MULTIPLICAMO-NOS

POÇOS DE CALDAS (agradecido) – Nesta pequena pausa dos dois tempos para ver umas coisas, dou-me com o texto da Carolina Mendes, que já escreveu no Grande Prêmio, sobre sua paixão repentina pela Portuguesa.

É uma das mais belas coisas já escritas sobre futebol, daquelas que devem ser lidas por comentaristas esportivos, por repórteres, por torcedores de todos os times, por quem gosta do jogo de bola.

Não é só porque é a Portuguesa. É porque é literatura, pureza, daquelas coisas que entendem melhor os que vivem a vida real.

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Rodrigo Rocha
Rodrigo Rocha
12 anos atrás

Fui contra o Vila Nova, mas perdemos :\

FabioRogeriFlorenzzo
FabioRogeriFlorenzzo
12 anos atrás

Sou Palmeirense,mas quero que que a LUSA volte pra primeira divisao de onde nunca deveria ter saido,fora os roubos que ela sofreu na final do brasileiro de 1996 e naquele paulistao que foi roubada na cara dura por um penalty que nao existiu a favor do curintia..

Roberto Junior
Roberto Junior
12 anos atrás

Mas, enfim, nos gramados, o que significa ser grande?

Alguns afirmam que é ser tradicional.

Outros, que é ter estrutura.

Mais uns, juram que é conquistar muitos títulos.

Argumentos e contra-argumentos existem aos montes.

Se o fator organização, por exemplo, fosse o determinante, meu Fluminense já teria se tornado um nanico há tempos.

Assim como o Chelsea, o brinquedo de Abramovich, não seria considerado um dos gigantes europeus, caso apenas a História contasse.

Pergunta sem resposta?

Algo que não se explica, como uma espécie de postulado da matemática?

Acho que não.

Ser grande, parafraseando Mário Sérgio Cortella, não é ser famoso, mas, sim, importante.

Importante para milhões, tal qual os times de massa.

Importante, mesmo que para poucos, tal qual os “pequenos”.

Ano passado, assisti a um duelo entre Leeds e Arsenal, pela Copa da Inglaterra.

O Leeds, para quem não sabe, já foi um dos times de ponta na Terra da Rainha, mas, em função de problemas financeiros, perambulou, nos anos recentes, pelo purgatório das divisões inferiores e está, agora, na segundona.

Mas e daí?

Apaixonados, seus torcedores fizeram uma festa alucinante na casa adversária, que contagiou seus anônimos, porém valentes jogadores, que conseguiram um honroso empate diante dos poderosos Gunners.

Como, então, duvidar da grandeza de uma instituição dessa?

“Grande é grande, em qualquer divisão”, afirmou o narrador Jorge Iggor, do Esporte Interativo, à ocasião.

Mas e quem não teve um passado de glórias ou não consegue dinheiro para crescer, não merece ser lembrado?

Ora, amigos, como caçoar da enormidade de um Volta Redonda, que levou um senhor a gravar um filme sobre a épica campanha no Carioca de 2005?

Como esquecer de um Madureira, cuja adoração de um adolescente fez nascer uma torcida das mais vibrantes?

Como desprezar um Bangu, o América, a Portuguesa, a Ponte Preta, o ABC, o CSA?

Parece clichê, mas é fato. A grandeza de um clube está no coração da gente. Lá e somente lá. Não importa o resto.

Valeu, Flávio!

Orlando
Orlando
12 anos atrás

Gomes, depois de mudar pra BH, sinto saudades dos jogos do América de Rio Preto. Mas não no Teixeirão. Bom mesmo era o Mário Alves Mendonça, onde hoje é um atacadista, um mercado ou coisa assim. Lembro como se fosse hoje, meu pai tinha 5 cadeiras cativas, pra me levar e levar os amigos pra “encher” o estádio. Meu pai ainda é vivo, mas o que mais me lembra ele são os jogos do América e o filé à cubana que ele mesmo faz pra mim.

Carlos Tavares
12 anos atrás

Tesão de texto. Exceção que deveria virar regra, a opinião manifestada. Meu Atlético-PR era exatamente assim, querem mudá-lo à força, mas eu prefiro que seja sempre o Furacão que semrpe foi.

É o “jeito Carolina” de ver o futebol.

Rogério Magalhães
Rogério Magalhães
12 anos atrás

Bom relato… e, claro, bem vinda às nossas hostes rubro-verdes, ao mundo Canindé! Aliás, bom para nosso presidente imbecil entender que são essas coisas, essa identidade só nossa, esse ambiente diferente que nós temos em “nossa casa”, que trazem as pessoas para nosso lado. E com um time bom, bem estruturado, bem gerido, com mentalidade aberta, a conta só aumenta. Trocar o nome somente não é pó de pirlimpimpim, é insanidade e desrespeito com a história…

Aliás, lendo o texto da Carolina, deu mais saudade ainda do Templo Sagrado… mas sabe como é, palavra é palavra e deve ser mantida custe o que custar, doa o que doer: como meu amor pela Portuguesa não aceita desaforo – como dizia aquele juiz do seriado de tv “é cego, mas enxerga no escuro” -, só volto a encontrar os amigos nas bancadas em jogo que o manto sagrado nº 11 não estiver sendo emporcalhado por aquele canalha, safado, picareta e mau caráter que esse presidente que adora levantar essa lebre estapafúrdia de troca de nome e o chefe do futebol tiveram a pachorra de, infelizmente, trazer de volta daquele timinho da marginal sem número cujo presidente hoje é o maior puxa-saco da CBF e seu déspota…

fabio maillet
fabio maillet
12 anos atrás

Sou do tempo em que o Ratinho era jogador da Lusa. Depois do seu texto da semana passada, e desse relato apaixonado, acho que também mudarei de time e vou aumentar a lotação da Kombi.

Paulo Renato
Paulo Renato
12 anos atrás

Texto maravilhoso.

Assim como a Lusa, simpático time do Dener, aquele que não teve tempo de ficar atrás somente de Pelé.

Eu, São Paulino, estou me divertindo muito mais com os jogos da Portuguesa do que com os do meu time.

Li hoje em algum lugar que estão pensando em mudar o nome da Portuguesa para atrair torcedores. Por favor, não façam isso! Não permitam que destruam a história do time que teve Enéas, Dener, Zé Roberto…

Tô começando a achar que o tal “cartola” mais atrapalha do que ajuda.

Jesus do céu!

Lucas
Lucas
12 anos atrás

Gomes, você é a favor da mudança de nome da Portuguesa?

Flavio Gomes
Flavio Gomes
Reply to  Lucas
12 anos atrás

Essa história é ridícula. Vocês leem qualquer merda na internet e acham que é verdade.

Lucas
Lucas
Reply to  Lucas
12 anos atrás

Não disse que era verdade. Apenas li uma notícia, em um site aparentemente confiável (Terra) e vi que o assunto estava em debate, nem que fosse por uma pequena ala da Lusa. Como há pessoas favoráveis, apenas lhe questionei se você era a favor. Não entendi os motivos da grosseria gratuita.

JT
JT
12 anos atrás

Certa vez coloquei meu sobrenome no Google e encontrei uma empresa na Itália que é co-patriconadora do Cittadella, que joga a série B do Calcio. Coincidentemente, meus bisavôs italianos vieram daquela região. Durante três jogos de 2010 meu sobrenome foi estampado na camisa grená e branca e isso foi suficiente para o Cittadella virar o meu time no Hemisfério Norte. No Hemisfério Sul meu time continua sendo o Palmeiras.

Mas não tenho segundo time em Hemisfério algum, portanto, nada de Lusa, Ameriquinha, Juventus… já chega o sofrimento causado pelo time principal!

Moacyr Lopes
Moacyr Lopes
12 anos atrás

É a mais pura verdade. Ao trocarmos de time, por um supostamente menor, conforme a mídia imputa à sociedade, nossa paixão pelo futebol renasce.
O meu caso de amor é semelhante à Lusa. sou paulistano de nascimento, mas resido em Uberaba, MG, há 30 anos. Atualmente estou com 45 anos.Creio que ainda sou palmeirense, mas não com o mesmo entusiasmo de adolescente.

Aqui em Uberaba, descobri que a paixão do futebol não depende do “tamanho” do time. Vou a todos os jogos do Uberaba Sport. Ano passado, o Uberaba virou o 1o tempo perdendo para o Atlético MG por 2×0 no campeonato mineiro. No 2o tempo, buscamos o empate. Eu nunca vibrei tanto com um gol do Palmeiras como no do empate nesse jogo. Literalmente, eu quase enfartei.

Esse ano, tive um momento especial, afinal, jogaram aqui em Uberaba, Uberaba x Palmeiras pela Copa do Brasil. E, sem dúvidas, fui na Costureira e fiz uma camisa metade Uberaba, metade Palmeiras para mim e minhas filhas.
Enquanto o Flávio tem os Gominhos, eu tenho minhas Izas: Izabelly (15 anos) e Izadora (11 anos), esta inclusive mascote do time, entrando em campo em todos os jogos.

Porém, na hora do Jogo, o lado palmeirense ficou de lado. Fiquei na torcida do Uberaba e, pela 1a vez na vida, torci contra o Palmeiras, feliz da vida. Perdemos, mas o momento passado não saíra nunca de nossas memórias.

Nenhum time grande é capaz de proporcionar uma alegria que nossos pequenos times nos dão. Acho que herdei isso de meu pai, que era torcedor do Juventus da Moóca.

E que a Barcelusa suba logo, para dar mais brilho ao campeonato de 2012.

Abraços e pão-de-queijo a todos.

Tatiana de Queiroz
Tatiana de Queiroz
12 anos atrás

Texto simplesmente lindo! Adorei.

Roberto Vieira
Roberto Vieira
12 anos atrás

Realmente um texto muito bom..mas apenas um esclarecimento: um torcedor nunca troca de time..por pior que esteja a fase, não ganhando nada, apanhando de todo mundo..o torcedor já nasce feito,e me desculpe a autora, mas o Juventus tem esta mesa torcida e estilo..porque ela não vai ver um jogo na Javari?? será que trocaria de novo??…rs..Aproveitando, a Lusa é o segundo de time de todos os paulistas, afirmo isso com a experiencia de 50 anos como torcedor..

Guilherme
Guilherme
Reply to  Roberto Vieira
12 anos atrás

Desculpe-me, mas aqui em casa torcemos apenas por um time e vemos a Portuguesa como mais um rival no Paulista. Não generalize.

Renata
Renata
Reply to  Roberto Vieira
12 anos atrás

Concordo 100%, Roberto.

Irineu Desgualdo Jr.
Irineu Desgualdo Jr.
12 anos atrás

Carolina Mendes mata a pau. Fato. Pena que me bloqueou.

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
Reply to  Irineu Desgualdo Jr.
12 anos atrás

vc tb? hahaha, os textos dela são legais, mas ela ´[e uma mal educada sem tamanho…

Thiago
Thiago
12 anos atrás

Amanhã ela vê que a diretoria da Portuguesa não presta (como todas as diretorias) e muda de time tbem. Texto nota 5.

Guilherme
Guilherme
12 anos atrás

Olha, já podem encher duas Sprinters.

Marcelo Rangel
Marcelo Rangel
12 anos atrás

Sou bugrino e sei muito bem o que significa torcer para times como o Guarani e a Portuguesa. Ler o texto encheu meus olhos de lágrimas… muito porque hoje moro em São Paulo e há mais de um ano não vou ao Brinco de Ouro; muito porque meu time corre sério risco de desaparecer; muito porque isso é paixão de verdade pelo seu time e pelo futebol.
E sou muito feliz por ser Bugrino mesmo em épocas sem vacas (elas já foram magras, mas hoje nem existem mais). Fico feliz de ter um autógrafo do Flávio Gomes na página da Lusa no meu álbum de figurinhas do Campeonato Paulista de 1984, do PVC na página do Palmeiras, do Celso Unzelte na do Corinthians… Fico feliz porque são pessoas que gostam de futebol assim como eu.

Silvio Rodrigues
Silvio Rodrigues
12 anos atrás

Putz… Meu pai era torcedor da Lusa… Já torci junto com ele… Qualquer dia desses vou num jogo; por ele.

Rodrigo
Rodrigo
12 anos atrás

Com todo o respeito à qualidade da torcida, mas pela quantidade tá precisando multiplicar mesmo:

Médias de público da Série B. Considera-se apenas os jogos da equipe como mandante:
Atualizado até a 16ª rodada.

1. Sport – 17.884
2. Goiás – 12.580
3. Grêmio Barueri – 12.562
4. Vitória – 8.808
5. Náutico – 7.414
6. Ponte Preta – 6.605
7. Vila Nova – 6.599
8. ABC – 5.706
9. Criciúma – 5.662
10. Salgueiro – 5.603
11. ASA – 5.367
12. Paraná – 5.225
13. Boa – 3.051
14. Guarani – 2.586
15. Portuguesa – 2.286
16. Icasa – 1.820
17. Americana – 1.134
18. Bragantino – 895
19. São Caetano – 592
20. Duque de Caxias – 481

Willian
Willian
Reply to  Rodrigo
12 anos atrás

Caramba, surpreendente a média do Grêmio Barueri como mandante… Tão botando mais público que Náutico e Vitória.

Marcelo Rangel
Marcelo Rangel
Reply to  Rodrigo
12 anos atrás

Ah… e sabe por que a média de público é pequena assim ??? porque o mundo tem cada vez menos gente que gosta de verdade de futebol e, consequentemente, do seu time !

Rogério Magalhães
Rogério Magalhães
Reply to  Rodrigo
12 anos atrás

Willian, olhando assim, superficialmente, é claro que surpreende… o que não surpreende, em se tratando desse Baruelixo que o Mauro Cezar da ESPN bem alcunha de Grêmio Itinerante, é o artifício: vendem os ingressos para empresas parceiras da cidade e elas depois saem distribuindo os mesmos a quem quiserem… problema é que aí vira o público mais fake e fantasma da série B, vide as imagens do estádio vazio nos jogos, porque uma coisa é ganhar o ingresso, outra é efetivamente ir ao estádio… assim fica fácil…

Thiago
Thiago
Reply to  Rodrigo
12 anos atrás

O lance de ser time “badalado” é um tanto quanto clichê … cada um pode e torce para o time que quiser, troca de time, enfim, cada um cada um !
Seja um “time grande” ou “time pequeno” … é a vida … pois é o time que escolhe o torcedor e não o contrário !

Willian
Willian
Reply to  Rodrigo
12 anos atrás

Pois é, Rogério… Depois de sua resposta eu sinto que fui extremamente ingênuo em meu comentário! rsrs… é assim mesmo, vivendo e aprendendo!

abraços!

Rodrigo
Rodrigo
Reply to  Rodrigo
12 anos atrás

Pois é, os números não falam sozinhos, essa coisa do barueri vender ingresso pra empresas distorce um pouco. Quanto tá custando um ingresso de jogo da Lusa, ou dos times de Campinas?