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SÃO PAULO (e as asas, onde estão as asas?) – Acabo de assistir ao documentário “Panair do Brasil”. Como pode um país cometer um crime desses? Eu nunca vi a maior das maravilhas voando sobre o mundo nas asas da Panair. Mas já conversei muito em mesa de bar, e talvez mesmo sem saber já tenha tomado uma cerveja em memória desses tempos.

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Eduardo Britto
Eduardo Britto
13 anos atrás

Nem quero saber de nada da Pan Air!! Isso é concreto e asfalto e metal prensado!! Quero o sublime da arte que toca corações!! Essa música me pegou criança, me lembra cenas da adolescência, cantarolando na rua. Milton Nascimento e Fernando Brandt, gênios. “E lá vai menino, lambendo podre delícia…” Elis, a mulher mais bonita, mais atriz, mais voz, mais vida, mais tudo! Valeu FG!!!

glauber
glauber
13 anos atrás

flavio toca um elvis ai

Orlando Salomone
Orlando Salomone
13 anos atrás

Abusos foram cometidos dos dois lados. Crimes hediondos foram cometidos pelos dois lados. Homens de idéias se combate com idéias. Homens de palavras se combate com palavras. E homens de armas se combate com armas. É temerário avalizar o comportamento dos militantes de esquerda que pegaram em armas, já que as intenções deles não eram tão nobres quanto querem fazer crer. Mas que a falência da PanAir foi cagada da grossa dos militares, isso foi.

marcojetta
marcojetta
13 anos atrás

Boa Páscoa FG !

O caso Panair é o maior exemplo do desmando perpetrado pela ditadiura, em conluio com o na época, Ministro da Aeronáutica. A Panair tinha mais ativos do que passivos e tinha caixa ! Mas, como tinha como sócio, um estrangeiro ( francês ), tornou-se um ” perigo ” para o status quo dos militares. Poucos dias depois da sua ” falência “, a frota da Panair já estava pintada com as côres da Viação RioGrandense, depois conhecida como Varig. Mas como o castigo vem a cavalo, os milicos da época, para terem um retorno financeiro da trapaça, criaram a Fundação Rubem Berta, que foi um dos ” arquitetos” da roubalheira. Esta dita fundação, foi a que provocou na década passada a derrocada da Varig. Sabe quantos Diretores tinha a Fundação Rubem Berta ? 35 ! Tudo cabide de emprego para calar a boca dos ” sócios ” da trapaça. Sabe quantas diretorias tem a Gol ou a Tam ? Não passa de 5 !
Este é um resumo da história que temos como herança dos anos de chumbo.

Abs,
Marco Antonio.

Luca Bastos
Luca Bastos
Reply to  marcojetta
13 anos atrás

Marcello Lima, obrigado pela dica!

Vi o documentário. Peguei no meio mas deu para rever muitos amigos da minha juventude.

Conheci a família Rocha Miranda. Frequentei sua casa e sempre tive o maior respeito por todos eles. Sei o quanto foram injustiçados com o ato da ditadura.

Mas sempre tive a imagem do pai do meu amigo que trabalhava na Panair. Enquanto a Panair existia ele era uma pessoa importante. Vivia viajando e meu amigo sempre teve brinquedos importados. De uma hora para a outra ficou sem ter o que fazer, teve vários enfartes e uma aposentadoria antes da hora.

Hoje vendo o documentário minha mulher me contou que o pai da sua prima Márcia era pintor de aviões. Naquele dia fatídico saiu para trabalhar e descobriu que seu emprego acabou. Ele não sobreviveu para frequentar as reuniões anuais. Dias depois teve um enfarte fulminante e se foi.

luiz Almeida
luiz Almeida
13 anos atrás

Maravilhosa interpretação da elis, mas nãopodemos esquecer também do milton nascimento e do fernando brant autores da música.

Sergio Luis dos Santos
Sergio Luis dos Santos
13 anos atrás

Ai, ai… e o bobo aqui confundiu Canal Brasil com TV Brasil… fiquei colado na tv aguardando o documentário e necas….. o que um pequeno engano não faz.

Existem dois lados da história sobre a Panair. Ela tinha problemas mas nada diferente de outras, a Varig por exemplo, teve ajuda do Governo Federal desde que foi criada.

Moncho
Moncho
Reply to  Sergio Luis dos Santos
13 anos atrás

Mas não interessava absolutamente ao governo militar, ajudar justamente quem jogava contra. Os cabeças da Panair apoiavam o tipo de política e políticos que tinham levado o país à ruptura democrática, à intervenção de autoridade, pelas armas, para evitar a anarquia política.

Birico
Birico
13 anos atrás

O maior injustiçado deste país foi o Barão de Mauá.

Fez muito pelo Brasil e ainda foi obrigado a ir morar no Uruguai. Só que o cara era tão foda que fez fortuna novamente e voltou…

Luca Bastos
Luca Bastos
13 anos atrás

Me lembro quando a Panair foi fechada. Eu tinha 20 anos. O Brasil ainda vivia os primeiros tempos do Governo militar. Muitos como eu imaginavam que era apenas uma revolução e então em breve haveriam eleições para devolver o país à democracia. Os potenciais candidatos como Juscelino, Lacerda, Magalhães Pinto, etc. eram citados. Na época ainda não havia o cerceamento total da imprensa.

A Panair era muito mal falada. Os serviços eram ruins, muita gente reclamava e os donos da empresa não estava nem aí. Nesta época um dos donos mandou seu Rolls Royce à Inglaterra para fazer a manutenção. Ficou só com a Bentley. Acho que a arrogância e a falta de tentativa de diálogo foi uma das causas da derrubada.

Mas na época os comentários gerais eram de que tudo foi tramado pela Varig para abocanhar a fatia da concorrente. Isto lembrei naquela época em que a Varig estava mal das pernas e alguém disse (erradamente) que a Varig sempre foi uma empresa digna.

Se o Brasil tivesse um Governo realmente democrático, o fechamento não teria sido feito à forceps, ou usando linguajar de hoje, a moda Chaves versus Globovision.

Acredito que do jeito em que estava a Panair, alguma coisa precisava ser feita. Tempos depois o Governo ajudou a Varig, Se tivesse ajudado a Panair, ela teria resolvido seus problemas momentâneos.

Um dos donos da Panair continuou no ramo da aviação com uma fábrica de peças e motores de avião em Petrópolis. Chegou a ser representante da Rolls Royce. Sem dinheiro não ficou. No dia em que vendeu sua linda casa na Rua São Clemente para uma empresa construir um prédio, o preço foi recorde no Rio de Janeiro por um bom tempo. Mas o pai de um amigo meu que trabalhava na Panair acabou a vida duro e enfartado.

Gostaria muito de ver este documentário. Como e onde posso conseguí-lo?

Marcello Lima
Marcello Lima
Reply to  Luca Bastos
13 anos atrás

Lucas, o documentário irá reprisar amanhã no Canal Brasil às 14:00h, procure um amigo que tenha tv por assinatura e que tenha os canais Globosat, é, infelizmente o Canal Brasil pertence ao grupo. Após o documentário você verá que a Panair não precisava de ajuda alguma, era uma empresa sem qualquer problema financeiro ou de qualquer outra espécie, sua falência foi “decretada” pelo governo militar, na época era a segunda maior empresa aérea do mundo, mas veja o documentário, se possível.

Um abraço.

Marcello Lima
Marcello Lima
Reply to  Luca Bastos
13 anos atrás

Despulpe-me Luca, coloquei um “s” indevidamente no seu nome.

Marcello Lima
Marcello Lima
Reply to  Luca Bastos
13 anos atrás

Desculpe-me Luca, coloquei um “s” indevidamente no seu nome.

Moncho
Moncho
Reply to  Luca Bastos
13 anos atrás

O documentário só vai contar a versão pró-Panair, Lucas. A julgar pela choradeira de quem já viu, pelo menos… A verdade é que a Panair já vinha bem mal das pernas. Foi a desculpa para o regime de exceção extirpar aquilo que julgava pernicioso – qualquer um sabe que os donos da extinta eram poticamente contrários aos militares. Enfim, o desenho de rotas e a política de interesse aos detentores do poder, batiam de peito com a petulancia dos capitalistas da Panair. Então, a verdade não é tão simplezinha assim: coisa do “bem” contra o “mal”. É mais complexa. Mas o que mais sofre nessas “revisões históricas” do passado, em geral, é a verdade…

Marcello Lima
Marcello Lima
13 anos atrás

É, infelizmente já conhecia essa história, pois o sócio majoritário (na verdade o dono) do escritório onde advoguei no Rio já tinha me contado, pois ele viveu in loco essa fase e era advogado de diversas companhias aéreas. Desde então passei a ter um certo asco em relação a Varig e até me permiti ficar feliz com a sua falência. Quanto ao governo militar, não preciso nem comentar, porque essa foi somente uma das milhares de atrocidades praticadas naquela época. Achei fantástico o documentário e irei gravar a reapresentação amanhã para exibir aos meus alunos, afinal agora posso embasar o que já havia comentado com eles, principalmente quando um ou outro aluno comete o disparate de dizer que a ditadura devia voltar. Só quem viveu ou conheceu esse período tem real noção dos abusos cometidos nesse momento sombrio da nossa história.

Rafael DIas Santos
Rafael DIas Santos
13 anos atrás

e a gente…separado, já que não posso apagar!

Rafael DIas Santos
Rafael DIas Santos
13 anos atrás

Mais uma interpretação daquelas dela. Minha mãe ouviu de longe e falou: -Quaaaaanto tempo não escutava essa! Dai para o clichado “-Elis vive!” é um pulo. E agente fica com a nossa briga e a nossa fome de bola… (bom demais)

jorge machado
jorge machado
13 anos atrás

tambem acabei de assistir, lembro ainda dos anos 60, da luta apaixonada dos funcionarios . fica a lição para nois de que toda forma de ditadura deve ser repudiada, se não sempre poderá haver um tirano da vez, coisa bem comum aqui na america latina.