DIÁRIOS, BAHREIN
SÃO PAULO (a pedidos) – Parece que o pessoal “gostaram” do texto logo aí embaixo sobre a China, quando eu ainda escrevia meus despretensiosos Diários de Viagem. Então vá lá. Vou pingar hoje o do Bahrein de 2004 e, no começo da semana, algum da Malásia e outro da Austrália, para empatar com o calendário 2010. Aí, nas semanas das próximas corridas, vou resgatando os respectivos.
Há que situar o leitor sobre o texto abaixo. No caminho para a porcaria do Bahrein, pinguei em Beirute. Na volta, também. Já se vão seis anos. Depois dessa passagem pelo Líbano, deu merda por lá de novo. Poucas vezes senti, de longe, tanta pena de um país quando do Líbano depois de passar por lá.
Bem, leiam, se tiverem saco. Às vezes eu desembesto quando começo a escrever.
GRÃO-DE-BICO E AZEITE
Não passa de um puteiro.
Assim, pouco se dirá aqui do Bahrein, uma Cuba pré-revolução. Com a diferença de que em vez de caubóis, frequentam-no árabes vestidos de branco com a cabeça coberta e a hipocrisia a descoberto.
Há uma ponte de vinte e poucos quilômetros que liga o Bahrein, esse arquipélago chinfrim, à Arábia Saudita, onde os muçulmanos levam a ferro e fogo as bobagens que imaginam encontrar no Alcorão, como cobrir as mulheres da cabeça aos pés, proibi-las de trabalhar, votar, estudar, ter uma vida normal, uma vida de gente. Proíbem a bebida alcoólica, o rock’n’roll, biquínis, topless, internet, tudo. Li um livro há alguns anos, escrito por uma princesa saudita, e há muitas delas, porque os caras lá fazem filhos com várias mulheres, ainda mais os que pertencem à família real, e era de arrepiar.
Não tenho o hábito de contestar a cultura, muito menos a religião dos outros. Se as mulheres aceitam tal papagaiada e os barbudos se acham mais machos submetendo-as a todo tipo de sandice, que se danem. Mas não gosto de hipocrisia. Os fundamentalistas islâmicos, e a Arábia Saudita é a expressão mais pura do islamismo, pelo menos se acha, nos tratam, a nós ocidentais, como corrompidos pelas tentações do demônio e seus áulicos. Abominam nossos instintos libidinosos, nossa libertinagem, nossas bebedeiras e o escambau a quatro. E atravessam a ponte rumo à putaria toda sexta-feira.
Fazem exatamente aquilo que nos levará, os ocidentais, ao inferno sem escala. Vão às putas, ao álcool, à jogatina e às drogas no Bahrein. É ali do lado. Depois voltam, viram-se para Meca, rezam e mandam explodir lanchonetes e ônibus em nome de Alá. E em outros rincões, espalhados pelo mundo inteiro, há batalhões de doidos que acreditam piamente em tudo que sai debaixo das brancas e imaculadas túnicas sauditas, e detonam trens e matam inocentes e espalham o terror.
Não se trata de nenhum manifesto contra o Islã, aqui. Se as pessoas soubessem o que, no íntimo, eu penso de 11 de setembro, talvez eu fosse parar na cadeia e certamente nunca mais entraria nos Estados Unidos. Não, nada disso. Tenho idéias bem claras sobre os conflitos no Oriente Médio, e só os aceito como uma questão territorial, única e exclusivamente. Lutar por território tomado na mão grande é algo que se compreende. A história da humanidade é escrita por guerras entre tribos e essa é apenas mais uma. O problema entre palestinos e israelenses limita-se a isso, terra, e quando os dois lados admitirem que não é um confronto entre a Torá e o Alcorão, pode ser que as coisas fiquem mais fáceis.
Agora, guerra em nome de religião? Cruzadas, inquisições, mutilações, torturas, em nome de deuses?
O ser humano é um escroque mentiroso e cruel. Os árabes obrigam a esposa vestir a burqa debaixo de 50 graus de calor porque Maomé mandou, deixam-na em casa e pagam a uma ucraniana qualquer do outro lado da ponte para fazer com ela o que não fariam com uma boneca inflável. Tratam-na como se pertencesse a uma sub-raça porque têm dinheiro no bolso. Essa língua é universal, não há Alá que resista. Cortam a língua do coitado que toma um gole de uísque em Medina e enchem a cara do mesmo uísque do outro lado da ponte. E, contou-me o motorista do táxi em Manama, um indiano, algumas mulheres sauditas fazem o mesmo, atravessando a ponte escondidas do marido e caindo na putaria.
Os católicos pregam a monogamia, a virgindade antes do casamento, a castidade dos padres e uma porção de outros princípios, e fazem tudo ao contrário. O mesmo sucede com judeus, hindus, budistas, evangélicos, crentes, mórmons, godos, ostrododos e visigodos. Todos matam, roubam, cobiçam, traem. Ninguém leva religião a sério de verdade, se levassem viveríamos no paraíso. Mentem para os outros e para si mesmos. Aí, de tempos em tempos, saem se trucidando em nome de seus deuses, brandindo suas escrituras sagradas. Revezam-se nas atrocidades. Bando de hipócritas, os senhores da guerra, bando de otários, os que neles acreditam.
Portanto, o Bahrein não passa de um puteiro. Que não me impressionou em nada, de lá saí como se sai de uma casa de tolerância, como gostam de dizer os eufemistas, com um vazio imenso na alma e no bolso. Uma ilhota boiando sobre petróleo, e quase fiquei sem gasolina um dia, não achava posto. Pode algo mais estúpido do que ficar sem gasolina no Golfo? Nada a registrar. O autódromo é belo, a cidade, horrível. Estava vendo TV, entrou um repórter da CNN direto de Cabul, e eu achei que ele estava na rua do meu apart-hotel.
Ir ao Bahrein serviu para que eu desacreditasse de mais uma religião, ou, melhor, daqueles que a professam, os muçulmanos picaretas da Arábia Saudita. Fiquei com vontade de mostrar a sola do meu sapato a todos eles, me disseram que é uma baita ofensa mostrar a sola do sapato a um árabe, mas achei um tanto excêntrica essa modalidade de xingamento e não coloquei-a em prática. Deve ser mentira, fosse assim haveria altíssima taxa de câibras, distensões e estiramentos pela arábia, e não tenho conhecimento de tal fenômeno no Islã. A religião, em si, todas elas, não tem nada de errado ou certo. São elas, as religiões, apenas coisas escritas e a fé de quem as segue. Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar. Acho que é a melhor das religiões, mas chega de digressões. Não entendo picas de religião.
O que eu queria mesmo, quando vim ao Oriente Médio, era ver buraco de bala.
Vi em Beirute, isso sim uma cidade, isso sim um país, o Líbano. Passei algumas horas na ida, outras tantas na volta. O suficiente para mergulhar no fundo da alma de um povo de verdade, e de uma cidade que, como dizem os libaneses, se recusa a ser destruída.
Mergulhei na alma de Beirute a pé, como sói fazer quando se tem pouco tempo e muita vontade de ver, tocar e cheirar um lugar. Saí andando por aquele cenário que sempre fez parte de meu imaginário, palco da primeira guerra que vi na TV, entre 1975 e 1990. Uma guerra civil complicada de se explicar, entre cristãos e muçulmanos libaneses de várias facções, israelenses, palestinos, sírios, sunitas, xiitas, maronitas, ortodoxos, jordanianos, deus e todo mundo.
Beirute, de 1975 a 1990, virou a casa da mãe joana, e 150 mil pessoas morreram, ao final do conflito que, como todos, do nada surgiu, ao nada levou. A guerra civil durou dos meus 11 aos meus 26 anos, portanto foi uma guerra marcante e todo os dias víamos Beirute no Jornal Nacional. Foi a guerra da minha adolescência, me interessava muito pelos combates entre as milícias maronitas radicais cristãs e os árabes de todos os cantos, e quando alguma garota na minha escola falava que estava perigoso andar na rua, eu dizia para ir a Beirute ver o que era bom. Elas não entendiam nada, e acho que é por isso que eu não comia ninguém, com essa mania de intelectualizar conversas banais.
Faz menos de 15 anos que a guerra acabou e Beirute é um lugar inacreditável. Está sendo reconstruída tijolo a tijolo, há algumas áreas que já justificam o apelido de Paris do Oriente Médio, outras em que os prédios continuam lá, crivados de bala, abandonados, assombrações necessárias para que os libaneses se lembrem muito bem da estupidez que fizeram e nunca mais cometam os mesmos erros.
Andei de noite pelas ruas e becos, e aqueles esqueletos silenciosos me disseram mais do que qualquer professor de história poderia contar em uma vida inteira. Ruínas contemporâneas, que aos poucos vão dando lugar aos mesmos prédios restaurados e pintados, coloridos e luminosos. Mas alguns resistem, e é preciso que resistam para falar com seu silêncio, com suas paredes esburacadas.
Um silêncio que só é cortado pelas buzinas estridentes dos Mercedes, Beirute é a cidade que mais tem Mercedes no mundo, a imensa maioria bem velha e acabada, quase todos táxis, que buzinam o tempo todo, buzinam nos cruzamentos que não têm sinal, só vi quatro, três funcionando, buzinam para te chamar na rua, mesmo se houver outro passageiro no carro, buzinam para chamar o amigo no restaurante, para mexer com a menina peituda, buzinam por buzinar, buzinam para não deixar a rua em silêncio.
Os libaneses têm muito orgulho de seu país e têm de ter, mesmo. No avião, vindo do Bahrein, estava sentado ao lado de uma moça cristã, Darine, eu perguntei o nome, e na outra ponta tinha um cara, cujo nome não sei e chamarei apenas de Azedo, porque ele cheirava assim. Darine pediu para trocar de lugar, para sentar na janela, eu desconfiei que era por causa do Azedo, e era mesmo, o cara estava partindo para cima da coitada. Não era libanês, não sei de onde era, mas falava árabe e era um cretino, cretino e azedo.
Darine me perguntou do Brasil, disse que tinha um namorado em São Paulo, outro na Holanda, um na Austrália e um no Canadá, parece. Mas que no Líbano não dava para confiar muito nos rapazes, eles são muito machistas. E falou que durante a guerra, ela era bem novinha, mas que durante a guerra, ao contrário do que eu imaginava, a vida era mais ou menos normal em Beirute, era preciso apenas tomar cuidado para não estar no lugar errado na hora errada para evitar os balaços e granadas, as emboscadas e os franco-atiradores no alto dos prédios. Ela mesmo se feriu. E foram 15 anos assim.
É incrível a capacidade das pessoas de se adaptarem a tudo, até a uma guerra passando pela janela, e quando ela acaba essas mesmas pessoas retomam a vida como se nada tivesse acontecido, e é isso que mais me impressionou em Beirute. Houve cortes profundos, mas tudo cicatrizou, e os prédios destruídos não passam disso, uma cicatriz que a gente olha para ela, se lembra mais ou menos como foi que cortou, mas não dá maior importância porque outros cortes virão.
Adorei Beirute, sentei-me num restaurante modernoso na praça do relógio, o símbolo da reconstrução (colocarei fotos, podem me cobrar), pedi hummus, uma delícia, e em volta do relógio crianças brincavam de bicicleta e velotrol, e em volta das crianças soldados armados tomavam conta de tudo, era a única coisa que lembrava minha guerra da TV, o garçom trouxe o prato com pão sírio, perguntou se estava bom, sorriu à resposta, todo mundo sorria, árabes, cristãos, pretos, brancos, japoneses, turcos, gregos, mamelucos, fenícios, romanos, assírios, mulheres de véu, outras de barriga de fora, e é assim que tem de ser o mundo, sorridente, com gosto de grão-de-bico e azeite.
Um texto que eu simplesmente concordo com tudo… Sem puxar o saco, mas você manda muito bem nas letras.
Parabéns.
Tenho um amigo filho de libaneses, ele já foi pra lá algumas vezes visitar parentes, e sempre me disse que Beirute era uma cidade normal, apesar dos resquícios da guerra.
E eu sempre falei isso do Bahrein e de outras cidades projetadas com o dinheiro do petróleo. E também odeio essa hipocrisia em torno do islamismo, em especial sobre a Arábia Saudita.
Poxa, muito legal o seu texto, o que a má interpretação causa com as pessoas, adorando deuses? Que deuses são esses? Deus de verdade não quer o sofrimento de ninguém, Deus quer que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou, Nos amou de tal maneira que deu seu único Filho para morrer na cruz por todos nos… Não importa que religião você seja para saber isso, o que acontece com tais pessoas é a observação, interpretação e aplicação errada, a Bíblia nos revela que DEUS é um só, mas a forma que é interpretada causa o confusão do que Ela tem a nos dizer, “UMA INTERPRETAÇÂO CORROMPIDA VAI COMPROMOTER O CARACTER DO SER HUMANO” é isso que acontece com a maioria, a teologia é corrompida(por homens) e à partir dai que vem a discórdia, a confusão, deuses, coisas inventada… Mas ainda ha uma esperança, não podemos desistir, e ignorá-los… E é bem o que você disse que bastamos ter fé… Mas uma fé verdadeira…
E quanto ao Líbano sou louca para conhecer… Deve ser verdadeiramente lindo… Casai-me com um árabe e obrigatoriamente tive que aprender a culinária árabe…Adoro todas as comidas…
Já li trocentos textos sobre o Bahrein. Todos, sem exceção, trazem aqueles discursos deslumbrados, tudo uma coisa só. Só tú mesmo prá escancarar o óbvio.Uma ilha de dinheiro, poder e hipocrisia.
gostei muito bom ,a vida eh maravilhosa e do ca….. justamente por tudo isso .Parabens
putz gomes, fabuloso texto!
excelente!
memórias á bordo do Gomes! rsrsrsrsr
abs
Realmente uma das coisas que mais atrapalha o progresso humano é a hipocrisia.
Você foi brilhante na narrativa.
E parabéns ao povo do Líbano.
Gostei do texto, vc escreve bem…
Parabéns, Flávio, muito bom ler seus textos.
Seu humor cáustico é impagável e tem precisão cirúrgica.
Parabéns, de novo.
Tenho vários amigos libaneses, que conheci na infância. Vieram morar no Brasil, fugindo da guerra, da invasão de Israel a seu país. Um absurdo sem tamanho. Me mostravam muitas fotos de uma país realmente lindo, a Mônaco do Oriente Médio. Essa guerra destruiu gerações, fomentou muito ódio, mas infelizmente todos se acosturam com ela. Muito triste. Tenho muita simpatia por aquele povo, gente de bem e de paz, mas que foram massacrados durante décadas, e ninguém fez absolutamente nada.
Muito bom!
Sou descendente de libaneses e já tive a oportunidade de visitar o Libano. Me emocionei… você realmente conseguiu descrever o sentimento que é chegar num país maravilhoso como aquele.
O papo com a Darine foi mutio intelectualizado? Jesus falou desse povo, e de nós também, sepulcros caiados, branquinhos por fora e podridão por dentro, todos estamos evoluindo, aprendendo com erros e acertos, todos nós humanos de vez enquando temos que atravessar a ponte para integrar o nosso lado obscuro.
Parabéns, você tem um potencial acima da média… pena que as vezes se perde com alguns comentários… por este tipo de texto que continuo a visitar o blog… continue caprichando que você chegara perto da perfeição.
Gosto de ler seus comentários, mas não concordo com alguns. Assim como existem jornalistas sem ética existem religiosos também, porém não são todos.
O que vale mesmo na religião ou profissão é o amor, execultar tal tarefa pela alegria de estar ajudando alguém, ou seja, todo ponto de vista é visto a partir de um ponto!
Inspirador. Valeu!
Realmente gostei porque foi cru, real e sem hipocrisia.
Parabéns.
Carlos Henrique/Salvador -BA
Sensacional os textos , Flávio.
Continue postando !
Sensacional.
Mal humorada, como de se esperar!
Mas beiruteada, o que é legal!
Acho que vou comprar esse livro!
Ganhar? Nem pensar… Ã?
Parabéns pela sua qualidade como escritor. Vou procurar um exemplar de seu livro hoje mesmo. Texto excelente.
Sem nenhuma hipocrisia , mais um texto exelente.Continue brindando seus leitores com suas materias, cronicas e posts desse altissimo nivel. Leremos sempre com muito prazer.
Lúcido…
FG, por tua culpa quero conhecer o Líbano!
É incrível como o ser humano é hipócrita, no caso com essa merda de jihad.
Só um cara que torce p/ Portuguesa, gosta de Ladas, DKVs, nasceu nos anos 60, mora em Sampa, gosta de Jazz , rock poderia ter está visão anarcoromanticasessentista rsrsrsrsrssrrsr. Glauco morreu!! Mas ficou muita gente boa!!É isso aí V/ é o “Cara” rsrsrsr
Um baita texto, tchê… Lucido!! Muto bem feito!!!
como dizia um meu compatriota que Deus me livre das religióes.
Pois é, o ser humano é uma praga que devia ser varrida da face da Terra, para o bem do planeta.
Se eu disser o que penso sobre o 11 de Setembro, vamos jogar no mesmo time no presídio…
Parabéns Véio, vc nos traz algo espetacular! Não tem como descrever o sentimento! Parabéns!
Parabens!
Mais diários, Flavio. Mais diários, mais diários, mais diários…( é chato, eu sei )
Sou Professor de história e te digo: você está certo. Já dizia susan sontag, há um abismo entre aquilo o que você vê nos josnais e na televisão, e o que realmente acontece em lugares onde houve guerra
Mto bom. Opinião com um belo relato.
Parabens, Flavio. Texto irretocavel. Concordo com tudo!
Oi Flávio,
muito legal a leitura. Como é bom visitar seu blog e ser surpreendindo por teus bem sinceros e destemidos “desembestos”.
Abraço,
Paulo
Parabéns, FG! Na veia!!!
Já repararam que a maioria das guerras mais sanguinárias foram motivadas por crenças, por deidades superiores a outras, por Cristo ser melhor que Maomé, por Abraão ser melhor que Ibrahim? E que no fim das contas todos pregaram o amor, mas alguns imbecis acharam por bem que o amor de um era melhor que o amor de outro? À merda com as religiões. Louvemos aos vivos, bons de coração e de caráter, que dão sentido à palavra humanidade. Aos radicais, sejam cristãos, sejam muçulmanos, judeus ou o caralho a quatro, vão todos à merda. A raça humana seria muito mais evoluida sem vocês! Não precisamos de exemplos feitos apenas por palavras, contadas em lendas e provérbios imbecis, levados ao pé da letra por gente mais imbecil ainda. O que o mundo precisa é de mais gente que fale coisas além do esperado, do aceito e regulamentado nos alcorões, torás e bíblias da vida! Tenha seu Deus e sua crença, mas acima de tudo respeite o direito alheio a não se ajoelhar nem lamber o chão por um “ser superior”, que nos castigará se formos maus, que nos mandará ao inferno se formos…humanos!!!
Belo texto…..guerras que acompanhei na infância e adolescência foram: Guerra do Golfo 1 (1991), as Intifadas da vida (anos 90) e Guerra do Afeganistão 2 (2001) e Guerra do Golfo 2 (2003). Já tive muitos interesses sobre o Oriente Médio como um todo, assim como você Gomes sobre o Líbano! Essas guerras que se viam todos os dias praticamente no Jornal Nacional instigavam a curiosidade. Hoje em dia ligo muito pouco pro Oriente Médio, acho que a F1 nem deveria ter ido pra lá…mas enfim, odeio Emirados Árabes, Bahrein, Qatar e afins…puteiro foi a melhor definição que já li sobre o Bahrein em anos! Muito bom!
é um texto raro… meus parabens!!!
mas fiquei curioso: O que voce pensa sobre o 11 de setembro?
Excelente texto novamente!!!
Preciso comprar seu livro pra ler todas as hisdtórias logo!!
Muito bom, as vezes pego no seu pé, mas seu modo de ver o mundo é muito parecido com o meu. Quando morava em Foz do Iguaçu não suportava o modo como os muçulmanos tratavam as mulheres.
FG,
eu acabei de ler seu livro recentemente. E o que achei mais legal foi que dá pra sentir de forma mto clara a evolução do seu texto. Impressionante a diferença em 10 anos!
Parabéns pelo belo texto Flávio, viva a liberdade de expressão!!
Em minha humilde opinião “Deus” não existe, Deus é uma “desculpa” do ser humano, porque não aceitamos o fato de “deixar de existir” quando morrermos, entende!! Ou cremos em Vida Eterna ou Reencarnação e por ai vai……
Na bela teoria do cristianismo, prega-se que o Lúcifer queria ser igual a Deus, por isso o Senhor o expulsou do Paraíso, sendo assim o Demo se disfarçou de serpente e tocou o terror em Adão e Eva, e então Deus furioso puniu Eva e Adão e todos os seus decendentes!!
Putz, isso é uma fantasia tão alucinante, que se fosse desse jeito “Deus” é o culpado, não foi ele quem criou tudo, além dele ter criado o Belzebú,porque não MATOU o Capeta logo de uma vez, deixou ele perturbar o mundo, isso é ridículo, não existe!
E digo mais, porque nascem milhares de bebês defeituosos, ou doenças como câncer e aids, isso seria mesmo uma maldição ou punição do Altíssimo?? Claro que não, para nós evoluírmos e mudarmos fisicamente precisamos ter falhas e sermos imperfeitos, porque se fossemos todos perfeitos nós não mudaríamos e seríamos eternos, logo, não existiria bilhões de seres humanos ( com prazo de validade).
A fé do ser humano é porque temos medo de deixar de existir, ninguém é “macho” o suficiente para aceitar que nascemos para procriar e morrer para sempre, somos matéria e o “tempo” é que rege a nossa existência!
Religião para mim não passa de farsa, são Padres pedófilos, Pastores ladrões que prometem o paraíso em troca de “tustões” em TV aberta e a cabo, prometem curar todo mundo, mas saem com carrões depois dos cultos, espíritas, videntes, budistas, pra mim, são todos picaretas e hipócritas!!
Tivemos sorte pelo fato de que a vida realmente é muito rara, haja vista que num ambiente hostil como o universo, o acaso se tratou de nos dar vida inteligente ao longo de vários bilhões de anos! Porque quanto mais os cientistas , astrônomos e seja lá o for estudam o universo, mais eles se convencem de que somos insignificantes, primeiro acreditávamos que a Terra era o centro do Universo, depois pansamos que era o sol, logo vimos que o sol é apenas uma estrela dentre bilhões existentes, constatamos também que a nossa via láctea é uma dentre bilhões e por aí vai, também sou um filósofo da porra…….rsss
Bom, temos que amar nossa família e amigos e viver bem e com respeito para com o nosso próximo, porque esse papo de que seremos punidos ou que iremos para o inferno NÃO COLA………
VIVA BEM A VIDA, PORQUE APÓS ELA É O FIM DA LINHA………HAHAHAHAHA (SORRISO SARCÁSTICO)….rss
po Flavio… vc devia fazer um site… em blogs as coisas se perdem… como as noticias… um site com colunas e tal… outro dia comentei que seria legal vc criar uns albuns no Picasa… as fotos estariam sempre la, somando e nao sumindo… albuns como “enche o tanque” “cars & girls”, vespa girls e etc… assim como os textos e colunas em um site, organizados e sempre disponiveis… sei la… questao de ordem hehe…
PQP, tá com a pena afiada heim, poderia escrever mais alguns textos desta natureza, sei que aqui o tema é automobilismo, mas um ou outro texto destes, ajuda a mulecada a refletir um pouco, sobre vida, ideais e etc. Parabéns.
Texto muito bem escrito como sempre. Mas você generalizou nas religiôes. Também acredito que esta cheio de “putos” la na Arabia, como tem um monte de cristão “safado” por aqui. Mas generalizar como se todos fossem hipócritas e picaretas não da meu caro Flavio.
O mundo não é só maldade!
Caralho, tu escreve muito bem… Concordo plenamente com o a questão religiosa que você abordou… É isso aí, o ser humano é um bosta mesmo…. Parabéns.
Flávio, cade esses textos denovo?
Parou de escrever assim porque?
Volta, vai?
Permita-me Flávio mas… PUTAQUEPARIU!! Que texto!!
Palavras sinceras que retrataram perfeitamente a realidade (hipócrita, demagoga e muito mais…) de uma região aonde o homem justifica todos os seus erros e excessos em nome de quem não tem nada à ver com isso… Coitados dos deuses, santos e afins… o mundo não merece isto…
o líbano é um senhor país. pena que de vez em quando tem uns conservadores (sempre eles, sempre eles) pra estragar a festa na terra dos cedros. e conservadores de todos os lados: quando não é o hizbullah querendo impor religião, é o governo israelense querendo… impor religião!
sabe de uma coisa? poderíamos pegar radicais religiosos, cercar em um sítio de, digamos, 1000 hectares, dar uma faca a cada um e pendurar uma placa na única cancela existente: “só sai um”.
O livro todo é excelente!
Um dos melhores textos do Boto, sem dúvida.
Gostei do seu desembesto e para ser bem curto no comentario eu diria que se gente fosse coisa que presta, espantalho não funcionava! Não precisa o animal estar no meio do milharal,basta a roupa dando a forma caracteristica que bicho não chega perto.Tirando a fauna e a flora sobra o que?