Será que encontrou seu destino, a boleia? Muito legal. Gosto do Christian, um cara simpático, dedicado, que não fez feio, não, na F-1. Vamos ver essa corrida de jacarepaguá amanhã com atenção.
SÃO PAULO – O dono do autódromo Mestre Álvaro, na Serra (ES), Geraldo Backer, morreu hoje treinando em sua própria pista. Idealizador da Fómula BKR, uma categoria que em 2010 passou a usar monopostos que, aparentemente, vieram da extinta F-Ford de SP, o que me lembro de Geraldo é que ele era dono de um posto de gasolina apaixonado por corridas e construiu um autódromo. Até onde sei, o automobilismo do Espírito Santo se resumia às coisas que Backer fazia no seu circuito, cercado de barrancos, e em Vila Velha, em provas de rua.
As corridas sempre tiveram bom público, mas aconteciam meio à margem das garras oficiais de clubes e federações. Peço aos capixabas que nos tragam mais detalhes.
SÃO PAULO (sem sono) – A Volkswagen tem uma divisão chamada VW Commercial Vehicles, responsável pela produção dos utilitários da marca. Em 2007, criou-se um departamento apenas para cuidar da restauração de Kombis, a VW Commercial Vehicles Oldtimers, em Hannover, onde fica uma das fábricas da montadora. Em cinco anos, este departamento comprou e restaurou cerca de 100 Velhas Senhoras. Nesta semana, a empresa informou que o departamento, agora, vai prestar serviços externos. Quem tiver uma Kombi e quiser restaurá-la na fonte, é só levar a Hannover. Peças originais, assistência técnica autorizada, carimbo VW no trabalho.
O departamento passou a ocupar um prédio de 7 mil metros quadrados com maquinário e ferramental próprios, 13 funcionários especializados, equipamento para pintura, tudo para que seja possível restaurar uma Kombi exatamente onde ela foi fabricada. Ou, simplesmente, fazer uma revisão. E a VW emite um certificado do serviço realizado, além de documentar tudo que for feito no carro.
Ontem, só de farra, fui com meu Fusca a uma revenda VW em SP, a Jewa. No setor de peças, perguntei se eles tinham palhetas originais para o limpador de para-brisa.
Antes de mais nada, se faz necessária uma explicação. Troquei de leitores. Quer dizer, perdi alguns. Os daqui, acho que continuam. Os dos jornais impressos, não mais. Pela primeira vez desde 1993, quando estreei minha coluna Warm Up na ‘Folha de S.Paulo’, nunca deixei de escrever para jornais impressos. Depois da ‘Folha’, montei minha agência e no primeiro ano, 1995, minha cobertura (e esta coluninha) passou a ser distribuída para 55 jornais brasileiros. No auge da brincadeira, em 1996 e 1997, foram 62, se não me equivoco.
E assim foi por muito tempo, a rede aumentava aqui, diminuía ali, mas sei que naquela segunda metade da década de 90 eu me divertia vendo placas de carros de cidades longínquas nas ruas para dizer “escrevo pra um jornal dessa cidade aí”. E eram quase todas. Me sentia uma espécie de Assis Chateaubriand. O primeiro a fechar contrato com a agência foi o ‘Diário de Votuporanga’. Depois vieram dezenas, e não vou citar todos os nomes aqui, até porque não lembro de todos. Mas sei que tinha um mapa do Brasil enorme aqui na parede, com alfinetes espetados em todas as cidades onde minha cobertura de F1 chegava.
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SÃO PAULO(e como a gente não sabia?) – Olha que barato a reportagem que o Remi Rodrigues mandou. Tem um bando de malucos com 21 Citroëns Avant viajando pelo Brasil. Não consegui “embedar” o vídeo, então o link está aqui. Espero que Jason Vôngoli tome alguma providência a respeito.
SÃO PAULO (e eu estava lá) – Foi num dia 30 de março, uma quinta-feira, que o Brasil viu pela primeira vez um GP de F-1. A prova não contou pontos para o Mundial, era uma espécie de evento-teste, e em 1973 o país passaria a fazer parte definitivamente do calendário da categoria.
Lá se vão quatro décadas da vitória de Carlos Reutemann, com mais de 100 mil pessoas, segundo os relatos da época, espalhadas pelas arquibancadas e barrancos de Interlagos.
A história dessa corrida está aqui, no material especial do Grande Prêmio. Tem uma ótima galeria de fotos aqui, também. Claro que pouca gente, aqui, deve ter ido a essa prova. Afinal, são 40 anos. A maioria nem tinha nascido. Mas contem, vocês que foram a Interlagos naquele dia! E vocês que foram a outros GPs do Brasil, em SP ou no Rio, contem também… Qual o que mais marcou sua vida?
Na foto do arquivo pessoal de Luiza Erundina, Senna no aeroporto do Congonhas com a então prefeita, que reformou o autódromo em tempo recorde e garantiu a permanência da F-1 no Brasil
SÃO PAULO (que lástima!) – É de doer. Centenas de SAABs estão abandonados no porto de Newark, Nova Jersey. O pessoal do clube da marca nos EUA me mandou o link. O que será que vão fazer com esses carros?
SÃO PAULO (só crescendo) – Mais três mantos sagrados chegaram via blogueiros que contribuem para a coleção mais underground de camisas de futebol do mundo. O Duda Ordunha, velho amigo e parceiro, mandou duas. Primeiro, do glorioso Bonsucesso, o grande Bonsuça, que tem um site maravilhoso e uma história ainda mais. Depois, da Portuguesa Santista, a Briosa, que não tem site oficial. Ao menos não encontrei. Pessoal de Santos, faz favor… A terceira veio da Viviane Gurgel, que além de tudo anda de X-12 por Belém. É a do Paysandu, o Papão, que tem um escudo intrigante. O pé alado no centro tem desenho diferente em outra versão. Sou ligado nesses detalhes.
SÃO PAULO (pra quebrar o gelo…) - A Ferrari começou o dia fazendo gracinha com seus pilotos no Twitter. Aquela coisa de mostrar que o clima na firma tá legal, sabem como é? “Ciao @alo_oficial and @Felipe1Massa, who of you has left the car in the wrong parking? pic.twitter.com/sZAruUVu”, postou o @InsideFerrari agora de manhã. Bom, a foto é engraçadinha. E se é verdade que todos no time sabem que a liderança de Alonso no Mundial é casual e momentânea, é igualmente verdade que ela faz bem.
Ah, o Massa entrou no Twitter ontem. Essa aí em cima é sua conta oficial. E Alonso estreou outro dia e tem se divertido à beça.
SÃO PAULO(inveja mata?) – A maior coleção de carros nacionais (e muitos estrangeiros, também) do Brasil virou tema de reportagem do impagável Alexander Gromow. O texto está aqui, no Maxicar, e tem galeria de fotos também. O vídeo é esse aí em cima. O Gromow não diz de quem é, nem onde, mas todo mundo que brinca com carros antigos conhece o dono. Aliás, mais que dono: um guardião da memória automobilística nacional, autor de livros e piloto de Dodginho na Classic Cup. Nem preciso dar mais pistas… Aliás, somos quase parentes, porque o irmão dele se casou com uma prima minha!
Pergunta o humorista Denisson Gervásio: quem é o japa no Copersucar? O pai do Kobayashi? O tio do Nakajima? TV espanhola me faz pensar em Montjuich. Sei lá.
SÃO PAULO (mas os meus cabelos…) - Matéria do “Fantástico”, sóbria e sem afetação, na noite do GP da Europa de 1993, em Donington. Dá até para entender a corrida… A vitória de Senna foi espetacular. Mas o tom laudatório que se vê hoje a qualquer vitória brasileira em qualquer esporte era bem mais contido. E como lembra o Denisson Gervásio, que mandou o vídeo, Barrichello, por pouco, não terminou aquela prova em terceiro. Aliás, coloco essa entre as cinco maiores corridas de Rubens na F-1. E aos 4min54s, no canto inferior direito, aparece a testa deste que vos bloga.
SÃO PAULO (aos poucos) – No processo de mudanças do Grande Prêmio, agora abrigado no portal MSN, teremos algumas colunas novas, muitas de pilotos e/ou ex-pilotos, ainda por estrear. E outras da turma da casa, como Andre Jung (Apex), Coluna do Capelli (Ivan Capelli), Motorsphere (Felipe Giacomelli) e Superpole (Victor Martins). A minha, Warm Up, volta amanhã.
SÃO PAULO(destinos cruzados) – Legal a foto que o Humberto Corradi mandou. São os quatro estreantes da temporada 2001: Raikkonen na Sauber, Montoya na Williams, Alonso na Minardi e Bernoldi na Arrows. É legal olhar para 11 anos atrás e ver o que deu na carreira de cada um. Aquele em que mais se apostava, Montoya, desfila sua pança na Nascar, hoje em dia. Bernoldi nunca foi considerado uma grande esperança. Kimi era uma incógnita, com suas 20 e poucas corridas de carros no currículo. E Fernandinho já era namorado pela Ferrari.
SÃO PAULO (pff) – A França deve voltar ao calendário da F-1 a partir de 2013. Essa é a boa notícia. Em Paul Ricard, pista deliciosa, lugar delicioso, de um país igualmente delicioso. Quando for, pare em Cassis e coma um crêpe au Grand Marnier aqui.
A má notícia é que isso sendo confirmado, Spa passa a revezar com Paul Ricard, com o GP da Bélgica sendo realizado de dois em dois anos.
Enquanto isso, continuamos firmes com Bahrein, Abu Dhabi & companhia limitada.
SÃO PAULO(voar, voar) – Não entendo nada disso, mas será o fim da asa-delta, como diz o Missiroli no seu e-mail? Archaeopteryx é o nome de uma ave dos tempos dos dinossauros. Demais, esse negócio. Mas fiquei curioso para saber mais.
SÃO PAULO(meio confuso) – O campeonato de supercarros que nasceu como GT3 alguns anos atrás e evoluiu até passar a se chamar GTBR rachou. Não sei se vocês estão acompanhando, mas neste ano ele foi desmembrado em dois. O promotor, banqueiro e piloto Antonio Hermann voltou à cena via SRO Latin America e vai promover o Campeonato Brasileiro de Gran Turismo. O calendário foi divulgado hoje. Ontem, a empresa Auto+ anunciou a criação da Top Series, um campeonato mais curto com provas de endurance e muitos dos carros e equipes que participavam da GTBR. Há até uma divisão dos carros entre “Velozes” e “Furiosos”. Putz. A prova mais atraente será preliminar da etapa paulistana da Indy, no Anhembi.
Muito dessa movimentação tem a ver com o fato de a cervejaria Petrópolis, dona da marca Itaipava, retirar boa parte do investimento que fazia no automobilismo VIP nacional. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos para ver quem vai ficar onde. Alguns times e pilotos, pelo que andei escutando aqui e ali, vão participar das duas.
SÃO PAULO (era legal) – O Chico César, que evidentemente não é aquele, mandou a mensagem:
Você, como bom arqueólogo, vai gostar desta imagem. Foi um achado literalmente do fundo do baú. É o Livro Ilustrado Oficial “FÓRMULA 1″, lançado para temporada de 82. As figurinhas vinham nos chiclés Ping-Pong (nem sei se ainda existe). Tem texto de Reginaldo Leme. Mas o que é o interessante é ver as antigas pistas e a variedade de equipes (17) da época. Bom, meu álbum está pouco preenchido, nunca fui bom em completar, além do que a mãe pegava no pé por tanto chiclete… Mas deve ter algum internauta com ele completinho. Vale instigar a turma.
SÃO PAULO(e aí?) – Depois de meses de idas e vindas, a Fox Sports finalmente se acertou com a NET e o canal vai ocupar o espaço que era do Speed Channel na maior operadora de TV a cabo do país. Nosso Felipe Giacomelli conta tudo aqui e lembra dos bons momentos do canal. Muita gente está zangada. Mas para além da chateação, eu pergunto: será que o Brasil hoje tem público suficiente para a manutenção de um canal dedicado apenas às corridas?
Eu acho que tem. Acho que poderiam manter o Speed no ar. Mas não entendo desses negócios, por isso não me meto a dar muito palpite. Só sei que, apesar de todas as limitações, era legal ligar no Speed a qualquer dia e a qualquer hora para ver alguma coisa correndo.
SÃO PAULO (tinha Business?) – Coisa mais linda o Tupolev da Interflug, a companhia aérea da DDR. E o Trabi de serviço? Tem algum túnel do tempo por aí? O Philippe Jr. mandou a foto.
SÃO PAULO(sucesso!) – É sábado, com largada no autódromo de Curitiba, que acontece o I Rallye Paranaense de Veículos Históricos. Já são mais de 60 inscritos. Tipo de evento legal, curto e divertido. Boa sorte a todos! Se alguém daqui for participar, que conte tudo. E vocês aí do Paraná, prestigiem, ora bolas! A prova terá 250 km de percurso. Não sei direito onde termina, mas espero pelos detalhes aqui. O patrono do rali é Bird Clemente.
SÃO PAULO(brilhante) – Fazer uma boa primeira página de jornal é desafio diário que milhares de editores enfrentam pelo mundo. Só hoje vi a Primeira de “O Dia”, do Rio, sobre a morte de Chico Anysio. Ivan Lessa considerou uma das dez melhores do jornalismo brasileiro. Tendo a concordar. Vai ganhar muitos prêmios. E todos serão merecidíssimos.
SÃO PAULO(a melhor de hoje) – O museu da SAAB, assumido pela prefeitura de Trollhättan e por uma fundação sueca, reabriu suas portas. O Felipe Passos mandou a notícia, para alegrar o dia.
SÃO PAULO(deu por hoje) – Legal o vídeo que o Denisson Gervásio, assíduo colaborador deste blog, mandou. É uma matéria do Otávio Mesquita na inauguração do kartódromo de Ayrton Senna em Tatuí. Foi em 1991. E tem uma entrevista engraçadinha com o Bruno. Até eu apareço no vídeo, aos 4min22s, por mais ou menos três décimos de segundo. Mas sou eu, ali, anotando as coisas para minha matéria para a “Folha”, na época. Ainda tenho a credencial daquele evento.
Flavio Gomes é jornalista, dublê de piloto, escritor e professor de Jornalismo. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.” Sua carreira começou em 1982 no extinto jornal esportivo “Popular da Tarde”. Passou pela “Folha de S.Paulo”, revistas “Placar”, "Quatro Rodas Clássicos" e “ESPN”, rádios Cultura, USP, Jovem Pan, Bandeirantes, Eldorado-ESPN e Estadão ESPN — as duas últimas entre 2007 e 2012, quando a emissora foi extinta. Foi colunista e repórter do “Lance!” de 1997 a 2010. Sua agência Warm Up fez a cobertura do Mundial de F-1 para mais de 120 jornais entre 1995 e 2011. De 2005 a setembro de 2013 foi comentarista, apresentador e repórter da ESPN Brasil, apresentador e repórter da Rádio ESPN e da programação esportiva da rádio Capital AM de São Paulo. Em janeiro de 2014 passou a ser comentarista, repórter e apresentador dos canais Fox Sports no Brasil. Na internet, criou o site “Warm Up” em 1996, que passou a se chamar “Grande Prêmio” no final de 1999, quando iniciou parceria com o iG que terminou em 2012. Em março daquele ano, o site foi transferido para o portal MSN, da Microsoft, onde permaneceu até outubro de 2014. Na sequência, o "Grande Prêmio" passou a ser parceiro do UOL, maior portal da internet brasileira. Em novembro de 2015, voltou ao rádio para apresentar o "Esporte de Primeira" na Transamérica, onde ficou até o início de março de 2016. Em 2005, publicou “O Boto do Reno” pela editora LetraDelta. No final do mesmo ano, colocou este blog no ar. Desde 1992, escreve o anuário "AutoMotor Esporte", editado pelo global Reginaldo Leme. Ganhou quatro vezes o Prêmio Aceesp nas categorias repórter e apresentador de rádio e melhor blog esportivo. Tem também um romance publicado, "Dois cigarros", pela Gulliver (2018). É torcedor da Portuguesa, daqueles de arquibancada, e quando fala de carros começa sempre por sua verdadeira paixão: os DKWs e Volkswagens de sua pequena coleção, além de outras coisinhas fabricadas no Leste Europeu. É com eles que roda pelas ruas de São Paulo. Nas pistas, pilotou de 2003 a 2008 o intrépido DKW #96, que tinha até fã-clube (o carro, não o piloto). Por fim, tem uma estranha obsessão por veículos soviéticos. “A Lada foi a melhor marca que já passou pelo Brasil”, garante. Por isso, trocou, nas pistas, o DKW por um Laika batizado pelos blogueiros de "Meianov". O carrinho se aposentou no início de 2015, dando o lugar a um moderníssimo Voyage 1989.
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