A NÚMERO 1

SÃO PAULO (sempre dá tempo) – Espetacular o vídeo enviado pelo Cléber Fabbri via Twitter. Um institucional da Brahma de 1978, sobre sua equipe de Fórmula Super-Vê. Só vendo. E o que é bonito Interlagos cheio… Reparem também na quantidade de carros, chassis diferentes, tencologia de construção, pilotos de qualidade e patrocinadores importantes. Onde foi que o automobilismo brasileiro fez a curva e deu de frente com um muro? Como é que pode um negócio tão forte virar essa merda que virou?

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Sor
Sor
10 anos atrás

Rapaz, certo que hoje tem a idade para ser minha mãe, mas que mulher linda essa aos 20 s do vídeo!

Marcos Vinicius Garcia
Marcos Vinicius Garcia
12 anos atrás

É amigo…. junto com BBBs, falta de moral em todos os sentidos, só se salvou o futebol que lava bem lavado. Nosso povo nação degringolou ao invés de melhorar. Aquilo que veio nos anos 70 foi um surto, depois que massificou nivelou por baixo como diz meu pai.
Falta para nós, como coletividade, uma coisa bem antiga por aqui: ORDEM E PROGRESSO…

Pedro Paiva
Pedro Paiva
12 anos atrás

Penso que é um conjunto de coisas. Primeiro, há uma sequência de más administrações na CBA, nas federações e nos autodromos que vão dilapidando o patrimônio. Depois tem o famoso custo de oportunidade. Antigamente, com o Brasil fechado pro mundo, o piloto tinha que se formar aqui, pois era muito difícil ir pro exterior e começar lá. A maioria dos pilotos, estando por aqui, motivava a criação dessas categorias-escola. Acho que a primeira exceção foi o Aytron Senna, que foi pro exterior correr de kart ainda e se formou lá. Agora, com o país aberto, faz muito mais sentido para os jovens pilotos buscarem a formação nos EUA ou na Europa. Além de mais barato, o nível de profissionalismo e de competição é muito maior do que aqui. Isso foi minando os grids nacionais das categorias-escola aos poucos. Sem “mão de obra”, o nível cai e o interesse do público também. E daí os patrocinadores pequenos e médios saem também. Ficam só grandes patrocinadores, que preferem investir em algo com retorno garantido: categorias monomarca, fechadas, direcionadas para quem consome seus produtos. Virou clube de elite. O duro é o que fazer pra virar esse jogo? Acho que temos que dar uma olhada nos hermanos argentinos e reaprender a fazer automobilismo popular.

Mauricio
Mauricio
12 anos atrás

Assistir uma corrida de super V era maravilhoso.
Da Stock então nem se fala.
O que aconteceu?
Sera que vc não sabe mesmo?
Primeiro veio as crises econômicas das décadas de 80 e 90. Eu mesmo fiquei parado quase um ano inteiro por conta da falta de investimento. Era mais barato contratar um técnico do que um engenheiro…
Depois veio o Plano Collor… Enterrou de vez os grandes fabricantes de autopeças nacionais.
Devido aos anos de agruras o povo aprendeu a se divertir com coisas pequenas. Coisas grandes apenas quando havia um campeão internacional! Copa do Mundo! Campeão de F1!
E hoje com essa mania do “Faz me rir” na frente de tudo, fica difícil fazer algo que preste. O cara quer ganhar o dele antes de começar. Assim não tem como.

José Benedito Vizioli Libório
José Benedito Vizioli Libório
12 anos atrás

Olha, posso falar até besteira mas esporte aqui no Brasil, de duas uma: ou o pessoal perde o bonde e não aproveita um momento de projeção de um esportista em particular o que poderia trazer mais adeptos ao esporte ou não vê (ou faz que não vê) o bonde passando e prefere estruturar as coisas de uma forma que favoreça um grupo ou uma pessoa em seus ganhos pessoais.
Jamais vi em qualquer esporte, com exceção do vôlei, uma estrutura de formação, de privilegiar as categorias de base e de dar espaço e apoio a quem está dentro do país. Aí, não tem como fazer as categorias crescerem.
Sei que é utopia mas gostaria muito de ver ex-jogadores, pilotos e profissionais do ramo tratarem do esporte. É querer demais , né? No estágio atual acho que nem eles mesmo querem.
Abraços!

Eduardo Melo
Eduardo Melo
Reply to  José Benedito Vizioli Libório
12 anos atrás

Concordo José, em relação ao automobilismo a situação é mais crítica ainda. Em qualquer esporte o segredo é a base, nenhuma outra federação (que eu saiba) tenta sufocar organizadores de categorias de base. Na natação por exemplo (que é o esporte com o qual trabalho), posso organizar eventos com não federados, sem que a federação tente me boicotar ou impedir a realização dos mesmos. Por que isto é feito? Porque destas competições saem os atletas que estarão filiados à federação amanhã. Se eu quiser organizar uma competição de masters, não filiados, eu posso fazer. No kart (esporte que pratico para diversão) o mesmo não acontece.

Marcio
Marcio
12 anos atrás

Pra mim não foi o automobilismo que encontrou este muro que vc fala, foi o Brasil.

Rodrigo Monassa
Rodrigo Monassa
12 anos atrás

ja viram qta gente associou os problemas do automobilismo brasileiro a formula um?
uma coisa nao tem anda a ver com a outra. é culpa de má administração e más gestões, politicas erradas que foram adotadas no desporto brasileiro.
barrichelo,s enna…que fala estas idiotices nao tem nem nivel intelectual rpa postar aqui.

Burrinho Batiquebra
Burrinho Batiquebra
Reply to  Rodrigo Monassa
12 anos atrás

Outro analfabeto. O pior é que este reclama do nível intelectual dos outros, ao invés de se preocupar com o seu próprio.

Burn Baby Burn..
Burn Baby Burn..
12 anos atrás

Se ninguem percebeu todo o layout grafico era da globo com locutor da Globo, e patrocino de cervejaria.. logo o que falta é uma cervejaria investir pesado nos monopostos, com o apoio de uma TV. fazem isso com muita força no futebol, e na Stock car.. e funciona.

Mas stock car não dá credencial para correr na Europa em monopostos..

Logo.. fecharam a porta.. de uma categoria de acesso muito importante, uma das janelas mais relevantes que haviam no Brasil para se chegar aos monopostos da Europa, e quiçá para formula 1

Em resumo.. mataram a galinha dos ovos de ouro..

Carlão
Carlão
12 anos atrás

Sabe o que é duro Gomes ???
Conseguir enumerar os erros ao longo dos anos.
Mas, a mídia ( Plim Plim ), marqueteiros, pilantras que só querem grana, políticos corruptos, a pachecada, e uma quase inacreditável crendice popular que só a F1 é automobilismo, tem culpa. A maioria das pessoa que hoje assistem a F1, não sabe nada do que são corridas de verdade. Alguns gostam de dizer que F1 é esporte. F1 tornou-se um negócio, cheio de grana. O esporte ficou encurralado atrás dos boxes, junto com pneus velhos.
Tio Bernie, parabéns, pois você também tem parte nisso sim.

jose carlos
jose carlos
12 anos atrás

prezado
nao aguentei ficar caldo e vou tentar sequenciar a razao do nosso marasmo automobilistico pos 1978
aimda aparecem alguns pra falar do periodo da ditadura mas quem queria acabar com as corridas nos anos 77.78,79 foi o dr delfim netto que hoje e o braco direito do governo atual no topico fazenda mas eu presenciei varias reunioes no rio especificamente no automovel club onde um general que nao lembro o nome defendeu arduamente o automobilismo e conseguiu convencer a s fabricas a investir no pro alcool e dai o festival do alcool acho que foi 78 ou 79 no rio com todo o automobilismo nacional convertido para alcool
portanto os azeitonas ajudaram insistentemente em manter esta epoca que foi aurea e desta leva sai a stock gm que foi a melhor passagem de todos os tempos com os opalas e pegas dos veiculos de linha que se comprava na loja
uma sequencia como CBA/carlos cavalcanti/mala de dolares que sumiu no aeroporto/mudanca abrupta da F1 do rio para SP mediante pressao da dona erundina e porque nao revesar um ano sp outro ano rj/admnistradores de autodromos sem algum profissionalismo veja que bem ou mal brazilia esta vivo pois a familia PIQUET mantem o templo vivo/stock bolha que e de custo estratosferico provavelmente custa se mais caro correr de bolha do que de audi ou mb na DTM onde estas carrocas tupiniquim com blocos ultrapassados pouco se diferenciam das saudosas carreteras do lobo do caninde sendo que o CAMILAO fazia por prazer e amor ao automobilismo e nao pra sair na CARAS
existe mais uns 30 topicos pra por no meio mas pra finalizar DESTRUIR UM AUTODROMO COMO O JACAREPAGUA ONDE OS MELHORES E MAIS EXPRESSIVOS PILOTOS DE TODOS OS TEMPOS ANDARAM EM UMA AREA QUE E DO ESTADO E POR PURA E ABSOLUTA POLITICAGEM IMOBILIARIA ,FOI MUTILADO COM A RETIRADA DE PARTE DO SETOR NORTE E DAI SE PROMETER UM OUTRO AUTODROMO QUE TODOS NOS SABEMOS QUE NUNCA SAIRA DO PAPEL E SIMPLESMENTE RIDICULO E DESMOTIVA TODA ESTA MASSA DE ENTUSIASTAS a pensar em MMA,futebol do GALVAO,baile funk,mr CATRA,ver a novela da GRISELDA onde grana se ganha facil sem trampo e etc etc etc
precisamos de por gente seria na CBA e mudar a modalidade de eleicao desta confederacao pois os clubinhos que elegem as federacoes e dai os presidentes confederados nao da chance aos reais entusiastas do noos esporte votar e colocar os nossos reais representantes a frente desta trupe de pessoas entusiastas do esporte motor
to de olho
jc 7l

Alan Magalhaes
Alan Magalhaes
Reply to  jose carlos
12 anos atrás

Caraca, fiquei tonto. Seria esperanto?

Burrinho Batiquebra
Burrinho Batiquebra
Reply to  jose carlos
12 anos atrás

Acho que a maneira como você (tenta) se expressar, explica a derroca não só do automobilismo no Brasil, mas também explica uma série de outras derrocadas.

Em um país onde as pessoas não se alfabetizam e, por conseguinte, não conseguem expôr suas opiniões de uma maneira minimamente inteligível, jamais vai progredir, não importando a que campo de atividade se refira.

Sua postagem é sintomática. É incrível como as pessoas perderam completamente a capacidade de se expressar no idioma local.

jovino coelho
Reply to  jose carlos
12 anos atrás

José Carlos,
O Piquet já não administra o autódromo há muios anos e o nosso automobilismo aqui em Brasília, praticamente, não existe, apenas com uma categoria de turismo capenga com pouquíssimos carros e o autódromo voltou para o GDF que nada faz para melhorá-lo ou a pista.
A fase do Piquet administrando o autódromo foi muito boa, além da criação da Espron BMW, carro que ele criou e que os vendeu com financiamento da CEF em até 24 meses para quem quisesse comprar, ele deu uma boa reforma no autódromo.

Gustavo
Gustavo
Reply to  jose carlos
12 anos atrás

Pô, José Carlos! Impossível ler sua opinião sem um ponto e sem uma vírgula.

Que preguiça hein…

Mauricio
Mauricio
Reply to  jose carlos
12 anos atrás

Alguma realidade
Muuuuito delirio

focacruz
focacruz
12 anos atrás

Burocratas espertalhões, gente querendo lucrar pra caralho em todas as pontas do processo, empresas que só patrocinam se tiver grande exposição e retorno imediato, imprensa fútil que só quer saber de copiar releases das assessorias de imprensa, elite que faz corridas fechadas ao público pra economizar… e por aí vai.

Alex
Alex
12 anos atrás

esse vídeo é um verdadeiro achado. Tenho a impressão de que esses carros da Super-Vê foram reutilizados nos primeiros anos da F-2 Sul-americana na década de 80. Confere?

Julio Cesar Gaudioso
Julio Cesar Gaudioso
Reply to  Alex
12 anos atrás

Confere, sim. Inclusive receberam muitos receberam os túneis laterais e se transformaram em carros-asa, mesmo não tendo estrutura para isso, pois os esforços eram muito maiores que os previstos originalmente. Foi uma das razões dos nossos pilotos acabarem trocando os fórmulas super Vê travestidos de fórmulas 2 pelos Berta argentinos.

Pedro Moral
Pedro Moral
12 anos atrás

Sou um dos que estavam na arquibancada. Na Super-Vê, vi corridas memoráveis como um pega entra o Nelson Piquet (isso mesmo) e o Alfredo Guaraná Menezes que foi antológico. Não lembro quantas voltas, mas alternavam a liderança da prova ao menos 3 vezes por volta, eu disse por volta,
Nessa época, as corridas eram feitas pra quem estava na arquibancada, e não nos paddocks. Aliás, nessa época não tinha paddock.
Se o paddock é menor que a arquibancada, cabe menos gente. Então menos gente, menos fãs, menos reconhecimento, menos atrativos, menos dinheiro, menos corridas … agora demos o MMA …. que pobreza!

jorge
jorge
12 anos atrás

É que no passado as corridas eram organizadas por entusiastas e o”marquetingue” funcionava para viabilizar as competições,hoje…os malandros fabricam competições somente para viabilizar o”marquetingue.

Paulo F.
Paulo F.
12 anos atrás

Custo. Simples custo. Hoje é exponencialmente mais caro correr e a organização é pífia. Some-se a isso que ninguem quer expor sua marca ao confronto, dai essas formulas monomarcas que nascem como tiririca. E depois de uma ou duas temporadas acabam, e de regulamentos que mudam a toda hora, catapultando os custos para estratosfera.
Tenho saudade dessa época. Corridas onde havia GENTE não robos-que-almejam-ser-pilotos.
E vejam a Porsche Coup, se não é coisa de filhinhos de papai endinheirados o que é?

Rodrigo Mattar
Rodrigo Mattar
12 anos atrás

Automobilismo, FG, já era vilão em tempos de ditadura. Por duas vezes, ameaçaram acabar com as corridas no país e não conseguiram. Mas com o sucateamento dos autódromos e a vergonhosa administração do esporte a nível nacional, as forças que não são ocultas – pelo contrário, aparecem com a maior cara-de-pau nos autódromos – ajudam a empurrar ainda mais o automobilismo brasileiro para um buraco sem precedentes. E, pior, não há pra quem pedir socorro.

EduardoRS
EduardoRS
12 anos atrás

O brasileiro médio não gosta (mais) de automobilismo. O brasileiro médio gosta de Saveiro ou Chevette rebaixado, com roda cromada aro 20, com trocentos subwoofers, que faça disparar os alarmes dos carros estacionados ao passar na rua. Gosta de arrancadão, porque é algo que ele pode fazer na rua depois de tomar umas “brejas” no postinho da esquina.

O brasileiro médio não gosta de automobilismo porque o automóvel, na visão local, deixou de causar fascínio, paixão, e passou a ser um objeto de status – o sonho do brasileiro médio é ganhar um bom salário pra poder comprar um Corolla 0km prata (que fica mais fácil revender depois pra trocar por um Civic do ano – obviamente também prata).

E como se isso não bastasse, os poucos brasileiros que ainda gostam de automobilismo não se sentem motivados a ir aos autódromos porque é brabo sair de casa num domingo pra ver meia dúzia de carros andando na pista. Quando eu era criança, nos anos 80, meu pai me levava em Tarumã e era uma festa, um dia inteiro de corridas, Copa Fiat, Fórmula-3, Fórmula-Ford, todos com grids abarrotados, ótimos pilotos e bons pegas. Mas o tempo passa, os carros vão ficando mais sofisticados, o esporte vai ficando cada vez mais caro, menos gente correndo, a CBA aumenta seu apetite voraz por carteirinhas e taxas de inscrição, os grids esvaziam, a mídia começa a dar menos atenção, menos vitrine para os patrocinadores, as categorias começam a se extinguir, e tudo vai ralo abaixo.

Pra mim, é um problema cultural E administrativo. Mas a única forma de trazer de volta a cultura de automobilismo é pela via administrativa, baixando custos pra massificar a entrada de pilotos.

zalex
zalex
Reply to  EduardoRS
12 anos atrás

Falou tudo Cara!!

Mario Martin
Mario Martin
12 anos atrás

A frase final é muito boa:

“A melhor maneira de ajudar o automobilismo brasileiro é indo aos autódromos” .

Não sei se o que nos falta é isso, mas que é diferente de como era antes, isso sem dúvida.

Antonio
Antonio
12 anos atrás

Não sei, mas
acho que o brasileiro foi nivelado por baixo.
A classe C emergente não gosta de automobilismo.
Dizem que o Brasil melhorou. Quando ando nas ruas mais populares a minha
impressão é que piorou. Vejo mais gente pobre e sem cultura do que nos anos 70/80.
Hoje o que chamam de classe média, era classe baixa há 30 anos.
Então é normal que essas pessoas prefiram os esportes de massa como futebol
O público de esportes de elite como Automobilismo é menor do que nessa época.

Fábio Novo
Fábio Novo
12 anos atrás

A culpa é que não tem nenhum brasileiro se destacando mais na F-1. Vivemos 3 décadas especiais do nosso automobilismo, de 70 até 90. Depois disso, várzea..Infelizmente, o brasileiro só se interessa por futebol e nos outros esportes só se interessa por quem está ganhando.

Cléber Fabbri
Cléber Fabbri
12 anos atrás

Só para fazer justiça, quem me deu a dica do vídeo foi o Jorge Chateaubriand Neto, um grande amigo, filho do José Pedro. Ele tem umas relíquias na casa dele, de quando o pai corria, e quer doar ao museu do Paulo Trevisan. Estamos planejando uma viagem para o Sul…

Youssef
12 anos atrás

Indesculpável o que fizeram.
A história vitoriosa do país no automobilismo e o crescimento da economia nestes últimos anos só poderia ter gerado um automobilismo mais forte.
Um ou outro erro não causaria tanto estrago. Certamente, foi uma série de mancadas.

Thiago Sabino
12 anos atrás

Espetacular o teipe, pra usar um linguajar da época. Narração do Cid Moreira, e trilha sonora mais anos 70, impossível. Quanto à Interlagos, não tem muito o que dizer: que traçado, subidas, descidas…pelamor….

Agora, eu vou declarar algo, que vão mandar um caminhão de pedras em mim, mas, pensem nisso: Porque, conforme nosso país foi avançando na democracia, o automobilismo começou a definhar? Porque, quando estávamos sob os governos militares, tínhamos o nosso automobilismo no auge (de 1964 a 1990). Os vídeos não mentem, e os números muito menos.

Vejam bem, não estou aqui para atingir o fígado dos esquerdas, não é isso. Apenas constatei algo , que é macro. Envolve o político também. Não sei, talvez tenha uma parca ideia, pois de 1990 pra cá, início da curva descendente do automobilismo nacional, a ideia de que “corrida de carros” é coisa de burguês, e que os governos tem de investir em saude, educação et al.

Começa pelos circuitos, passando pelo apoio institucional, e termina justamente no que: pistas vazias, autódromos sucateados, e quando o automobilismo existe, é de nível técnico canhestro.

Vejo que esse é UM DOS aspectos que contribuiu para a derrocada. CBA, et caterva é um lixo. Nem entro no mérito. Obivamente que eles só fizeram o favor de apertar a descarga, ao invés de tirar do vaso sanitário. E cada temporada, é uma descarga mais demorada.

Mas pensem, sem raiva, ou juizo de valor: Porque, no período dos governos militares, nosso automobilismo esteve no auge?

As indústrias, obviamente investiam mais. Quando haverá novamente a Volkswagen bancando uma categoria sozinha, no peito? Patrocinadores? o video mostra: todos os carros muito bem patrocinados (não no mérito dos Cr$, digo carro cheio de patrocínios). Autódromo? 1978, apesar da F-1 ter ido para jacaré, Interlagos era padrão FIA, com quase 8 km……

A análise da derrocada do automobilismo nacional é bem maior, envolve o contexto político, e financeiro também. Daria uma bela matéria.

Só não pode misturar convicção política, com análise do contexto político.

Um abraço.

zalex
zalex
Reply to  Thiago Sabino
12 anos atrás

Acho que não é bem por aí… poderia se pensar na sua tese, mas leia o EduardoRS alguns comentários acima, me parece mais real.
A Argentina, que também passou por regimes autoritários como nós, continua com um automobilismo maravilhoso, muitas pistas muitas categorias e incentivos, apesar das crises econômicas, que não é nosso caso.

enko
enko
Reply to  Thiago Sabino
12 anos atrás

bem escrito.

Alan Magalhaes
Alan Magalhaes
Reply to  Thiago Sabino
12 anos atrás

Caraca, essa era do boa heim. Da lata?

JC Simonassi
JC Simonassi
12 anos atrás

Bacana FG,
nesse época eu era um moleque que ficava doido qdo via esses carrinhos …
valeu
Simão

Paulo Tohmé
Paulo Tohmé
12 anos atrás

Ué, não é 1977? Maioria esmagadora de Polar.

Luiz Alberto R.P.
Luiz Alberto R.P.
Reply to  Flavio Gomes
12 anos atrás

As imagens são de 1977, sim. Da primeira corrida do ano, com Eduardo Celidônio andando de Gledson (preparação Giba) e Guaraná de McChad (preparação Amador Pedro). Logo depois, “Celi” parou de correr e Guaraná foi para a Gledson.

Chico
Chico
12 anos atrás

Não sabia que o automobilismo brasileiro de monopostos já foi assim… Em 78 eu nasci, rsrs. Agora eu acompanhei o brasileiro de marcas e fórmula uno, assim como a stockcar em seus anos de ouro… uma pena sem dúvida.

Stephano farias
Stephano farias
12 anos atrás

Tenho 30 anos, portanto não vivi essa época de glória do automobilismo brazuca. Vendo esse e outros vídeos, fico impressionado em como o público geral se interessava pelo esporte.
Seria interessante se algum frequentador de autódromos na década de 70 se manifestasse por aqui, dizendo quem ia ver as corridas. Posso estar errado, mas ao que vejo, o automobilismo vem carregando uma imagem demasiadamente elitizada por aqui, parece até que a F1 é o único parâmetro que temos de corridas de automóvel, e tudo tem que ser o mais parecido possível.

Claudio
Claudio
Reply to  Stephano farias
12 anos atrás

Stephano. Eu tenho 57 anos de idade e praticamente assisti a dezenas de grandes corridas em interlagos. Formula Ve, Super V, Ford, Divisão 4, Divisão 3 entre outras. 4 ou 5 corridas em um domingo a tarde com grids de quase 30 carros cada categoria. Pilotos fantaticos com gasolina nas veias. Havia tambem muitas corridas de estreantes. Era só tirar os parachoques do fusca, colocar um santo antonio e a festa estava feita, Guaraná e Ingo, começaram assim, entre outros. O publico das arquibancadas, onde eu ficava, não era elitizado não pois a maioria das corridas eram realizadas sem cobrança de ingresso e todo mundo tinha acesso ao autodromo. Nada mais socializado!! Bons tempos e infelizes dos que não os viveram.

Miguel
Miguel
Reply to  Claudio
12 anos atrás

Verdade!!, Aqui em Goiânia (Alencar Junior , Marcos Gracia, Edmar Ferreira, Roberto Boetcher entre outros…) as entradas eram gratuitas, não se pagava para se inscrever, bastava ter equipamento minimo exigido para participar de cada categoria, os custos administrativos eram pagos pela FAUGO, que recebia verbas do Governo para tal. Hoje com o abandono dos autodromos e com os altos custos ja citados pelo Flávio Gomes, e ingressos cada vez mais caros ou seletivos, conseguem matar aos poucos o automobilismo brasileiro!.

Fernando Carvalho
Fernando Carvalho
12 anos atrás

lembrei de mais um : Kaimann!!!!

Fernando Carvalho
Fernando Carvalho
12 anos atrás

Polar; Heve; Newcar (adaptado de um FFord); … acho que tem mais …(Avallone ?)… bons tempos , né??!!!

Antonio
Antonio
12 anos atrás

Poxa vida, que preciosidade esse vídeo. valeu FG.

Emerson
Emerson
12 anos atrás

Má adiministração da cba e o preço das inscrições… É muito mais barato andar na arrancada.

Pedro Wolthers
Pedro Wolthers
12 anos atrás

essa é facil !!. esse autódromo foi reformulado pelo senna, erundina e CBA em 1993 para que a F1 voltasse para São Paulo. Destruiu – se um ” Templo ” do automobilismo nacional por um autódromo pífiu e com padrões europeus.

Antonio
Antonio
Reply to  Pedro Wolthers
12 anos atrás

Reformado para o GP Brasil de 1990.

Ricardo Sarmento
Ricardo Sarmento
Reply to  Antonio
12 anos atrás

Olha, longe de defender a mutilação que foi feita em Interlagos, mas se não tivessem lutado para que a F1 voltasse a São Paulo, mesmo que isso custasse “capar” o traçado, acredito que Interlagos nem existisse mais. Nem o GP Brasil de F1. Nem o automobilismo no Brasil.

Sem a F1 no Brasil, o povo esquece que existe automobilismo de alto nível fora dela.

enko
enko
Reply to  Ricardo Sarmento
12 anos atrás

boa ricardo, e para os que ainda culpam o senna pela mutilação, vale dizer que ele apenas interferiu no desenho da curva que leva o seu nome.
o resto foi tudo imposição do todo poderoso sr bernie eclestone, em nome do,espetáculo, inclusive era ideia dele destruir o anel externo para que não fosse utilizado pela formula indy, (cart na época se não me engano)

Dú
12 anos atrás

Espetacular. E o canal do Tube é do próprio Mauricio Chulam.

marcelo soutello
marcelo soutello
12 anos atrás

Flávio, muito legal, só que as imagens são da temporada de 1977, observe a pintura do Guaraná(1), que foi o campeão daquele ano. Não tinha regra de só poder mudar de traçado uma vez para defesa de posição, repare o zig-zag de Troncon na reta oposta.

ags
ags
12 anos atrás

FG……………………………Pelo amor que vce tem a Portuguesa..seu time do coração………..Pare de sacanear com seus seguidores…..Pare de mostrar isso…….assim vce mata a gente de raiva dessa C.B.A. vagabunda…………cara olha o numero de carros………. o povo ia nas provas pq confiava no esporte….Não é essa vergonha que temos hoje..como:ISTOKI BOLHA..
CAMINHÃO.. RALLY DE CARRO VELHO…..Meus caros amigos……pq isso só acontece com nós..pq??Poxa.. os Hermanos tem um automobilismo digno de ser visto…digno de serem como referencia… até os Colombianos.. e sei lá.. os Chicanos tbm..Poxa.. pq que o brasileiro só tem esse bando de ladrão que comanda o esporte..
Digamos….Ricardo Besteira na CBF..
A C.B.A nem sabe ao certo o que rião fazer esse ano..Meu..passa 01 mes passando esses video de anos de ouro..que aposto se não vai dar morte na C.B.A. é um absurdo…. não ter uma categoria.. nacional………………..é uma vergonha…ai te pergunto..
Pra então servem as pessimas pistas que temos?Pra que serviu trazer um aloprado que desenhos circuitos na ZOROPA.. e passou 15 hrs em Gyn..recebeu algo em torno de R$ 85 MIL reais..pra que?
e Interlagos……..
talvez sem pilotos de F1.. o povo anima pega pesado contra a Grobo.tv e acabe de uma vez por todas que ela..quem manda no esporte…o que vce acha??
Fg… acho que seu ponto de vista é claro……….vce corre..pode?: mas não existe estruturas dos organizadores….o mal. vem ai…nesse ponto.. Eu ainda acho que um esporte tem que ser dirigido por ex..esportistas.. e não sapo querendo fazer festa com dinheiro alheio.
Triste ver essas cenas…..pois…é apenas um passado.. que o vento levou..pena..pena……

bruno
bruno
12 anos atrás

Flavio, a resposta todo mundo sabe desde muito tempo: Má administração da CBA. Se o automobilosmo brasileiro fosse bem representado pela CBA, eu duvido que o Vettel não teria um brasileiro lhe dando dores de cabeça na F1. Isso Porque o Senna não foi um fenômeno isolado, talento o povo aqui tem de sobra…

Alan Magalhaes
Alan Magalhaes
12 anos atrás

Sensacional, sensacional, sensacional! Parabéns pelo post. Quanto aos motivos, ora, escreveria umas dez laudas. Resumindo: Dirigentes ineptos e sem visão, promotores gananciosos e sem nenhum compromisso com o esporte, imprensa que deixou de dar espaço, televisão que manipula o espetáculo e falta total de união entre pilotos e donos de equipe. Começa por aí.

Helcio Ferreira
Helcio Ferreira
12 anos atrás

Concordo Plenamente com você Flavio!

Infelizmente o automobilismo brasileiro morreu!
Hoje estaremos carente de pessoas competentes e que amem de fato o automobilismo!
Eu uso como exemplo dessa decadência a Stock Car Brasileira que a muito tempo deixou de ser competitiva!
Hoje é um celeiro de filhinhos de papai endinheirados e que tem medo de passar de 250 Kmh!
Infelizmente !

Fernando B. de Carvalho
Fernando B. de Carvalho
12 anos atrás

Fantástico, onde estão nossas fábricas, onde está um verdadeiro campeonato de marcas, e estes pilotos por onde andam? Quem sabe relatos deste tempo rico do automobilismo por quem esteve lá? Traga depoimentos destes pilotos, Gomes, será enriquecedor.
Parabéns aos gaúchos que ainda possuem campeonatos de marcas, a classic do Gomes deveria vir para cá, no Sul, correr em Tarumã, Guaporé, Santa Cruz, Velopark.

Fernando
Fernando
12 anos atrás

Tenho alguns palpites:
– A morte de Senna
– Barrichello na Ferrari
– As trapaças da Ferrari, primeiro com Barrichello e depois com Massa

Burrinho Batiquebra
Burrinho Batiquebra
Reply to  Fernando
12 anos atrás

O automobilismo brasileiro acabou graças ao fenômeno da Pachequice exarcebada. Depois que o Emerson ganhou o primeiro título na F1, o brasileirinho médio, Pacheco como só ele, virou suas atenções para as corridas na Europa. Depois vieram outros pilotos com carreiras bem sucedidas, a Globo parasitando o sucesso dos caras por trás e criou-se uma legião de Pachecos que não entendem nada de automobilismo, como o cara aí em cima que disse que a Ferrari trapaceia os brasileiros.

Daí já viu… as categorias nacionais, centro dos entusiastas, perdeu destaque para uma única categoria (à época, essencialmente européia), que é a F1 e os patrocinadores foram juntos. As corridas no Brasil ficaram esvaziadas s e os entusiastas foram virando mosca-branca.

Agora, com um geração de segundos pilotos meia-boca, caiu a ficha da Pachecada, que ou abandona o automobilismo de vez (aqueles que nunca gostaram na verdade) ou então ficam reclamando das trapaças contra os queridos brasileirinhos.

Cada povo tem o automobilismo que merece, assim como inúmeras outras coisas, fatos e destinos.

celso
celso
12 anos atrás

Em uma palavra? Incompetência.

Abraço!

Ricardo
Ricardo
12 anos atrás

Como bem disse o locutor, “a melhor forma de torcer pelo automobilismo brasileiro, é ir para os autódromos”.
Moro em Londrina, que tem autódromo, mas ninguém fica sabendo para o que torcer, não tem linha de ônibus fácil (a pista fica longe), enfim, não se chama a cidade para o autódromo.
A única prova que vai gente mesmo é a Truck, nem a Stock tem esse poder, já que é um evento de marcas de patrocínio, mais que de automobilismo.
Enfim, que pena.
Aliás, vai ter Classic aqui esse ano? Lembro que ano passado você desceu o sarrafo, não tinha ninguém na arquibancada…
Abraço, parabéns!

Eder casagrande
Eder casagrande
Reply to  Ricardo
12 anos atrás

Se eu não estou enganado, esse “Locutor” não é ninguém menos que o Sr. Cid Moreira!!!!!!!!

Rodrigo
12 anos atrás

A culpa foi do Senna.