QUARENTA

SÃO PAULO (é…) – Aquele domingo, 8 de agosto de 1971, não seria particularmente quente, nem frio. O jornal do dia avisava que o dia começaria nublado, mas ficaria claro no decorrer do período, embora sujeito a chuvas ocasionais. A temperatura estaria agradável, sem grandes declínios.

Era o segundo domingo do mês, portanto Dia dos Pais. Morávamos no Jardim Prudência, então uma região remota da cidade, nas bordas da Zona Sul, entre o aeroporto de Congonhas e o autódromo de Interlagos. Meu pai tinha acabado de comprar uma casa na rua Bolívia (já mudou de nome, nem procurem no Google) num conjunto erguido pela Formaespaço, uma construtora modernosa que adotou o concreto aparente como marca registrada e fez também alguns prédios interessantíssimos em São Paulo.

É bem provável que tenhamos almoçado na casa de meus avós, na Vila Mariana, onde normalmente se reuniam aos domingos tios, tias, sobrinhos, genros e noras. Os almoços não começavam tarde, e lá pelas duas horas estava todo mundo de pança cheia, as mulheres reunidas na cozinha passando um café, as crianças brincando no quintal, o vô cuidando dos passarinhos, o tio Renato dormindo no sofá, e meu pai deve ter tido a ideia de ir ao Pacaembu.

Era a primeira rodada do primeiro Campeonato Nacional, que começara no dia anterior com uma goleada do Grêmio sobre o São Paulo no Morumbi, 3 a 0. Eu tinha 7 anos de idade e, que me lembre, gostava de futebol desde o ano anterior, quando a seleção desfilou pela 23 de Maio com a Jules Rimet sobre um caminhão de bombeiros, e meu pai nos levou para o viaduto para saudar os tricampeões, e eu estava com uma camisa canarinho com o escudo da CBD preso ao peito por colchetes, que tinha usado durante a Copa.

Fomos ao Pacaembu. Jogariam Portuguesa e Palmeiras. Meu pai torce para a Portuguesa desde sempre. Filho de portugueses, foi um hábil e veloz ponta-direita que chegou ao time de aspirantes conhecido como Julinho, pois tinha um estilo parecido com o de Julinho Botelho, o melhor ponta que o Brasil já teve depois de Garrincha. Aquele que entrou vaiado no Maracanã e saiu aplaudido pela torcida carioca num jogo sei lá quando. Na verdade, Julinho era melhor que Garrincha.

É provável que tenhamos ido de Variant bordô, mas é possível, também, que àquela altura meu pai já tivesse vendido o carro para ajudar a pagar a casa. Como minha mãe tinha tirado carteira de motorista, ele teve de comprar um Fusca branco, também, e a Variant foi trocada por um Aero Willys cinza mais barato. Disso não vou lembrar, o carro que nos levou ao Pacaembu. Sei que fomos eu, meu pai, meu irmão mais velho, que tinha 9 anos, e meu avô que não ligava para futebol, gostava mesmo era de pintassilgos e papa-capins e de jogar nos cavalos, já que trabalhava no Jóquei, e de jogar baralho e de fumar Continental sem filtro.

Deve ter sido algo meio de última hora, aquele evento ludopédico. Talvez se não fosse Dia dos Pais, o programa fosse outro. Passar a tarde na casa da vó esperando o dia acabar, assistir à estreia do dominical de Flávio Cavalcanti na Tupi, quem sabe ir ao autocine Snob’s na avenida Santo Amaro. Meu pai poderia, igualmente, levar minha mãe ao Astor para ver “Love Story”. Estava em cartaz, também, “Hair” no Teatro Aquarius, mas isso não era muito o estilo dos meus pais. Jô e Zeloni estavam levando “Tudo no Escuro” no Cacilda Becker, na Brigadeiro, e seria uma boa opção para algumas gargalhadas num fim de domingo. Mas não era o caso. Largar os três moleques na casa da vó seria sacanagem com ela.

Assim, fomos ao Pacaembu. Era um bom jogo, a Portuguesa de Orlando, um goleiro negão, Arenghi, Dárcio, Calegari e Fogueira; Dirceu e Lorico; Ratinho, depois Xaxá, Cabinho, depois Tatá, Basílio e Piau. O Palmeiras de Leão; Eurico, Luís Pereira, Nélson e Dé; Dudu e Ademir da Guia; Edu, depois Paulo Borges, Leivinha, depois Hector Silva, César e Pio.

Éramos quatro dos 25.967 pagantes que foram ao Pacaembu naquela tarde de domingo de tempo bom e temperatura agradável, e ficamos no Tobogã, uma aberração arquitetônica erguida atrás do gol no lugar da Concha Acústica por determinação do prefeito Paulo Maluf. O Palmeiras ganhou de 1 a 0, gol de César Maluco aos 38 minutos do primeiro tempo. O juiz, Dulcídio Wanderley Boschillia, deve ter roubado, certamente roubou.

Saí do estádio apaixonado pela Portuguesa, encantado com aqueles torcedores colocados à direita dos meus olhinhos azuis no meio da arquibancada, com suas bandeiras vermelhas e verdes, cercados por palmeirenses por todos os lados, e posso afirmar que não houve influência nenhuma do meu pai, tanto que meu irmão decidiu naquele dia torcer pelo Palmeiras. De modo que assumi a Portuguesa como meu time para todo o sempre, e ponto final.

Não sei o que teria sido de mim se em vez do jogo tivéssemos ido ao salão da Paróquia Santíssimo, na Tutoia, a poucos metros da sede do DOI-Codi, para ver, no mesmo horário, Nydia Lícia e sua “Viagem ao País das Fábulas”, mas, sendo sincero, ir ao teatro não fazia parte da nossa rotina. Uma pizza no Paulino, de noite, combinava mais com as parcas finanças da família classe média, pai, mãe, três filhos pequenos, dois deles estudando na Escola Municipal Dona Chiquinha Rodrigues, ali no Campo Belo, perto do aeroporto e do hipermercado Jumbo, o mais novo ainda no pré-primário. Eram tempos duros, de escassas extravagâncias.

Talvez se em vez do Pacaembu o destino fosse o salão da Paróquia Santíssimo, eu me apaixonasse por teatro e pelas fábulas, ou talvez, ao anoitecer, na saída da peça, tivéssemos cruzado com uma viatura da Oban deixando a delegacia ali do lado da igreja, e o delegado Fleury implicasse com o Fusca ou com o Aero Willys ou com a Variant, naqueles anos ninguém sabia direito o que podia acontecer, e  são esses pequenos fatos que determinam o que vai ser da sua vida.

No meu caso, exatamente 40 anos atrás, eu passei a gostar de futebol e da Portuguesa, e o futebol e a Portuguesa me levaram a querer ser jornalista e trabalhar com esporte, e aí virei o que sou.

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J. Alves
J. Alves
12 anos atrás

Bacana. Não ligo pra futebol, só assisto a jogos durante a Copa e um ou outro fora disso, mas a história do texto independe disso, claro. Essas coisas de influências caóticas são fascinantes, mesmo. Eu mesmo acho que minha vida foi definida por duas coisas: uma série de TV nos fins dos anos 70, e outra em 1982. A primeira foi a versão original do Sítio do Pica Pau Amarelo, e a segunda foi Cosmos, aquela do Carl Sagan. Eu talvez não teria me viciado em leitura (meus pais me deram a coleção completa do Sítio, também em 82, que eu li e reli vorazmente por anos), nem em ciência, se eu tivesse acontecido de ter assistido a outro canal aqui ou ali. E talvez hoje não seria um cientista, e portanto provavelmente não estaria a milhares de quilômetros de Sampa, casando com um americana, etc. etc. Ou talvez tudo isso acabasse acontecendo do mesmo jeito, por outros motivos, vai saber. A gente gosta de achar motivos pra tudo, mesmo sabendo que não existem. Mas, por via das dúvidas, dediquei minha tese de PhD a Carl Sagan e Monteiro Lobato. :-)

Alexandre Hoelz
Alexandre Hoelz
12 anos atrás

Acho que temos a mesma idade. Sou do Estado do Rio e botafoguense desde sempre, mas assisti à final do campeonato paulista de 1973 pela televisão (eu tinha nove anos) e tornei-me torcedor da Portuguesa graças a um goleiro chamado Zecão. Foi o famoso jogo da lambança do Armando Marques. Logo fiz um time de botões vermelhos, que na minha coleção rivalizava com os pretos do glorioso alvinegro carioca. A lamentar apenas a situação da Lusa de hoje em dia. Esperemos, pois, sua promoção à série A para nos vermos novamente na elite do futebol brasileiro.

Nívea Marco
12 anos atrás

Lindo texto, Flavinho!!!!!
Você escreve e descreve de uma forma encantadora!

Antonio Tigre
Antonio Tigre
12 anos atrás

Meu primeiro jogo, foi numa tarde de 26 de julho de 1975, um sábado, lembro que o tempo estava nublado e fazia bastante frio. Fomos eu, meu irmão, meu pai e um amigo dele, que tinha um VW 1600 quatro portas (Zé do Caixão) bege claro, lembro que fui curtindo no banco de trás com a janela aberta. O meu Corinthians enfrentava o América de São José do Rio Preto no Pacaembu, numa partida valida pelo campeonato Paulista. Na época tinha 12 anos e nunca vou esquecer o impacto que tive quando meu time entrou em campo. Lembro que na cobrança de um escanteio, Basílio tentou subir na área e levou uma cotovelada na cabeça, em um choque com o goleiro do América. Ao cair, bateu a boca na chuteira do meu ídolo, o Vaguinho e desmaiou, teve parada respiratória e foi parar no hospital, felizmente sobreviveu para virar herói dois anos depois. O jogo acabou num OXO (zero a zero) como dizia o saudoso narrador esportivo Walter Abrahão que morreu na ultima segunda feira dia 08/08. Segue abaixo a ficha do jogo:
CORINTHIANS 0 x AMERICA 0
Local: Estádio “Paulo Machado de Carvalho”, no Pacaembu.
Corinthians: Luis Antonio; Zé Maria, Laércio, Ademir e Cláudio; Russo e Basilio (Nilton); Vaguinho, Pita, Zé Roberto e Marco Antonio (Adilson).
America: Luis Antonio; Cleto, Baldini, Jair e Ademir; Nélson Prandi e Serginho; Zuza, Paraná, Wilson Luis e Darci (Miranda).
Árbitro: Romualdo Arppi Filho.
Renda: Cr$ 636.175,00 (46.881 pagantes)

Joaquim Gomes Pinto
Joaquim Gomes Pinto
12 anos atrás

Caramba Flávio, que texto maravilhoso.
Minha infância passou por mágica em frente dos meus olhos.
Muito parecida.
Também ia ao Paulino, assistia os programas do Wilson Brasil na rádio América na Vila Mariana, estudava no Roldão Lopes de Barros também na Vila Mariana.
Tinha simpatia pelo Santos, até que, em 1973, me apaixonei pela Leões da Fabulosa!

Pedro Navalha
Pedro Navalha
12 anos atrás

“É bem provável que tenhamos almoçado na casa de meus avós, na Vila Mariana, onde normalmente se reuniam aos domingos tios, tias, sobrinhos, genros e noras. Os almoços não começavam tarde, e lá pelas duas horas estava todo mundo de pança cheia, as mulheres reunidas na cozinha passando um café, as crianças brincando no quintal, o vô cuidando dos passarinhos, o tio Renato dormindo no sofá…”

Essa parte do texto me mandou imediatamente de volta lá para os anos 70. Fazíamos a mesma coisa na casa do meu avô. Apesar das dificuldades, a vida parecia ser bem mais simples naquela época. Sei lá, é difícil de explicar…

Gostei muito do texto. É por essas e outras que vale a pena passar todo dia aqui pelo seu blog.

MARCOS ANDRÉ RJ
MARCOS ANDRÉ RJ
12 anos atrás

Você como sempre brilhante….

Conde
Conde
12 anos atrás

Que maravilha de texto . Queria ter essa memória , essa inspiração . Me perco viajamdo por esses textos .

carlos costa
carlos costa
12 anos atrás

tudo certo mas dizer que julinho botelho foi melhor que garrincha pega mal; garrincha foi o melhor de todos; responsavel direto pela copa de 62; genial dentro e fora do campo; pena que era muito doido; julinho bom, mas em outro nivel.

heraclito
heraclito
12 anos atrás

ótimo texto, nós ditos civilizados nos apaixonamos por cada coisa, né, eu acho a andré sanches um babaca, essa história de estádio pro curinthias um acinte, mas sou curinthiano desde 1982/83, então com seis pra sete anos, e esta escolha me persegue e me deixa tanto feliz como triste as vezes. Lembro da primeira vez que fui ao estádio no pacaembu, curinthias x bragantino, o bragantino sai na frente e no segundo tempo tem uma falta na entrada da grande àrea a torcida grita como se fosse gol, ai aquele gordinha vem andando para a bola pega a bola e marca o gol, aí eu entendi, com o neto em campo falta na entrada da area era gol certo

Roberto Martinez
Roberto Martinez
12 anos atrás

Belo texto. Somos contemporaneos, sou de 64
Meu gosto por futebol começou mesmo um ano antes, na copa de 70 e meu 1º jogo ao vivo, também no Pacaembú em 1971, foi Corinthians 6 X0 no Juventus. Já o segundo, foi um 3×2 na Lusa (de Basílio, Ratinho, Cabinho, etc…), jogava Rivelino e cia. Lembro que foi a estréia de um tal de Sicupira no Timão.
Um outro jogo marcante em que fui nessa época foi a despedida do Pelé da Seleção Brasileira (em SP), contra a Austria no Morumbi (1X1) , gol do Rei. Foi minha 1º vez lá , com recorde de público, até as finais do Paulista de 77…
Nessa mesma época, com meu tio morando “de costas” para as curvas 1 e 2, com o torneio BUA de Fórmula Ford, com o Porsche 908 do Peroba, o sucesso do Rato em 72,etc…troquei de paixão, mas sempre com um olho na bola.

Gerson Vecchi
Gerson Vecchi
12 anos atrás

Tomanocu. O cara faz uma história de um estranho qualquer ficar linda.

Mário Gasparotto
12 anos atrás

Bela história. Me lembro muito bem da primeira vez que fui a um estádio de futebol, o Pacaembu também (de todos nós). Também levado pelo meu pai, com meu irmão mais velho, fomos assistir Portuguesa x Vasco pelas quartas de final do Campeonato Brasileiro de 1984, jogo que você Flavio estava lá como já comentou outra vez aqui. Não virei torcedor da Portuguesa, infelizmente, mas fiquei encantado com o Pacaembu superlotado com mais de 50.000 torcedores presentes. Saimos um pouco antes do fim do jogo quando o placar apontava 4 a 1 para o Vasco e não vimos os outros dois gols do jogo (5 a 2 Vasco) No fim , pra mim, o placar foi o que menos importou, mas as lembranças daquele dia são como um tesouro sem preço, guardado na minha memória. Hoje gosto mais de futebol do que do meu time propriamente dito, e me permito torcer pra quem eu quero (exceto o Corinthians, apesar de respeitá-lo) Espero que a Lusa (de todos nós, se assim posso dizer) seja Campeã do Campeonato Brasileiro da série B deste ano! Força Lusa!

gilles
gilles
12 anos atrás

Parabens Flavio, como sempre voce sempre nos leva a um tempo que nao existe mais, Otimo texto. Abraços, GILLES.

thiago sala
thiago sala
12 anos atrás

Fala FG, legal o texto heim… nao tenho sua idade, tenho 31 anos mas a pizzaria Paulino é grande conhecida minha, ia todas as sextas feiras a noite com meu pai após os jogos dele com os amigos que agradavelmente levava ou eu ou meu irmão, na época ficava quase na frente do Borba Gato, hj ainda existe e ainda vou, e fica na Rua Americo Brasiliense, perto da minha moradia pra minha felicidade… Ah sou palmeirense e aposto tb que o juiz roubou pq o placar deveria ser de uns 3 ou 4 a zero… rs
Abraços

Katia
Katia
12 anos atrás

Ai, já pensou se vc tivesse ido na Paróquia Santíssimo e se apaixonasse pelas roupas dos coroinhas? Quem sabe teríamos um padre de olhos azuis…rs…
Parabéns por mais esse belissimo texto.
Katia
ET: sou palmeirense por influência total de meu pai.

Alex Leal
Alex Leal
12 anos atrás

sensacional seu mala…;)

Mauro
Mauro
12 anos atrás

Galileu, o Santo André era muito melhor que o São José e ganhou por 3 x 1 como poderia ter sido 5 ou 6 tamanha diferença entre as equipes. Naquele ano o Ramalhão era imbatível.
Bons tempos em que rivalizávamos também com a Inter de Limeira, Velo Clube, Taubaté, Portuguesa Santista dentre outros, teve um jogo com o Aliança de São Bernardo que foram 12.000 pagantes ao Bruno Daniel, dá pra acreditar?

galileu
galileu
Reply to  Mauro
12 anos atrás

mauro, nunca curti muito futebol, nem sel~çaõ brasileira, só me recordo e citei esse jogo por ter sido o unico ao que fui, pois o patrão me incmbiu de levar uma turma na veraneio da concessionária, aí tive que assistir.
hoje ele já faleceu, maso pwessoal do sto andré lembra do seu breno.
antes só tinha ido ao pacaembu para a apresentação do, serviço militar.

marcelo
marcelo
12 anos atrás

belo texto, mas com erro monumental….ninguem foi melhor q garrincha…..

Guilherme
Guilherme
Reply to  marcelo
12 anos atrás

Pelé é incomparável e Julinho foi melhor que Garrincha, sim.

denis queiroz
denis queiroz
12 anos atrás

alem do emilie tem o bom e velho sao sabas rsrsrs

ainda na rua dos cafezais, varias mercedes antigas.. provavelmente de colecionador.. tem varias no tempo… uma pena.
mas ele as vezes roda com algumas a diesel ainda..

denis queiroz
denis queiroz
12 anos atrás

vc era meu vizinho heim rsrsrs
tbm moro no jd prudencia, .. prox ao viaduto, volly e etc… bairro de varias raridades sobre 4 rodas… domingo é dia de o pessoal botar as coisas pra andar rsrsrs
tbm faço minha parte

uma pena que a volly nao ser mais como era antes.. se precisar de algo mais urgente, se nao tiver em casa tem que ir ate a mercadocar

como dizem, é de cair o c* da bunda rsrs

Zé Mauro
Zé Mauro
12 anos atrás

Pela enésima vez, parabéns por mais um texto espetacular, Flavio. Você realmente escreve bem demais.

Você sempre consegue nos fazer ficar ainda mais orgulhosos desse amor incondicional que sentimos por essa Associação Portuguesa de Desportos.

Abraço

regi natrock
regi natrock
12 anos atrás

Depois de ter conhecido o Japa-luso qualquer coisa não me é mais estranha. Um japa que até foi objeto de reportagem do jornal local aqui de sampa….
Mas é verdade gente. É só ter corrida da Classic que ele marca ponto no box, e tudo mais. Quem frequenta o Templo sabe. Gente boa. E foi na primeira corrida dos velhinhos lá em Londrina. Putz FG…. indo pra 5 anos já?

Fabio Rogers
Fabio Rogers
12 anos atrás

Depois de ler este texto,estou sem palavras…lembrei de quando comecei a tocer para o Palmeiras em 1985,no alto dos meus 7 anos também e o jogo foi no Palestra Itália e precisavamos ganhar do XV de Jaú para ir para as finais do paulistão…coincidência,perdemos de 3X2,estava chovendo,mas me apaixonei pelo estádio,pela camisa do Verdão,pela torcida que não era violenta na época…ê tempo bom …

Flávio
Flávio
12 anos atrás

Já eu nem lembro quando comecei a torcer pela lusa, a lembrança mais antiga que me vem a cabeça é o título perdido para o Grêmio, tinha 6 anos. Lembro de ter ficado triste. Sempre me zoam dizendo que sou o único torcedor da lusa no Pará. Eu que nunca fui muito ligado no futebol, passei a me interessar pelo esporte por causa da Portuguesa. E não me importo nem um pouco se for o único torcedor dela no norte. Qualquer dia destes piso no Canindé.

Mario Buzian
12 anos atrás

FG,

Muito orgulho de ler os teus textos e ver como as nossas vidas são entrelaçadas por acontecimentos considerados aleatórios, mas que sempre fazem TODA a diferença…
Muito obrigado por mais uma crônica maravilhosa, Flávio.
Só quem viveu esses tempos com muita percepção pode ter toda essa sensibilidade.
Forte abraço meu e de todos os amigos do Sul !!!

Bel Prandina
Bel Prandina
12 anos atrás

É bom encontrar bons contadores de histórias dentro do jornalismo. Paixão pela palavra. Parabéns!

Marcio de Lima
Marcio de Lima
12 anos atrás

Bacana…parabensss!!

joao alves dos santos
joao alves dos santos
12 anos atrás

ô cacete ! num dá pra fazer um textinho meia-boca ? tem sempre que me deixar com “agua nos zoio “? muito chato vc , viu !

Anarquista
Anarquista
12 anos atrás

Putz! Morastes no Jd. Prudência e seus avós no Paraíso? Eu também. Muita coincidência: morei (e moro) na Prudência e meus avós moravam no Paraíso (Rua Livramento e Rua Pelotas). Se bobear fomos vizinhos no Jd. Prudência.
Rua das Flechas, córrego do Cordeiro, Rua Botafogo, “Gonçalves Sé” (hoje é Pão de Açucar), igreja Perpétuo Socorro, etc. eram (e são) as referências. Colégio Emilie de Villeneuve também. Mas estudei em escolas públicas, 2º grau no Col. Manoel de Paiva.

regi natrock
regi natrock
Reply to  Anarquista
12 anos atrás

Eu moro no Jardim Prudencia (minha casa em sampa) e moro também em Santos. Mantenho duas casas por razões profissionais já que trabalho em Sampa. Somos vizinhos. Moro pertinho do Bradesco e do posto do “seo” Augusto. Isso acaba sempre com um problema pra mim, pois qdo tem evento “nosso” no Templo, geralmente estou em Sts e não compareço. Essa situação termina no fim do ano.

O Ralf, que jogou na lusa e foi vendido pro Porto em 88/90 ??? é marido da minha sobrinha mais velha. Eu sei bem . Sou padrinho do casório. Eles vivem até hoje em Portugal. Eu vivia enchendo o saco dele pois a lusa era “fregues” do São Paulo…..

JT
JT
12 anos atrás

Sou palmeirense bisneto de palestrino, mas não tenho problema em reconhecer que o escudo da Portuguesa é o mais bonito do futebol mundial de todos os tempos.

A Cruz é o símbolo mais poderoso do universo. Ao mesmo tempo em que ela expressa o terror de uma morte humilhante, sofrida e penosa, ela também carrega a mensagem daquele que a venceu para mostrar o caminho da luz e da vida plena. Nada, portanto, pode ser mais amedontrador e reconfortante. E o que é o Santo Graal, senão a junção destes extremos?

Para quem acha que futebol e mitologia não se misturam, expliquem – por favor – o motivo das pessoas idolatrarem tanto os jogadores de futebol. Eles são heróis do nosso tempo. Não matam dragões ou inimigos montados em cavalos, mas não deixam de rodar o mundo e carregar seus escudos no peito.

galileu
galileu
12 anos atrás

fui uma unica vez assistir um jogo no pacaembu, acho que em 81, jogavam sjose e sto andre para ver quem subia pra primeira divisão,,graças a muitas malas pretas o standre subiu, o dono da concessionária em que eu trabalhava era dirigente do stoandre, fui munto ao banco na ´vespera dos jogos.
o estadio da lusa tão cedo não sairá de minha memória, basta ter algum show que passe da meia noite e escuto tudo da minha casa dista a uns 3 km do, outro lado do rio, em linha reta dá um km mais ou menos fora o grande episódio do trator, esse sim inesquecível.

Márcio Jr
Márcio Jr
12 anos atrás

Belo texto.

Mauricio
Mauricio
12 anos atrás

Mais um lindo, lindo texto. Há uns tempos eu disse que quando crescer vou querer escrever igual a você. Continuo tentando, rs!

Também adotei meu time de coração no estádio. Eu achava que era corintiano por causa das festas de 1977 em frente ao prédio que morava na Av. São João. Daí em 78 ou 79 meu tio subornou os sobrinhos: se virássemos são-paulisnos, ele nos levaria ao estádio. Levou, e deu 3 a 0 pro Comercial de Rib Preto. Ainda assim, viramos todos são-paulinos.

Aos amigos corinthianos, digo com todo orgulho que tenho fui corinthiano com foto de uniforme e tudo. Foi uma passado triste, mas depois eu fui pra luz!

Grande abraço.

Guilherme
Guilherme
12 anos atrás

Vinte e três anos depois do dia que você virou torcedor da Lusa, num domingo chuvoso, meu pai me levou ao Pacaembu para ver Corinthians x Santos. Éramos dois dos 15.676 pagantes.

A equipe paulistana veio a campo com Wilson, Giba, Baré, Henrique Biro-Biro; Embu, Gino e Marques; Fabinho, Kel e Adil.

O Alvinegro Praiano jogou com Maurício, Dinho, Júnior, Rogério e Silva; Axel, Gallo e Cuca; Almir, Marcelo Passos e Cilinho.

Naquele Pacaembu alvinegro, Guga, que havia entrado no lugar de Marcelo Passos, completou um cruzamento de Almir, pela direita, aos 13 minutos do segundo tempo, e deu números finais ao jogo.

Foi nesse dia que virei santista.

Fabio Santiago
Fabio Santiago
12 anos atrás

Flávio, quando você vai escrever o segundo livro? Tá demorando.

Ubaldir Jr.
Ubaldir Jr.
12 anos atrás

Poxa, me lembrou quando meu pai me levou ao estádio nos idos de 1977 pra assistir um jogo do Dragão (Atlético Goianiense) a primeira vez. Só mesmo quem torce pra um time pequeno sabe a emoção de ser um David contra um monte de Golias sempre. Por isso, times como a Lusa vão ter minha simpatia sempre. É uma coisa mais ou menos como o post em que o Gomes comentou sobre o Uruguai no final da copa América.
Parabéns Gomes pelo ótimo texto e pelo “aniversário” como um dos torcedores mais ilustres (rs) da simpática Lusa.

Antonio Luiz Siqueira
Antonio Luiz Siqueira
12 anos atrás

Belo texto Flávio, mas uma dúvida…..como sou palmeirense, não me lembro do Paulo Borges no Palmeiras……”acho” que ele jogou somente no Curintia.
Abraços !!!

Flavio Gomes
Flavio Gomes
Reply to  Antonio Luiz Siqueira
12 anos atrás

Jogou.

zé pedro
zé pedro
12 anos atrás

Bons tempos em que era possível torcer ao lado dos adversários , gritar gol sem ser trucidado .
A torcida da Lusa raramente era maioria , mas sempre vibrante. Nossas cores são as mais lindas do universo!!!
Flavinho, você faz parte de uma grande familia……

Parabéns!

peter von wartburg
12 anos atrás

don gomes,
comecou bem sua saga pelo futebol. 1971 é o ano mais importante do futebol brasileiro em todos os tempos. o primeiro campeonato nacional de verdade, sem essas viadagens de robertao e taca brasil. unidade nacional, os melhores jogando entre si e o melhor seria declarado campeao. logicamente, ganhamos, o GALO mineiro com dadá maravilha e seu peito de aco. nesse que foi o único título de expressao do atlético mineiro. perdemos invictos em 77, depois em 80 naquela final dramática no maracana, e depois em 99. e foram tantas semi-finais, umas 13 acho eu, com times superiores que nunca sentiram o gostinho de levantar a taca. hoje somos apenas um poster na parede, mas com muito orgulho, com muito amor. outro dia alguém falou que o Galo é o menor dos times grandes do brasil. infelizmente é a pura verdade. mas tempos melhores virao (pior do que está é impossível… ou nao?!).

e acho que vc teria virado viado se tivesse ido ao teatro ao invés do pacaembu. a lusa te salvou, seja eternamente grato a ela. vc se chamaria leao lobo, ou flávio foca, ou flavinho flor-de-lis e seria editor chefe da ti ti ti ou algo assim. VIVA A LUSA, hahahahaha!!!

Rafael Ribeiro
Rafael Ribeiro
12 anos atrás

Eu comecei há 20 anos (1991) a frequentar o Martins Pereira (estádio do São José/SP – Águia do Vale).
Foi um jogo da seleção de Masters contra o São José Masters. Foi 5×1 pra seleção.
Desde então, frequento o Martins Pereira pra torcer pela Águia.
Hoje em dia, mesmo morando em Brasilia/DF, vou em média a 4 ou 5 jogos por ano.

Rogério Magalhães
Rogério Magalhães
12 anos atrás

PQP, FG, que relato mais soda… aliás, só para lembrar aos incautos, já que você menciona lá pelo texto na comparação feita a respeito do “seo” Julio, foi na Portuguesa que Julinho Botelho fez história, apareceu para o mundo, fez parte do maior esquadrão da nossa Portuguesa (que aprendi a recitar com os mais velhos, até torcedores antigos de outros times: Muca; Nena e Noronha; Djalma Santos, Brandãozinho e Ceci; Julinho Botelho, Renato, Nininho, Pinga e Simão), chegou à seleção de 1954, e dali foi fazer história no time do figuraça Claudio Carsughi.

Aliás, na sexta-feira, dia 12, eu completo 32 anos da minha “estréia”: 12 de agosto de 1979, com meus parcos 3 anos de idade. O jogo era pelo Campeonato Paulista, Portuguesa x Internacional de Limeira, era um domingo pela manhã, no nosso templo sagrado do Canindé. Pesquisando depois no Almanaque que foi TCC do meu amigo Rafael Ribeiro (orientado pelo Celso Unzelte), lá estavam 11.774 pagantes. E achei a edição da Folha de S. Paulo do dia seguinte, com o texto sobre o jogo e a curiosidade do então presidente levar atrizes do último filme do James Bond para promover o filme trazido por sua distribuidora de cinema. Tá aqui o link: http://acervo.folha.com.br/fsp/1979/08/13/20/4259145

Até pela minha idade parca, não é muita coisa que ficou na mente. Só nas pesquisas depois fui saber quem fez os gols, quem jogou. Por isso que nem tenho viva na memória as atuações do grande Enéas, só de videotapes póstumos. Mas lembro que fomos somente eu e meu pai, não sei porque naquele dia meu tio Zé, o caçula da família, não foi, afinal de contas, ele e meu pai sempre foram parceiros de muitos jogos ainda no tempo da Ilha da Madeira ou das noites de sábado no Pacaembu na década anterior. Era um dia de sol.

Mas tem uma coisa que eu me lembro bem, além de que era um domingo de sol, mesmo com a parca idade: foi o fato de que, quando acabou o primeiro tempo (a Lusa ganhando por 1 a 0), eu cismei que tinha acabado o jogo e que devíamos ir embora. Meu pai, coitado, tentando me fazer entender que aquilo era a parada do intervalo, mas que nada. Eu ainda apontava pro campo e dizia “ó lá, pai, tão indo embora, acabou”. E não teve jeito: meu pai teve de me levar embora. E na saída ainda acabou quebrando um relógio dele que ele gostava pacas. E nem lembro se a gente foi para casa ou fomos para a casa da minha vó, onde sempre íamos todos os domingos almoçar. Ou seja: só vi 45 minutos desse jogo, nem sabia do segundo gol, só quando fui pesquisar a partida.

E até meu pai morrer, ele sempre lembrava dessa história, desse jogo. E eu não esqueço também. Segundo o Almanaque, o jogo 2413 da história da Portuguesa. Portuguesa 2 x 0 Internacional de Limeira. Pelo menos vencemos, hehehehe… aliás, curiosamente a mesma Inter de Limeira que, 12 anos depois, levaria aquele gol antológico do Dener…

Cal Gomes
Cal Gomes
12 anos atrás

Sensacional, Flavio! Crônica muito bonita que me fez lembrar também de como me tornei um torcedor apaixonado pelo meu clube. Sou vascaíno e tenho muita simpatia pela Lusa, mesmo não sendo filho e nem neto de portugueses.
Um dia descobrirei aonde o assassino do Fleury foi enterrado e irei a São Paulo só para cuspir no túmulo dele. Depois, com certeza, comemorarei no São Cristovão.
Abraço.
Ps. Ficarei muito feliz se vc me desbloquear no Twitter: @Cal_Ipanema rsrsrsrs

galileu
galileu
Reply to  Cal Gomes
12 anos atrás

por acaso voce sabe como o fleury morreu? eu duvido da versão oficilal que foi narrada no livro “autopsia do medo”, que narra a sua estória

Álvaro Azevedo
Álvaro Azevedo
12 anos atrás

Muito bom seu relato, realmente você expressou como deveria ser a vida naqueles tempos. Algo que não vivi. Mas apesar das dificuldades e tudo mais. Não vi em parte nenhuma do seu texto algo sobre: assaltos, flanelinhas, crack, corrupção e outras coisas modernas dos dias de hoje. Será que o DOI -Codi teria alguma coisa haver com isso? Não sei, não vivi a época, mas honestamente, tirando todas as dificuldades, deveria ser melhor do que hoje. Parabéns pelo texto, reflete muito bem o que é viver e respeitar a família e honrar isso.

Rafael Chinini
Rafael Chinini
12 anos atrás

Muito legal quando lembramos o que nos influência pelo nosso caminho.

No meu caso, foi a música..por causa do Hevy Metal, que passei a conhecer luares, sites e as pessoas que conheço. Aliás, minha esposa foi conhecida em um show da minha banda favorita. não teve momento melhor então.

O mais engraçado, é ver como times, bandas, artistas, nos influênciam, e eles mal sabem da nossa existência.

Jason Vôngoli
Jason Vôngoli
12 anos atrás

Bom demais o texto, como sempre… Parabéns por tudo!
Quero escrever assim quando crescer.

galileu
galileu
Reply to  Jason Vôngoli
12 anos atrás

não precisa crescer para escrever assim, basta ver o flavio…….. rsrsrsrsrs

Nilson Duarte
Nilson Duarte
12 anos atrás

Lusitano nasce no Estádio!!!! em 30e abril de1986 no Estádio Walter Ribeiro em Sorocaba,me lembro que fomos de ônibus, e para torcer pelo São Bento como meu pai,chegamos em cima da hora e quando vi na arquibancada do outro lado a torcida Rubro Verde já fiquei encantado,mas quando vi o time vindo a campo com a Camisa Verde Encarnada já sabia qual seria meu time para resto de minha vida,me lembro de ter puxado a camisa do meu pai e perguntado, “qual o nome desse time pai”e ele respondeu,”é Portuguesa e vai perder hoje” e eu com sete anos e alguns meses pensei “pode até perder mas é pela Portuguesa que vou torcer” de fato a Lusa perdeu por 1 a 0 (+ uma coincidência),só que o resultado pouco importou sai do estádio torcedor da Lusa, a vida me impediu (por enquanto) de ser jornalista formado,mas sou radialista narrador de futebol e Lusitano com muito orgulho!! Parabéns pelo texto e Viva a Lusa! Obrigado…em tempo meu filho tem 7 anos e vai ao primeiro jogo no Canindé neste mês de Agosto (jogo Lusa e Icasa) tomara que ali “nasça” mais um Lusitano!

EDUARDO ELIAS DOS SANTOS
EDUARDO ELIAS DOS SANTOS
12 anos atrás

FLAVIO SEU TEXTO ME FEZ VOLTAR A UM PASSADO QUE NOSSO FUTEBOL ERA BEM MAIS ROMÂNTICO; EU TAMBÉM ESCOLHI O TIME CERTO COM VC SOU LUSA FANÁTICO; PROVAVELMENTE NESTE JOGO DEVIA ESTAR COM MEU PAI NO PACAEMBU POIS MEU PAI ,E LEVAVA SEMPRE QUE PODIA PARA VER JOGOS TENHO 48 ANOS E DESDE OS MEU 5 ANOS ACOMPANHAVA MEU VELHO AO FUTEBOL; SAUDADE DOS ENEAS; DOS BADECOS; DOS XAXAS; RATINHOS; ORLANDOS DICAS E CIA E SEM FALAR DE NOSSO GRANDE MESTRE OTO-GLORIA MUITO OBRIGADO PELO TEXTO UM GRANDE ABRAÇO DE UM FIEL RUBRO-VERDE

Valter Prieto
Valter Prieto
12 anos atrás

Futebol é muito chato.
Que pena que nesse blog se misture futebol com automobilismo.
Tenho sempre que rolar esses posts de futebol para escapar deles.

Flavio Gomes
Flavio Gomes
Reply to  Valter Prieto
12 anos atrás

Futebol é chato. Legal é você.

galileu
galileu
Reply to  Valter Prieto
12 anos atrás

entende a sintese do texto e depoois comenta. seu mala

Angelo
Angelo
12 anos atrás

Foi, comigo também, assim que aconteceu num domingo entre Palmeiras e Corinthians que me apaixonei pelo futebol e pelo curingão, um time não uma religião ou um dogma pelo qual se mata e se morre…um time. E assim foi.