O FIM DA BRITANNICA

SÃO PAULO (a maioria nunca viu) – Meu amigo Adriano Xupisco postou no Twitter. Depois de 244 anos, a “Encyclopædia Britannica” não será mais impressa.

A “Britannica”… Enciclopédias… Será que quem tem menos de 30 anos faz ideia do que estamos falando?

Bem, enciclopédias eram… o Google. Isso, eram o Google. Só que a gente tinha de folhear, procurar os verbetes, aprender lendo e viajando por aquelas páginas de papel nobre, impressão impecável, textos solenes.

Era melhor que o Google? Talvez não. O Google (e seus antecessores Yahoo!, Alta Vista, que nem sei se existe, esses buscadores todos) é muito prático e incrivelmente abrangente. O mundo a um clique e tal. Cada vez mais completo, mais eficiente. Encontra artigos, pessoas, fotos, vídeos, músicas, lugares, tudo. Tudo, tudo, tudo.

As enciclopédias eram o que de mais próximo de tudo tínhamos. Elas continham todo o conhecimento humano e eram incontestáveis. Copiávamos seus verbetes nos trabalhos de escola. Abríamos a enciclopédia na mesa e, com lápis ou caneta, passávamos para as folhas pautadas do caderno. Ou do papel almaço. Quantas tardes, putz…

A “Britannica” era cara. A gente tinha “Conhecer” em casa. E existia a “Barsa”, também. Elas duravam anos. Comprávamos em fascículos, nas bancas, ou dos vendedores de enciclopédias, figuras emblemáticas do Brasil como as vendedoras da Avon, que passavam de porta em porta para nos trazer o mundo impresso e encadernado em couro.

E ocupavam lugar nobre nas estantes das casas, aquelas que tinham espaço para seus intermináveis volumes. Nos olhavam severas, como a dizer: enquanto não me leres inteira, nada saberás. Sua presença era imponente e intimidatória.

Foi nas suas páginas que aprendi como se forma a chuva, por que os vulcões entram em erupção, onde fica o estômago de um lagarto, aprendi a desenhar a bandeira do Líbano e o mapa da África, vi a Via Láctea e os anéis de Saturno, me assustei com o tamanho de Júpiter e com as mandíbulas dos tiranossauros, entrei nas pirâmides do Egito e passeei pelos Jardins Suspensos da Babilônia.

Com o passar do tempo elas foram se tornando desnecessárias, encostadas num canto, empilhadas em armários. Mas me dava um certo conforto saber que aquele conhecimento todo estava em casa, ao meu alcance, para quando eu precisasse. Hoje esse conhecimento todo está aqui, neste computador conectado com os confins do planeta, certamente com um enorme computador central instalado no centro da Terra e operado por marcianos que um dia, tomara, vai dar um pau monstro e o mundo vai acabar. Ou começar de novo.

A “Britannica” avisa que continuará existindo em versão digital, para todas as plataformas que este mundo criou.

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luciano
luciano
4 anos atrás

em vez de uma bicicleta meu pai me deu uma barsa… a viagem que fiz pelo mundo do conhecimento magrela nenhuma conseguiria me levar… e ainda fui o vendedor mais novo da enciclopaedia britannica..old but gold…

FLAVIO SAM
FLAVIO SAM
7 anos atrás

NÓS NÃO NOS VEMOS LENDO UM LIVRO COM OS OLHOS BRILHANTES ACOMPANHANDO CADA PALAVRA, VOCÊ VERIA EXATAMENTE COMO SOMOS LINDOS SE NÓS NOS VÍSSEMOS NOS MOMENTOS EM QUE NÓS REALMENTE SOMOS NÓS. A Barsa , sem dúvida é uma enciclopédia incomparável e incrível.. Um bem!

Gian Carlo
Gian Carlo
12 anos atrás

Antigamente, cultura era vendida em domicilio, quantas pessoas fizeram seu ganha pão tocando nossas campainhas. Seu texto é um verdadeiro réquiem, belíssimo!

Alcebiades Alves
Alcebiades Alves
12 anos atrás

Realmente, nesses momentos e que percebemos como estamos ficando experientes (velho é a PQP!). Meu pai comprou lá pelos anos de 1980, 81 a Barsa, a Exitus, fora outras enciclopédias tecnicas que (ainda) estão na casa dele. Não discuto realmente a capacidade de atualização dos Googles e Wikipedias, mas como li em um comentário acima: O importante não é achar a informação em si, seja de forma fácil ou dificil, mas como a utilizamos e a compreendemos; pois vejo tanto jovem hoje em dia que sabe como achar a informação, mas não sabe como utilizar, e pior: como aprender com ela.
Ainda assim, acho a enciclopedia (e livros em geral) algo com muito mais vida e magia do que um simples notebook, desktop ou tablet. Não é o caso de ser saudosista, é só a minha opinião.

Abraço a todos.

José Brabham
José Brabham
12 anos atrás

Tenho uma Britannica em casa ainda. Meu pai comprou em 1968 e fiz varias pesquisas nela na minha adolescência, com desafio adicional de ainda ter que verter os textos do inglês para o português… E isso sem Google Translator. Eh claro que falta a interatividade e, principalmente a atualização das versões on-line (nossa Britannica ainda tem a URSS como pais membro da ONU), mas eh verdade o que disseram acima, que normalmente, ao buscarmos um verbete, passássemos grande parte do tempo em outros, viajando literalmente pelo Conhecimento. Assim, folheando a Britannica, a Conhecer, Os Bichos, GEO, fui formando minha massa critica e saciando minha curiosidade. Eh pena que a geração de minha filha não possa usufruir disso.

Tony
Tony
Reply to  José Brabham
11 anos atrás

Adoraria adquirir a Coleção Os Bichos da Editora Abril Cultural, saberia informar a diferença entre a Coleção de livros e os fascículos da revista Os Bichos, ambos da Editora Abril.

Felipe
Felipe
Reply to  Tony
11 anos atrás

Primeiro vieram os fascículos, toda quinta feira, um diferente. Do número 1 (Clássica capa do Leão Africano), ao 55 (Com o Homem, o último bicho do livro). Os fascículos eram assim: seguiam a numeração de página seguida (por exemplo: se um terminava na página 62, o outro não começava na página 1, mas na 63), e tinham um capítulo diferente cada um, como Águas Continentais, As Grandes Migrações, Montanha Européia, etc. Os bichos da capa dos fascículos constituíam no primeiro texto deste, e não seguiam a ordem de animais, exemplo: se o capítulo era Oceano e Mar Aberto, o bicho da capa era o Gibão, um macaco! Quando terminaram os fascículos, a Abril Cultural resolveu lançar a coleção de enciclopédias, que reunía todos os 55 fascículos em 4 volumes, e um volume adicional, chamado os bichos evoluem, formado pelas capas dos fascículos. Eu tenho toda a coleção d’Os Bichos aqui em casa. Todos os fascículos, os 4 volumes, um álbum de figurinhas chamado Mundo Animal (as figuras era as ilustrações tiradas dos livros), outr álbum, raríssimo, chamado filhotes dos bichos, o segmento dos volumes, chamado Os Bichos De Estimação, uma cartilha chamada Os Bichos de A a Z, para aprender o alfabeto com os bichos do livro (L- Leão Africano, N – Narceja, etc), e por fim, uma coleção de miniaturas de animais, da Gulliver, inspirada nas ilustrações do livro. Espero ter ajudado, abraços!

marisa agostinho
marisa agostinho
Reply to  Tony
6 anos atrás

O meu pai tem
As capas é que estão em mau estado

Alexandre Werner
Alexandre Werner
12 anos atrás

Cheguei a fazer pesquisa em enciclopédia nos primeiros anos de escola. Engraçado, lembro de parar de usar antes mesmo de ter internet em casa. Tinha muito professor que não gostava, flagrava na hora os “trabalhos de cópia de enciclopédia”. Pode-se dizer portanto que além de precursora do Google foi também a precursora do CTRL C, CTRL V.

Diego
Diego
12 anos atrás

Meus pais não tiveram condições de comprar uma, meus irmãos mais velhos iam até a biblioteca Monteiro Lobato, na Santa Cecília, e quando chegou minha vez de fazer trabalhos, um nobre professor de história que morava no prédio abriu as portas de sua casa, mas como gostei dessa tal enciclopédia (e da filha linda dele), ele resolveu me dar uma Barsa, disse que eu fizesse muito bom uso dela… E entre as leituras de turma da Mônica e Marvel Comics, pegava aqueles volumes pesados de couro… Foi lá que aprendi sobre as guerras, frutas, países, animais, bandeiras, pirâmides… Enfim, que essa geração que tem tudo a um clique de distância, se encha de curiosidade e vá atrás desse conhecimento, não só de vídeos engraçados…

Paolo Cruz
12 anos atrás

O volume 3-4 da minha era o mais lindo. Conteúdo? Automóvel, desde a concepção da palavra em si. espetacular, foi a onde conheci um NSU e achava que era um carro do futuro. Ano-Edição, 1988.

Luiz Filipe Dias Genesi
Luiz Filipe Dias Genesi
12 anos atrás

Mesmo tendo apenas 19 anos, passei por isso até meus os meus dez anos de idade aproximadamente. Ir até a biblioteca da escola, abrir a BARSA que pesava quase um tijolo e procurar verbetes para o trabalho em papel almaço.

Depois veio o computador e fudeu tudo…

marcio negrao
marcio negrao
12 anos atrás

Nós tínhamos a Barsa em casa…Lembro que meu pai suou pra comprar pra gente poder estudar. Éramos em tres na época. Minha irmã caçula já não a usou mais. Ela tinha 16 volumes + o Volume Anual (o primeiro nosso foi do ano de 1.972) depois fomos comprando todos os anos até o ano de 1.985 eu acho. E tinha mais a Bíblia Sagrada (versão luxuosa) que era tudo no mesmo pacote. Foi muito útil pra gente e hoje, honestamente, nem sei onde ela está. Talvez na casa de um irmão. Vou perguntar pra ele já que o assunto veio a tona.

Fabio Ferreira
Fabio Ferreira
Reply to  marcio negrao
12 anos atrás

Isso, também tenho ainda a Bíblia com páginas douradas. Temos também o Atlas da Barsa, que é ótimo.

Eduardo Britto
Eduardo Britto
Reply to  Fabio Ferreira
12 anos atrás

Isso mesmo, o maravilhoso atlas da Barsa! Levei anos pra comprar, no sebo Brandão. Paguei uma fortuna na época, mas é minha fonte de consulta até hoje!

Durvaldisko
Durvaldisko
12 anos atrás

E a Mirador? Enciclopédia moderna elaborada nos anos ´70, dirigida e organizada por Antonio Houaiss,filólogo ,autor do dicionário que leva seu nome.O nome era as fusão do prenome dos donos,um casal,que negociara os direitos de publicação com a Britannica. A última e mais prestigiada das Enciclopédias,brasileiras, tinha vinte volumes e em média quase 12 mil páginas. Era ” viagem”,garantida…

Fabio Ferreira
Fabio Ferreira
Reply to  Durvaldisko
12 anos atrás

Eu já vinha pensando em falar nela. Tenho a Mirador ainda, e a Barsa, que não é lá estas coisas, mas era muito útil pro colégio. Mas a Mirador é ótima, abrangente. Muitas vezes me peguei pulando de verbete em verbete lendo de tudo. Hoje é muito mais fácil numa Wikipedia, divertido pular de link em link, mas ela não chega aos pés das melhores enciclopédias em conteúdo e densidade, mesmo em espaço pequeno e texto condensado. Ainda tenho todas, dos anos 80. Engraçado ver na Barsa o mapa do Brasil sem Tocantins e a União Soviética. E ainda compramos as atualizações anuais, O Livro do Ano.

Thiago Cruz
Thiago Cruz
12 anos atrás

Tenho a Conhecer até hoje. Não a uso para mais nada, mas ela continua lá, na estante de livros.

guinter
guinter
12 anos atrás

Olá FG. Quando dá aquele desanimo, principalmente no domingo à tarde, pego uma Barça aleatoriamente e esqueço de tudo mas aprendendo um pouco a mais. brs.

Rodrigo Meira - Niterói RJ
Rodrigo Meira - Niterói RJ
12 anos atrás

Tenho um primo que já trabalhou como vendedor de enciclopédia. Rodava muitas escolas…

Venax
Venax
12 anos atrás

Em casa tinhamos uma estante de madeira muito bonita com alguns livros. Meu pai começou a colecionar os faciculos da enciclopedia Conhecer da Abril no início dos anos 70. Quando foi encardenar descobriu que o livro não cabia na estante, por causa de 2 cm. Teve que mandar um marceneiro arrumar a estante. Esta encicopeida conhecer ajudou na formação de toda a família. A vantagem da net é a atualização rápida pois as Enciclopedias de papel só eram atualizadas anualmente e olha lá.

Ângelo Luis Lopes Mello
Ângelo Luis Lopes Mello
12 anos atrás

Lá em casa tinha a Conhecer, capa vermelha e letras douradas, e o Manual do Escoteiro Mirim, que na verdade era uma enciclopédia infantil, mais voltada pra esportes, curiosidades, natureza etc. Li e reli várias vezes e usei em inúmeros trabalhos escolares.

Leon Neto
Leon Neto
12 anos atrás

lá em casa tivemos varias; Conhecer, Livro da Vida, Os Bichos (minha favorita), Abril Cultural, mais um monte que nem me lembro mais o nome. uma de historia do Brasil, outra de historia universal e uma bem legal só sobre jogos e diversões. só não tivemos a Barsa e a Britannica, pq eram muito caras. eram como o Porsche e a Ferrari do mundo das enciclopédias…

muitas saudades daqueles tempos, valeu pela lembrança Flavio.

Nick B.
Nick B.
12 anos atrás

Fla, querido
Que texto lindo!
De arrepiar!

Abração.

Nick B.
(ouvindo Legião, Índios).

Wolf
Wolf
12 anos atrás

Pois saibam que tenho uma Mirador Internacional e quando é um assunto que tem na enciclopédia, google nem wikipédia nenhuma chega perto, pois além de superficiais podem conter MUITOS erros!

Vá, por exemplo, pesquisar a história de algum estado brasileiro no gugól e depois pegue em uma edição da Mirador para vc ver a diferença!!

Para mim ainda não é substituível não…. e está GUARDADÍSSIMO !!!

Leonardo Lago
Leonardo Lago
12 anos atrás

Irônico este post à véspera do Dia do Livreiro…

Alberto
Alberto
12 anos atrás

Uma das vantagens das enciclopédias impressas era que ao pesquisar um assunto, os olhos passavam por vários outros e, muitas vezes, levava-se mais tempo lendo algum outro assunto do que o assunto que originou a consulta. Além disso, para fazer os trabalhos para a escola, era necessário que se lesse ao menos uma vez, pois tirar uma xerox e entregar para a professora não adiantaria. Hoje é CTRL+C e CTRL+V.

Mas hoje há pessoas que acham que o twitter possui textos longos…

Rodrigo Santos
Rodrigo Santos
12 anos atrás

Inevitável, como alguém aí nos comentários já disse, mas impossível não sentir uma pontinha de tristeza, mesmo eu sendo tão ligado em tecnologia como sou. Devo o meu gosto pela ciência pelas tardes lendo a Conhecer que a minha vó tinha. Tinha não, tem. Mas ninguém mais lê, porque afinal de contas a wikipédia está logo ali.

ANDRE DE ITU
ANDRE DE ITU
12 anos atrás

essa enciclopedia deveria ser tombada como patrimonio da humanidade,não tive uma na minha epoca de escola,mas passei varias tardes fazendo trabalhos de escola na casa de um colega de classe que tinha…bons tempos.daqui a algums anos compararemos quem foi alfabetizado com cartilhas e enciclopedias com quem foi alfabetizado pelo google…

Aliandro Miranda
12 anos atrás

Temos até hoje a Enciclopédia Século XX, da José Olympio. Meu primo tinha a Conhecer, que quando criança eu achava mais interessante do que a minha porque era colorida, tinha papel revista e mais fotos.

Outra coisa, é importante dizer. O Google pode até ter substituído a enciclopédia, mas nunca terá o papel de uma enciclopédia, mesmo sendo uma ferramenta muito mais prática na busca de informações, principalmente se comparado a uma enciclopédia (ou qualquer publicação) de papel. Digo isso porque o Google nos indica onde está a informação e não filtra nada. Uma pessoa me disse que hoje o mérito é de quem rejeita informação. É verdade. As informações retornadas pelo Google são sujas, digamos, e cabe a nós separarmos o que é informação boa e o que é informação ruim.

Flavio Francisco
Flavio Francisco
12 anos atrás

Tenho até hoje a Conhecer de capa azul e Os Bichos, odos colecionados em fascículos e encadernados.

Eduardo Britto
Eduardo Britto
Reply to  Flavio Francisco
12 anos atrás

Os Bichos! Sensacional!

Tony
Tony
Reply to  Flavio Francisco
11 anos atrás

Adoraria adquirir a Coleção Os Bichos da Editora Abril Cultural, saberia informar a diferença entre a Coleção e os Fascículos da revista Os Bichos, ambos da Editora Abril.

Leonardo Jackson
Leonardo Jackson
Reply to  Tony
8 anos atrás

Tony tenho uma disponível pra vc, se quiser entre em contato pelo meu whatsapp 44 9941-6302

LBM
LBM
12 anos atrás

Como um autêntico devorador de enciclopédias quando criança, fico um pouco triste porquê é o fim de algo que começou no século XVIII.
Mas como dizem, a Terra gira…

Marcio - CBN
Marcio - CBN
12 anos atrás

Ainda temos todos Conhecer e da Conhecer 2000.

heraclito
heraclito
12 anos atrás

estamos envelhecendo, em casa tinha a conhecer azul, sempre tinha as respostas para nossa dúvidas.

Eduardo Britto
Eduardo Britto
12 anos atrás

A BARSA é uma versão brasileira da Britânica, feita por um time de redatores de altíssimo nível, chefiados pelo escritor Antonio Callado, no final dos anos 1950. As primeiras páginas do vol 1 identificam esse time. “BARSA” é uma abreviatura do nome da família BARret, inglesa, dona do Britânica, e de SÁ, um embaixador brasileiro que tocou o lance por aqui. Por coincidência li sobre isso ontem, na revista da Câmara Brasileira do Livro. A BARSA ainda vende bem, porta a porta, especialmente no Nordeste. O stand na última Bienal do Livro de SP era enorme, quase embarquei de comprar os DVDs, que vinham acompanhados… dos 20 livros!! (ET. só no ano passado, ao 48 anos, conseguir ter minha primeira BARSA, bem antigona. Ganhei de uma tia, tá numas caixas esperando espaço na estante).

Fernando Linhares
12 anos atrás

Aqui em casa eu ainda tenho na estante um Tesouro da Juventude e vou mostrar para as meninas de vez em quando, pois a abordagem dos assuntos é diferente do Google. Vale a pena guardar a sua enciclopédia predileta. Eu guardei a minha.

Maxwell B. Medeiros
Maxwell B. Medeiros
12 anos atrás

Eu sempre quis ter uma coleção da Barsa completa aqui em casa. Infelizmente o valor nunca coube no orçamento da família. Mas se eu pudesse, eu compraria, mesmo hoje!

Oswaldo Roschel
Oswaldo Roschel
12 anos atrás

GUARDEM ! Guardem suas enciclopédias! No dia em que a Internet apagar, pau geral, tem gente que não vai saber como passar margarina no pão sem ajuda do Google!
Nesse momento seremos os detentores do saber, e nossas enciclopédias valerão fortunas!
Oswaldo Roschel.

Marco Gavioli
Marco Gavioli
12 anos atrás

FG, vendedor de enciclopédia, realmente valeu, eu nem lembrava mais, essa foi legal demais. Com 45 anos, sei bem o que significou isso, acredito que não existe mais,

Igor
Igor
12 anos atrás

Na materia do IG se le que foi publicada em Edinburgo na Irlanda! Fui consultar minha Enciclopedia e como previa Edinburgo fica na Escocia!
Acho melhor continuar a estudar nos bons e velhos livros….

Rodrigo Moraes
Rodrigo Moraes
12 anos atrás

Em casa tinha a Mirador Internacional e a Delta Larrousse. Quase todo mundo da escola tinha a Barsa ou a Britânica, então os professores gostavam dos meus trabalhos, porque eram diferentes. Ainda vou ter uma casa com uma biblioteca decente pra expor as enciclopédias, lindas!

Hernani TI4
Hernani TI4
12 anos atrás

Lembrei dos meus tempos de colégio…ainda temos uma Delta Larousse…bons tempos.

silvino
silvino
12 anos atrás

Que pena.

As versões impressas permitem que você desfrute de conhecimento de graça (em bibliotecas) sem luz (de dia) sem computador, modem, internet, windows funcionando e etc. Hoje a copia e cola do gugou predomina nos trabalhos escolares e induz mais a erro, visto que o leque de informações incorretas é grande na internet.

Vinicius Soler
Vinicius Soler
Reply to  silvino
12 anos atrás

Discordo.
defender a impressão de gigantes enciclopédias, muito menos práticas, com informações limitadas muito menos interatividade é querer ser muito saudosista. Elas tiveram o seu tempo, e agora são muito bem substituídas não pelo google, mas por outros sítios de grande qualidade como a Wikipedia e, por que não a enciclopédia online da Britannica

rodrigo
rodrigo
Reply to  Vinicius Soler
12 anos atrás

Discordo,

as vezes é melhor dar um passo atrás. Nem tudo o que surge de novidade é necessariamente melhor e muitas vezes só é percebido depois de muito estrago. É o caso da Talidomida, ou ainda das garrafas pets.

Douglas
Douglas
12 anos atrás

Acho que mais do que o Google, a Wikipedia foi o tiro de misericórdia nas enciclopedias. Não tão confiável, mas muito mais abrangente.

Isa
Isa
12 anos atrás

Viajei no tempo com seu post, lindo, por assim dizer. Tenho 28 anos e sim, consultava muito a Barsa.

rodrigo
rodrigo
12 anos atrás

Britanica e Barsa não é a mesma?

Haaa?
Haaa?
Reply to  rodrigo
12 anos atrás

nao, nao e a mesma. Britanica e Barsa sao diferentes assim como o Real Madrid e o Barca tambem sao diferentes.

rodrigo
rodrigo
Reply to  Haaa?
12 anos atrás

Dãaaaaã~hhh

Geovanone Citadini
Geovanone Citadini
12 anos atrás

Meu pai comprou uma Barsa em 1986. Li e usei muito. No final, doei os volumes e fiquei com o atlas (enorme e pesado) e com a bíblia (luxuosa), que usamos hoje para leituras complementares. O ser humano não se cansa de expandir seus limites. Das Britannicas para os Googles. A única coisa que não muda é que ainda é preciso aprender como usar as informações encontradas. Não é só copiar e colar. Isso é ignorância.

Sanzio
Sanzio
12 anos atrás

Tenho menos de 30 e conheço a Britannica, sim! Nunca peguei nas mão, mas conheço.
Meu tio, que era mais afortunado, tinha a Barsa em sua casa e todo ano comprava os “updates”. Chegou até a comprar a primeira versão em CD-ROM. Ohhhhh, todos aqueles livros gigantes e pesados dentro de um único CD! Foi o começo do fim….

Machinist
Machinist
12 anos atrás

Ela já estava condenada desde a época do surgimento do CD-ROM, a uns 20 anos atrás.

Edu de PoA
Edu de PoA
12 anos atrás

Para os jovens há mais tempo: ainda tenho a Tecnirama e a Delta Júnior completas, além da Conhecer, série Verde. Saudades do tempo em que se podia viajar nas páginas (físicas, e não digitais) dos livros.
Quanto à Britannica, nunca tive coragem de $onhar com uma. Meu colégio tinha a Barsa mas era uma briga para poder consultar, todos alunos queriam usar ao mesmo tempo…

Fernando Freitas
Fernando Freitas
12 anos atrás

Tinha a Delta Larousse também… bons tempos

Harry
12 anos atrás

As minhas enciclopédias continuam aqui, bem cuidadas. Quando falta energia elétrica elas continuam funcionando.

Fabiano Lacerda
Fabiano Lacerda
Reply to  Harry
12 anos atrás

Sei…Vai tentar lêr essas belezinhas à luz de velas somente. rs

Wilson
Wilson
12 anos atrás

PQP! Era inevitável, mas causa espanto da mesma forma.
Lembro que a Barsa era muito cara e meu pai não se entusiasmava em fazer um plano para comprar uma.
A enciclopédia de casa se chamava Universo e foi publicada em fascículos pela Editora Três. Nunca conheci ninguém que tivesse uma igual. Será que só a minha mãe colecionou aquilo? Falando nisso, onde se encaderna fascículos hoje? Alguém ainda faz esse serviço?

Machinist
Machinist
Reply to  Wilson
12 anos atrás

Fazem em gráficas.
Colecionei um livro com a história da Harley Davidson, em 50 fascículos. Vinha uma miniatura 1/16 de uma moto clássica em cada fascículo. Encapei numa gráfica aqui perto de casa.

Sandra
Sandra
Reply to  Wilson
12 anos atrás

Wilson,
Algumas bancas de jornais, como a da Rua São Bento, em frente ao Martinelli, ainda fazem, enviando aos encadernadores. Converse com os meninos de lá.

Mauricio
Mauricio
Reply to  Wilson
12 anos atrás

Grande Wilson
Tínhamos a Universo em casa. Tá até hoje com meu pai. Peguei de herança pra mim a Conhecer. Também tenho uns fascículos da Universo que precisam ser encadernados.

Roberto Lopes
Roberto Lopes
Reply to  Wilson
6 anos atrás

Universo??? Era o meu sonho de consumo na época. Não conseguimos fazer a coleção. Sabes dizer o ano da edição e quantos volumes são?

Luiz Oliveira
Luiz Oliveira
12 anos atrás

Era uma fortuna……Vendida em prestações mensais…….Hoje já devia dar prejuízo imprimir

Nilton
Nilton
12 anos atrás

Triste notícia.
A Britannica nunca tivemos, mas minha mãe conseguiu comprar uma Barsa igual à que havia vendido para casar e tínhamos a Trópico, que acho, foi presente do meu falecido Avô.
Adorava passar tardes na biblioteca da escola ou na pública viajando com a Britannica e a Barsa.
E o ser humano caminha inexoravelmente em direção à ignorância total.

Fabio
Fabio
Reply to  Nilton
12 anos atrás

Percebeu que o texto do Flávio não possui essa nostalgia barata? Que as pessoas mais velhas que não deixam suas mentes atrofiarem se adaptam e compreendem as mudanças que o tempo traz? Ou a sua mente se atrofiou demais pra se ligar? Fácil demais se passar de “sábio” com essas expressões manjadas e essa subvalorização do agora.

Mauricio
Mauricio
Reply to  Flavio Gomes
12 anos atrás

Acho que minha mente atrofiou pois não entendi o que o Fábio disse. Vou consultar a Conhecer sobre isso.

Nilton
Nilton
Reply to  Flavio Gomes
12 anos atrás

O que só embasa a última linha do meu comentário Flávio.
Abraço.

Formiga
Formiga
12 anos atrás

Meu pai Tinha uma “Conhecer” verde. Me ajudou muito na infância. Lia quase todo dia.