MEIA-DÚZIA DE HORAS (4)

 

SÃO PAULO (aceite-se) – Hoje é sábado e não tem nada muito interessante na cidade. Não tem virada cultural, nem micareta. Não foi feriado ontem, nem será segunda. Não há decisão nenhuma de campeonato de futebol, nem inauguração de shopping. Nenhum grande comício está marcado para lugar algum. Não há previsão de estreia de algum blockbuster no cinema. As Casas Bahia não agendaram nenhuma grande liquidação. Estamos longe do Natal e o movimento da 25 de Março é normal. Não é ano de Copa do Mundo e o Brasil não joga hoje. Não há crise econômica e está todo mundo bem de grana. Não está frio, nem calor. Não chove, não venta, faz sol. O dia está lindo. O trânsito está bom.

Há, em Interlagos, uma corrida de seis horas de duração, que nem é tanto tempo assim. Antigamente, faziam por aqui 12 horas, 24 horas, Mil Milhas varando a noite e a madrugada. No caso da corrida de hoje, serão seis horas sem grandes problemas, num dia ensolarado e gostoso. E, na pista, os carros de corrida mais espetaculares do mundo. Um programão.

E não tem ninguém no autódromo. As fotos acima foram feitas ao final da primeira hora da corrida. Lá no Setor A, as arquibancadas de concreto descobertas, tem um pouquinho mais de gente. Um tiquinho só. Sou especialista em público em eventos esportivos. Rato de estádio, sabem como é? Não tem 3 mil pessoas nas arquibancadas de Interlagos. Com boa vontade, 5 mil contando as pessoas que estão no paddock, como convidados ou tendo pagado ingresso.

Os organizadores dirão que foi um sucesso e que vendeu muito mais. Os discursos serão otimistas e ninguém terá coragem de admitir que o evento, em termos populares, foi um fracasso. Sinceramente? Não me importa quem vai mentir para quem, e quem vai acreditar e fingir que nada está acontecendo. O que estou escrevendo está longe de ser uma crítica aos organizadores. A corrida é uma graça, uma delícia, um encanto. OK, se não tem montanha-russa ou cinema 3D, se as atrações são modestas, se os preços dos souvenirs são absurdos (150 paus um boné é para enfiar o dedo no rabo e rasgar), nada disso pode ser usado como explicação para o público irrelevante. Fez-se o que era possível. E estamos falando de uma corrida de carros. O principal está aqui: grandes carros, grandes pilotos. Um espetáculo maravilhoso. “Ah, não teve divulgação!”, dirá alguém. Ora, ora… Emerson Fittipaldi passou três horas ao vivo no “Esporte Espetacular”, domingo. Foi a todos os programas possíveis da Globo e da Sportv. Deu centenas de entrevistas a jornais, revistas, emissoras de rádio, sites e blogs. Nunca apareceu tanto, como promotor da prova e como protagonista de uma efeméride das mais importantes: os 40 anos do primeiro título mundial do Brasil na F-1, dele mesmo.

O cenário não poderia ser melhor. Emerson falando o tempo todo de sua corrida para milhões de pessoas através da mídia, preços de ingressos razoáveis, grandes atrações na pista, um brasileiro, Lucas di Grassi, escalado para correr na Audi, a favorita à vitória. Dá para explicar por que ninguém veio a Interlagos?

Dá. E a corrida de hoje deve servir como o último pedido de socorro do automobilismo no Brasil. As pessoas que vivem de automobilismo aqui — dirigentes, pilotos, mecânicos, chefes de equipe, autoridades esportivas, jornalistas, promotores, patrocinadores, organizadores — precisam assumir: ninguém mais liga para esta merda.

Não fiquem zangados. É preciso ser humilde, agora. Essa gente toda (incluo-me; portanto não me encham o saco) tem de entender que o tanto que gostamos desse negócio é inversamente proporcional à quantidade de gente que gosta como a gente. O automobilismo, nos últimos anos, cresceu apenas nos custos. E foi se distanciando do gosto popular. Das pessoas. Dos fãs. O automobilismo, hoje, desperta apenas indiferença. Que é o pior dos mundos. Ninguém odeia o automobilismo. As pessoas são apenas indiferentes a ele.

O mundo das corridas é rico. Rico porque quem o pratica precisa gastar muito dinheiro para fazer com que ele exista. Mas é feito por ricos e para ricos. Virou um nicho. E além de exigir muito investimento em equipamento e tecnologia, também precisa de grandes espaços, arenas enormes e caras, de manutenção difícil, quase inviável, e rentabilidade baixa. O mundo do automobilismo é um contra-senso. Ninguém gosta, não atrai público, vive de trocas de favores e de “marketing de relacionamento”, não tem nenhuma importância, movimenta fortunas e depende da boa-vontade do poder público. É difícil acreditar que ainda não tenha sido extinto.

Se uma corrida como essa aqui é incapaz de colocar 20 mil pessoas em Interlagos, é porque, realmente, chegou-se a um ponto-limite. Está na hora de parar para entender o que está acontecendo. Dispensando, por favor, os discursos mais fáceis e óbvios — as pessoas têm mais opções de lazer, a TV a cabo, os parques, os patinetes, as bicicletas, o Domingão do Faustão, o iPad, o smartphone, a putaquepariu.

Não é nada disso. Nada disso. O lazer das pessoas e seus interesses estão em permanente mutação. No período em que o automobilismo foi mais popular no Brasil, estavam surgindo a TV a cores, depois os computadores pessoais, as novas modalidades esportivas, as revistas de mulher pelada, os festivais de rock, a música sertaneja e o caralho a quatro. Concorrência sempre houve entre tudo e todos.

Não é o surgimento de algo específico, sei lá, como o Michel Teló, que explica a morte do automobilismo.

Sim, morte. Porque quando se vê mais ou menos no mesmo momento histórico o fim de um autódromo como Jacarepaguá, a extinção das categorias de base, a irrelevância do kart, a transformação de campeonatos de turismo com enorme variedade de modelos em torneios monomarca fechados ao público, a estiagem de pilotos em categorias de ponta, um de seus maiores jejuns de pódios e vitórias na F-1, a inexistência de ídolos, a pobreza técnica daquela que se imagina a principal categoria do país, é porque este negócio morreu.

O deserto de almas hoje em Interlagos é prova disso. Ninguém deve se contentar com as migalhas. “Ah, vai, até que tinha bastante gente…”, dirá alguém. Não tinha. “Ah, o Setor A estava cheio!”. Não estava. As pessoas precisam parar de se enganar. Assumir que acabou e é preciso começar de novo. Compreender que na origem de tudo está a relação homem-automóvel. O que o carro significava para o jovem antes — liberdade para ir e vir, escolher seus caminhos, viajar, descobrir coisas, trepar no banco de trás, sair rumo ao desconhecido — e o que significa hoje — prisão ambulante, ameaça de assalto, alvo de radares e agentes de trânsito, despesa de estacionamento, IPVA, seguro e gasolina. É preciso ser honesto e, de novo, humilde. Aceitar que o que a gente acha legal demais, para a imensa maioria das pessoas é um nada absoluto. O que era um motivo de orgulho, um objeto de desejo e paixão, é hoje um estorvo.

Esta semana, participei de um negócio chamado Desafio Intermodal em São Paulo. Várias pessoas sairiam às 18h do mesmo ponto, uma praça na Zona Sul da cidade, para ir até a Prefeitura, no Centro. Cada uma de um jeito: correndo a pé, de bicicleta, skate, ônibus, metrô & trem, patins, bicicleta de mão, helicóptero, caminhando, de cadeira-de-rodas, camicleta, muleta, patinete, moto, lombo de jegue e sei lá mais o quê. Eu fui escalado para ir de carro. Cheguei em penúltimo. Cumpri o trajeto em 1h41min. A menina que foi a pé caminhando chegou um minuto depois. Ganhou o cara do helicóptero, com 22 minutos. A bicicleta chegou logo depois.

Errei uma saída, me fodi no trânsito, poderia ter chegado em mais ou menos 1h15min se escolhesse um caminho convencional, mas tentei fugir dos congestionamentos e tomei na tarraqueta. Foda-se, não era uma corrida, não queria ganhar de ninguém, e jamais seria burro o bastante para ir de carro ao centro da cidade naquele horário. Fiz apenas para participar daquele negócio, me pediram. Mas notei, quando me apresentei à chefia para registrar meu tempo, que todos os ciclistas, skatistas, patinadores, corredores, andarilhos, cadeirantes, peregrinos, amputados, aviadores, eunucos e eco-malas em geral olhavam para mim como se eu fosse o maior otário do planeta. Riam com nojo e desprezo e me miravam como se estivessem diante de um bobo-da-corte abjeto e decadente. Notei que aquela molecada toda me tinha por uma peça de museu empoeirada cheia de ácaros, hostil ao meio-ambiente, um vilão purulento, um pária, responsável pela destruição da camada de ozônio, o inimigo número 1 dos micos-leões, das ariranhas, das capivaras e das formigas-de-rabo-vermelho. Caguei para as formigas, quero que pegue fogo no rabo delas, e por mim as capivaras podem, todas juntas, ir à puta que pariu junto com as ariranhas, os pandas, os gnus e os gatos persas.

Tive ganas de subir num caixote e desafiar todos eles a alinharem comigo com suas bicicletas de titânio do caralho, ou com seus patins da puta que o pariu, ou com seus tênis Nike com amortecedor para ver se seriam capazes de chegar na frente do meu carro, qualquer carro meu, numa competição direta e reta numa pista de verdade. Pensei em perguntar àqueles babacas todos se quando eles vão para Maresias encher a cara de vodca com energético na balada, ou para Brotas descer uma corredeira e fumar maconha, vão a pé, de bicicleta, asa-delta ou de patinetes. Se podem abrir mão do carro em suas vidas. Se deixariam o conforto do ar-condicionado e do motor a explosão que os move para descer a serra de skate.

Mas é o mesmo sentimento que a molecada tinha em relação a mim. A garota que chegou a pé um minuto depois do meu carro estava puta e inconformada, queria ter ganhado de mim, queria que meu carro perdesse de todo mundo, fosse humilhado e esmagado. Ela tinha pelo meu carro o mesmo desprezo que eu tenho pelas ararinhas azuis e pelas trilhas no meio do mato, queria que eu e todos meus carros fôssemos à puta que pariu. Eu era, para ela, o passado e o culpado pelo fato de o planeta ao qual ela chegou vinte anos depois de minha simpática e doce pessoa ser uma latrina. Bem, eu quero que ela se foda, se a menina acha legal andar 15 km a pé no meio da cidade para ir de um ponto a outro, que ande. O mesmo ela deve pensar de mim, se esse babaca quer poluir o ar com seu monte de lata velha e ficar uma hora e meia parado no trânsito respirando gás carbônico e correndo o risco de ser assaltado, que fique.

Ocorre que aos olhos dela e de muita gente, ela é o futuro. Eu, o passado. Ela, a vítima. Eu, o culpado.

É isso, meninos e meninas. Nós, que gostamos de carros, somos os atuais culpados. É preciso começar a discutir a morte do automobilismo a partir daí, da vilania à qual o automóvel foi relegado. Compreender o que está acontecendo e pensar no que pode ser feito.

Subscribe
Notify of
guest

300 Comentários
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Eduardo Mrack
Eduardo Mrack
11 anos atrás

Antes de mais nada, um gado, sim o bicho, gado, boi, rês, vaca, puta que o pariu, polui por DOIS automóveis, e polui 24 HORAS POR DIA. Mais interessante, é que, temos no Brasil, mais gado do que gente, para ter gado, tem q derrubar a floresta, gado não vive na floresta. Bem, carros poluem SIM, assim como sua TV, seu computador, sua geladeira e sua comida. O maior problema em carros, ocorreu até a década de 70, onde as refinarias de petróleo adicionavam chumbo a gasolina, pois tinham preguiça de procurar meios para diminuir a detonação de seus péssimos combustíveis. 30 anos de gasolina com chumbo poluíram mais do que 3000 anos da gasolina de hoje.

E tem outra, só quem já andou de V8 com quadrijet, ouviu a sinfonia de um 6 em linha com escapamento tubular, ou deixou para trás uma mercedes num chevette turbo, entende o significado da palavra CARRO.

Vibora da noite
Vibora da noite
11 anos atrás

Excelente texto. Se pudesse resumir, ou melhor, escrever uma manchete para a “reportagem” (dando esta identidade e licença poética à coluna) sem entrar no tema da ecologia, seria mais ou menos assim: “Ayrton Senna da Silva morre e assassina o automobilismo brasileiro”. Quando se tem um ídolo (quero deixar claro que para mim o cara era um gênio) que acaba virando mártir (por ser o defensor do orgulho – reprimido – brasileiro), usado como ferramenta de marketing em um país carente e ignorante em um esporte de elite, tudo vira inacessivel. É dizer, nao teve outro, nada se iguala, perdeu a graca… Jesus nao volta nessa encarnacao. A cultura de automobilismo que comecou a amadurecer com Senna, morreu junto com ele. Desde entao a historia do automobilismo brasileiro é a cronica de uma morte anunciada. O GP Brasil só existe ainda pq é a hora do circo ir ao puteiro. Sabe aonde esta o automobilismo brasileiro hj? Nas arrancadas. Se tiverem coragem, passem em interlagos em uma noite de arrancada, verão do que estou falando. Fodeu, mas poderia ser pior.

Valdir Gonçalves
Valdir Gonçalves
11 anos atrás

Olá Flávio, tudo bem?

Confesso que não entendi na íntegra seus comentários e digo isso apenas por mim.
Não entendo muito, quase nada mesmo, de automobilismo. É uma categoria que nunca tive muita proximidade e acesso, sendo assim, não posso comentar a respeito.
Sou o cadeirante que participou do Desafio Intermodal com vc. Não sou ativista, não sou partidário e não vim aqui deixar nenhum comentário agressivo, até porque acredito muito na liberdade de expressão e creio que devemos exercê-la sempre.
Somente gostaria de deixar claro que, se nos falamos, apenas e mal nos cumprimentamos, aliás, não conhecia ninguém ali.
Fui convidado, assim como você, a participar do evento representando uma categoria, pois participo de corridas adaptadas para pessoas com deficiência na modalidade handcycle, ou bicicleta de mão, como você disse.
Somente agora, vendo sua foto lembrei-me de você, não sabia, fora os que estavam óbvios, quais eram os modais de cada um, mas lamento que você tenha tido essa impressão do evento e dos demais participantes.
Sim, ouvi comentários, acho que os mesmos que você, sobre o carro não ter chegado, o carro isso, o carro aquilo. Eu mesmo fiz um comentário, mas mais de admiração, por ter chegado antes de você, pois utilizo e praticamente dependo do carro, sendo que é quase impossível deslocar-se na cidade, grandes distâncias, sem ele, ainda mais numa cadeira de rodas e em horários de grande movimentação de pessoas.
Minha impressão e o que pude compreender, até pela repercussão, é que o ato foi uma maneira de chamar a atenção, dos governantes e também da sociedade, para o fato de precisarmos de meios mais eficientes de locomoção e, a partir dai, termos reais escolhas e decidirmos se queremos ir de carro, bike, jegue ou o que quer que seja.
No meu caso, sim, se houvesse condições, vias e segurança, talvez até optasse por fazer alguns pequenos trajetos com a bike, levando a cadeira acoplada, mas hoje isso é inviável. Muita gente pensa assim também e acho que é esse o alerta e o foco da ação, dar possibilidades, mas com segurança.
Como participante, acho que seria bastante válido você compartilhar essas impressões com os organizadores. Não era mesmo uma disputa, muito menos uma inquisição ou uma prova de que o carro é o vilão, o pior dos piores, até porque, não é.
Acho, como cidadão e motorista, que ações assim são sempre favoráveis a todos e, por poder falar apenas por mim, caso tenha ficado algum mal entendio, fica aqui o meu pedido de desculpas.

Beto63
Beto63
11 anos atrás

Aos ecochatos, vale lembrar que os dois principais carros estavam equipados com tecnologia hibrida elétrica+combustão que é o que viável atualmente. E para aqueles que acham que carro elétrico é a solução me respondam, a eletricidade dos carros vai vir de onde: da termoelétrica que queima combustível fóssil ou da nuclear que geral um passivo monstruoso, ou da hidroelétrica que alaga centenas de km² de floresta? Bateria não carrega sozinha…

Beto63
Beto63
11 anos atrás

Flávio,
Concordo em parte, pois a imagem das arquibancadas podem dar uma falsa impressão.
Estive lá, e após a primeira hora muita gente estava se entretendo com as demais atrações que haviam e estavam fora das arquibancadas. Eu mesmo fiquei a maior parte do tempo fora delas.
Mas você tem razão, o público não era grande coisa, mas maior do que muito jogo do campeonato brasileiro.
O bacana é que há uma clara intenção dos organizadores em aproximar o público dos protagonistas , que são os carros e pilotos com a visita aos boxes, algo impensável na F1.
Com uma divulgação melhor pode ter um público maior pois os preços foram muito mais acessíveis que na F1. Quem gosta de corrida vai até em ladeira abaixo de carrinho de rolimã.
Forte abraço!

Diego
Diego
11 anos atrás

Esse povo precisa é parar de ser hipócrita, isso sim. Fazer passeata em ‘prol do planeta’ e querer tornar o uso do carro como vilão contemporâneo é um ato público da hipocrisia em que todo mundo tá se enfiando hoje em dia. Tá ficando chato toda essa parafernália midiática, feito só pra industrias encherem mais e mais seus bolsos com novas tecnologias “eco respect”. Ao invés disso aí, deveriam fazer nas urnas alguma diferença, por mais que hajam poucas opções.

No mais Flávio, sou seu fã, e mitou em mais um post. É bom saber que certos jornalistas possuem opinião própria e não manipulada, e o ‘bom-mocismo’ hipócrita não impera.

Carla
11 anos atrás

Falando em morte da cultura automotiva: lacraram o Museu do automóvel de Brasília! Irão usar a área ocupada pelo museu para abrigar um arquivo morto!

Mais informações aqui: http://maharpress.blogspot.com.br/2012/09/ajude-salvar-o-museu-do-automovel-de.html

É uma vergonha fecharem um museu para abrigar papel de um órgão que não existem mais!

Fernando Savini
Fernando Savini
11 anos atrás

O Flavio está 100 % correto, e quem retrucou é falso moralista que não entende nada de corrida, eu frequento interlagos desde os meus 8 anos de idade, estou com 36, e já assisti corridas lotadas e vazias, da arquibancada, de dentro dos boxes, do muro da reta de chegada, da Torre , do Heliponto, de cima da ponte no final da reta quando era de metal e placas de madeira, do paddock e ate de dentro da pista na grama quando isso ainda era possivel, ja pilotei no kartodormo e no autodromo de Interlagos, então me permito expressar meu ponto de vista. O problema entre outros é que o ano inteiro não tem divulgação, todo o ano mudam as categorias, e cada dia fica mais burocratico assistir pessoalmente, como exemplo, fui na Formula Truck esse ano e mesmo querendo pagar para entrar no estacionamento da entrada principal, não pude, fui obrigado a dar a maior volta e parar na entrada la perto do começo da reta dos boxes, se fosse parar na rua era R$ 50,00. Eu tinha convite para ficar na arquibancada coberta em frente aos boxes, onde a visão do resto da pista é restrita, tinham telões enormes nos boxes, mas que passaram propaganda em 100% do tempo ao inves de mostrar a corrida que passava ao vivo pela Band. A burocracia para se mudar de arquibancada hoje em dia é total. No começo do ano assisti à Itaipava GT e Mercedes Challenge, estava um calor infernal o concreto da arquibancada queimava a bunda, mas não se podia ficar na arquibancada coberta em frente à largada, novissima, estava fechada com fita sabe-se la porque ,e o “delicioso” refrigerante Schin Cola em tamanho micro era vendido a R$ 10,00. A verdade é que, os caras fazem de tudo para dificultar, para que as pessoas não frequentem dai quando tem um evento de ponta com midia, quem passou por isso não se anima mais para ir, é uma bola de neve que aumenta ano a ano. O canal Speed que seria uma pseudo-salvação preferiram substituir pelo Fox Sports que só passa futebol , o mesmo jogo que os 100 outros canais. Jacarepagua foi assassinado. E ainda para ajudar o fato de não ter um brasileiro na ponta na F1 e na FIndy, faz com que o esporte a motor não esteja mais na “moda” e só realmente os entusiastas viciados como nós acompanhem.

Carla
Reply to  Fernando Savini
11 anos atrás

E agora lacraram o Museu do automóvel de Brasília. Mais uma perda pro mundo automotivo.

Márcio Haddad
Márcio Haddad
11 anos atrás

O post é antigo, nem sei se alguém irá notar, mas acabo de ver isto na Uol.

http://esporte.uol.com.br/top5/com-massa-e-alonso-relembre-cinco-entregadas-de-pilotos-brasileiros-na-ferrari.jhtm

É por culpa desses caras que ao invés de ajudar a promover o esporte, criticam e do nada ficam relembrando momentos ruins/dúbios das corridas de automóvel.

Gabriel Scatolin
Gabriel Scatolin
11 anos atrás

Concordo que as pessoas não gostem de carros como antigamente. Mas grande parte da culpa, exatamente, CULPA, do autodromo estar vazio, é da organização.
Tenho 21 anos, sou fanatico por automobilismo, moro do lado do autodromo, e não se viu em nenhum lugar, nenhum mesmo, radio, TV, panfleto, carro de som, qualquer coisa, que haveria as 6h este FDS.
Como pode uma cidade organizar um evento como este, e simplesmente não divulgar.Só me dei conta que a corrida estava acontecendo, quando os motores começaram a roncar.
Isso é um absurdo! Organização ridicula !

Fernando Savini
Fernando Savini
Reply to  Gabriel Scatolin
11 anos atrás

Caro Gabriel, me permita discordar, a não divulgação acontece nas outras categorias, mas nesse caso o Emerson apareceu realmente em todos os programas de radio e televisão, facebook, etc., tinha ate um dos carros em exposição em destaque no Shopping JK, com uma exposição de fotos, até minha namorada que não entende de corrida acabou atraves de alguma midia sabendo do evento. Agora assim como o Flavio, não sei o que pode ser feito para reverter essa situação.

Marcelo Veiga
Marcelo Veiga
11 anos atrás

Que argumentação mais convarde. Você tem umas idéias boas mas ficar xingando a todos não dá.
Sim, convarde, pois devia ter falado tudo que disse para eles na hora.
Ficar aí do seu notebook, fumando sua maconha, escrevendo isso…

Burrinho Batiquebra
Burrinho Batiquebra
Reply to  Marcelo Veiga
11 anos atrás

“Convarde”. E escrito duas vezes ainda, para não deixar dúvidas quanto ao analfabetismo.

pedro
pedro
Reply to  Marcelo Veiga
11 anos atrás

Hahahaha!

Marcelo, que figura você.

Abraços!

Vinicius Rodrigues
Vinicius Rodrigues
11 anos atrás

Não li a primeira parte do post, realmente não me interesso, como parece que foi a informação que você quis passar, sobre automobilismo no Brasil.

Em relação ao intermodal, realmente, estava uma piada, todo muindo se divertiu as custas do pobre carro. Mas como o negócio é pra ver o deslocamento na cidade, não sei o quanto seria válido alinhar o carro, helicóptero, cadeira da rodas, muleta, andador ou bebê engatinhando numa reta livre, já que isso não existe nem de madrugada em SP.

No mais, uso a bicicleta não pra salvar o mundo, não porque é moda. Uso por um motivo muito mais egoísta. Uso porque quem usa o carro no horário de pico pra ir ao centro, como você disse na entrevista à ESPN, só pode ser burro, porque é um trânsito animal (concluí-se que temos milhares de burros?). Uso porque não quero morrer no sedentarismo. Uso porque o transporte público é péssimo. Enfim, uso pra trazer ganhos pra mim apenas.

E como a Falzoni disse no início da matéria. Ninguém é contra usar o carro, mas usar de forma consciente.
Pra ir pra praia, pra casa do tio Nérso ou pra putaqueopariu é claro que há o melhor transporte, o carro. Pra ir daqui até ali no horário de pico, também tem o melhor, e não é a, nas palavras de Tolkien, máquina de combustão maldita.

No mais, vou procurar algum texto seu sobre F1, acho que será uma leitura mais proveitosa. F1 é legal.

Paulo Guedes
Paulo Guedes
11 anos atrás

Flavio, fui piloto (mediocre) nos anos 80, meu filho correu kart e fórmula (bem melhor do que eu), porem as diferenças explicam parte do que acontece com o automobilismo no Brasil. Nos anos 80, construi meu próprio Fórmula Fiat (estuva Engª e tinha acesso a estrtura necessária para isso) durante dois anos, era o mecanico piloto, transportador e tudo o mais. Consegui correr com poucos recursos, coisa que hoje seria inimaginável. Compare com o futebol e veja quantos entre os que admiram o automobilismo poderiam pensar em seguir tal carreira???? Praticamente ninguem. O automobilismo está elitizado, virou um defile de exibicionistas e estrelinhas que querem aparecer na televisão e talento que é bom, merda nenhuma. Veja o KART, algun arremedo de piloto prepara seus equipamentos??? Não, todos dos 6 aos 16 anos tem estruturas para não se sujarem e apenas sentarem e guiarem, como os papais querem. O resultado é o que vimos em Interlagos, eu estava lá e não acredito em 3.000 pessoas. Enquanto não se criar novamente identificação com o publico e possibilidade para esse publico de poder tentar participar, vamos encolher e deixar de existir. Não fosse o bastante, divulgar não é apenas estar presente em programas de TV da ridicula rede globo (assim mesmo, com letras minusculas) mas faltou promover o evento. Talvez devessem buscar o apoio da esposa do falecido Aurélio Félix que sabe falar a linguagem popular e teria feito bem melhor. O Emerson é um personagem ilusre do automobilismo brasileiro mas o que foi feito não foi promover nem divulgar o evento, foi meio que propaganda eleitoral em horários e midias que ninguem dá a menor. A solução é simples, basta os dirigentes do automobilismo pararem de pensar em encher o rabo de dinheiro e pensarem no futuro do esporte, simplificando regulamentos e reduzindo custos das categorias de base e deixando o “top” para as estrelinhas frustadas por não terem obtido sucesso nas categorias internacionais. Voces ligados a imprenssa podem fazer a pressão necessária para se mudar esta situação antes que as luzes se apaguem.
QUANTO AOS ECÓLOGICAMENTE CORRETOS, SÓ ACREDITAREI QUE ELES ESTÃO CERTOS QUANDO NÃO TRANSPORTAREM MAIS SUAS BICICLETAS, PRANCHAS ETC… AMARRADOS SOBRE OS TETOS DE SEUS AUTOMOVEIS, QUE SEGUNDO CIENTISTAS MAIS SÉRIOS, NÃO SÃO OS MAIORES RESPONSÁVEIS PELA POLUIÇÃO DA ATMOSFERA COMO TENTARAM NOS FAZER CRER. ALIAS, DEVEMOS SIM AGRADECER AOS IMBECIS DE PLANTÃO PELA EVOLUÇÃO DOS AUTOMÓVEIS NESSE SENTIDO, SENÃO NO BRASIL, NO 1ª MUNDO COM CERTEZA.

Eduardo
Eduardo
11 anos atrás

Flávio Gomes, ótimo texto, com trechos com seriedade e também com humor, mas vejo que comentários infelizes dos leitores… o pessoal mistura automobilismo esportivo com automóvel transporte, mobilidade urbana.

Automobilismo está enfraquecido… realmente não se porquê. Sempre gostei de carros e de velocidade, mas particularmente fui perdendo a vontade no ano passado por conta da F1, que estava muito desanimadora, previsível demais… e aí fui deixando de acompanhar uma modalidade, deixei todas. Cheguei a ir em Interlagos na Stock Car em novembro, mas também me parece que a modalidade está enfraquecida, bem previsível os resultados e dá a impressão clara de ter “algo por trás dos panos”…

Agora quanto ao automóvel transporte, quanto a mobilidade urbana para São Paulo… dou o exemplo dos alemães: são exímios construtores de automóveis (VW, Audi, Porsche, Mercedes-Benz), e pesquise sobre os meios de transporte mais utilizados em Berlin. Lá estarão a bicicleta e então metrô/trem.
É indiscutível que o automóvel é um ótimo transporte e é muito bom dirigir, mas é um péssimo meio de transporte para a cidade…
Tanto na Alemanha, quanto outros lugares da Europa (e cidades dos EUA também estão indo na mesma linha), as pessoas tem usado no dia-a-dia transporte público e bicicleta, e o carro é para lazer, final de semana, viajar.
Há certos equívocos nos comentários… obviamente em emergências para levar alguém ao hospital e para ir ao mercado, iremos de carro.
Mas observe ao redor no congestionamento indo/voltando do trabalho: você verá uma pessoa por carro em sua maioria. Pessoas que poderiam utilizar transporte público ou bicicleta, mas preferiram o conforto do carro… e o carro como “transporte individual” está desgastando demais as cidades.

Carla
Reply to  Eduardo
11 anos atrás

Eduardo, vc tem razão sobre carro não ser a melhor escolha para o transporte urbano diário, mas diferente do governo alemão o nosso não investe em transporte de massa de qualidade.

O RJ mesmo só tem 2 linhas de metrô, que ligam meia dúzia de bairros, e, assim como os trens aqui, não conseguem funcionar num intervalo regular. Digo q se o metrô daqui usasse o intervalo do metrô de SP ñ teríamos vagões cheios, mas como fiscalizar quando a esposa do governador é advogada do metrô rio e da supervia? Não há ação na justiça que tenha efeito contra essas duas empresas.

Eu muitas vezes preferi gastar 5x mais dinheiro indo de carro do que demorar o dobro do tempo feito uma sardinha pra chegar no trabalho.

A solução ñ é encher o mundo de bicicletas, como muitos ecochatos dizem, mas sim um transporte público coletivo de qualidade.

abraços.

Glauber
Glauber
11 anos atrás

Se o seu carro fosse elétrico todo mundo queria ele como campeão!

Joao Dimaz
Joao Dimaz
11 anos atrás

Flavio, outro dia teve uma reportagem na UOL (ou no lance…tanto faz) q mostrava q o publico de futebol no brasilerao é menor do q campeonato belga (algo assim)… se no futebol q é a “paixao nacional” só uma final de libertadores ou brasileirao pra ter mais de 20 mil num estadio querer isso me corrida de carro eh loucura… só se o ingresso fosse ˜10 real” e com dogao por cincao…

Artur Craft
Artur Craft
11 anos atrás

E a mentira na Estoque da Globo? O Sérgio Mauricio repassou a informação oficial de 30 mil ingressos vendidos. Eles acham que somos trouxas?

As arquibancadas estavam cheias mas isso pq ali só cabem uns 7 mil e olhe lá.

Exagerando muito, tinha umas 10 mil pessoas em Cascavel e eles aumentaram pra 30 mil, é brincadeira.

Critique mais essa Flávio, paladino da verdade. Meu herói!!!!!

flavio splatter
flavio splatter
11 anos atrás

Triste comentário! Um cara inteligente como tu, cai numa argumentação medíocre. Tinha respeito por ti desde a época da Jovem pam 640, infelizmente depois dessa irei repensar esse conceito que tinha por tí…

Nilson
Nilson
Reply to  flavio splatter
11 anos atrás

Ohhhh meu Deus!!!!

O Flavio Gomes vai passar um mês sem dormir por conta dos seus novos conceitos sobre ele!!!!

Ricardo
Ricardo
11 anos atrás

Olá Flavio, primeiramente gostaria de parabenizar pelo excelente texto.
Estou cursando o terceiro ano de engenharia mecanica. Por que eu escolhi esse curso? Carros.
Sempre fui apaixonado por carros e essa paixão aumentou com o passar dos anos, aumentou a ponto de minha realização profissional ser ao lado disso, trabalhando com a mesma coisa que eu brincava quando garoto, carros.
Quando fui tirar carteira de motorista, me sentia diferente dos demais. Todo mundo queria ter a carteira para ir e voltar a hora que quisesse, eu queria dirigir. E descobri o quão prazeroso é o ato de dirigir ( convenhamos que encontrar esse prazer é mais facil quando se mora no interior de são paulo ).
Eu simplesmente quero que se foda todas as pessoas que preferem andar de bicicleta, a pé ou de quatro pra salvar o meio ambiente, pra aliviar o transito. Podem considerar carros a pior coisa ja inventada pelo homem, eu continuarei amando-os independente do que os outros pensem.

Abraço

Carlos
Carlos
Reply to  Ricardo
11 anos atrás

Excelente texto? Nunca me mostre uma redação sua, pelo amor de Deus.

Nelson Storani Jr
Nelson Storani Jr
11 anos atrás

Olá, Flavio. Cheguei aqui no Blog pela coluna do Fábio Seixas.

Realmente, o automobilismo está cada vez mais caindo no esquecimento, ou ganhando inimigos. A modinha do politicamente correto está em alta. Hj em dia o “cool” é andar de bicicleta, ter a corrida (a pé) como esporte e colocar defeito no “incomum”.
Respeito a opinião e estilo de vida do amigo Leonardo que não depende de carro, mas acho que não funciona pra mim. Como vou ao mercado de ônibus, fazer compra para 4 pessoas? Como vou acomodar quase 30 Quilos de comida no ônibus? “ah… não precisa comprar tudo isso… compra aos poucos…” Não tem como… se comprar aos poucos sai o dobro do preço. Como vou levar um filho no hospital, em uma emergência, em plena madrugada? Talvez o amigo, ao citar interior, tenha se referido a cidades minúsculas onde, realmente, não se tem transporte público. Morei em Campinas, interiorrrr (com muitos R no final), e o transito lá já é complicado, mas ônibus é caótico. Lotados, perigosos, arrebentados e sempre fora do horário. Metrô não existe pois o grande fluxo fica no centro e fazer uma linha de 2Km, andando em circulo, é jogar dinheiro fora. Bicicleta??… esquece!!! Campinas, por exemplo, é só morro, barranco, pirambeiras e, raramente, plano. Taxi… peça para um taxista te levar a uma distância de 3km…. ele manda vc descer do carro. Taxista não faz viagem curta!!! “Então vai a pé…” … imagine uma pessoa, as 10 horas da noite, voltando do trabalho, andando sozinha nas inúmeras ruas escuras e desertas da cidade??? Andar pode parecer solução numa manhã de sábado, no Ibirapuera, com roupa adequada e uma barraquinha de suco esperando logo a frente. Hj deve estar uns 35 graus e tenho pena de quem escolheu ir andando a qualquer lugar, mesmo sendo à 500 metros de distância.
Não vou nem colocar a chuva na história… ou alguém não teria problema em chegar molhado no trabalho?!?
Voltando ao esporte mais bonito do mundo, sinto saudade do tempo em que se falava de F1 nos bares, do tempo que as mulheres falavam que conversa de homem era sobre carro, mulher e futebol. Hj os homens não falam mais de carro. Me sinto um bobo quando, ao ouvir um ronco conhecido, paro a conversa e digo “ó… uma 7 galo”. Os hominhos moderninhos de hj nem sabem o que é uma 7 galo, por exemplo. Vivem num mundinho virtual, sem ronco de motores e adrenalina nas veias.
Mas não tem problema… enquanto caço na multidão um ser dígno para conversar sobre automobilismo, deixo os franguinhos conversar sobre o “cupcake divííííno” que comeram.
Flavio, abraços e estarei sempre por aqui.

Carla
Reply to  Nelson Storani Jr
11 anos atrás

Nelson, A moda agora é homem falar de futebol, MMA e mulher…rs… E não se espante se ao dizer “7 galo” vc escutar como resposta “7 belo?”…rs

Como um amigo disse outro dia: “existe uma inversão de papéis… atualmente os pôneis são malditos e os vampiram brilham”…rs….

João
João
11 anos atrás

Prezado, você desafiaria o cara do helicóptero na competição direta e reta também? Saudações.

Marcelo
Marcelo
11 anos atrás

Triste. mimimi blablabla

JALUSA
JALUSA
11 anos atrás

FG,
Enquanto o automobilismo estiver na mão de filhos da puta que só pensam no seu benefício próprio em detrimento de seus clubes e dos sócios, estaremos na merda.
Esses filhos da puta permitem que sócios dos seus clubes tenham todo o dinheiro guardado para sua aposentadoria bloqueado pela justiça em função de roubos e fraudes que eles fazem. Estão cagando para as corridas. Infelizmente, o esporte motor vai morrer.
Um abraço,
Jalusa

Verde
11 anos atrás

Gatos são legais, pô.

De resto, endosso.

Carla
11 anos atrás

Ótimo texto!

Realmente hoje quem tem carro é vilão, mas todos querem ter carro da moda mesmo que sejam verdadeiros analfabetos ao volante.

Quando dizemos: gostamos de carros, gostamos de automobilismo logo nos olham de cara feia, afinal carro só serve pra “carregar a gente”. E os amigos do meio ambiente? Querem acabar com a industria do automóvel, mas ñ pressionam o governo para investir em transporte de população em massa e/ou ferrovias para reduzir o nº de caminhões em estradas.

Aqui no RJ o automobilismo morreu há um tempo, mas decretaram a morte somente com a queda do autódromo. Eu e um grupo de amigos, que participamos de eventos de antigomobilismo, começamos a juntar as pessoas mais novas, com carros que ainda ñ tem idade para serem clássicos e mostrar o valor dessa cultura automotiva.

Aos poucos o grupo está crescendo e o pessoal vai entendo que o carro não é o vilão e sim uma parte importante da nossa história e da história do país.

Abraços,

Carla

Anselmo Coyote
Anselmo Coyote
11 anos atrás

O conforto… ah!! o conforto!
Alguém aí poderia avisar ao resto da turma que os absorventes descartáveis, antes conhecidos apenas como modess, são o segundo maior responsável pela poluição do planeta, atrás apenas das fraldas descartáveis? Avisem também que eles levam mais de 100 anos para desaparecer definitivamente depois de descartados, o que significa que o primeiro utilizado ainda está por aí, em algum lugar do planeta. E, por fim, avisem que se quiserem colaborar é fácil: basta usar as antigas toalhinhas de pano da vovó e as fraldas de tecido (algodão), laváveis.
Abs.

Leonardo Cuevas
Leonardo Cuevas
11 anos atrás

Gostei da sinceridade deste texto do Flávio.
Cresci assitindo os desenhos japoneses Speed Racer e Grand Prix, e realmente – pelo menos por aqui – o automovilismo esportivo precisava um renascimento.

Agora o pessoal dos comentarios argumentando que viver sem carro é impossível, ainda mais em São Paulo… Nada mais enganados.

Percebo que no interior um carro é bem mais necessário e agradável de se dirigir, pois os ônibus são poucos ou inexistentes, e há espaço para dirigir, já em São Paulo, pelo contrário.

Uso principamente o transporte público, trabalhei de social e me trocava de roupa para viajar confortável. Nem meus avós nem meus pais tinham carro e nunca vi que precisassem de um, pois existe algo magnifico e salvador de vidas chamado táxi.

Nada de precisar tirar carta, pagar seguro, etc, etc. Balada? Vá de metrô, ônibus (corredor é bom!), volta de táxi. Supermercado, mesma coisa. Crianças na escola? Uso a Perua.

Economizo muito, e insisto, o pessoal que acha que o carro no dia-a-dia é imprescindível tem apenas preguiça de pensar, e gosta de chorar nos engarrafamentos. Tem solução para tudo.

Automobilismo, é um belo hobby, há máquinas maravilhosas, um esporte emocionante, mas como solução de mobilidade, mais atrapalha do que ajuda (nas cidades grandes).

Mauricio
Mauricio
11 anos atrás

Flávio; radical demais!

Nem tanto terra, nem tanto mar, mas você foi parar em Marte para tentar explicar o ocorrido.

Esporte a motor não morreu ainda. Está sim anêmico, quase morto aqui, no Brasil.

O motivo é o mesmo que leva as muitas modalidades esportivas aqui desta terra brasilis estarem em total ostracismo. Tirando o futebol, a massa ignara não conhece mais nada. Falta educação e, ironicamente, falta informação. E falo que é irônico por conta da excesso dela hoje em dia com internet, twitter, faceboock e outras tranqueiras… Mas a verdade é que nesses media o que faz sucesso é tudo o que há de mais tosco e grosso, baixo e vil na humanidade.

Talvez pingasse um pouco mais de incentivo ao esporte se o mesmo fosse de para-atletas, para-pilotos. O Brasil oficial é cinico o bastante para fazer esse espetáculo de horror, só por que é politicamente correto. Digo eles em outro lugar o que realmente penso sobre o que é politicamente correto! Ainda mais neste caso!

Valter Prieto
Valter Prieto
11 anos atrás

Flávio, ótimo texto, apesar dos montes de palavrões. Eu também falo muitos quando vejo idiotas de bicicleta atrapalhando o trânsito e se espremendo onde não cabem, achando que dá para usar bicicleta para tudo.
Eu também ando a pé quando onde vou é próximo. Vinte e dois km de casa ao trabalho, mesma coisa para voltar, só de carro, sem ilusões. Bicicleta, ando longe de São Paulo.
A turma que se acha moderna e esperta precisa arrumar um trabalho longe e se ferrar todo dia de TC (transporte coletivo) para ver se tem algo melhor que o automóvel. Nem metrô mais é fácil, sempre cheio.
Ser contra o carro é pura idiotice, falta de informação e moda. Um dia passa e os caras acordam. O problema é que a massa dormindo é muito grande e constante.
Parabéns pelo tremendo texto, e acho que não se vai a corridas por causa do desconforto e da exploração nos preços de tudo, fora que não há ídolos da Globo pilotando. Somado a isso, ninguém sabe nada de automóvel, e muito menos de corridas, então, não há como gostar da coisa.

Victor Dias
Victor Dias
Reply to  Valter Prieto
11 anos atrás

“Ser contra o carro é pura idiotice, falta de informação e moda.”
Menos, amigo. Acho que lhe falta informação e um pouco de vivência lá fora dessa terrinha. Qualquer país que presta as pessoas de QUALQUER classe social usam transporte coletivo com tranquilidade, por ser muito melhor e mais prático.
Não é questão de moda, é questão de necessidade se repensar o carro como meio de transporte.

Jarzombek
Jarzombek
11 anos atrás

Seria ótimo se mais gente não gostasse de carro. Se mais gente trocasse o carro por bicicleta, skate, patins ou qualquer outra porcaria dessas. Sobraria mais espaço para a gente andar de carro!

be da urca
11 anos atrás

Estamos no inicio de uma mudança por isso o pensamento radical contra carro…. mas isso é pra mostrar que existe um pensamento radical pro carro.

Com o tempo vamos chegar a um equilibrio que as pessoas vao poder escolher tendo segurança e bom senso para escolher o melhor transporte …para a pessoa e para a comunidade.

Quanto ao automobilismo…é dificil mesmo ficar 6h num evento que os preços sao esse absurdo!

8 reais uma cerva? Tao querendo ficar ricos da noite pro dia?

Vinicius Rodrigues
Vinicius Rodrigues
Reply to  be da urca
11 anos atrás

Meu Deus, um comentário um sensato.

Alex
Alex
11 anos atrás

Concordo com seu texto Flavio, mas acho que muitos outros motivos podem explicar isso, olhe por exemplo o futebol, paixão nacional, que possui públicos que beiram o rídiculo (menos de 1000 torcedores em jogo da série A é algo inaceitável).

Você pode ter achado os preços acessíveis, mas para a realidade brasileira, R$ 70,00 ainda é muito dinheiro, ainda mais para o público casual, e tenho certeza que potenciais espectadores do evento deixaram de ir pelo preço dos ingressos. Outra coisa, eu prefiro corridas aos sábados, mas também existem muitos que trabalham nesse dia! Eu mesmo teria a companhia do meu pai e de mais dois amigos, que não puderam ir por esse motivo… Acho que no domingo poderíamos ter um público maior.

Douglas Carvalho Jr
11 anos atrás

Flávio,
seu texto é (infelizmente) a MAIOR verdade do nosso automobilismo em São Paulo.
No restante do Brasil deve ser pior.

Eu, como sabe, sou piloto do Campeonato de Marcas e Pilotos SP, e Diretor da APPM (Associação Paulista de Pilotos de Marcas).

Estamos tentando (mas , muito mesmo) melhorar tudo o que é possivel no nosso campeonato, mas confesso que o AMOR pelo esporte a motor é maior que o óbvio : NINGUÉM LIGA para Interlagos.

Dizem que não há datas para o Automobilismo Paulista …. dias depois é publicada uma “Corrida do Gatorate” … ou sei lá que nome eles dão para essas merdas …. mas não tinham datas para as nossas corridas, então como “apareceu” essa data ????
Será que não tinha um parque … uma avenida … um local melhor que o Autodromo de Interlagos para fazer esses eventos de merda ???

O Marcas SP está de pé porque é o MAIOR grid do Brasil, com mais de 50 carros por prova e por ser a maior arrecadação dos Clubes, já que pagamos R$ 1.020 por carro por Etapa (são 10 por ano).

Ninguém quer cobrir … ninguém quer fazer materias … ninguém quer nada !!!

Esse ano homenageamos as Etapas com os nomes dos principais Jornalistas e Locutores do Brasil : Celso Miranda, Felipe Motta, Marcus Jr, Beto Hora … e VOCÊ na etapa do dia 23/12, como já foi feito o convite.
E essa homenagem é para reconhecer o IMENSO trabalho que vocês tem na divulgação e fomentação do nosso esporte.
É pouco, mas é o que podemos fazer por esses profissionais.

Acredito que só resta como saida a PRIVATIZAÇÃO do Esporte, de Interlagos … de tudo.

Mas aí vão dizer : Mas o Massa quando montou a F.Future não era profissional ???? Durou 2 anos !! E NINGUEM QUIS INVESTIR.

Complicado.

Abraços e parabens pelo texto.

PS : Estava como convidado no Paddock sábado. Realmente, LÁ ESTAVA CHEIO, mas nada insuportavel !!! Apenas cheio de convidados, que como eu, não pagaram R$ 1 para ali estar.

Douglas Carvalho Jr
#50 – ALPIE

eduardo alves
eduardo alves
11 anos atrás

Não é verdade que o brasileiro mão gosta de automobilismo, pois se fosse verdade como explicar que a F-Truck, que conta com pouca divulgação nos meios de comunicação (até pela midia especializada), consegue encher autodromos por ande passa, até em uma corrida “solo” na Argentina eles conseguem atrair um grande publico (quase 40 mil em Cordoba). O problema, talvez, seja que quem organiza corrida ha varios anos, não pensa no publico nem no produto que vai oferta-lo, tá pensando só em arrancar uns trocados com carteirinhas, taxas, grana do governo do patrocinador… e por ai vai!

Rafael
Rafael
11 anos atrás

Brasileiro é idiota, isso sim.
Eu não tinha grana para comprar ingresso e ganhei numa promoção. Na Stock Car/Truck está cheio pois MUITO MAIS PESSOAS ganham ingresso…aí é fácil encher né?
Deixei o carro no SP Market e peguei a Van..fui na sorte pois ví no site da CET falando que ia ter…
Levei bolachas e uma garrafa de água e entrei na boa…

marcelo
marcelo
11 anos atrás

Valeu Flavio,

Você é decididamente engraçado e corajoso. Dei muita risada com o seu texto. É preciso estofo para escrever um texto destes em épocas do politicamente correto. E tem gente que ainda vai querer interpretar seu texto ao pé da letra.
abs

Ulisses
Ulisses
11 anos atrás

Calma Flávio! Ainda nem começamos a sofrer apagões no país. No primeiro ano de poucas chuvas você vai ver só, o país vai começar a se apagar. Não se pode construir mais nenhuma hidrelétrica em prol do meio ambiente.
Estamos com muita sorte, os útimos anos foram de muita chuva, os lagos todos cheios … espera um pouquinho só …. é só não chover.

O problema não é o automobilismo no Brasil, é o automobilismo em São Paulo.
Essa cidade já era.
Trabalhamos “pacas” aqui, para pagar vagas a R$ 25,00, jantares a dois a R$200,00, chopp a R$7,00 a taça, multas, assaltos, arrastões em bares e restaurantes, trânsito? Que trânsito? Trânsito é quando eu transito …. transporte público precário, aeroportos que são verdadeiras possílgas, rodoviárias ídem, políticos lazarentos, … etc etc. E quando chega um feriado, você não consegue sair, se sai, não consegue entrar.

Não é a toa que 56% dos paulistanos pesquisados querem sair dessa cidade.
Nota importante, o Rio de Janeiro está a mesma bosta (ou pior), até já perdeu seu autódromo.

Está demorando para Interlagos ser transformado em um parque temático, suprindo a demanda por áreas de lazer de parte da zona sul, com parques, quadras poliesportivas, verde … etc etc …. e tudo aquilo que os políticos populistas e demagogos adoram.

Flávio Ueta
Flávio Ueta
11 anos atrás

Este é o melhor texto, na imprensa brasileira, dos últimos anos. Parabéns.

Hugo Chaves
Hugo Chaves
11 anos atrás

“Foda-se, não era uma corrida, não queria ganhar de ninguém, e jamais seria burro o bastante para ir de carro ao centro da cidade naquele horário.”
A moça que foi a pé também deve ser inteligente o bastante pra saber que não se anda 15km a pé todo dia. E esse desafio intermodal foi pra mostrar o melhor meio de se locomover de casa pro trabalho diariamente, não foi pra ver quem chega mais rápido na baixada santista ou em Campos do Jordão. E, nesse quesito, o carro é realmente um dos piores meios. Cada distância e cada trajeto tem seu meio apropriado. Pra que ir de Jundiaí pra São Caetano de carro sabendo que pode utilizar trens?
Não é porque se evita usar carro que não se gosta de carro ou de esporte a motor.
Comparação totalmente absurda nesse post.

Ricardo
Ricardo
11 anos atrás

Flavio, sabe por que não vou até Interlagos?

Por que é uma merda para chegar lá.

Burrinho Batiquebra
Burrinho Batiquebra
11 anos atrás

Concordo com muita coisa do texto, mas, como alguns comentaristas abaixo já bem lembraram, creio que o problema é do automobilismo em si, uma vez que já vi, em um passado bem recente, Interlagos abarrotado de gente em corridas da F-Truck. Gostaria de apontar apenas dois pontos que eu acho que sejam fundamentais na análise do fracasso de público destes eventos:

a) A imprensa brasileira é mesquinha. Se o Banco X cria um time de vôlei chamado “Banco X – Osasco”, as Redes Bobos da vida já se apressam em rebatizar o time como “Vôlei Osasco”. Se um treinador de futebol usa um boné do seu patrocinador, que ajuda a pagar o seu salário e possibilita o evento esportivo, as Redes Bostas metem um close na cara do treinador para esconder o boné. Se a Audi banca boa parte dos custos de uma corrida de carros e mete patrocínio pelo autódromo todo (como foi o caso), a Rede Lixo de televisão jamais irá transmitir ou sequer divulgar o evento a não ser em algum canal obscuro de baixa visibilidade (como foi o caso do Sport TV3 – nem sabia que existia essa porra no meu dial). Na cabeça dos anencéfalos da mídia televisiva, cobrir eventos massivamente patrocinados por uma empresa é dar patrocínio grátis. Se a Audi não pingar na conta dos Marinhos e outros, nada de divulgação. Como o brasileiro médio tem como única fonte de informação a Globosta e a FAlha de São Paulo, é como se o evento jamais tivesse existido.

b) É normal que se tenha a predominância do popular (como o nome já indica) sobre o erudito. Os eventos de 1996 (ITC/DTM), 2007 (ILMC) e 2012 (WEC) são eventos eruditos apreciados por um público mais especializado e conhecedor de corridas de carros. As corridas de F-Truck, onde o piloto dá cavalo de pau com o caminhão em chamas fora do caminhão como parte do show ou as corridas de bate-bate das bolhas da Stock Crash Brasil são eventos populares. Não significa que o popular não seja necessário: o big-foot amassando os carros, o programa de TV escrachado de besteirol e afins são necessários para oxigenar a mente e servem como parâmetro para melhor apreciação daquilo que pode ser classificado como erudito.

O problema é: houve um estranho fenômeno no Brasil, onde o que é popular, popularesco até, se tornou a fonte única de entretenimento. Parece que uma maioria esmagadora está realmente disposta a abolir o Discovery Channel em prol do Zorra Total, extinguir Sebastian Bach em nome de Michel Teló e queimar tudo de Graciliano Ramos e trocar por uma porcaria qualquer do Paulo Coelho. E se resguardem as pessoas de pensar que este fenômeno é generalizado em países mais pobres ou na América Latina porque, realmente, não é! Não era nascido nos anos 40, 50, 60 e 70 mas sei que nosso gosto não era estragado assim.

Enfim, é o meu ponto de vista.

Virgo silva
Virgo silva
11 anos atrás

Chefia, do fim pro começo: sua história da competição intermodal é ótima. Se voce puser um pouco mais de drama, cabe tranquilamente no novo livro que voce (ainda) vai escrever…
Quanto à morte no automobilismo, não concordo com seu diagnóstico. O problema, a meu ver, é que virou um coisa “daselite” e portanto, algo que está longe de nós, povão. “Aselite” não gostam do contato com o povão, por isso são criadas barreiras para que não nos aproximemos de carros e pilotos. Antigamente, se acampava em Interlagos para assistir as corridas. Voce estava ao lado de carros e pilotos. O Veloz chegou a dirigir um Fórmula Um em Interlagos (até o pit lane, empurrado pelos mecanicos, mas dirigiu). Hoje o máximo que se consegue, como disse o rapaz aí embaixo, é ser assaltado quando se precisa de qualquer serviço no autódromo. Eu frequento Interlagos há pelo menos 20 anos. Ele é superdesconfortável pra quem não tem os 2.000 paus que se cobrava por um lugar no Padock.
O renascimento do automobilismo no Brasil passa pela recriação de algo que tenha caráter lúdico. Convenhamos, ficar tomando sol na cabeça na arquibancada A para não ver os carros passando na reta (por causa da velocidade) é um programa de índio de verdade. Futebol é muito mais divertido, começando pelo sanduíche de calabresa e cerveja estupidamente gelada na porta do estádio.

Ricardo Gonçalves
Ricardo Gonçalves
11 anos atrás

Sim, você ofendeu sim.
“Eu era, para ela, o passado e o culpado pelo fato de o planeta ao qual ela chegou vinte anos depois de minha simpática e doce pessoa ser uma latrina. Bem, eu quero que ela se foda, se a menina acha legal andar 15 km a pé no meio da cidade para ir de um ponto a outro, que ande.”

Digo e repito: Você estava escrevendo um belo texto, até misturar dois assuntos totalmente diferentes. Concordo plenamente com a parte do texto sobre a morte do automobilismo. Perfeito!

Mas, infelizmente, é desta forma que você trata as pessas que não concordam com você. Quando alguém discorda, você manda se fuder. Quando você escreve isso em um de seus posts, você fala que não ofendeu.

joao
joao
11 anos atrás

que texto babaca.

em primeiro lugar, ninguém foi porque o evento não foi divulgado. Você é rato de estádio, eu sou rato de publicidade. Trabalho com isso e conheço o tema bem. Se não divulgarem é possível que nem o show da Lady Gaga lote. Por isso que mesmo ela sendo quem ela é, vão colocar anúncio em tudo que é jornal dizendo que a moça vem.
Se Lady Gaga precisa de anúncio pra lotar, imagina corrida de 6 horas numa categoria pouco popular.

Em segundo, deixa de ser babaca. Teu discurso anti ecológico, além de ser ignorância pura é de uma falta de senso de realidade que poucas vezes vi na vida.
acorda.

Allisson
Allisson
11 anos atrás

Meu, peguei carona pelo blog do fabio seixas e cara, nem sei se vc escreve assim toda hora, mas q delicia ler algo q não é politicamente correto… qto ao automobilismo, acho q é geral isso… A Nascar esta tendo problemas de publico, imagina o resto…
Qto as 6 horas, cara, eu fui a um unico GP Brasil na minha vida, 2000 (se naõ me engano) com o Rubinho na ferrari, sofri pra diabos ai, comi mal, fiquei horas sem poder sentar, paguei caro… não volto mais, assisto pela TV… E olha q um dos meus sonhos é ir pros USA ver uma corrida de Nascar num super oval… (claro q inserido num pacote onde eu pudesse ver um jogo de NFL tbm, rsrsrs)… No mais, ganhou um leito! ^^

marcelo
marcelo
11 anos atrás

Ganhei os Ingressos e estive lá no sábado, tudo muito “organizado” e tal, mas quando vc fica sabendo que uma lata de refri custa 6 paus e uma lata de cerveja (horrivel) 8 paus, um cachorro quente com mostarda e catchup e salsicha meia boca 8 paus um x-salada 12 malandros, explica-se em parte o porque ninguem vai… por que veêm como passeio de elite. Muito Interessante o evento, com atrações legais, mas realmente vazio, muito triste, a maior fila que peguei foi para visitar o box, começava na Arq. M e seguia e até a entrada do box, mas depois de poucos 15 minutos… surpreeeesaaa, faltavam 10 pessoas para minha vez e de meu filho e o que acontece? 10:30 da manhã e dizem… acabou, foi fechado ninguém mais entra. e a fila lá atrás crescendo… isso porque o programa dizia até 10:50… simplesmente fecharam e não deram bola, um bando de gorila fez cara feia quando reclamamos e cruzaram os braços e pronto.. o mais engraçado (ou triste) no mesmo momento quem chega no local? ele mesmo o Emerson e o que acontece? todo mundo correu para pedir uma merda de autógrafo, ninguém quis reclamar e quem reclamava não era ouvido… lindo isso… bando de tiete imbecis… e quem estava reclamando ficou com cara de pastel…
Tirando isso foi um dia agradável em cia. do meu filho que adorou os carros, ele adora uma Ferrari (alias chama-se ENZO), e tem um ouvido apurado pois quando começaram as 6 horas ele comentou: “Pai estes carros pratas não fazem quase barulho muito diferente do toyota que quase me ensurdecem, que legal, vou torcer para eles) ele adorou, eu gostei e voltamos para casa contentes com gostinho de quero mais…
Valeu pelo ingresso e continuarei um assiduo leito e ouvinte seu, desde os tempo de Joven Pan, Band, ESPN e tais…

VALEU PELO PRESENTE!!!!!

Felipe
Felipe
Reply to  marcelo
11 anos atrás

Estive em Spa esse ano e concordo que o preço afasta demais. Em Spa as coisas lá dentro eram igualmente caras mas quem quisesse poderia levar sua cadeira, seu sanduíche, sua cerveja, sentar em várias partes do autódromo, tudo portanto o ngresso mais barato.

Há opção de camping pra quem não pode/quer gastar com hotel. Pode ficar o final de semana todo respirando corrida que não tem problema.

Com o automobilismo, na minha opinião, aconteceu o que ainda vai acontecer com o futebol: Uma higienização, esterilização até o ponto em que todos serão indiferentes e verão o esporte como mais uma atração no pacote de canais da Net.

Edmea Dantas
Edmea Dantas
11 anos atrás

Olá Flavio … sei bem como vc se sentiu, e não sei qual o caminho fez no Intermodal, mas ano passado eu fui a motorista do Desafio, também desviei do trânsito, mas não errei a entrada e consegui completar em 1:14 hs, mais ou menos o seu tempo previsto. Realmente a gente se sente como o amigo número um do caos urbano, a imprensa fica esperando “o carro”, a expectativa é que o carro chegue em 30o. lugar se fosse possível e ainda vc tem que ouvir: o pedestre correndo chegou antes de vc, o q acha ?? Mas faz parte, no fundo eu acho bom, é preciso dar um jeito no transito, hj não existe mais horário de pico, toda hora tornou-se horário de pico, sempre tem transito, graças à redução de IPI e o financiamento em trocentos meses, todo mundo agora “tem carro”, só q as vias públicas continuam as mesmas e aí vai acontecer como Ignacio de Loyola Brandão escreveu em seu livro Não Verás País Nenhum: o Notável Congestionamento – as pessoas tiveram q abandonar seus carros pq o transito simplesmente parou e não tinha mais saída … creio q São Paulo está caminhando para isso !! Parabéns pela paciência em participar do Desafio !!

Luiz AG
Luiz AG
Reply to  Edmea Dantas
11 anos atrás

Por que as motos não foram incluídas esse ano?

Roberto Martinez
Roberto Martinez
11 anos atrás

Uma vez ouvi uma declaração do Cacá Bueno , que na época contestei, mas acho que ele tinha razão :
” Brasileiro gosta de Fórmula 1, não do automobilismo”

Burrinho Batiquebra
Burrinho Batiquebra
Reply to  Roberto Martinez
11 anos atrás

Acho que ele poderia ser até mais específico e dizer que brasileiro gosta de piloto brasileiro na F1, não de automobilismo (aí inclusa a própria F1).

Fabiano Lacerda
Fabiano Lacerda
Reply to  Roberto Martinez
11 anos atrás

Brasileiro gosta é de vêr brasileiro ganhando lá fora pra descontar suas próprias frustrações. A audiência da F1 só diminui com a pouca competitividade dos mesmos. Ou seja,nem da categoria máxima do automobilismo,brasileiro gosta. O negócio é vêr o hino nacional tocando. Que se dane o esporte ou categoria…

Wagner
Wagner
11 anos atrás

Amigo Flávio,

Aproveito para comentar sobre outro absurdo que acontece há um bom tempo em Interlagos.

Frequento este autódromo, sem interrupções desde 1990.

E assisto a todos os tipos de corridas.

E na entrada, deparo-me com bizarras situações.

Na Fórmula 1, na verificação do ingresso meia-entrada, só não pedem para que os pais do espectador apresentem-se pessoalmente, por simples caridade.O resto?: verificam cada item.

Nas demais corridas, não olham nada.

Na Fórmula 1, não pode entrar frutas inteiras, jornais, revistas, garrafas de água, etc.

Nas demais corridas, tudo pode.

Mas há situações intermediárias, nas quais contratram empresas, que não entendem nada do riscado.

Na Fórmula Indy, isto já ocorre, desde o início.

Nesta corrida, contrataram a Gocil, cujos coitados funcionários, absolutamente despreparados, perpretavam verdadeiras barbaridades.

Nâo era permitida a entrada de sanduíches: somente os industrializados (??????).

E com base no que?

Ninguém sabe.

No meu caso, somente entrou, porque minha esposa alegou que nós tinhamos problemas alimentares e foram feitos por recomendação médica.

Mas o de outro torcedor, foi solenemente jogado no lixo.

Contudo deparei-me com torcedores que portavam um cooler. Isto mesmo um cooler.

E há anos que solicito que se divulgue, previamente, de forma clara e inequívoca, o que pode.

Pois mesmo na Fórmula 1, já ocorreram casos onde o que foi permitido no sábado, foi proibido no domingo.

Este ano, algum gênio da PM, proibiu a entrada das famosas revistinhas, que são distribuídas desde 1990,

Com base no que? Repito: com base no nada.

Este é somente um pequeno reflexo do que você comentou.

Abraços

Marcelo
Marcelo
Reply to  Wagner
11 anos atrás

Wagner, também costumo frequentar corridas, mas tá difícil. Este ano levei meus garotos para “ver” (não se vê nada do sambódromo) a Indy e quase não conseguimos entrar. Um chefe de seção da tal empresa Gocil cismou que meu pequeno não tinha 5 anos (ele irá fazer 6 em novembro). Apresentei o documento dele e o meu, para provar a filiação e minha responsabilidade. Usei minha identidade de advogado, a única que carrego e que é válida em todo o território nacional. Pois aí o idiota começou a me destratar, a disse que eu poderia processá-lo (!), etc. Como esse boçal parecia ser puliça de folga e os garotos estavam com medo, deixei quieto e finalmente entramos. Mas não volto mais. É mais barato, fácil acesso, mas os organizadores tratam muito mal mesmo. Em um sábado desse ano fomos a Intelagos ver a Classic Cup. Não havia 10 pessoas nas arquibancadas. As cobertas estavam fechadas, apesar da chuva. Assim fica difícil mesmo.

Lucas Thiago Ferreira da Rocha
Lucas Thiago Ferreira da Rocha
Reply to  Wagner
11 anos atrás

Wagner,

Excelente comentário. Fui esse ano com o meu filho mais velho (Rômulo de 11 anos) assistir a F-Indy, ele nunca tinha visto uma corrida de formula, só turismo e moto.
Você acredita que não queriam me deixar entrar com o meu filtro solar? Um ano antes disso tive diagnosticado um principio de câncer de pele e fui recomendado a usa-lo sempre.
O que uma bisnaga poderia fazer. Eu não sou louco de jogar um produto de R$ 60,00 na pista.
Só falando com um monte de gente consegui entrar com o protetor.
E outra ocasião foi ver a F1, sozinho, levei um squizzy da minha filha para que não precisasse comprar agua no autódromo. Tive que jogar no lixo senão não poderia entrar. Tive que chegar em casa e explicar para minha filha de 4 anos que ela tinha ficado sem a garrafinha dela. O que uma garrafinha ia fazer na pista. Você vai ao autódromo e é obrigado a cambrar tudo lá.

Flavio,

Adorei o seu posicionamento. É isso mesmo. Morro em Mairiporã/SP e tenho que dar uma volta enorme para ir para casa, porque os ambientalistas não deixam fazer o trecho Norte do Rodoanel.
Quando eles vão para um Congresso Ambientalista em Oslo eles vão a pé ou de bicicleta? Afinal avião também polui.

Abraço a todos,

Lucas Rocha

marcelo
marcelo
Reply to  Wagner
11 anos atrás

passei por isto tbm.. mas por incrivel que parece o lanche que levei em uma tuperware passou, mas o suco que levei em um squeeze, fui obrigado a beber de um gole só com meu filho e depois de quase me afogar, surpresa, um segurança vira e me fala: tudo bem pode entrar.. põe na bolso e pode ir… sensacional…

Wagner
Wagner
11 anos atrás

Amigo Flávio,

Entendo que o buraco é mais embaixo.

Como se explica o sucesso de público da Fórmula Truck?

Abraços

Diego Aranha
Diego Aranha
Reply to  Wagner
11 anos atrás

Trabalho no ramo de transportes e logística, e já recebi alguns convites, e posso dizer o que acontece com a Formula Truck: no minimo metade do público está la de graça com ingressos dados pelos patrocinadores/fornecedores a seus clientes. Mas mesmo assim a truck não deixa de ser um caso que pode ser considerado como sucesso.