O FIM DA BRITANNICA
SÃO PAULO (a maioria nunca viu) – Meu amigo Adriano Xupisco postou no Twitter. Depois de 244 anos, a “Encyclopædia Britannica” não será mais impressa.
A “Britannica”… Enciclopédias… Será que quem tem menos de 30 anos faz ideia do que estamos falando?
Bem, enciclopédias eram… o Google. Isso, eram o Google. Só que a gente tinha de folhear, procurar os verbetes, aprender lendo e viajando por aquelas páginas de papel nobre, impressão impecável, textos solenes.
Era melhor que o Google? Talvez não. O Google (e seus antecessores Yahoo!, Alta Vista, que nem sei se existe, esses buscadores todos) é muito prático e incrivelmente abrangente. O mundo a um clique e tal. Cada vez mais completo, mais eficiente. Encontra artigos, pessoas, fotos, vídeos, músicas, lugares, tudo. Tudo, tudo, tudo.
As enciclopédias eram o que de mais próximo de tudo tínhamos. Elas continham todo o conhecimento humano e eram incontestáveis. Copiávamos seus verbetes nos trabalhos de escola. Abríamos a enciclopédia na mesa e, com lápis ou caneta, passávamos para as folhas pautadas do caderno. Ou do papel almaço. Quantas tardes, putz…
A “Britannica” era cara. A gente tinha “Conhecer” em casa. E existia a “Barsa”, também. Elas duravam anos. Comprávamos em fascículos, nas bancas, ou dos vendedores de enciclopédias, figuras emblemáticas do Brasil como as vendedoras da Avon, que passavam de porta em porta para nos trazer o mundo impresso e encadernado em couro.
E ocupavam lugar nobre nas estantes das casas, aquelas que tinham espaço para seus intermináveis volumes. Nos olhavam severas, como a dizer: enquanto não me leres inteira, nada saberás. Sua presença era imponente e intimidatória.
Foi nas suas páginas que aprendi como se forma a chuva, por que os vulcões entram em erupção, onde fica o estômago de um lagarto, aprendi a desenhar a bandeira do Líbano e o mapa da África, vi a Via Láctea e os anéis de Saturno, me assustei com o tamanho de Júpiter e com as mandíbulas dos tiranossauros, entrei nas pirâmides do Egito e passeei pelos Jardins Suspensos da Babilônia.
Com o passar do tempo elas foram se tornando desnecessárias, encostadas num canto, empilhadas em armários. Mas me dava um certo conforto saber que aquele conhecimento todo estava em casa, ao meu alcance, para quando eu precisasse. Hoje esse conhecimento todo está aqui, neste computador conectado com os confins do planeta, certamente com um enorme computador central instalado no centro da Terra e operado por marcianos que um dia, tomara, vai dar um pau monstro e o mundo vai acabar. Ou começar de novo.
A “Britannica” avisa que continuará existindo em versão digital, para todas as plataformas que este mundo criou.
em vez de uma bicicleta meu pai me deu uma barsa… a viagem que fiz pelo mundo do conhecimento magrela nenhuma conseguiria me levar… e ainda fui o vendedor mais novo da enciclopaedia britannica..old but gold…
NÓS NÃO NOS VEMOS LENDO UM LIVRO COM OS OLHOS BRILHANTES ACOMPANHANDO CADA PALAVRA, VOCÊ VERIA EXATAMENTE COMO SOMOS LINDOS SE NÓS NOS VÍSSEMOS NOS MOMENTOS EM QUE NÓS REALMENTE SOMOS NÓS. A Barsa , sem dúvida é uma enciclopédia incomparável e incrível.. Um bem!
Antigamente, cultura era vendida em domicilio, quantas pessoas fizeram seu ganha pão tocando nossas campainhas. Seu texto é um verdadeiro réquiem, belíssimo!
Realmente, nesses momentos e que percebemos como estamos ficando experientes (velho é a PQP!). Meu pai comprou lá pelos anos de 1980, 81 a Barsa, a Exitus, fora outras enciclopédias tecnicas que (ainda) estão na casa dele. Não discuto realmente a capacidade de atualização dos Googles e Wikipedias, mas como li em um comentário acima: O importante não é achar a informação em si, seja de forma fácil ou dificil, mas como a utilizamos e a compreendemos; pois vejo tanto jovem hoje em dia que sabe como achar a informação, mas não sabe como utilizar, e pior: como aprender com ela.
Ainda assim, acho a enciclopedia (e livros em geral) algo com muito mais vida e magia do que um simples notebook, desktop ou tablet. Não é o caso de ser saudosista, é só a minha opinião.
Abraço a todos.
Tenho uma Britannica em casa ainda. Meu pai comprou em 1968 e fiz varias pesquisas nela na minha adolescência, com desafio adicional de ainda ter que verter os textos do inglês para o português… E isso sem Google Translator. Eh claro que falta a interatividade e, principalmente a atualização das versões on-line (nossa Britannica ainda tem a URSS como pais membro da ONU), mas eh verdade o que disseram acima, que normalmente, ao buscarmos um verbete, passássemos grande parte do tempo em outros, viajando literalmente pelo Conhecimento. Assim, folheando a Britannica, a Conhecer, Os Bichos, GEO, fui formando minha massa critica e saciando minha curiosidade. Eh pena que a geração de minha filha não possa usufruir disso.
Adoraria adquirir a Coleção Os Bichos da Editora Abril Cultural, saberia informar a diferença entre a Coleção de livros e os fascículos da revista Os Bichos, ambos da Editora Abril.
Primeiro vieram os fascículos, toda quinta feira, um diferente. Do número 1 (Clássica capa do Leão Africano), ao 55 (Com o Homem, o último bicho do livro). Os fascículos eram assim: seguiam a numeração de página seguida (por exemplo: se um terminava na página 62, o outro não começava na página 1, mas na 63), e tinham um capítulo diferente cada um, como Águas Continentais, As Grandes Migrações, Montanha Européia, etc. Os bichos da capa dos fascículos constituíam no primeiro texto deste, e não seguiam a ordem de animais, exemplo: se o capítulo era Oceano e Mar Aberto, o bicho da capa era o Gibão, um macaco! Quando terminaram os fascículos, a Abril Cultural resolveu lançar a coleção de enciclopédias, que reunía todos os 55 fascículos em 4 volumes, e um volume adicional, chamado os bichos evoluem, formado pelas capas dos fascículos. Eu tenho toda a coleção d’Os Bichos aqui em casa. Todos os fascículos, os 4 volumes, um álbum de figurinhas chamado Mundo Animal (as figuras era as ilustrações tiradas dos livros), outr álbum, raríssimo, chamado filhotes dos bichos, o segmento dos volumes, chamado Os Bichos De Estimação, uma cartilha chamada Os Bichos de A a Z, para aprender o alfabeto com os bichos do livro (L- Leão Africano, N – Narceja, etc), e por fim, uma coleção de miniaturas de animais, da Gulliver, inspirada nas ilustrações do livro. Espero ter ajudado, abraços!
O meu pai tem
As capas é que estão em mau estado
Cheguei a fazer pesquisa em enciclopédia nos primeiros anos de escola. Engraçado, lembro de parar de usar antes mesmo de ter internet em casa. Tinha muito professor que não gostava, flagrava na hora os “trabalhos de cópia de enciclopédia”. Pode-se dizer portanto que além de precursora do Google foi também a precursora do CTRL C, CTRL V.
Meus pais não tiveram condições de comprar uma, meus irmãos mais velhos iam até a biblioteca Monteiro Lobato, na Santa Cecília, e quando chegou minha vez de fazer trabalhos, um nobre professor de história que morava no prédio abriu as portas de sua casa, mas como gostei dessa tal enciclopédia (e da filha linda dele), ele resolveu me dar uma Barsa, disse que eu fizesse muito bom uso dela… E entre as leituras de turma da Mônica e Marvel Comics, pegava aqueles volumes pesados de couro… Foi lá que aprendi sobre as guerras, frutas, países, animais, bandeiras, pirâmides… Enfim, que essa geração que tem tudo a um clique de distância, se encha de curiosidade e vá atrás desse conhecimento, não só de vídeos engraçados…
O volume 3-4 da minha era o mais lindo. Conteúdo? Automóvel, desde a concepção da palavra em si. espetacular, foi a onde conheci um NSU e achava que era um carro do futuro. Ano-Edição, 1988.
Mesmo tendo apenas 19 anos, passei por isso até meus os meus dez anos de idade aproximadamente. Ir até a biblioteca da escola, abrir a BARSA que pesava quase um tijolo e procurar verbetes para o trabalho em papel almaço.
Depois veio o computador e fudeu tudo…
Nós tínhamos a Barsa em casa…Lembro que meu pai suou pra comprar pra gente poder estudar. Éramos em tres na época. Minha irmã caçula já não a usou mais. Ela tinha 16 volumes + o Volume Anual (o primeiro nosso foi do ano de 1.972) depois fomos comprando todos os anos até o ano de 1.985 eu acho. E tinha mais a Bíblia Sagrada (versão luxuosa) que era tudo no mesmo pacote. Foi muito útil pra gente e hoje, honestamente, nem sei onde ela está. Talvez na casa de um irmão. Vou perguntar pra ele já que o assunto veio a tona.
Isso, também tenho ainda a Bíblia com páginas douradas. Temos também o Atlas da Barsa, que é ótimo.
Isso mesmo, o maravilhoso atlas da Barsa! Levei anos pra comprar, no sebo Brandão. Paguei uma fortuna na época, mas é minha fonte de consulta até hoje!
E a Mirador? Enciclopédia moderna elaborada nos anos ´70, dirigida e organizada por Antonio Houaiss,filólogo ,autor do dicionário que leva seu nome.O nome era as fusão do prenome dos donos,um casal,que negociara os direitos de publicação com a Britannica. A última e mais prestigiada das Enciclopédias,brasileiras, tinha vinte volumes e em média quase 12 mil páginas. Era ” viagem”,garantida…
Eu já vinha pensando em falar nela. Tenho a Mirador ainda, e a Barsa, que não é lá estas coisas, mas era muito útil pro colégio. Mas a Mirador é ótima, abrangente. Muitas vezes me peguei pulando de verbete em verbete lendo de tudo. Hoje é muito mais fácil numa Wikipedia, divertido pular de link em link, mas ela não chega aos pés das melhores enciclopédias em conteúdo e densidade, mesmo em espaço pequeno e texto condensado. Ainda tenho todas, dos anos 80. Engraçado ver na Barsa o mapa do Brasil sem Tocantins e a União Soviética. E ainda compramos as atualizações anuais, O Livro do Ano.
Tenho a Conhecer até hoje. Não a uso para mais nada, mas ela continua lá, na estante de livros.
Olá FG. Quando dá aquele desanimo, principalmente no domingo à tarde, pego uma Barça aleatoriamente e esqueço de tudo mas aprendendo um pouco a mais. brs.
Tenho um primo que já trabalhou como vendedor de enciclopédia. Rodava muitas escolas…
Em casa tinhamos uma estante de madeira muito bonita com alguns livros. Meu pai começou a colecionar os faciculos da enciclopedia Conhecer da Abril no início dos anos 70. Quando foi encardenar descobriu que o livro não cabia na estante, por causa de 2 cm. Teve que mandar um marceneiro arrumar a estante. Esta encicopeida conhecer ajudou na formação de toda a família. A vantagem da net é a atualização rápida pois as Enciclopedias de papel só eram atualizadas anualmente e olha lá.
Lá em casa tinha a Conhecer, capa vermelha e letras douradas, e o Manual do Escoteiro Mirim, que na verdade era uma enciclopédia infantil, mais voltada pra esportes, curiosidades, natureza etc. Li e reli várias vezes e usei em inúmeros trabalhos escolares.
lá em casa tivemos varias; Conhecer, Livro da Vida, Os Bichos (minha favorita), Abril Cultural, mais um monte que nem me lembro mais o nome. uma de historia do Brasil, outra de historia universal e uma bem legal só sobre jogos e diversões. só não tivemos a Barsa e a Britannica, pq eram muito caras. eram como o Porsche e a Ferrari do mundo das enciclopédias…
muitas saudades daqueles tempos, valeu pela lembrança Flavio.
Fla, querido
Que texto lindo!
De arrepiar!
Abração.
Nick B.
(ouvindo Legião, Índios).
Pois saibam que tenho uma Mirador Internacional e quando é um assunto que tem na enciclopédia, google nem wikipédia nenhuma chega perto, pois além de superficiais podem conter MUITOS erros!
Vá, por exemplo, pesquisar a história de algum estado brasileiro no gugól e depois pegue em uma edição da Mirador para vc ver a diferença!!
Para mim ainda não é substituível não…. e está GUARDADÍSSIMO !!!
Irônico este post à véspera do Dia do Livreiro…
Uma das vantagens das enciclopédias impressas era que ao pesquisar um assunto, os olhos passavam por vários outros e, muitas vezes, levava-se mais tempo lendo algum outro assunto do que o assunto que originou a consulta. Além disso, para fazer os trabalhos para a escola, era necessário que se lesse ao menos uma vez, pois tirar uma xerox e entregar para a professora não adiantaria. Hoje é CTRL+C e CTRL+V.
Mas hoje há pessoas que acham que o twitter possui textos longos…
Inevitável, como alguém aí nos comentários já disse, mas impossível não sentir uma pontinha de tristeza, mesmo eu sendo tão ligado em tecnologia como sou. Devo o meu gosto pela ciência pelas tardes lendo a Conhecer que a minha vó tinha. Tinha não, tem. Mas ninguém mais lê, porque afinal de contas a wikipédia está logo ali.
essa enciclopedia deveria ser tombada como patrimonio da humanidade,não tive uma na minha epoca de escola,mas passei varias tardes fazendo trabalhos de escola na casa de um colega de classe que tinha…bons tempos.daqui a algums anos compararemos quem foi alfabetizado com cartilhas e enciclopedias com quem foi alfabetizado pelo google…
Temos até hoje a Enciclopédia Século XX, da José Olympio. Meu primo tinha a Conhecer, que quando criança eu achava mais interessante do que a minha porque era colorida, tinha papel revista e mais fotos.
Outra coisa, é importante dizer. O Google pode até ter substituído a enciclopédia, mas nunca terá o papel de uma enciclopédia, mesmo sendo uma ferramenta muito mais prática na busca de informações, principalmente se comparado a uma enciclopédia (ou qualquer publicação) de papel. Digo isso porque o Google nos indica onde está a informação e não filtra nada. Uma pessoa me disse que hoje o mérito é de quem rejeita informação. É verdade. As informações retornadas pelo Google são sujas, digamos, e cabe a nós separarmos o que é informação boa e o que é informação ruim.
Tenho até hoje a Conhecer de capa azul e Os Bichos, odos colecionados em fascículos e encadernados.
Os Bichos! Sensacional!
Adoraria adquirir a Coleção Os Bichos da Editora Abril Cultural, saberia informar a diferença entre a Coleção e os Fascículos da revista Os Bichos, ambos da Editora Abril.
Tony tenho uma disponível pra vc, se quiser entre em contato pelo meu whatsapp 44 9941-6302
Como um autêntico devorador de enciclopédias quando criança, fico um pouco triste porquê é o fim de algo que começou no século XVIII.
Mas como dizem, a Terra gira…
Ainda temos todos Conhecer e da Conhecer 2000.
estamos envelhecendo, em casa tinha a conhecer azul, sempre tinha as respostas para nossa dúvidas.
A BARSA é uma versão brasileira da Britânica, feita por um time de redatores de altíssimo nível, chefiados pelo escritor Antonio Callado, no final dos anos 1950. As primeiras páginas do vol 1 identificam esse time. “BARSA” é uma abreviatura do nome da família BARret, inglesa, dona do Britânica, e de SÁ, um embaixador brasileiro que tocou o lance por aqui. Por coincidência li sobre isso ontem, na revista da Câmara Brasileira do Livro. A BARSA ainda vende bem, porta a porta, especialmente no Nordeste. O stand na última Bienal do Livro de SP era enorme, quase embarquei de comprar os DVDs, que vinham acompanhados… dos 20 livros!! (ET. só no ano passado, ao 48 anos, conseguir ter minha primeira BARSA, bem antigona. Ganhei de uma tia, tá numas caixas esperando espaço na estante).
Aqui em casa eu ainda tenho na estante um Tesouro da Juventude e vou mostrar para as meninas de vez em quando, pois a abordagem dos assuntos é diferente do Google. Vale a pena guardar a sua enciclopédia predileta. Eu guardei a minha.
Eu sempre quis ter uma coleção da Barsa completa aqui em casa. Infelizmente o valor nunca coube no orçamento da família. Mas se eu pudesse, eu compraria, mesmo hoje!
GUARDEM ! Guardem suas enciclopédias! No dia em que a Internet apagar, pau geral, tem gente que não vai saber como passar margarina no pão sem ajuda do Google!
Nesse momento seremos os detentores do saber, e nossas enciclopédias valerão fortunas!
Oswaldo Roschel.
FG, vendedor de enciclopédia, realmente valeu, eu nem lembrava mais, essa foi legal demais. Com 45 anos, sei bem o que significou isso, acredito que não existe mais,
Na materia do IG se le que foi publicada em Edinburgo na Irlanda! Fui consultar minha Enciclopedia e como previa Edinburgo fica na Escocia!
Acho melhor continuar a estudar nos bons e velhos livros….
Em casa tinha a Mirador Internacional e a Delta Larrousse. Quase todo mundo da escola tinha a Barsa ou a Britânica, então os professores gostavam dos meus trabalhos, porque eram diferentes. Ainda vou ter uma casa com uma biblioteca decente pra expor as enciclopédias, lindas!
Lembrei dos meus tempos de colégio…ainda temos uma Delta Larousse…bons tempos.
Que pena.
As versões impressas permitem que você desfrute de conhecimento de graça (em bibliotecas) sem luz (de dia) sem computador, modem, internet, windows funcionando e etc. Hoje a copia e cola do gugou predomina nos trabalhos escolares e induz mais a erro, visto que o leque de informações incorretas é grande na internet.
Discordo.
defender a impressão de gigantes enciclopédias, muito menos práticas, com informações limitadas muito menos interatividade é querer ser muito saudosista. Elas tiveram o seu tempo, e agora são muito bem substituídas não pelo google, mas por outros sítios de grande qualidade como a Wikipedia e, por que não a enciclopédia online da Britannica
Discordo,
as vezes é melhor dar um passo atrás. Nem tudo o que surge de novidade é necessariamente melhor e muitas vezes só é percebido depois de muito estrago. É o caso da Talidomida, ou ainda das garrafas pets.
Acho que mais do que o Google, a Wikipedia foi o tiro de misericórdia nas enciclopedias. Não tão confiável, mas muito mais abrangente.
Viajei no tempo com seu post, lindo, por assim dizer. Tenho 28 anos e sim, consultava muito a Barsa.
Britanica e Barsa não é a mesma?
nao, nao e a mesma. Britanica e Barsa sao diferentes assim como o Real Madrid e o Barca tambem sao diferentes.
Dãaaaaã~hhh
Meu pai comprou uma Barsa em 1986. Li e usei muito. No final, doei os volumes e fiquei com o atlas (enorme e pesado) e com a bíblia (luxuosa), que usamos hoje para leituras complementares. O ser humano não se cansa de expandir seus limites. Das Britannicas para os Googles. A única coisa que não muda é que ainda é preciso aprender como usar as informações encontradas. Não é só copiar e colar. Isso é ignorância.
Tenho menos de 30 e conheço a Britannica, sim! Nunca peguei nas mão, mas conheço.
Meu tio, que era mais afortunado, tinha a Barsa em sua casa e todo ano comprava os “updates”. Chegou até a comprar a primeira versão em CD-ROM. Ohhhhh, todos aqueles livros gigantes e pesados dentro de um único CD! Foi o começo do fim….
Ela já estava condenada desde a época do surgimento do CD-ROM, a uns 20 anos atrás.
Para os jovens há mais tempo: ainda tenho a Tecnirama e a Delta Júnior completas, além da Conhecer, série Verde. Saudades do tempo em que se podia viajar nas páginas (físicas, e não digitais) dos livros.
Quanto à Britannica, nunca tive coragem de $onhar com uma. Meu colégio tinha a Barsa mas era uma briga para poder consultar, todos alunos queriam usar ao mesmo tempo…
Tinha a Delta Larousse também… bons tempos
As minhas enciclopédias continuam aqui, bem cuidadas. Quando falta energia elétrica elas continuam funcionando.
Sei…Vai tentar lêr essas belezinhas à luz de velas somente. rs
PQP! Era inevitável, mas causa espanto da mesma forma.
Lembro que a Barsa era muito cara e meu pai não se entusiasmava em fazer um plano para comprar uma.
A enciclopédia de casa se chamava Universo e foi publicada em fascículos pela Editora Três. Nunca conheci ninguém que tivesse uma igual. Será que só a minha mãe colecionou aquilo? Falando nisso, onde se encaderna fascículos hoje? Alguém ainda faz esse serviço?
Fazem em gráficas.
Colecionei um livro com a história da Harley Davidson, em 50 fascículos. Vinha uma miniatura 1/16 de uma moto clássica em cada fascículo. Encapei numa gráfica aqui perto de casa.
Wilson,
Algumas bancas de jornais, como a da Rua São Bento, em frente ao Martinelli, ainda fazem, enviando aos encadernadores. Converse com os meninos de lá.
Grande Wilson
Tínhamos a Universo em casa. Tá até hoje com meu pai. Peguei de herança pra mim a Conhecer. Também tenho uns fascículos da Universo que precisam ser encadernados.
Universo??? Era o meu sonho de consumo na época. Não conseguimos fazer a coleção. Sabes dizer o ano da edição e quantos volumes são?
Era uma fortuna……Vendida em prestações mensais…….Hoje já devia dar prejuízo imprimir
Triste notícia.
A Britannica nunca tivemos, mas minha mãe conseguiu comprar uma Barsa igual à que havia vendido para casar e tínhamos a Trópico, que acho, foi presente do meu falecido Avô.
Adorava passar tardes na biblioteca da escola ou na pública viajando com a Britannica e a Barsa.
E o ser humano caminha inexoravelmente em direção à ignorância total.
Percebeu que o texto do Flávio não possui essa nostalgia barata? Que as pessoas mais velhas que não deixam suas mentes atrofiarem se adaptam e compreendem as mudanças que o tempo traz? Ou a sua mente se atrofiou demais pra se ligar? Fácil demais se passar de “sábio” com essas expressões manjadas e essa subvalorização do agora.
Comentário agressivo, bobo e desnecessário.
Acho que minha mente atrofiou pois não entendi o que o Fábio disse. Vou consultar a Conhecer sobre isso.
O que só embasa a última linha do meu comentário Flávio.
Abraço.
Meu pai Tinha uma “Conhecer” verde. Me ajudou muito na infância. Lia quase todo dia.