BRANDS HATCH, 30

SÃO PAULO (na água era com ele) – O Paulo Tohmé avisa: hoje faz 30 anos da primeira vitória de Ayrton Senna na Europa. Foi no dia 15 de março de 1981, em Brands Hatch, com um F-Ford. O Keith Sutton, histórico fotógrafo, faz um relato aqui.

Na época, era muito difícil enviar informações para o Brasil. Ayrton estava em sua primeira temporada com carros (no Brasil, só correu de kart) e pediu a Sutton para fazer uns retratos. Ninguém tinha assessoria de imprensa, essas coisas que hoje os pais de meninos-pilotos contratam quando ele ainda está na barriga da mãe. Senna costumava telefonar a cobrar para emissoras de rádio e redações de jornais de SP para passar resultados e relatos.

Tinha 21 anos e era casado, um casamento relâmpago, que durou poucos meses. Lilian, sua mulher, não aguentou o frio da Inglaterra e a dedicação quase exclusiva de Ayrton à carreira. Dez anos depois, ele venceria seu primeiro GP do Brasil na F-1. Se não me engano, namorava a Xuxa.

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sergio lotti
13 anos atrás

bumbum de nenê!

Sebastião
Sebastião
13 anos atrás

Belo pescado! Isso que eu posso dizer um retrato da história, fotografar a primeira vitória! Valeu FG

Zalex
Zalex
13 anos atrás

Flavio, eu estava lá em Brands… morava em Londres e ia a todas em Brands Hatch, conhecia todo mundo da Van Diemen, o próprio Ralf Firman e o mecânico chefe(acho que Mike), pois o lugar que o Ayrton ocupou na equipe era do meu amigo Roberto Moreno, no ano anterior, diga-se de passagem um foquete que havia ganho o Campeonato e o Festival Mundial de 1980 (em Brands).
Ayrton mal falava o inglês, falava melhor em italiano… a corrida não foi fácil, e o que determinou a vitória foi exatamente a chuva pequena (ao contrário do que o fotógrafo inglês falou), que caiu e fez a diferença. O Toledano (mexicano) não conseguiu acompanhar o Senna, mas se não me engano por conta da chuvinha, passou o Mansilla (espanhol), que era o favorito ao título.
A ex-mulher tava lá, e vibrava muito com a vitória… depois da prova, Ayrton queria ligar para a mãe no Brasil, eu o levei numa cabine que tinha meio escondida na área do Padock e pedi uma colect-call pra telefonista, como fazíamos naquela época, e entreguei o telefone pra ele.
Apesar de ter frequentado dos boxes, várias corridas de F1 (inglaterra, Monaco, Brasil), como amigo de Brasília do Nelson e do Baxo (Moreno), nos anos 80 e 90, cruzei várias vezes com o Ayrton, mas nunca mais falamos.

Roberto Rangel
Roberto Rangel
13 anos atrás

Acho que quem está segurando seu capacete era a única esposa do Ayrton

Wellington Cunha
13 anos atrás

Tá a cara do Ringo nesta foto!!!!…hahaha

Rodrigo Meira
Rodrigo Meira
13 anos atrás

Eu tenho esse livro do Keith com registros fotograficos da carreira do Senna. Simplesmente sensacional. O Nome: Ayrton Senna Um Tributo Pessoal – Keith Sutton.

André
André
13 anos atrás

O Sutton em seguida passou a ser o fotógrafo oficial do Ayrton, até o inicio dele na F-1.
André / Piloto no http://www.f1bc.com

Sergio
Sergio
13 anos atrás

Será porque Ayrton Senna é mais “sonoro” que Ayrton da Silva ?

Será que você não seria um Silva pra estar tão indignado assim ?

Lucas Rafael Chianello
13 anos atrás

Ainda este ano, fará 20 anos do último título de Senna e do Brasil na F-1. Enquanto isso, o automobilismo brasileiro vai vivendo de um passado glorioso cada vez mais distante. E ao invés de se ir na raiz do problema, haja saco para aguentar as viúvas das manhãs de domingo.

rubem rodriguez gonzalez
rubem rodriguez gonzalez
13 anos atrás

Essa é uma cena que dificilmente veremos de novo, e não me refiro ao Senna não, me refiro a simplicidade, a espontaneidade e a prova viva que o Senna, o Prost, o Schumacher. o Piquet e tantos outros grandes campeões já foram uns quase ninguém….. pessoas comuns aspirando ao sucesso naquilo que determinaram como suas carreiras e com um olhar profundo e incógnito.
Hoje como já foi lembrado por alguns aqui, tudo é pré fabricado e embalado para uso. Como sempre disse essa desgraça chamada “direito de imagem” fudeu com o mundo, tudo é planejado, até a carreira dos medíocres e os fecha-pelotão.
O mundo está definitivamente chato e sem graça, os reis mierdas andam pelo mundo com seu toque mágico que transforma tudo em……………merda……………….há alguns anos era o piloto, a mulher ou a namorada ajudando na cronometragem, meia dúzia de mecanicos e um chefe de equipe, tinha também um engenheiro e um carro que as vezes atravessava até oito temporadas com algumas modificações. Hoje temos um exercito que só de engenheiros têm mais elementos que uma equipe da decada de 70 inteira, tá na cara que vai dar merda mais cedo ou mais tarde……parafraseando Caetano – quando ainda tinha cérebro – a grana ergue e destrói coisas belas…..

Vinícius Amaro
Vinícius Amaro
13 anos atrás

Gosto dessas lembranças de datas “menos importantes”… Primeira vitória de quando ele era apenas mais um garoto em começo de carreira… Lembro de cabeça a data do meu primeiro dia de cursinho, primeiro dia de trabalho. Essas coisas dão um toque mais humano a grandes histórias (seja a carreira de um grande piloto, ou as carreiras nossas de todo dia).

Leandro
Leandro
13 anos atrás

Alfred E. Newman?

Eder Casagrande
Eder Casagrande
Reply to  Leandro
13 anos atrás

KKKKKKKKKKKK!!!!!

Segunda vez hoje lendo os comentários, que eu quase mijei de rir… Sem dúvidas, é o Alfred.

Valente
Valente
13 anos atrás

Putz, e a cabeleira do Reginaldo entrevistando o homem? Saudades do programa pré corrida que ele fazia aos sábados no fim de semana de corrida. Se chamava Sinal Verde não? Sou fã desse cara até hoje.

Janaína
Janaína
13 anos atrás

Nossa, que bela lembrança, valeu Flávio!

Guzz
Guzz
13 anos atrás

Será que um dia aparecerá outro piloto brasileiro na F1?

Celso Guzella
Celso Guzella
13 anos atrás

Uma das melhores fotos dele que já vi.

lucas
lucas
13 anos atrás

Bacana.

Foi legal tambem uma vitória que não recordo se foi nesse ano de 81 ou o de 82 na f2000, nessa corrida o Senna perdeu o freio, caiu para terceiro ou quarto, se acostumou com a pilotagem só freiando pelo motor e ganhou a corrida, no final os mecânicos duvidaram e pegaram nos discos dos freios descobrindo que estavam gelados.

Marcelo Freire
Marcelo Freire
13 anos atrás

Legal demais essa rara entrevista que a Lilian, sempre preservada, deu ao G1 – http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/12/primeira-mulher-de-senna-lamenta-nao-aparecer-em-filme-sobre-piloto.html. Eu não lembro de vê-la dando entrevista.

Anonimo
Anonimo
Reply to  Marcelo Freire
13 anos atrás

Concordo com você Marcelo, acabei de ler a entrevista, muito boa. E sem essa, desculpem, viadagem de assessoria de imprensa.

José Brabham
José Brabham
13 anos atrás

Queria que um dia fosse esclarecido porque Ayrton renegou seu real sobrenome “da Silva” para adotar o Senna de sue mãe…

Diego Renato
Diego Renato
Reply to  José Brabham
13 anos atrás

Isso foi uma diga de Chico Serra para Ayrton, ele lhe disse que não soava bem um campeão do mundo com o sobrenome DA SILVA, que SENNA ficaria mais sonoro para um campeão Mundial de Formula 1.
ai Ayrton ficou pensando campeão mundial… Chico Serra disse sim.
por isso ele fez a troca do seu sobrenome pelo SENNA

tom
tom
Reply to  José Brabham
13 anos atrás

Pela mesma forma que o Nelson renegou o SOUTO MAIOR E adotou o PIQUET..

Bruno
Bruno
13 anos atrás

O Senna costumava telefonar a cobrar para emissoras de rádio e redações de jornais de SP para passar resultados e relatos ? hahahahahahahaha
Hoje, se o Vettel for falar com a mãe pelo telefone, o seu assessor de Imprensa primeiramente disca os botões para ele , depois passa para a mãe um relato meticuloso sobre o tema a ser abordado, perguntas a serem feitas e outras a serem evitadas. Então passa o telefone para Vettel, que fala por dois minutos e devolve o telefone para o assessor.
O assessor enfim conclui, marca um horário para um novo contato e passa os preços, que é claro variam de acordo com o horário. Após tudo estar combinado, termina-se a conversa

Carlos Tavares
Carlos Tavares
13 anos atrás

Além de fora-de-série como piloto, era, no mínimo, um cara com uma visão apurada do que deveria fazer para alcançar seus objetivos.

Fora o oba-oba global, é daqueles sujeitos que, à medida que passa o tempo, conseguimos ver o real valor da sua obra.

Aproveitemos, pois, Michael Schumacher em atividade.
Esse ano, ele nos brindará com performances dignas de seus 7 títulos.

Cravo que ele vence em Melbourne.

ags
ags
13 anos atrás

FG…é dificil ler o nome dessa VADIOLA DA XEXA…..seria o nome dela real…de mais…..A Senna mais uma vez……lembrar é bãoooooooooo de mais………de saber que é uma estrela hoje…………………………………enquanto isso a Veia XEXA.. deixa pra la´..o pais todo sabem quem é ela……………e pra veio no mundo…………………..

Lemo
Lemo
13 anos atrás

O tempo passa, o tempo voa e o talento do Senna continua numa boa.

FES
FES
13 anos atrás

Este é um Silva que se destacou na multidão… e como todos os outros Silva que se destacaram, os que tinham outro sobrenome, nunca mais apareceram com o Silva.

Incrível que, naquele tempo, este sorriso “filma eu, Galvão”, mesmo o jovem que seria o melhor piloto de todos os tempos, fazia praticamente qualquer coisa para aparecer.

Marco Vilhena
Marco Vilhena
13 anos atrás

Esta foto me deu ainda mais vontade de andar na nova Super Vee.

Pedro Navalha
Pedro Navalha
13 anos atrás

Será que um dia aparecerá outro piloto brasileiro para encantar o mundo, assim como Senna fez no passado?

TUTA
TUTA
Reply to  Pedro Navalha
13 anos atrás

não

Paulo
Paulo
13 anos atrás

Flavio , A primeira vitoria dele na F1 foi 4 anos apos essa foto, em 1985, no Chuvoso GP de Portugal , com a Linda Lotus JPS , preta e dourada.
Abração

Ricardo Hilgenberg
Ricardo Hilgenberg
Reply to  Paulo
13 anos atrás

O FG se referiu a 1ª vitória no GP Brasil.

Rogerio
Rogerio
13 anos atrás

Ótima lembrança, e belo texto do site do Keith Sutton. São essas as histórias que deveriam ser valorizadas do Senna, o colocando como um piloto lendário, mas sem querer forçar goela abaixo comparações sem sentido para colocá-lo como o melhor da história, e que desde então a F1 perdeu a graça, e bla bla (reflexos do que a Globo fez)

Rogerio M.S.
Rogerio M.S.
Reply to  Rogerio
13 anos atrás

Muito bom xará.
Expressões do tipo “nossos domingos nunca mais serão (foram) os mesmos…”, “Ele tinha uma missão…”, “Herói brasileiro…”, “Saudades eternas…” e muitas outras babaquices, tiram o foco do que realmente importou, ou seja, o precioso talento para pilotar automóveis (como muitos tiveram, tem e terão).

Raul SN
Raul SN
13 anos atrás

E era só o A. da Silva.