45 ANOS
SÃO PAULO (mas sempre é tempo) – Bom dia, macacada. O Gabriel Hoffmann, jovem vemagueiro, mandou umas fotos bacanas e pelo menos esta merece pingar aqui. Afinal, as Mil Milhas de 1966, a mais sensacional de todas, estão fazendo 45 anos. Foi aquela corrida que a dupla Emerson Fittipaldi (com cara de choro, à direita, no pódio) e Jan Balder quase ganhou de Malzoni. Uma quebra de um cilindro a três ou quatro voltas do final acabou dando a vitória a Camillo Christófaro (de camisa escura) e Eduardo Celidônio com a carretera #18.
É o destino. A prova era a última do Departamento de Competições da Vemag — com uma equipe extra-oficial, a Equipe Brasil, porque a Vemag estava vendida para a VW e Jorge Lettry já havia sido comunicado que sua divisão de corridas seria desativada. Seria um encerramento com chave de ouro, que acabou não acontecendo. Mas fez justiça a um carro, a carretera amarela #18 do Camillo, que escreveu alguns dos mais belos capítulos da história de Interlagos.
E nas mãos de Celidônio, o que temos?
A coisa antigamente era tao mais rica no que se refere a romantismo, que vale lembrar um “causo”:
A carretera tinha um certo problema em relacao ao conjunto diferencial, ai o SR CAMILLO, ficou sabendo de um camarada que corria de carro, havia batido sua Ferrari e depois de desmontada o camarada guardou algumas pecas da mesma e o conjunto diferencial da mesma tava intacta, ai o Camillao comprou o conjunto e adaptou na carretera 18!imaginem so um chassis pesado uma carroceria de chevrolet 37, motor de Corvette e diferencial de Ferrari.E isso pra mim ‘e genial!!!
Meu pai trabalhava na equipe Lobo do Caninde se chama
Laerte… O Camillinho sabe de quem falo…meu era muito legal essa epoca!
…..nas mãos do Celidônio é um MUG………….amuleto da sorte do Wilson Simonal.
FLAVIO,
TENHO UM GRAFITE DO ARTISTA PLÁSTICO PAULO SOLARIZ,QUE REPRODUZ A FOTO(EDUARDO CELIDÔNIO,CAMILLO CHRISTÓFARO E EMERSON FITTIPALDI).
NESTE TRABALHO TEM DEDICATÓRIA DO BIRD CLEMENTE E DO EMERSON FITTIPALDI,DOIS GRANDES AMIGOS.
ACREDITO QUE TODOS OS PILOTOS DAQUELA EPOCA,ASSIM COMO MEU PAI,CAMILLO CHRISTÓFARO ,FORAM VERDADEIROS HERÓIS, E, A ALMA E O CORAÇÃO DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO.
OBRIGADA MAIS UMA VEZ PELO CARINHO!
Tem razão Wilma,em 1966 eu com 14 anos acompanhava meu pai em Interlagos e acampavamos na descida do Sargento para vibrar com as reduzidas insurdecedoras do Corvette da carretera de seu pai e do sinfonico ronco do JK marrom e branco do Jaime Silva e Hugo Galina.Eram tempos romanticos,depois eu entrei para a APVC como fiscal de pista para ajudar nossos heróis em muitas arremessadas de cimentos nas curvas para secar o oleo deixado pelos nossos bólidos!
Tempos que nunca mais voltarão!
Tudo bem Wilminha? Vc nao deve lembrar de mim mas meu pai trabalhou muito com seu pai, o Camillao, o Laerte… E eu sou o Laertinho como vcs me chamavam carinhosamente… Eu nao tinha essa foto, mas comentei varias vezes esse momento do teu pai… Muito legal…
OLA TURMA DKW
OS CARROS FORAM EMPRESTADOS PELA VEMAG NA CONDIÇAO DE ELA (JA ADQUIRIDA PELA VW) NAO POR NENHUM TOSTAO. FOI MONTADA A EQUIPE BRASIL COM 3 MALZONES E DUAS CARRETERAS. O CRISPIM COMANDOU A MANUTENÇAO. O JORGE LETTRY JÁ ESTAVA NA PUMA E NAO QUERIA NEM SABER DAQUELA CORRIDA. COM 10 PILOTOS FIZEMOS CAIXA UNICA PARA BANCAR AS DESPESAS DA PROVA= PNEUS/GAS/RODAS/OLEO / ETC. O ROBERTO DAL PONT FOI ALÉM DE PILOTO O TESOUREIRO DA EQUIPE. NAO FOI A ULTIMA CORRIDA POIS LOGO DEPOIS OS 3 MALZONES CORRERAM NOS 1000 KM DA GUANABARA E O NOSSO CARRO CHEGOU EM 4o LUGAR ATRÁS DOS 2 KARMAN PORSCHE DA DACON E DO ALPINE DA WILLYS.
NAS MIL MILHAS FALHOU UM CILINDRO E NO RIO ENCAVALOU A 3a MARCHA NO MEIO DA PROVA E TERMINAMOS COMO KART- SÓ ACELERADOR E FREIO.
obrigadoAmigo Flavio, graças ao Teu Blog, revivemos momentos como esse, pois DKW, ainda mais Malzoni, Jorge Letry, Fitipaldi e outros assunos narrativas historias vivas, que com certeza nos aqui do sul nao saberiamos Obrigado
miuito tempo depois, presenciei esta cena: o emerson chega para o camilinho em uma exposição onde estava a carreteira 18 e pede para entrar na mesma, ficou lá alguns minutos, mecheu na alavanca de cambio, no volante, e saiu de lá…;. chorando emocionado lembrando essa mil milhas, dizendo ao camilinho: seu pai era corajoso, dirigir essa “cadeirta eletrica” e ganhar corridas com ela não é para qualquer um.
Grande amigo camilão.
Mug!
Eu estava lá!
Acampei no retão e assistí a melhor de todas as Mil Milhas.
É a minha corrida inesquecível!
O Celidônio está segurando um “MUG”.
O mug era um amuleto que dava sorte, o divulgador do Mug era o Wilson Simonal
Sensacional FG….valeu!!!!
Nas mãos do Celidonio : O seu capacete ! (rs)
Onde arrumo um MUG pequenininho pra colocar no retrovisor interno do meu Puma?
Tem um lugar que faz o boneco que vc quiser , aqui onde moro em Itu tem vou pegar o fone pra vc !
O Troféu de 67 precisa ser devolvido e exposto. Igual este da foto. Que saiba, é o único inteiro ainda. O cara guarda por ignorância.
O Jean Balder estava pilotando e iria receber a bandeirada, a equipe já estava quase comemorando a vitória, Emerson estava no fundo dos boxes superlotado com bicos e penetras (eu inclusive) De repente alguém gritou…..parou parou….Emerson pulou de cima de uma bancada apressadamente, não acreditando no que tinha ouvido, nisso o bolso direito do seu macacão ficou preso no cabo da morsa, e acabou rasgando de fora a fora. Aquela multidão foi toda pra fora, e só deu pra ver a carreteira 18 nas mãos do Celidonio na ferradura e já líderando. Com 14 anos na época, foi a minha lembrança desta Mil Milhas.
O Lobão do Pari no alto do pódio, cena nem sempre costumeira. E sim, o Mug nas mãos do Celidônio um “ser” mítico e dizia-se à época capaz de realizar pedidos…
“Cena nem sempre costumeira”
Permita-me não concordar……
O Camillo correu aproximadamente 120 provas oficiais.
26 vezes subiu ao pódio em 1o.lugar
23 vezes subiu ao pódio em 2o.lugar
11 vezes subiu ao pódiu em 3o.lugar
Portanto meu amigo, o “Lobo do Canindé” venceu 21,20% das provas que participou…
Tem camarada, meu amigo Fernando, que fala de automobilismo, mas ‘e so para dizer que ta inturmado, pq nem sabe o que ta falando! Abraco e valeu lembrar !
A equipe de competições da Vemag já tinha sido desativada, Jorge Letry conseguiu emprestar os malzonis, mas os pilotos é que bancaram os custos, o carro n. 7 tinha vários patrocínios, entre eles a Bardahl parceira habitual dos Fittipaldis. Os carros da Vemag na época final corriam só com os números, desde 1965. Doeu mesmo na última volta, na subida do box o malzoni 1.100 cc , n. 10 pilotado por Marinho passar o 1000 cc com 2 cilindros funcionando. Nessa prova, Emerson teve convite para participar com carro melhor, mas manteve o que havia combinado com Balder.
Não foi quebra de cilindro, mas sim um dos 3 condensadores do distribuidor. Tentaram arrumar e pararam no box, Crispim trocou as velas com o motor funcionando e tomando choques, só depois da prova é que perceberam o condensador quebrado. O problema começou faltando meia hora, e Emersom, com a tábua de cronômetros na mão já chorava, atrá dos boxes antigos, no morro da curva do pinheirinho. Eu estava lá e vi, essa cena aparece também no filme sobre o Emerson.
Nas mãos do Celidônio, um Mug!
um mug!!! conheci o jan balder na fei, ele foi professor lá, na engenharia mecânica automobilística (1968)