AS BOBAGENS DA F-1

SÃO PAULO (concordo) – Li agora pouco uma entrevista de Barrichello à “Autosport” inglesa na qual ele expressa sua preocupação com as asas móveis e o KERS, novidades desta temporada. Ambos foram introduzidos no regulamento com a nobre intenção de facilitar as ultrapassagens. O KERS, usado dois anos atrás por alguns times, acumula energia desperdiçada nas frenagens e despeja potência extra no motor por alguns segundos quando acionado através de um botão, mais um, no volante. A asa móvel é um mistério na sua aplicação, embora simples no entendimento. Nas retas, o piloto “abre” a asa traseira para reduzir a pressão aerodinâmica e aumentar a velocidade. O mistério está na regulamentação. O piloto só vai poder usar em retas? Só quando estiver a menos de 1s do carro da frente? Como ele vai saber se está a 0s9 ou a 1s1? Vai poder usar na reta inteira? Ou só em áreas pré-determinadas?

Rubens acha que alguns pilotos não vão resistir à tentação de fazer curvas rápidas com a asa “aberta”. O que pode gerar uma perda repentina de aderência e acabar num muro qualquer. E acha, também, que fazer o piloto monitorar no painel a “carga” do KERS pode tirar dele a atenção necessária ao que está se passando à sua frente a mais de 300 km/h.

São preocupações mais do que pertinentes, que só mostram como a F-1 é besta em algumas coisas. Se as ultrapassagens estão difíceis, não seria o caso de reestudar os circuitos? Aliás, o Conselho Mundial, semana passada, disse que vai fazer isso. Não seria o caso de reestudar o conceito geral dos carros, que entra ano, sai ano, ficam cada vez mais dependentes de pequenos detalhes aerodinâmicos?

O duto frontal, invenção da McLaren que todo mundo teve de copiar, de um jeito ou de outro, no ano passado, foi uma dessas aberrações. Além de acelerar, frear, trocar marchas, alterar balanço de freio e mexer na regulagem de diferencial, os pilotos ainda tinham de fazer contorcionismo no cockpit com as coxas, joelhos ou punhos, para tapar e abrir buracos para a passagem do ar.

A asa móvel é apenas uma nova leitura dos dutos frontais. Mais uma coisa que desvirtua os princípios básicos de pilotagem, que deveriam ser não muito mais do que acelerar mais do que os outros, frear mais dentro, intuir o momento de colocar o carro ao lado do oponente, pegar um vácuo, acreditar no que se convencionou chamar de “braço”.

Não sou contra a tecnologia na F-1, muito pelo contrário; sua trajetória de sucesso e popularidade tem íntima relação com a criatividade de engenheiros e projetistas, tudo aquilo que estamos cansados de saber. Mas uma coisa é colocar na mão de um bom piloto um carro que anda cada vez mais rápido, para que ele consiga, graças ao seu talento e coragem, ser ainda mais veloz e derrotar os rivais. Outra, bem diferente, é adicionar às suas funções, que já são inúmeras, o acionamento de dispositivos que não fazem parte do projeto global do automóvel, que melhoram sua performance artificialmente por apenas alguns segundos.

Há uma enorme contradição nas medidas adotadas nos últimos anos pelos dirigentes. Não existe um padrão claro no estímulo a novas tecnologias. É um morde-e-assopra sem fim. A lista de fabulosas traquitanas criadas, adotadas e depois proibidas é imensa: controle de tração, controle de largada, câmbio totalmente automático, suspensão ativa, difusor “double-decker”, materiais flexíveis, reabastecimento, telemetria bidirecional, turbo, efeito-solo, calotas aerodinâmicas… As pistas sempre foram, sim, um ótimo laboratório para desenvolvimento de equipamentos que acabaram nos carros de rua, mas a cota de transferência parece esgotada, tamanhas são as restrições da indústria hoje ao desempenho. Em outras palavras, o mundo do automóvel está em outra. O barato agora é carro que não faz barulho, que não polui, que tem lugar para airbag até no rabo. Coisas que não combinam com o esporte e que, portanto, não sairão dele. Ninguém precisará de asa móvel em seu sedã coreano que pode ser abastecido na tomada de casa, em resumo.

A F-1 nunca foi o paraíso das ultrapassagens, e talvez por isso mesmo elas são tão festejadas. São o orgasmo de uma corrida, o momento sublime, o duelo franco, o gol do futebol. Nunca serão fartas e banais, como nas corridas em ovais, como as cestas no basquete. Oferecer condições para que elas aconteçam é elogiável. Mas que sejam naturais, diretamente ligadas ao cenário — a pista —, ao figurino — o carro —, ao ator — o piloto.

Um campeonato mundial de Fórmula 1 deveria privilegiar atletas e equipes capazes de fazer um bom carro andar mais que os outros, e não meros operadores de botões, manivelas e alavancas, fatores externos que anabolizam as reais capacidades de cada um. Todas as tentativas de melhorar as corridas por decreto, com canetadas ou invenções mirabolantes, deram errado.

Como em tudo, a simplicidade é o caminho. Se não há nada mais a inventar nas pistas que possa ter uma aplicação futura na indústria, que hoje caminha em direção totalmente oposta, que tal dar um breque? Não é preciso recuar no tempo, promover a volta dos câmbios manuais, dos pedais de embreagem, eliminar a eletrônica, nada disso. Basta não complicar ainda mais as coisas.

A história da F-1 foi escrita ao longo dos anos por carros e pilotos excepcionais que nunca precisaram de grandes artifícios para vencer e dar espetáculo. O vídeo abaixo, um clássico, não me deixa mentir. E, que eu saiba, nem Arnoux, nem Villeneuve, tinham asas móveis ou KERS.

Tinham bolas.

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Pedro Paiva
Pedro Paiva
13 anos atrás

A revista inglesa Motorsport desse mês tem uma matéria ótima sobre a inovação na F1. Mostra, entre outras coisas, que a rotina das equipes sempre foi implantar a inovação e aproveitar ao máximo até que ela seja banida. Outra matéria na mesma revista mostra o Tyrrell P34 de 6 rodas, coisa de maluco que só não deu mais certo porque a Goodyear não cumpriu a palavra dela e deixou de desenvolver os pneus da frente (menores que os tradicionais e exclusivos da Tyrrell). Há alguns anos, a FIA criou o Overtaking Group ou algo do tipo. Consistia em um grupo de entendidos que deveriam influenciar o regulamento técnico de maneira a facilitar ultrapassagens. Não deu em nada pois os entendidos são membros das equipes e estão envolvidos até a cabeça em vencer os outros e não trabalhar colaborativamente. Os circuitos não ajudam, mas dispositivos que viabilizem a diminuição da área de turbulência na traseira de um carro viabilizariam a volta do vácuo e isso, por si só, já daria mais chance às ultrapassagens. Já vi uma entrevista de um projetista de F1 (agora não lembro o nome) em que ele dizia que um dos objetivos do design dele era deixar o ar mais “sujo” possível na parte traseira do carro, sem obviamente comprometer o desempenho dele, para dificultar que outros carros o seguissem de perto.

Wanderson Di Oliveira
Wanderson Di Oliveira
13 anos atrás

Isso sim era F-1; nasci na época errada.

carlos andrade
carlos andrade
13 anos atrás

Belo post, e ainda resumiu em uma bela frase/analogia
“São o orgasmo de uma corrida, o momento sublime, o duelo franco, o gol do futebol.”

Certa vez vi americanos dizerem que não entendem com um esporte (fetebol) que termina 0 x 0 pode ser tão apaixonante!

A ultrapassagem na F1 ou um gol no futebol representam sim o êxtase supremo…tem que ter pé bom para o gol e braço ótimo para ultrapassar, só isso… os botoes que fiquem reservados ao video-game

Sonia
Sonia
13 anos atrás

Não foi só a F-1 de fins da década de 1970 e início de 1980 que teve boas disputas: a Indy também tinha das suas. Fittipaldi e Mansell que o digam:

http://www.youtube.com/watch?v=ND8VCprPuAo

Mas Flávio, câmbio manual faria bem a F-1 sim.

Paulinho Buffara Farah
Paulinho Buffara Farah
13 anos atrás

A tecnologia esta podando carros e pilotos!

Paulinho Buffara Farah
Paulinho Buffara Farah
13 anos atrás

A F1 era tão simples e valia simplesmente a pilotagem ! A tecnologia esta matando o simples do de pilotar. Como em tudo antigamente era básico e melhor!

junior guarujá
junior guarujá
13 anos atrás

Ah tá!!!

Fabio Pellim
Fabio Pellim
13 anos atrás

Flavio,
Não concordo com você, acho que os pilotos são excelentes e rápidos, talvez o que atrapalhe hoje é que piloto não mais um aventureiro cheios de bolas, é um profissional contratado sobre regras “cabrestais” com bolas.
Os engenheiros fazem de tudo para dentro de um regulamento, que vez por outra é absurdo, ridículo e, por que não, estúpido. Mas não em nada de anabolizante ou artificil, tecnicas e tecnologias para melhora de desempenho estão em todos os esportes, até no cuspi a distância.
A formula 1 é assim à décima potência, quem tem mais grana, tem o melhor time desenvolve a melhor tecnologia e o melhor operador destas máquinas, o piloto. Fica a pergunta se eles ainda são necessários, pois cada vez mais é corrida de carros e não de pilotos, mas isso é outra história.
A Formula1 como está segue a trajetória de tudo que não se atualiza, o fim, a extinção. Ela não traz nada para ninguém, ela não vive mais pela tecnologia e sim pelo patrocínio e manutenção de marcas. Quando ela se voltar para desafios mais ousados em meio ao combustivel da competição talvez volte a ser interessante.

allan dawis
allan dawis
13 anos atrás

Momentos como esse que me fizeram apaixonado por F1. Saudades…

Marcio Rezende
Marcio Rezende
13 anos atrás

Infelizmente, parece que nunca mais veremos pilotos ganharem posição “no braço”, eu virei fã de formula 1 vendo as corridas no final da década de 1970, al como essa do vídeo. Fui fão do Piquet ao vê-lo fazer ultrapassagens nas retas quando puxava o carro pro lado, o piloto da frente fechava e ele fazia a ultrapassagem pelo outro lado… era fantastico! mas são tempo que não voltam. Hoje meus filhos de 7 e 9 anos vibram com as histórias que conto a eles do Piquet, do Villeneve, do Rosberg, Lauda, Senna e outros, porque hoje a formula 1 está artificial, parece autorama…

Alvaro Megamix
13 anos atrás

Grande texto, O Bernie esta tentando inventar sim rssss, ele quer chuva artificial, hahahahahah, outra piada pronta , Abraço

antonio seabra
antonio seabra
13 anos atrás

TExto perfeito: PARABÈNS.

Antonio

J
J
13 anos atrás

Nossa, que pega… Mas suspeito fortemente que, se acontecesse um igual hoje em dia (milagre, mas consideremos o caso hipotético), um dos dois seria punido por alguma regra estúpida. Sei lá qual, mas iriam aparecer com uma. E como estava no fim da corrida, a punição seria quem sabe adicionar 25 s ao tempo final. Ou perda de 5 posições no próximo grid de largada. Alguma coisa do gênero.

PAULO MOREIRA
PAULO MOREIRA
13 anos atrás

Simplesmente fantástico!
A essência do automobilismo.
Tive um pega parecido com dois pilotos amigos no campeonato de kart amador em Volta Redonda.

msalinas@uol.com.br
13 anos atrás

Mais um texto “colecionável”. Brilhante.

sergio
sergio
13 anos atrás

Eu pessoalmente acho a segurança primordial,deveriam finalmente colocar PISCA NAS LATERAIS,o sinal de seta deveria ser obrigatorio,todo mundo sabe que não se pode ultrapassar pela esquerda e pelo acostamento como fizeram esses pilotos

Nil
Nil
13 anos atrás

Isto sim era campeonato de pilotos!!!!! Hoje é campeonato de tecnologias. Que SAUDADES….

wallace
wallace
13 anos atrás

E o passadão histórido do Mika no pateta alemão em Spa………. A cara de bunda dele é hilária…..

Valente
Valente
13 anos atrás

Uma boa comparação disso são os computadores Apple e os PC: equanto o primeiro é genial e mirabolante justamente por ser simples e espartano, o segundo cada vez se complica mais com chavinhas, botões e sistemas operacionais complicados e nada intuitivos.
E só vai entender isso que usa os dois (que é o meu caso…)

Cristiano
Cristiano
13 anos atrás

Faz o seguinte, tira os 500 ajustes do volante, lá só pode ter rádio e aleta do câmbio. Mesma regulagem a corrida toda. Enfia kers e asas móveis no… lixo. Acho que aí já ajuda.
Mas espero sinceramente que os pneus esfarelentos da Pirelli ajudem a melhorar esse ano.

Alexandre Lopes
Alexandre Lopes
13 anos atrás

Pq ao invés de inventar coisas mirabolantes, botão pra cá, botão pra lá, pq não simplificam a coisa?? Pq não padronizam um pouco, exemplo, motores, potência, tira metade desses botões, câmbio manual que ajuda e muito ao mostrar quem é quem na hora de pilotar!! Por isso sou fã da Nascar e dou mais um exemplo a Indy por ser tb monoposto como a F-1, são campeonatos super disputados mas não só pq correm em ovais, até pq as duas categorias norte americanas tb correm em mistos, mas pela simplicidade e por se empenhar em dar preferência ao espetáculo por si só. Como mostra o video acima, naquela época o painel de um F-1 não tinha esse botões todos como é hj!! Daqui a pouco vai estar igual a de um Boing!!!
Bela matéria.
Abraço Flávio!!

Piazza
Piazza
Reply to  Alexandre Lopes
13 anos atrás

Porque ai deiaria de ser F1…simples assim !!!

galileu
galileu
Reply to  Alexandre Lopes
13 anos atrás

quem lembra do pega do emersom com o nigel mansel, tocando rodas na antiga formula indy?

Piazza
Piazza
13 anos atrás

digo…hoje…sorry !!!

Piazza
Piazza
13 anos atrás

digo…hoje…

Piazza
Piazza
13 anos atrás

…a proposito Villeneuve e Arnoux tinham sim suas traquitanas… recem lançados motores turbo, com injeção de agua (na Ferrari) que lhes conferiam potencias estratosfericas, impensaveis para motores convencionais da epoca. Tecnologia amplamente utilizada nos dias de hoge e não somente para veiculos de alto desempenho.

Piazza
Piazza
13 anos atrás

Apesar de concordar que os novos circuitos são os maiores reponsaveis pela carencia de ultrapassagens, permita-me discordar quanto a questão das ditas “traquitanas anabolizantes”.
Nào e verdade que o estudo de um conceito, levado ao extremo num veiculo de competição, não tenha aplicabilidade pratica e/ou economica. Muito pelo contrario, a F1 sempre foi e sempre sera o melhor e mais eficiente laboratorio tecnologico possivel em todos os setores, inclusive o automobilistico. Gostaria de lembrar que todos os desenvolvimentos nem sempre foram dirigidos a industria automobilistica. Ha centenas de exemplos de tecnologia de F1 aplicada nos mais diversos setores da industria. Petroquimica, termodinamica, aerodinamica, eletronica, materiais compostos, resistencia de materiais, informatica e robotica são apenas alguns exemplos. O que acaba por tumultuar o ambiente são as constantes mudanças no regulamento tecnico cujo proposito de equilibrar as forças e muitas vezes pouco compreendido pela maioria leiga.

paulo renato
paulo renato
13 anos atrás

É verdade Flávio, velhos tempos que não voltam mais. Bons tempos quando tinhamos Gilles Villeneuve, Fittipald, Jack Stuart, Ronie Petterson e tantos outros que corriam com a faca nos dentes, hoje é só firulinha e choro tipo “tô mais rápido que ele”, isso é que é ridículo!

Winston
Winston
13 anos atrás

Que tal se ainda tivessemos PILOTOS?
Porque essa turminha que ta ai……..

Gabriel, o Pensador
Gabriel, o Pensador
13 anos atrás

Perfeito. Sem mais.

Abraço!

Cristiano
Cristiano
13 anos atrás

tinham no mínimo 3 bolas cada um…..

André Marques
André Marques
13 anos atrás

O sentimento é um só – saudade de tempos que não voltam mais…

Luiz sergio
Luiz sergio
13 anos atrás

Olha, acho que o que aconteceu foi um misto de fatores. Excesso de regras, uma geração de pilotos fraca criada em videogames e circuitos fracos longe da graxa e dos traçados desafiadores de antes e ainda essa bobagem que começou com a maldita benneton e seus briatores com “táticas de corridas e abastecimentos”. Para com isso! Se quisesse ver abastecimento sentava na frente de qualquer posto de gasolina! O que gostaríamos de ver de novo é essa estirpe de pilotos e F1 que acho que não volta mais.

Bruno
Bruno
13 anos atrás

Acho que já que a FIA quer reduzir os custos, seria bom tirar toda a parafernalha excessiva do carros, os apêndices aerodinâmicos e toda essa esquisitice high-tech.
Depois eles podiam expulase o Vettel, o Alonso, o Button, o Webber, o Petrov, o Kartkenian, o Kovalainen, o … enfim, todo aquele povo que só sabe chorar se sai qualquer coisa errada. Por último, coloquem o Kobayashi e o Kubica na Red Bull…

alessandro neri
alessandro neri
13 anos atrás

Caro FG,
a F1 está perdida como categoria já há mto tempo. Corridas chatérrimas , carros horrorosos de feios , circuitos que nivelam todos no mesmo patamar e carros cada vez mais fáceis de pilotar. A verdade é se vc quer uma categoria no esporte a motor atualmente que ainda possui tudo o que a F1 perdeu, essa categoria se chama MOTO GP. Nos carros não há nada igual ao WRC . F1 ? Não perco meu precioso tempo assistindo. Parabéns mais uma vez pela independencia jornalistica , postura e ética. Abs

Janus
Janus
13 anos atrás

Desnecessário dizer que não li todos os comentários, então talvez eu soe um tanto repetitivo. Mas, se por um lado é inegável que Arnoux e Villeneuve tinham bolas, por outro, é sempre de se considerar que esta corrida aí foi um caso à parte, não era regra, também naquela época, e essa disputa só foi proporcionada por condições muito particulares principalmente de desgaste de pneu e freios ao final da corrida.

O que não tira dela sua beleza, é claro.

paulo
paulo
13 anos atrás

Cacete cara q pega pena q hoje em dia ñ é assim,antigamente era no braço.

Guilherme
Guilherme
13 anos atrás

O problema em relação à redução na potência da frenagem, que também considero o principal problema que ameaça a competitividade na F1, é na questão da segurança. Reduzir a capacidade de frenagem sem reduzir a velocidade dos carros é aumentar o risco – fato!
Já pensei muito sobre isso e a única solução que vejo é a redução brutal no downforce (reduz a vel. média dos carros) com uma redução menor na capacidade de frenagem, preservando assim a segurança.

Alexey Karpov
Alexey Karpov
13 anos atrás

Eu acho sim que precisamos de um pequeno terocesso. Algumas coisas, não fazem mais sentido algum, então vou enumerar o que em minha opinião deveria ser revisto.
1- Disco de freio de fibra-de-carbono: reduziu a o espaço de frenagem de 100m para menos 50m. Isso tira do piloto a margem que ele pode usar para retardar uma freada (claramente visto no vídeo). Hoje quando um piloto retarda a freada, ja é tarde demais e ele acaba passando reto.
2- Carros e pneus mais largos aumentariam o grip diminuindo a dependência aerodinâmica e premitindo que os carros andassem mais próximos mesmo dentro das curvas, como também se pode ver no vídeo e como já acontece na Indy.
3- Diminuição das asas, proíbição de apêndices aerodinâmicos asas móveis e do maldito kers.
4- O retorno de antigos traçados de alguns circuítos como Interlagos e Hockenheim e a volta de alguns que foram banidos Ímola com tamburello e Estoril além da revisão completa das “Tilkianas”.
Essas mudanças tornariam os carros naturalmente simples. Como já foram um dia. E aí teriamos novamente braço contra braço.

Fábio
Fábio
13 anos atrás

Este vídeo é clássico, mas sempre emociona.
Apesar do pega durante as três últimas voltas, o Arnoux não tenta ultrapassar o Villeneuve na reta, na hora da bandeirada.
Esse tipo de ética o Schumacher nunca teve. Ele seria capaz de colocar em risco a vida daquele pessoal corajoso que ficava na pista com a quadriculada.

Anselmo
Anselmo
13 anos atrás

Se não estou enganado, há uns 2 anos atrás, criou-se a maior polemica porque a asa traseira da RedBull, nas retas, abaixava, e ai, vamos medir, tira foto, filma, teste da FIA, o caramba a quatro e resolveram tirar todas os apendices aerodinamicos e principalemte tudo tinha que ser estático.
Outro ano,vem as asas dianteiras com ajuste, ninguem mais fala, mas acho que elas continuam lá, e agora enfiam uma asa trasei móvel pela própria FIA que inventou…..ué, mas num era proibido?????.
Só sei que pilotar não é mais enfiar o pé no acelerador e pensar em freiar depois de todo mundo. Agora tem que ser jogador de simulador e quem sabe ser bom na pista, se tudo der certo igual no simulador.
O desenvolvimento tem que continuar, mas com carros que sejam carros e não simuladores ambulantes.

Álvaro Azevedo
Álvaro Azevedo
13 anos atrás

Sensacional…com a faca entre os dentes! Também há uma ultrapassagem do grande Nelson Piquet sobre o Senna que é inacreditável. Parabéns pelo texto Flávio.

ABG
ABG
13 anos atrás

Alguém sabe de alguma tecnologia desenvolvida para a F1, em toda a sua existência, que foi parar nos carros de rua? Talvez alguma coisa nas entranhas dos motores. Mas fora isso desconheço. Se alguém souber, por favor publique aqui.

Wesley Aoyama
Wesley Aoyama
Reply to  ABG
13 anos atrás

Câmbio borboleta?

Adriano Santi
Adriano Santi
Reply to  ABG
13 anos atrás

Controle de tração e estabilidade
Injeção eletrônica
Distribuição variável de válvulas
Lubrificantes sintéticos
Compostos de freio (carbono-cerâmica)
Câmbio semi-automático (tiptronic e outros)

E por aí vai…

Marcelo
Marcelo
13 anos atrás

Deixem o bico do carro “rente” ao chão como era antigamente, e nada de mexer no fundo do carro, justamente aí que a merda começou, primeiro foi com o Tyrrel de “bigodes”(anos 90), depois veio a Benetton com bico alto, depois veio os pneus sulcados para diminuir a velocidade(não era mais fácil tirar o bico alto?), aí não parou mais de mexer no fundo do carro , junto disso veio os freios super potentes, tudo isso e outras “engenhocas” mudou a F1.

Simplifiquem as coisas, bico no chão e assoalho plano, isso já “mata” a aerodinâmica boa parte…e por favor PAREM de punir o piloto por qualquer besteira, o piloto nem pode mais respirar, fica preocupado com tanta coisa que mal consegue pilotar.
Os pilotos de hoje são tão bons quantos os do passado, se colocassem G.Villeneuve/Arnoux/Senna/Piquet/Prost/Rosberg/Mansell para correr nos ano 2000,TODOS também iam reclamar muito da falta de ultrapassagens. O problema esta nos carros e regulamento, mas hoje quem PAGA são os pilotos.
Outro problema, querem cortar gastos, mas vivem mudando o regulamento todo ano…deixa o trem andar, se alguma equipe começar a dominar, aí sim muda tudo.

José Brabham
José Brabham
13 anos atrás

Disse tudo!

Filipe Pimenta
Filipe Pimenta
13 anos atrás

“E, que eu saiba, nem Arnoux, nem Villeneuve, tinham asas móveis ou KERS.

Tinham bolas”

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Boa!

MarceloPOA
MarceloPOA
13 anos atrás

É Flávio.. talvez o conceito de automóvel esteja se esgotando e por isso a F1 econtra-se num beco sem saída. Numa época onde automóveis param sozinhos ao “visualizarem” um objetáculo a frente, o que se pode esperar dos modelos de corrida cuja tecnologia é maior ainda?!?!? A coisa se encaminha pra um final, ao menos nos moldes em que conhecemos automobilismo.

Rafael Chinini
Rafael Chinini
13 anos atrás

fora que! uma disputa dessa (do video) hoje em dia, daria punição, tirar pontos, banimento do esporte pela FIA! hahahaha
alias, os próprios pilotos hoje são mais chorões “ele me tocou mãe” etc.etc..

Cicero
Cicero
Reply to  Rafael Chinini
13 anos atrás

Falou e disse meu… nem vou mais comentar.

Pedro
Pedro
13 anos atrás

FG, só um comentário, toda traquitana que faz um carro de F1 ser mais rápido, é uma maneira de torná-lo mais eficiente, e portanto qualquer invento pode sim ser utilizado para melhor a poluição, por exemplo de um carro de rua atraves do aumento de eficiência, não é o caso, talvez, da asa móvel, mas não pode-se afirmar que está esgotado o aumento tecnológico útil à carros de rua…

ABRAÇO!

Danilo Fávero
Danilo Fávero
13 anos atrás

Aonde eu assino?

Rafael Chinini
Rafael Chinini
13 anos atrás

finalmente concordo com tudo.
como diz um amigo meu, devia ser igual video game “acelerar, freiar, virar e nitro” SÓ!
simples demais.

os caras falam tanto em economia, e esse KERS e essa Asa só ta servindo pra dar dor de cabeça pros caras, gastos…e….PRA QUEBRAR!

estou na contagem para parar de acompanhar F1 em 2013..quando os motores vao ficar mais fracos e toda aquela frescurada toda….um saco mesmo.

MARCO ANTONIO
MARCO ANTONIO
13 anos atrás

EFEITO SOLO + MOTORES TURBO = CARROS COM GRIP + ASAS MENORES + MENOR ARRASTO + MAIOR POSSIBILIDADE DE ULTRAPASSAGENS.