilizada nas provas de “side-car” da década de ’70.
Parabéns pelo excelente texto dedicado ao Bird.

Thiago Sabino
14 anos atrás

Foto fantástica.

Apesar de existirem essas teses aí , o Bird sabia MUITO bem o que fazia, e se tirava tempo nesse estilo, é porque as Berlinetas assim exigiam.

O Comentário do Fabao aí , reproduzindo o que o Bird disse, corrobora a tese.

E outra, se drift fosse sinônimo de tempo perdido, Depailler, Peterson, Villeneuve, entre outros, seriam meros bailarinos de fundo de grid……coisa que nunca foram.

Salve Bird, Salve comendattore cerega.

Escreve um livro!!!!!! E faça os capítulos por ano…..

Abraços.

Antonio Seabra
Antonio Seabra
Reply to  Thiago Sabino
14 anos atrás

Legal Thiago,
Não sabia que voce também era outro fã do Bird.
Abraço
Antonio
(Kellet)

Manoel Messias
Manoel Messias
14 anos atrás

Elder,

Creio que a branquinha lá na foto não seja uma rural. Imagino ser uma F-75 numa configuração ambulância.

Tive uma quase igual também em configuração ambulância porém com capota rígida removível. Comprei de um hospital. Tinha suporte de maca, furação dos equipamentos, giroflex, etc. Como a capota tinha sido vendida antes, acabei reformando ela como se fosse uma pick-up. Mas não tinha separação entre a caçamba e a cabina. Além do corte do teto ser reto e não arredondado como nas F-75 normais. Além de outras fiferenças…

Pequenas diferenças que deixavam ela única. Pena que vendi.

Ricardo
Ricardo
14 anos atrás

Ceregatti
Ainda acho que é o ÉSSE , veja onde está o Citroen , é aquéla picada que descia do box e ía até a entrada do Ésse , no Bico de Pato não tinha éssa picada , outra coisa , aquéla placa da Shell éra quase na saída dos Box antigos . Lembra ? Tenho umas fotos (bem ruins por sinal) néssa corrida na mesma curva e talvez na mesma hora , só que do outro lado da pista , vou mandar pro Flávio , quem sabe ele ache que vale a pena postar .

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
Reply to  Ricardo
14 anos atrás

Tambem pensei ser o Esse, Ricardo.
Mas o que mais me influenciou foi justamente a inclinação do barranco, que no Esse era muito mais íngreme.
Quer pulgas atrás da orelha?
Então vão duas:
Repare que logo acima do caminhão tem o topo de uma torre. Seria a antiga torre de cronometragem, que parecia o “balança mas não cai”, de tanto que mexia?
E o “morrinho artilheiro” onde tem um aglomerado de gente, pouco mais alto e bem onde começa a curva, do lado de fora?
Pois parece um muro de pedras que era um tipo de muro de arrimo, que contornava quase que toda a extensão da retinha que vinha após a curva do laranja original.
Quanto ao local onde está o Citroen, poderia ser sim a antiga saída de terra dos boxes, que dava bem na saída da curva do Esse, mas essa saída era tambem íngreme, não lembro de uma bifurcação (a ver em outras fotos de outro angulo). Porém, quanto a caminhos e barrancos…
Tinha um barrancão enorme (hoje aplainado), bem na saída da curva do Bico de Pato e contornando toda a região da curva do mergulho até a junção.
Tinham muitos caminhos por aí, e a curva do mergulho era na verdade um recorte bem profundo no barranco original. Quando reformaram, o que saiu de terra dessa área dava pra cobrir quase todo o lago, pode acreditar.
Tenho uma certeza quase absoluta, portanto, de que é de fato o Bico de Pato.
Mas quase, há controvérsias.
E nada que uma foto do amigo Raul Pasqualin de um outro angulo não esclareça em definitivo.

Carlos Sato
14 anos atrás

Sou um super fã do Bird!!!!
E roubei essa foto, virou fundo de tela do meu computador!!!

hahahaha

roney quirino
14 anos atrás

continuando : deveria ser um trator daqueles q tenho na fazenda . alias , falando nisso , face ao comentario seu de fazer tamborete do couro dos bichos por conta da eissao de carbono , tal como vc c os karmanguias velhos , tenho paixao por minhas vacas gir . venha ve-las quando passar por minas e vc mudará sua opiniao . e salve a portuguesa ! e o atletico mineiro !

Alemão
Alemão
14 anos atrás

O Gozzani não deixa de ter razão ao falar dos pneus. No Kart ( já andei muito) não vem tempo se andar atravessado. Mas na foto é show!

roney quirino
14 anos atrás

prezado flavio , te assisto muito pela espn . sou medico oncologista e preciso muito de assuntos que mudem meu foco quando nao estou no hospital . adoro seus comentarios acidos sobre futebol . seu amor incondicional pela portuguesa entao ! é eterna freguesa do galo desde os tempos do eneas . na foto aí , o que gostei mesmo foi do asfalto e mureta de proteçao . o carrinho é q está errado .

Rogério
Rogério
14 anos atrás

Flávio a foto realmente é algo especial, só concluindo o comentários dos amigos acima, todos falram dos pneus, mas prestem bem atenção na qualidade do asfalto da pista, realmente por de lado, não era pra qualquer um não, feliz 2010 a todos.

Elder Antonio Dadalto
Elder Antonio Dadalto
14 anos atrás

Flavio, ou outro que entenda de carros me confirme se lá em cima no barranco em frente ao caminhão e em baixo da placa da ESSO é uma WILLYS RURAL . Bela foto, destas de poster na sala de uma empresa .

marcojetta
marcojetta
14 anos atrás

FG,

Bom dia.
Há uma regra que vale sempre – quanto mais se anda de lado, menos se progride à frente.

Abs,

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
14 anos atrás

Não canso de repetir… nessa época todos eram muito valentes.

Segue o jogo.

Imperador.

Fabao
Fabao
14 anos atrás

Segundo um relato do Bird , eles usavam do drift para nao perder a aceleraçao, afinal um carro com pouca potencia de motor poderia perder tempo na retomada.

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
14 anos atrás

Bom, FG…
Como está implícito que se não me pagar todas as despesas de viagem que terei em breve ao sul-maravilha, vou ser condescendente e escrever “umas palavrinhas” por conta do assédio moral que são essas fotos.
Tomara, mas tomara mesmo que o café expresso seja carésimo, um vietnamita especial ou algum da Etiópia. A água com gás, exclusivamente Prata. Em garrafa de vidro, estamos entendidos?

Então vamos a umas poucas palavrinhas:

Não é a curva do Esse, que vinha logo após a retinha curta depois da curva do laranja.
Pela altura e inclinação do barranco atrás, por estar cheio de carros onde seria a pista lá em cima, esta curva é o Bico de Pato.
Na verdade os boxes originais do Templo, desde a sua inauguração em 1940 até a reforma de 1967, eram uma espécie de platô (vejam lá no gúgol em seus lepitópis) que ficava entre as curvas do Esse e Bico de Pato originais. Justamente acima da curva do Bico de Pato era a entrada em desaceleração, justo onde aparecem esses carros lá em cima.
Desse platô original, que era bem mais profundo em direção à curva do pinheirinho, resta ainda um bom pedaço no mesmo nível da reta de chegada atual, pouco antes do relevê (onde rodou Emerson Fittipaldi em 1972). Foi justamente ali, onde está o posto 20 que morreu Sperafico. Ainda é, por motivos óbvios, um dos melhores lugares para se assistir corridas em Interlagos, e quando dá dou uma escapada para lá em alguma prova do Campeonato Paulista. É difícil de chegar, mas vale a pena ver corrida dali. Visto de cima, tem até uma espécie de faixa de asfalto em curva, tentativa frustrada de se criar uma chicane (tem outra bem na subida dos boxes, hoje chamada de “curva do café”). O gúgol mostra bem a localização.

Reparem nas lonas e num Citroen perdido no meio do barranco, além de um monte de gente na beira da pista. Pois era assim que se assistiam as corridas. Entrava-se no Templo por um dos montes de buracos nas cercas e pronto.
De caminhão, lona, família, churrasqueira, papagaio, colchão e uma pilha de malucos. Escolhia-se um lugar e um abraço…Dali para a frente era liberdade total. Para andar, atravessar a pista, fotografar, andar por aquele milhão de metros quadrados que parecia nosso quintal.
Foi assim até nas temporadas de Formula Ford, Formula 3 e Formula 2, quando começou a moralizar a bagaça… Mas devido a hábitos desenvolvidos e arraigados por dezenas e dezenas de incursões, “Interlagos era nosso” (assim como o é hoje, mas apenas para meia dúzia de iniciados mentirosos como eu… desconsiderem).
Até mesmo nas corridas de F1 de 73, 74, 75 e 76 entrei sem pagar, pulando muros (pelo kartódromo ou pela curva 3, ainda hoje longe de tudo) e acampando onde dava. A “puliça” dava umas porradas, a cavalaria umas espadadas de lado, mas nada que nos impedisse de desmontar o circo, sair pra fora só para aparecer em algum outro buraco de cerca… Não tinha jeito.
E de madrugada – exatamente como esse monte de gente que assiste a prova aos pés dos velhos “morrinhos artilheiros” de outrora – Tomávamos banho no lago, dormíamos escondidos atrás de guard-rails e principalmente freqüentávamos os boxes na calada da noite, acompanhando a mecaiada estrangeira que estranhava aquele monte de moleques de cara suja de terra e lama, surgidos no meio da escuridão, e de boca aberta para aquele monte de carros e pessoas que não entendiam nada de português, nem de nosso inglês escolar e castiço…

Estão vendo dois camaradas de capa branca por lá, na beira da pista? Querem apostar que são técnicos ou engenheiros de algum fabricante de auto-peças, verificando “in loco” o desempenho de algum componente seu?
Aposto nisso pois mecânicos dessa época usavam macacões bem sujinhos de graxa, e tinham as unhas honradamente imundas. Nada de luvinhas, protetores de ouvido ou roupas de grife bancadas por patrocinadores que só levam celebridades que nem sabem direito para que lado são as curvas…

Reparem também que tem dois policiais militares de capacete branco, à direita da foto. Esse\policiamento estava mais interessado no que Bird estava fazendo com o carro, que se danasse as ordens do comando afinal… De onde aparecia tanta gente pra assistir corrida ao nosso lado?

E finalmente… Bird e sua pilotagem mágica.
Esse Senhor me desvirtuou há muito tempo, talvez até mesmo nessa curva, talvez até mesmo nesse dia. Escrevi um texto para ele, que reproduzo aqui novamente.
Talvez quem lê entenda esse fascínio que essa pista, esse carro e esse Senhor exercem sobre mim, à beira de completar 53 anos de idade… Então vai lá o texto sobre o cara que me fez arregalar os olhos, e entender o que era extrair além do máximo de uma máquina sobre rodas:

“…Quando o Bird chegou onde estávamos, fiquei por um instante travado.
Vê-lo ali, em pé e de carne e osso, junto de nós.
As lembranças explodiram na minha cabeça.
Berlineta 22.
Amarela.
Surgindo de longe, atravessada. Linda.
Fiquei passado com a presença dele ali ao meu lado, mas estava longe, muito longe no tempo.
Levantei os olhos e vi Interlagos real, velha conhecida de onde estava – pela janela o cenário, em cores.
Na minha cabeça, imagens em branco e preto, um som distante de motor. Frio. Chuva fina. Mato alto. Muito, muito tempo atrás.
Não sei ao certo em que ponto da pista estava, nem sei direito o ano, 1965, talvez 66. Pode ser 67.
Não sei também que corrida era.
Lembro do cheiro de caminhão antigo, da carroceria de tábuas, que ele era enorme. Carregava areia. Piso de madeira cheio de buracos.
Lembro muito vagamente que o Waltinho Thomé, nosso vizinho de frente em São Bernardo ia sempre para Interlagos, assistir corridas. Um dia me levou de caminhão e um bando de amigos. Não devia ter 8 ou 9 anos.
Quanto tempo…
40 anos é muito, muito tempo mas ele está ali, de pé ao meu lado…Não pode ser verdade. Aquele piloto, aquele nome sonoro e tão familiar.
Lembro de árvores, lembro de mato alto, de grama molhada, de buracos e barrancos, de vento e de garoa.
Era uma das curvas do trecho de baixa – Entrada do S, Pinheirinho ou Bico de Pato.
Era o Bird.
Seu nome ficou gravado na minha cabeça há 40 anos. O Waltinho gravou, aos gritos e em cada volta que ele dava.
Lembro que berrava mais alto que o ronco dos carros, para os demais amigos: É ele, é ele, vejam com vem vindo…
Lembro de imagens vagas de braços se cruzando, outros carros, outros sons… Tudo e todos em branco e preto, estranho…
Lembro muito bem do Bird, e em todas as voltas o Waltinho gritando, olhos arregalados: Lá vem ele !!!
Todas as voltas. Todas de lado. Todas iguais. Todas em cores, amarelo 22.
Os fragmentos da memória são todos desconexos, mas não as imagens daquele carro. Não daquele piloto especial, o Bird.
Menino de tudo, não tinha noção de valor. O Walter me influenciou, claro. Mas a prova era longa, em em todas as voltas aquele balé clássico, bem na minha frente. Não tinha como não reparar, era um show a cada passagem.
Foi dele que lembrei quando vi o Paulo Gomes atravessado no Sargento.
Foi dele que lembrei quando vi o Peterson, de lado na Laranja.
Quando assisti Villeneuve pendurado na curva do Sol.
É sempre dele que lembro quando, alucinado, estou debaixo do capacete, tentando ser aquela imagem de mais de 40 anos atrás na memória.
Tentando ser piloto, tentando ser feliz.
Quando busco a mim mesmo, quero ser novamente Tazio Nuvolari – já disse, minha última encarnação.
Tazio Nuvolari – tentando ser Bird Clemente.
Tentando reproduzir aquela manobra perfeita de muitos e muitos anos atrás. Tentando dominar a máquina com a mesma perícia, a mesma elegância.
Amarelo 22.
Quem viu, jamais esquece…”

Rogério Magalhães
Rogério Magalhães
Reply to  Claudio Ceregatti
14 anos atrás

Não só não esquece, como conta com a carga emotiva perfeita para realçar momentos que muitos de nós não vivemos, só ficamos sabendo…

FG, continua provocando o Cerega e pague todas as contas… assim continuam essas aulas de história e de como se cria gasolina sangüínea… fora a homenagem a cada um dos grandes das pistas brasucas a cada texto primoroso…

O Commendattore é soda!

Antonio Seabra
Antonio Seabra
Reply to  Claudio Ceregatti
14 anos atrás

Egregio Signore Dottore Ingegniere Ceregatti.

Como de costume , meus respeitos !
Só V. Excia pra descrever de com tanta verve, emoção e poesia a geografia dos morrinhos, trilhas, picadas e buracos (sem torcadilhos…)
Somente V. Sa., com sua imensa sabedoria no uso das palavras automoblisticas é capaz de descrever para os coitados que, por questão de idade e tempo, não tiveram a oportunidade de ver (e se não viram são parcialmente cegos de automobilismo – ao menos do automobilismo de virtuoses) o que era a “tocada” magistral de um certo Sr. que atende pelo sonoro e proprio nome de Bird.

Como eu digo sempre, e repito de novo, quem viu , viu, quem não viu não sabe e não tem nem idiea do que perdeu ! Ave, Bird, o César do nosso automobilismo historico.
Como eu te disse, morador do Rio e menino que eu era, tive poucas chances de ir a Interlagos nesta epoca. Então, as minhas memorias desse tempo e desse Templo são quase todas em preto e branco, como assim eram as paginas daquela fantastica Autoesporte, que desapareceu junto com o tempo do Bird, do Peroba, do Cyro e do Camilão. Ficaram esta Autoesporte insossa que lemos (ou melhor, não lemos) hoje, assim como ficaram os muitos pilotos inssossos a que assistimos hoje.
O Flavio não sabe porque não viu, que a tocada do Bird não tem nada a ver com o “drifting”, como o termo é conhecido hoje, aquela coisa horrorosa, de pneus ultra inflados e de excesso de potencia, com velocidades nem tão altas assim, tal como invetanda e praticada pelos nossos irmãos de olho puxado, lá do outro lado do globo, e copiada por alguns americanos babacas.
Ao contrario, era feita no braço, na raça e na habilidade fora do comum, um four wheel drift com a traseira um pouco mais escapada, no limite extremo, porem executado em trajetorias perfeitas, desenhadas a compasso, volta após volta. Do mesmo jeito. No mesmo lugar. Sempre !
E sempre vinha tempo.
As vezes algumas gotas de empolgação transbordavam de seu coração e ele colocava a Berlinetta em angulos impossiveis, mas sempre, eu disse sempre, trazia de volta. Ai, certamente perdia tempo, mas era eventual. E era lindo, assim mesmo !
E tirava tempo sim, assim como tiravam tempo, derrapando, Rindt, Peterson, Villeneuve (Bianchini, voce se adiantou a minha afirmação !!!!) , e o Moco. Estes andavam de lado e faziam tempos. inacreditáveis.
Mais recentemente só tinha dois que andavam derrapando na F1, Senna e Schumacher. Não por acaso os 2 mais rapidos deste periodo…
O Peterson fazia na F1 um desenho de curvas muito parecido com o do Bird com as Berlinettas: trajetorias perfeitas, escorregadas longas, e sempre com a traseira um pouco mais escapada. E foi um dos mais rapidos de todos os tempos. O Villeneuve tinha o maior controle de carro que jamais foi visto, fazia com o F1 aquilo que o Bird fazia com o Alpine, e sempre foi abundamtemente e incontestavelmente rapido.
É por isto que eu digo sempre, e repito novamente: o Peterson era o Bird da Lotus, o Villeneuve o Bird da Ferrari.
O Bird era o Rei de Interlagos, primeiro e unico. E era o Rei do Rio, de El Pinar e de onde mais fosse. Ganhando ou perdendo.
Assim, Ceregatti, o Bird que eu via no Rio, era o meu idolo de garoto, e que continuou idolo pela adolescencia, idade madura, e agora quando já estou chegando na idade de apodrecer….Mas as lembranças daquelas berlinettas amarelas, sejam 12, 22, ou 47, sejam 850, 100 ou 1300, estão indelevelmente marcadas na retina cansada e na memoria já um pouco atacada pelo “alemão”. Basta fechar os olhos e eu as vejo de novo, escorregando sob controle, obedientes sob as mãos do mestre. E fazendo tempo.
O Flavio, Ceregatti, até por não ter visto, sabiamente te provoca, pra te obrigar a contar, de novo e de novo, com as tuas palavras tão adequadas quanto as derrapagens controladas do Bird, as estorias dessas Berlinettas comandadas pelo Mestre, pelo Papa do Templo.
Mas eu , engenheiro como voce, e do alto da minha formação matematica, ouso estabelecer o corolario disto tudo que foi dito nestes comentários: apesar de disfarçar bem, o Flavinho bem que queria ser o Bird de hoje !

Grande Abraço
Auguri !

Antonio

Bianchini
Bianchini
14 anos atrás

Bom, FG, nessa hora sou mais a opinião do Ceregatti. O tempo vem, desde que o vivente atrás do volante saiba o que está fazendo – Vide Rindt, Peterson, Gilles Villeneuve… Para motoristas comuns, a tração dianteira é mais segura mesmo.

Antonio Seabra
Antonio Seabra
Reply to  Bianchini
14 anos atrás

P-e-r-f-e-i-t-o !!!!

Antonio

Dú
14 anos atrás

Esse ano tem de juntar tudo e se montar uma expô no Lousão!

dado andrade
dado andrade
14 anos atrás

Flavio,Feliz 2010 !!!!Parabens pela Coluna GransPrix-Futuro. Quanto ao fato de o Bird ou quem quer que seja,botar as baratas de lado,naquela época,tratava-se de arte para não cair o giro das usininhas que enfrentavam motores com até 250HP a mais.O Bird botava nas quatro até os DKW Vemag,quando Seu Jorge bolou uma nova barra traseira.Quem não tinha cão se virava com gato.Bons tempos.

Clauke
Clauke
Reply to  dado andrade
14 anos atrás

Dado
O Flávinho é do contra porque ele não viveu essa época.
Não assistiu corrida do Bird lá no “S” com o pé na lama como aquele pessoal que se vê ao fundo ou como o cara que tirou a foto e teve o seu cabelo despenteado quando o Alpine passou por ele com os pneus “cantando” lindamente e cheirando a borracha queimada…

Luis Gozzani
Luis Gozzani
14 anos atrás

Bird é o cara!!,

Derrapagem controlada, drift, ou qualquer outro nome tem lugar e hora para fazer… Sabendo usar tem muita utilidade e além disso é muito bonito visualmente falando.
Hoje em dia com os pneus modernos, com bastante grip, cada vez menos se usa a derrapagem porque na maioria das vezes não vem tempo mesmo, mas com os pneus antigos eu não diria o mesmo….

Ricardo
Ricardo
14 anos atrás

Curva do ÉSSE , foto tirada da cadera cativa do Romeu , rsrs . Posso estar enganado , mas acho que quem está pilotando aí é o Luizinho . essa é aquéla corrida em que o Rabo Quente da Torke empurrou o Karman Guia Porsche do Môco e do Anísio , quebrado na Ferradura . Aí também tem uma bela história de dignidade do Camilo .

Carlão
Carlão
14 anos atrás

Maravilhosa foto Gomes.
O Bird era fera !!!!

ags
ags
14 anos atrás

FLAVIO….VEJA QUE RARIDADE UM CITROEN SEDAN.LÁ EM CIMA..DO BARRANCO…DEVERIA SER UM ALTO INDUSTRIAL QUATROCENTÃO LEVANDO OS FILHOTES PARA VER UM CORRIDA……..E SEO…………..BRID…FAZENDO O QUE ELE NEM SABIA QUE IA FICAR NA MEMORIA……………ESSE MENINO..SABIA FAZER O BRINQUEDO ANDAS DE 4;;;;;;;;;QUE SEJ IMORTAL..ENQUANTO DURE…BOA BOA FOTO..E SEI QUE VCE TEM UM ACERVO FANTASTICO…..PS FAZ UM PROMOÇÃO…..EM 2010…PRA QUEM TE FIZER BOAS PERGUNTINHAS E NÃO SBONTE COM AZEITE….DE A ESSE SORTUDO UMAS FOTOS ..DESSE SEU ARCEVO..O QUE ACHA?/ ABRAÇOS;;;

polemico
polemico
Reply to  ags
14 anos atrás

Quando se escreve com maiúsculas parece que está gritando.Não gosto de ler assim.