BRASÍLIA, 50 (7)

SÃO PAULO (sombras) – Hoje a homenagem a Brasília, que vai até dia 21, 50º aniversário da cidade, é um pouco diferente. A indicação veio de vários blogueiros e nos leva a este blog do “Estadão”, “Olhar sobre o mundo”, que publica uma série de fotos feitas pelo franco-brasileiro Marcel Gautherot em 1958, durante a construção da nova capital.

Gautherot foi convidado por Niemeyer para registar o nascimento de Brasília e o resultado de seu trabalho é excepcional. As fotos são em preto e branco e têm uma luz mágica, como essa aí embaixo. Vale a visita. É colírio para os olhos e uma aula de fotografia.

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Augusto Freire
Augusto Freire
13 anos atrás

Flávio e amigos.
Notaram como diminui a quantidade de comentários quando a foto é do que se veicula como a cidade para os que estão fora dela? Não se discute a qualidade dessa fotografia (belíssima). Nem a beleza das obras de Niemeyer que simbolizam – externamente – a cidade. Mas essas imagens, diferentemente daquelas da rodoviária, do conjunto nacional, da W3, etc. têm pouco a ver com as pessoas que para cá vieram nos primeiros anos, daqueles que aqui nasceram e que aqui vivem. Mesmo assim, há o que recordar, como escorregar sobre um papelão nas rampas do gramado do Congresso, ou subir na cúpula do Senado, coisa que também fiz quando garoto. Mas as recordações trazidas quando vimos as fotos de onde as pessoas realmente andam, vivem, frequentam são, na minha opinião, mais significativas pois representam o dia-a-dia dos cidadãos comuns que fazem a verdadeira Brasília.
Augusto Freire – Brasília (DF)

Orlando Salomone
Orlando Salomone
13 anos atrás

Brasilia tem uma luminosidade incrível, realmente mágica. Capturar isto em foto é uma arte. Parabéns ao artista, embora talvez já não esteja entre nós. Agora, excluído se manifestando é o cacete! Pichador é (uma das) a raça mais filha-da-puta da face da terra. Devia nascer morto. E concordo com Moncho. Qualquer pessoa eleita é, antes de mais nada, um do povo.

Saulo Caram
Saulo Caram
13 anos atrás

O Congresso foi o ápice da criatividade de Niemayer. Pena que ele estava muito melhor como nessa foto, ou seja vazio. O que tem sido colocado lá nas últimas décadas deveria estar sendo enterrado junto aquilo que deslizou no Morro do Bumba.

Antonio VK
Antonio VK
13 anos atrás

Incrível a quantidade de ferragens na cúpula invertida do Congresso. Aquilo deve aguentar um bombardeio ( não estou dando idéias não, ok? rs ).

Edmur
Edmur
13 anos atrás

Mal me engano, ou essa foto foi utilizada na capa de um livro do Florestan Fernandes… o “Que Tipo de República?”. E claro, de fato é uma belíssima imagem

Bruno Reis
Bruno Reis
13 anos atrás

Esta foto é capa de um livro…

Clébio Júnior
13 anos atrás

O prédio fica mais bonito assim, vazio, e com mais assepsia, sem os… bom, deixa pra lá senão o politburo me censura.

Mas aí no vão de baixo fica o Salão Negro do Senado. E nessa extremidade vista da foto tem um corredor com a bandeira de todas as unidades da federação.

Carlão BSB
Carlão BSB
Reply to  Clébio Júnior
13 anos atrás

Eu agora estou na dúvida, meu pai tinha que estar aqui, mas esse salão negro é popularmente chamado de chapelaria. Entrando pelo salão e virando à direita toma-se um ótimo cafezinho.

Moncho
Moncho
Reply to  Clébio Júnior
13 anos atrás

“Os” que lá estão, foram eleitos… Saíram do corpo da população. São parte do que é a sociedade.

Não há órgão são em corpo podre…

Rafael
Rafael
13 anos atrás

Eu já escalei essa abóbada quando era moleque!

É um cenário tão Sci-Fi que queriam rodar o Aeon Flux em Brasília…

Mauricio Mori
Mauricio Mori
13 anos atrás

Quando eu era moleque era permitido escalar a abóbada do Senado (que aparece em primeiro plano). Outra diversão no mesmo lugar era deslizar de papelão pelo gramado inclinado que cerca o Congresso…bons tempos. Tempos em que haviam cisnes no espelho d’àgua do Congresso (localizado atrás do prédio e portanto à frente da Pça dos 3 Poderes).

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
Reply to  Mauricio Mori
13 anos atrás

O espelho d´agua hoje esta um lixo. Chega a ser vergonhoso. É mais ou menos como ir ao Kremlin ou a Casa Branca e encantrá-los pichados.

Segue o jogo… Brasilia é muito mais bonito que tudo isso.

Obs.: Acho que uma coisa deve ter mudado, e não sei se estava previsto pelos seus idealizadores… a vista do horizonte mudou muito… as que podemos ver nessas fotos da decada de 50 são espetaculares.

Imperador

Clébio Júnior
Reply to  Mauricio Mori
13 anos atrás

A única coisa que apareceria a mais nessa foto tirada hoje em dia seria o Anexo 4 da Câmara.

Moncho
Moncho
Reply to  Mauricio Mori
13 anos atrás

Então Ricardo, o problema é que aqui, pichador é considerado “excluído se manifestando”… Feito aquela maluca que pixou o Museu de Arte Moderna no Ibirapuera e foi defendida por figurões do governo federal. Saiu da cana sorrindo na cara de todos, levada em van de luxo. Um mes depois foi detida furtando em um supermercado…

Houvera água limpa e cisnes nos espelhos d’água, não durariam 24 horas. As aves virariam cozido, os laguinhos piscina pública.

Lucius
Lucius
13 anos atrás

Parece uma imagem de um dos filmes de ficção científica da década de 50.

Very
Very
13 anos atrás

Na real: a luz é “mágica”, os traços são interessantes mas às vezes ofusca a vista. Naquele museu novo da República perto da biblioteca, é iinviável chegar até o museu em dias de sol, atravessar todo aquele concreto de olho aberto é impossível. Algo simples mas que, no entanto, o autor da obra ignorou. Niemeyer é profundamente superestimado.

Moncho
Moncho
Reply to  Very
13 anos atrás

Por vezes a estranheza mesmo – para não dizer pior – é o que ofusca a vista. Sem não ir longe, que dizer daquele toco de mão aberta lá na Barra Funda aqui em Sampa? E aquele disco voador- museu, emborcado lá em Niterói?…

Dentre as primeiras obras do velho comunista – quando ainda não insistia em fazer tudo TÃO “diferente” – é que estão as mais interessantes.

Cassius Clay Regazzoni
Cassius Clay Regazzoni
Reply to  Very
13 anos atrás

Ainda bem que quem o superestima entende bem mais de arquitetura do que você!!!

Very
Very
Reply to  Very
13 anos atrás

Cassius Clay, nem tanto. Primeiro, entre os pares, sobretudo os não-ideológicos, Niemeyer é considerado um péssimo arquiteto de interiores (opinião corroborada por quem vive ou trabalha nos prédios desenhados por ele). Segundo, Niemeyer se autoplagia: basta ver, entre outros tantos, os arcos do MRE em BsB e a sede da Mondadori, em Milão. Terceiro, seu comentário não tem valor porque não explica sua predileção pelo jurássico e datado Oscar Niemeyer, o que apenas reforça a impressão de que se trata de um arquiteto superestimado de obras superfaturadas.

Aliandro Miranda
13 anos atrás

Pena que, hoje, estas construções estejam completamente contaminadas.