RÉQUIEM

SÃO PAULO (chega logo, 2012) – O Moto Club do Maranhão encerrou suas atividades. Vocês sabem que raramente falo de futebol aqui, mas tem horas que não dá para calar. Eu ia fazer um discurso enorme, contar dos meus jogos de botão, de quantas vezes desenhei o escudinho do Moto, ia falar do Sampaio Corrêa (aqui, uma observação: os dois grandes do Maranhão sempre foram um problema para mim na hora de escrever; Corrêa ou Correia? Moto Club ou Moto Clube? São Luiz ou São Luís? Coisas de infância, não liguem), do Maranhão Atlético Clube, de quanto aprendi de história, geografia e da vida com o jogo de bola.

Mas não precisei.

Porque alguém me mandou este texto de Luiz Antonio Simas, lá do Maranhão mesmo, que se chama “Morre o Moto”, e é simplesmente o melhor texto sobre futebol que já li em toda minha vida.

Subscribe
Notify of
guest

48 Comentários
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
André
André
12 anos atrás

Flávio,
O texto é belíssimo. Não me surpreende por ter sido escreto pelo historiador carioca Luiz Antonio Simas. Um apaixonado por futebol e cultura brasileira. Sugiro a todos que procurem outros textos dele. Os admiradores do velho futebol vão se deliciar com muita informação e muito bom humor.

WALDEVIR BERNARDO
WALDEVIR BERNARDO
13 anos atrás

Caros Flavio Gomes e Luiz Antonio Simas.
Realmente é muito triste o encerramento do Moto.
Tenho um amigo meu que jogou em 1984 no Moto (goleiro Sérgio Gomes) que fora campeão três vezes com o Paysandu e quatro vezes seguidas com o Ceará.
Tenho a história dele no site do milton neves e no site do bairro onde nasceu(Água Rasa/São Paulo/SP): http://www.boleirosdaaguarasa.com
De todos os times que jogou eu consegui foto (Juventus, Guarani, Ceará e Paysandu). Só do Moto que não. Desde 2006 ele está no site do Miltão e sem a foto do Moto.
Desde aquele ano procurei foto dele e nunca achei.
Se algum maranhense tiver esta foto de 1984 com o Goleiro Sérgio Gomes eu agradeceria.
É uma pena o que aconteceu com o Moto.
Um grande abraço,
Waldevir – Vie do Site da Água Rasa.
E-mail: [email protected]

Gustavo Lucena
Gustavo Lucena
13 anos atrás

Moto Club começou a dar a volta por cima

http://www.motoclubsl.com.br/noticias.php?cod=362

Leonardo Araujo
13 anos atrás

Concordo. Texto maravilhoso.
Mostra a contradição das paixões com os interesses econômicos. Em outras palavras, a forma como a indústria cultural enlata a cultura popular e a devolve para consumo como mercadoria.
Isso tudo num texto sensível, recheado da paixão originária.
Quisera eu ter essas qualidades literárias.
Só seria necessário pensar se tem saída, se é possível pensar algum futuro diante dessa desgraça símbolo que é o fim do moto clube. Estaríamos pré-destinados? Sem saída?

LusitanoXXX
LusitanoXXX
13 anos atrás

Obrigado, Flávio… Tanta coisa voltou na memória…Comovente, verdadeiro, próximo de nós… Só nós, da “Terrinha”, sabemos quanto…Cheguei ao Canindé, levado pelas mãos calejadas de meu Avô, acompanhdo de meu Pai. Joguei futebol na Várzea. Meu Avô falava de sua saudade da sua pequena aldeia, das comidas, dos fados… Cuido hoje, para que nada disto pereça… Temos de ter memórias, ou nossa vida será para sempre, Vazia . faço minhas as palavras do autor… “O velho torcedor, e como é duro constatar isso, está morrendo…. Morre o Moto como morre a aldeia, a terra, a comida da terra, a várzea, a esquina e o canto de cada canto. Morre o Moto como morrerá, em alguma madrugada grande, o último tocador do tambor de crioula e com ele a arte de evocar no couro a memória dos mortos. Seremos apenas – e cada vez mais – homens provisórios, desprovidos da permanência que só a ancestralidade e a comunidade garantem. “

Dionisio Pastore
13 anos atrás

E o meu time colocou patrocínio na bunda dos jogadores !
É ridículo ! É patético.

Ramon Gregorio
Ramon Gregorio
13 anos atrás

E viva o futebol moderno, me declaro um apaixonado pelo América MG, acompanho todos os jogos em BH/SL e viajo quando posso.
O futebol para mim acabou, não perco meu tempo com o que um dia foi um esporte,
Está chegando o dia em que torcerão para franquias ou times como Coca Cola São Paulo, Rio de Janeiro Pepsi ou o Minas Usiminas.
O futebol morreu,
Viva o Moto que morreu antes de se prostituir.

Luiz Salomao
13 anos atrás

Quem teria q encerrar suas atividades e a CBF. O Ricardao nao conseguiu um adversario p selecao, pq ele quer cobrar muito caro e ninguem topa pagar. face a ganacia do Ricardao e dos arabes q compraram a selecao brasileira, quem fica chupando o dedo e o torcedor brasileiro q ja nao viu o jogo contra os EUA pq so passou na tv fechada, tv dos ricos, 4% da populacao tem tv a cabo. E ainda tem a babaquice do Ricaradao com o estadio do Morumbi. O ganancioso e questionavel Ricardao prefere fazer a abertura da copa num estadio q nem existe, que dizem, sera construido em um terreno onde atravessam dutos de petroleo! ta uma bagunca essa CBF, mas temos de deixar bem claro q quem vota pro Ricardao se perpetuar no cargo sao os proprios times de futebol. O torcedor tem q se mobilizar, pressionar a diretoria do seu clube e exigir a saida desse sangue suga do Ricardo Teixeira!!! alias, o povo deveria mudar os seus xingamentos, ao inves de chamar alguem de safado, cafajeste, cuzao ou bunda mole, deveriam usar o termo cartola.

– Vc nao vale nada, vc é um catola!!!

-Po, meu, c vc me chamar de cartola novamente eu vou t processar!!!

Ricardo Silva
Ricardo Silva
13 anos atrás

Quando me perguntam qual é o meu time eu respondo: Vasco!
Sou um torcedor consumidor de artigos do Vasco, ia a boutique em São Januário para procurar camisa para mim, e para os meus filhos. Eu gosto do Vasco, porque e o time que escolhi para torcer pela disputa dos grandes do futebol do Brasil.
Mas no meu coração tem muito espaço para o Azul da Rua do Gás, o Goitão. Aos 5 anos o meu pai me levava para ver jogos do Goytacaz. Qual o time de maior torcida em Campos dos Goytacazes? Talvez ainda seja o Goytacaz e não o Americano do famigerado Caixa D’agua que tanto prejudicou o Azulão.
Torcedor de time pequeno é assim, vai torcer pela simpatia que tem pelo clube e não para consumir. Vai torcer porque gosta do time mesmo quando a anos ele não joga na primeira divisão.
Mas e daí? Meu filho não vai ser nenhum Pelé, mas mesmo assim vou gostar de ve-lo jogando futebol.
Que Saudade do meu Goitão, eu já vi empatar, perder e vi até ele ganhar do Fluminense.

Rogério Magalhães
Rogério Magalhães
13 anos atrás

Reproduzo aqui o que escrevi lá no blog do Simas:

“Caro Simas, como torcedor da gloriosa Portuguesa de Desportos, quase tive essa mesma sensação de fim quando estivemos a beira do fechamento, caso em 2006 tivéssemos caído para a série C do Brasileiro, depois de despencar para a série A-2 do Paulistão, em virtude do cenário desolador em termos financeiros em que estávamos. Felizmente escapamos e nos reerguemos no ano seguinte, com dois heróicos acessos.

É pena que o Moto Club, tão tradicional, mais um dos famosos times nordestinos que conhecia dos “gols do Fantástico” e dos escudinhos para botão da Placar (assim como o Auto Esporte de um grande amigo meu), não tenha essa mesma sorte e tenha de fechar as portas. Mas fica minha torcida para que eles possam se reerguer e reabrir suas portas, para não deixar órfãos seus fanáticos seguidores. Porque se por acaso a Lusa tivesse fechado as portas depois de 2006, eu ainda assim seria Lusa. Espero que os torcedores do Moto possam ser sempre torcedores do Moto. Um dia as coisas mudarão, tenham fé. O regresso será ainda melhor, porque certamente abnegados com competência para isso não faltarão.

Quem sabe um dia podemos voltar a ter um Portuguesa e Moto Club pela 1ª divisão do Brasileiro, como foi em 1984, as únicas duas vezes em que se enfrentaram (em 5/fev em São Luís, vitória lusa por 1 a 0; em 29/fev no Canindé, vitória lusa por 2 a 0).

E parabéns pelo belíssimo texto!”

Marcos Brás
Marcos Brás
13 anos atrás

FG, é Sampaio Corrêa, mesmo. Há muitos anos, o certo era São Luiz, mas desde que me entendo por gente, o que não faz muito tempo (tenho 24), convencionou-se ser São Luís. Ah, mas quando abreviamos o nome da cidade, em jornais e a sigla do aeroporto usamos SLZ.
Um abraço e muito legal saber que o Moto Club é (foi) importante também para vocês de outros estados.

Antonio
Antonio
13 anos atrás

Belíssimos o texto e aHistórias do Brasil. Só uma correção: o Simas é um professor de História aqui do RJ. Sugiro que leiam os textos antigos do blog, sempre excelentes, e passem os olhos nos sites indicados. Gosto muito do Buteco do Edu e do Butequim do Bruno.

Jabá feito.. rs

Abraços

Confúsio
Confúsio
13 anos atrás

Na minha infância, herdei de meus irmãos uns botões do Moto Club e do Tiradentes-PI, cujo escudo tinha a cabeça de um tigre. Sempre achei curioso esse escudo do Moto, o pneu com asas que também é símbolo das 500 Milhas de Indianápolis. A origem desse símbolo é de Indianápolis ou há alguma referência mais antiga? E qual seu real significado?

luis antonio da matta machado
luis antonio da matta machado
13 anos atrás

Texto lúcido, muito feliz, para narrar uma história tão triste.
Meus botões também estão chorando na caixinha de papelão.
A torcida do Moto está triste, como se uma parte de sua alma fosse arrancada.
São os novos órfãos da arquibancada. Muita tristeza, num lindo texto, que muito me emocionou.

Lucio SP
Lucio SP
13 anos atrás

Poutz,,,,,vou parar de acompanhar o Camp. Brasileiro……agora só a Seleção…e olhe lá

JT
JT
13 anos atrás

Eu era só um garoto nos anos 80, quando sonhava em ser goleiro e treinava no time do meu bairro. O técnico tinha em seu currículo alguns jogos como reserva do Palmeiras, mas foi no Moto Club que havia brilhado como centroavante.

Acho que acompanhei os últimos suspiros do futebol romântico, ao chorar a derrota do meu Palmeiras para a Inter de Limeira na final do Paulistão de 86. Eram tempos de camisas lisas e cores chapadas. A camisa do Palmeiras era verde garrafa, e não verde limão.

Finalmente vi o Palmeiras ser campeão, com camisas listradas por imposição do patrocinador. O time havia perdido a alma? Talvez não: eram investidores italianos que escolheram o Palmeiras pois haviam palmeirenses na direção da empresa.

Com o tempo, perdi o entusiasmo juvenil pelo futebol. Perdendo ou ganhando, os jogadores de hoje em dia tem um duscurso pasteurizado por empresários, assessores e conselheiros adjuntos.

Fui recuperar a vontade de torcer e vibrar por um time quase que por acaso, ao pesquisar sobre a origem da minha família no norte da Itália. Encontrei o pequeno time de Cittadella, da região de Padova, que disputou o último campeonato italiano da série B com chances de subir.

Meu sobrenome apareceu na camisa do time, graças a um empresário local, que deve ser parente distante meu. Entrei em contato com eles e fui muito bem recebido. Dei até entrevista para o jornal da comunidade como ilustre torcedor “brasiliano”.

Acompanhei o time pela rádio da cidade, via Internet. Faltou um gol contra o Brescia para o sonho da série A virar realidade…

Pensando bem, quem bom que o Cittadella, de camisa grená, não foi para a Série A. Eles teriam que contratar jogadores de fora. Então eu deixaria de torcer por jogadores que poderiam ser meus vizinhos, primos ou mesmo irmãos. Seria o fim da identificação com a aldeia.

Proponho a criação de uma liga de futebol onde jogariam o Moto Club, a Inter de Limeira, a Ferroviaria e outros times que a modernidade – versus a eternidade – não deixa mais brilhar.

JP
JP
13 anos atrás

Não tem muito a ver, mas aqui em SJ Campos, a equipe de ciclismo da cidade, aquela com Nilceu Santos, referência no mundo, acabou por falta de patrocínio. deu no site do Vnews. Mesmo aqui tendo Embraer, GM, Revap, entre outras….
Pra quem é daqui, sabe que é uma cidade onde só há concreto e alguns aviõezinhos no ar. Não tem alma.

Junior
Junior
13 anos atrás

o Futebol do Maranhão esta morrendo é só ver o Castelão a tanto tempo jogado as traças abandonado e interditado, me lembro de em 2001 ter assistido na TV o jogo do Brasil que classificou a seleção para a Copa o estadio lotado e todos vibrando e empurrando o Brasil para o Penta no ano seguinte.

Ubaldir Jr.
Ubaldir Jr.
13 anos atrás

Negócio é o seguinte: os grandes clubes brasileiros criaram um sistema de castas no nosso futebol que imobiliza tudo. Esse campeonato com acesso e desceço, com séries A, B, C e D mata nosso futebol por nunca apresentar a realidade da atualidade dos times no Brasil.
Tornou-se quase impossível um time do Pará, ou do Maranhão por exemplo, revelar bons jogadores como era comum nos anos 70. Nos moldes antigos, em que o campeonato brasileiro era montado com os times melhores colocados em todos os regionais, você tinha sempre os melhores times disputando o nacional, possibilitando que qualquer jogador de qualquer time do país pudesse sonhar em estar na maior vitrine mundial.
Agora, nesses moldes de desvincular o nacional dos regionais, temos um campeonato em que o quarto colocado do campeonato goiano é série A, time da série B do paulista também é série A no nacional, e por aí vai.
Que saudades das velhas taças de ouro e prata.
O fim do Moto nada mais é que a consequência desta “castificação” de nosso futebol, em que só os “tradicionais” clubes do sul maravilha é que têm direito ao sol. Um exemplo claro dessa balbúrdia é o estado do Pará, o local com a torcida mais vibrante e presente que existe nesse nosso país e não possui um time sequer na segunda divisão do brasileirão. Realmente lamentável.

Henrique
Henrique
13 anos atrás

O texto é mesmo bacana. Mas a morte vem em virtude desse parágrafo:

“O velho torcedor, e como é duro constatar isso, está morrendo. Em seu lugar surge o cliente dos tempos do futebol-empresa. Somos agora, os que queremos apenas torcer pelo time, tratados como clientes nos estádios, consumidores em potencial de jogos, pacotes televisivos, produtos com a marca da patrocinadora e outros balacobacos.”

O pessoal não gosta de torcer, gosta de se divertir… e pra muita gente, esporte só é bacana se houver vitória, ou ao menos expectativa dela. Não é a toa que a Globo faz o que faz…

Fazer o quê? Obrigar as pessoas a torcerem para times locais? A vida tem umas inevitabilidades….

Esta decorre simplesmente de brasileiro não gostar tanto de futebol assim. Onde já se viu time da 1ª divisão ter público de 1200 pessoas? Na Inglaterra, Alemanha, Argentina, jogo de 3ª divisão lota estádio!

E ainda dizem que esse é o país do futebol…

Vida longa aos verdadeiros torcedores. Que eles tenham sucesso de passar o que é torcer adiante.

Valdner
Valdner
Reply to  Henrique
13 anos atrás

Perfeito Henrique! Só os iludidos acham que vivemos no país do futebol, na Inglaterra e na Argentina os caras tem rivalidades e paixão pelos times do próprio bairro. Quem for a Buenos Aires ou a Londres e observar os dias de jogos, verá que nem todo mundo na capital argentina torce apenas para Boca e River, vai ver que a torcida por lá é bem divida, assim como no Arsenal e no Chelsea. Lá quem escolhe para torcer, vai estar com ele na 1ª ou na 9ª divisão. O Brasileiro não gosta de torcer, ele gosta de ganhar, perde o interesse pelo futebol quando seu time vai mal.

Francisco
Francisco
13 anos atrás

Uma pena que o Moto tenha fechado as portas. Um ótimo texto o do Antônio Simas, mas é complicado. Duramente complicado. Porque se de um lado há o bonito da tradição, por outro há a eternização de cartolas escroques a frente de times tradicionais que, pior que empresários, usam de um motivo de paixão genuina para enriquecimento próprio. Como se presidir um clube de futebol rendesse ganhos de ministro do STF.

O Moto morreu, o futebol de centros mais afastados agoniza. Onde está o Paysandu? O simpaticíssimo Operário de Campo Grande? O Treze de Campina Grande? O Ceará ressurgiu após anos nas divisões inferiores, mas até quando o Vovô aguentará vivo na elite?

Infelizmente para esses times e outros tantos não há Timemania que salve, não há Ricardo Teixeira oferecendo estádio nem ministro subsidiando existência. O destino do Moto poderia e deveria ter sido o mesmo do Vasco do Eurico Miranda, mas aí estamos falando de um dos doze grandes times do Brasil que subsistiu e subsiste à base de resíduos de falcatruas do seu Capo e graças às gordas cotas televisivas da Rede Globo que exige em troca a prostituição dos clubes impondo-lhes horários absurdos para os jogos. Azar do torcedor que tem que voltar pra casa à meia noite e trabalhar no dia seguinte. Seria um absurdo o Vasco fechar as portas. Dane-se que o Euricão era escroque e contra ele pesavam suspeitas e acusações. O eterno Expresso da Vitória dos anos 40 não pode acabar. Mas merecia.

Pior, mesmo, como diz Simas, para o torcedor do Moto. O que fazer com sua paixão clubística? Ah, torce pro Sampaio Corrêa. Claro. Voltemos à hipótese do fim do Vasco. Oh, vascaíno, torce pro Flamengo, mermão!

Dia chegará que teremos dezesseis, vinte clubes num Brasil de 26 subdivisões. Desses, oito viverão muito mal das pernas, seis serão vitirines de atletas meia boca, mas vendidos como cracaços por tubarões que não estão nem aí se o time leva cem, duzentas pessoas a cada jogo e outros quatro ou cinco serão times de mais tradição com torcida forte entre os quais um ou dois terão dirigentes honestos. E esses serão os últimos a serem ouvidos e os primeiros a levar paulada dos demais.

Eis o país do futebol senhores.

Eduardo Britto
Eduardo Britto
13 anos atrás

Quem lembra dos campeonatos nacionais de futebol dos anos 1970 certamente lembrará do Moto Clube. Celso Unzelte ou PVC, me respondam por favor, quantas vezes veio o Moto clube jogar contra os grande aqui em Sampa? Deve ter vindo algumas. Nos moldes atuais, a sobrevência de muitos clubes de nossa memória juvenil será por pouco tempo. E assim segue a humanidade.

Mauro José Santana Júnior
Mauro José Santana Júnior
13 anos atrás

Impossível não se emocionar com um texto tão sincero como este, e sei bem o que é isso, pois o meu Paraná Clube também esta morrendo.

Espero não ler um texto como este aqui ou eu qualquer outro lugar com o seguinte título:

“Morre o Tricolor da Vila Capanema”

Realmente o mundo esta virado numa merda mesmo!!!!!!

Mário Gasparotto
13 anos atrás

Uma professora que conheci de Psicologia da Educação disse-me uma vez: “escrevemos melhor quando estamos apaixonadamente com raiva” Nunca tinha entendido bem isto até ler este texto. Belo texto, excelente visão e que pena que o Moto Club se foi. Se voltar, espero que não seja gerido por pessoas na qual o texto desnuda tão poéticamente.

Eduardo Britto
Eduardo Britto
Reply to  Mário Gasparotto
13 anos atrás

Suia professora era uma sábia.

João Carrieri
João Carrieri
13 anos atrás

Flávio, aposto com você que tudo não passa de política e que em algum tempo (não sei se em breve) você verá o Moto Club na ativa novamente. Antigamente sempre via escrito “Moto Clube” e “Sampaio Correa”.

Carlos Tavares
13 anos atrás

Magnífico texto. Com todo o raro encanto dos nossos dias.

Não há vínculos, empatia, identificação, tampouco admiração.

Só a incessante busca por dinheiro.

Hoje, o exagero não é suficiente.

Camila Cunha
Camila Cunha
13 anos atrás

Realmente o texto é incrível e emocionante,porque nele é retratado exatamente o que vêm acontecendo há algum tempo no futebol,que por sinal é algo lastimável.O autor está de parabéns e valeu Flavinho por divulgar o texto para nós leitores do seu blog.

Acarloz
Acarloz
13 anos atrás

Belo texto para um triste fato.

Raphael de SSA
Raphael de SSA
13 anos atrás

Muito bom o texto, certo dia me surpreendi vendo meu filho de 15 anos torcendo fervorosamente (palavrões, chutes no ar, socos no sofá etc..) pela Inter de Milão!!!!!Ele nunca foi a Itália, não possui descendência, o máximo que se aproximou da cultura italiana foi ao devorar uma pizza, mesmo sendo frequentador do Barradão, o cara torce mesmo é pelo time milanês.

Valdner
Valdner
Reply to  Raphael de SSA
13 anos atrás

O fenômeno que acontece no Norte-Nordeste para com os times do sul-sudeste, em breve vai acontecer com os clubes brasileiros em relação aos europeus. Te cuida não, futebol brasileiro.

Leider Lincoln
13 anos atrás

Lamentável. Que sobreviva meu CRAC de Catalão!

Maicon
Maicon
13 anos atrás

E com a morte do Moto, o futebol brasileiro morre mais um pouco…

Mauro Rodrigues Junior
Mauro Rodrigues Junior
13 anos atrás

*RIP*
(minuto de silêncio)

Gustavo Lucena
Gustavo Lucena
13 anos atrás

E viva o Rei do Brasil, Ricardo Teixeira!

E viva a Rede Globo!

São eles que estão acabando com o futebol do Norte-Nordeste do BRasil.

Tudo bem que os cartolas locais, antas de plantão, ajudam a afundar os clubes pela inapetência.

Porém a cbf/Globo não organiza um calendário de competições que dure o ano inteiro.

Eles não organizam um calendário para que seja dada oportunidade de recomeço aos clubes que chegaram ao fundo do poço.

Além da omissão, a cbf faz questão de exterminar qualquer competição que represente um alento financeiro para os clubes. O Camp. do Nordeste é o melhor exemplo disso, é a Mina de Ouro dos clubes da região, está sendo retomada no peito e na raça, mas a madrasta faz de tudo para boicotá-la.

Porque as Séries C e D não duram a temporada toda? Semana passada encerrou a 1a fase da Série D e já vemos vários clubes fechando para balanço e esperando 2010.

Por que não dar ao Moto Clube e a outros clubes sem-divisão a oportunidade de começar do zero após anos de má-gestão?

Faz sentido construir estádios ultramodernos em Cuiabá, Brasília, Manaus e Natal se nesses estados os clubes a duras penas almejam jogar na Série B?

Valdner
Valdner
13 anos atrás

Clubes pelo Brasil afora se afundando em dívidas e fechando as portas, enquanto isso, Ricardão só pensa no bolão que vai ganhar na Copa.

marciano
marciano
13 anos atrás

Uma pena que isto esteja acontecendo no futebol. torço para um time pequeno que joga atualmente na Série A – o Ceará – e é frustrante ver que seremos rebaixados mais uma vez por não termos o poderio econômico das grandes equipes do eixo e não podermos pagar R$ 500.000 reais por um técnico ou jogador (se bobear, nossa folha nem chega a isso). O Futebol virou, de fato, um negócio… Como na Fórmula 1, acabou a Era Romântica…

Com relação ao Moto Club, é realmente uma pena. Assisti grandes jogos do meu time contra o Moto Club no Velho estádio PV, em Fortaleza.

Acabou também o nome de clássico mais legal do mundo! Quando o Maranhão Atlético Clube e Moto Club jogavam entre si, a disputa era chamada de MAREMOTO.

Maior barato! Não existe nome melhor!!!

Cristiano
Cristiano
13 anos atrás

Realmente é de emocionar….. mas enfim é a realidade do futebol brasileiro (muito dinheiro e pouco amor a camisa).

victor freire
victor freire
13 anos atrás

e viva o futebol “muderno”, que enfia goela abaixo dos torcedores do norte e nordeste os clubes do sul maravilha, os grandes e ricos de rio e são paulo, sacrificando até mesmo equipes tradicionais como juventus, portuguesa, madureira e américa.

por essas e outras que eu só tenho um time: o santa cruz futebol clube, o tricolor do arruda. e desprezo os locais que torcem pra flamengo e corinthians, sem nunca ter visto o time jogar ao vivo na vida.

Pablo Habibe
Pablo Habibe
13 anos atrás

O único clube de “hell’s angels” a produzir um time de futebol…

Existe muito exagero no texto, o futebol (profissional?) não é tão importante assim aqui em São Luis. Somos a Venezuela do Brasil, gostamos mesmo é de briga de galo e jogo de chucho (você não vão entender…).

Se algo (como o moto) não faz mais sentido, é normal que desapareça (o mesmo deve valer para o “tambor de crioula”)… Serve só pra eleger vereadores aqui e ali…

Ainda acredito que tudo pode não passar de mais um (de várias) tentativas do moto de virar a mesa e voltar para a primeira divisão estadual na mão grande (lembram do escândalo do ano passado?)…

O futebol maranhense é desconhecido por aqui mesmo. Não se enganem com posts e matérias grandiloqüentes, poucos hão de chorar pelo moto…

Marcelo Albuquerque
Marcelo Albuquerque
Reply to  Pablo Habibe
13 anos atrás

Fale por você, dúvido que vá em um estadio de futebol, vibre com os gols e que pelo menos saiba jogar bola, preservo e gosto das tradições da minha cidade e isso inclui SIMMMM o tambor de crioula.

A vida não é só automobilismo….

Não gosto de briga de Galo, pelo contrário, acho desumano….

Valdner
Valdner
Reply to  Pablo Habibe
13 anos atrás

Esse comentário só pode ser brincadeira, né?! Tem gente que não tem noção do que fala.

Pedro Navalha
Pedro Navalha
13 anos atrás

É num texto como esse que diferenciamos alguém especial dessa imensa manada que anda por aí…

gustavo
gustavo
13 anos atrás

sou mac de coração e vejo que o mesmo tá chegando aonde o moto club chegou.

difícil comentar essa situação… muito difícil!

daqui a alguns anos o maranhão não terá um time sequer para disputar qualquer tipo de competição futebolística!

luiz trindade
luiz trindade
13 anos atrás

Trisre fato. são os tempos mdernos, é mais ou menos o que está acontecendo em todo o país. Nas pequenas cidades do interior, clubes tradicionais que tinham estádios, quadras e sedes já se findaram. ou vc tem duvudas que não acontecerá o mesmo com a lusa? é a realidade atual do mercado! por isso gosto cada dia menos de futebol e de esportes em geral.

Valdner
Valdner
Reply to  luiz trindade
13 anos atrás

Luiz, a verdade é que querem transformar o futebol brasileiro como é o Europeu, cada país só tem meia-dúzia de times (tirando a Inglaterra e Itália) que mal conseguem ter 20 na 1ª divisão e acham que isso é que torna o futebol de lá rico e melhor tecnicamente. Fora que o sistema de castas adotado para os ditos times grandes foi idealizado para enfraquecer os outros e ao mesmo tempo, evitar que os mesmos caiam para a 2ª ou 3ª divisão (como o Fluminense), ou seja, é premiar a incompetência dos dirigentes que frequentemente administram estes clubes que por vezes, jogaram na lama os nomes dos times. O resultado disto é que o futebol brasileiro está se tornando cada vez mais chato de se acompanhar e mais fraco tecnicamente.

Paulo Torres
13 anos atrás

Também sou do clube daqueles que aprenderam geografia e história por conta de acompanhar futebol no Tabelão da Placar…