GIRA MONDO, GIRA

kevinSÃO PAULO (deu tudo errado) – O garoto Kevin tinha 14 anos, gostava de futebol, torcia para o San José, foi ao jogo e voltou num caixão.

De todo o amontoado de bobagens que escreverei a seguir, nada é mais pesado do que isso e nada tem a menor importância diante da dor que a família do menino está sentindo.

Nada do que foi dito ou será vai mudar essa situação. Ele morreu, não existe mais.

Ouço e leio aqui e ali a palavra “fatalidade”. Não foi, óbvio. Tudo que pode ser previsto ou evitado não entra na categoria de “fatalidades”. Se um meteorito despencasse dos céus de Oruro e atingisse Kevin na cabeça, aí sim seria uma fatalidade. Se um escorpião venenoso se esgueirasse por dentro do tênis de Kevin debaixo da cama e o picasse mortalmente, seria uma fatalidade. Se Kevin estivesse comendo um chicharrón de cerdo e engasgasse com um grão de milho, perdesse a respiração e morresse na mesa de um restaurante, seria uma fatalidade.

Um morteiro disparado de dentro de um estádio de futebol não é uma fatalidade. É uma estupidez.

Eu divirjo da maioria, senão da totalidade, de meus colegas que recusam a tese da generalização para tentar conter a repetição dessas tragédias. “Não se pode generalizar” é a primeira coisa que ouço quando acontece qualquer coisa que envolva uma torcida de um time de futebol, seja ele qual for. Discordo. Acho que é absolutamente necessário generalizar quando o coletivo é bem maior e mais difícil de controlar do que o individual.

Desta forma, a culpa é, sim, da torcida do Corinthians. E é ela que tem de ser controlada, necessidade maior, a esta altura, do que identificar o infeliz que disparou o rojão que matou Kevin. E é punindo o coletivo, o Corinthians, que, quem sabe, assassinatos semelhantes possam ser evitados no futuro.

Calma, não é necessário ter nenhum ataque histérico diante da frase que abre o parágrafo acima. O que proponho para reflexão a seguir é quase um raciocínio estatístico, e lamento se alguém achar que estou partindo para uma discussão clubística.

Para desfazer tal impressão, vou usar como contra-exemplo (coloquei e tirei o hífen disso aí dez vezes; ficou melhor com) meu time e minha torcida, a Portuguesa. Partamos de dois números arredondados, mas não necessariamente chutados, uma vez que se baseiam em pesquisas recentes. Arredondados para facilitar a compreensão.

O Corinthians tem 20 milhões de torcedores no Brasil. A Portuguesa, 200 mil. A proporção, pois, é facílima de calcular. O Corinthians tem 100 vezes mais torcedores que a Portuguesa.

Numa amostragem de 20 milhões, como numa amostragem de 200 mil, vai-se encontrar de tudo, rigorosamente todo tipo de gente. Assim, é possível afirmar, sem medo algum de errar, que entre corintianos há, em relação aos torcedores da Portuguesa, 100 vezes mais brancos, negros, nisseis, gays, aleijados, advogados, engenheiros, padeiros (sim, padeiros também), médicos, faxineiros, prêmios Nobel, padres, evangélicos, filantropos, pilotos de avião, asmáticos, mergulhadores, dançarinos, tocadores de tuba, ricos, pobres, porteiros de prédio, executivos de multinacionais, bancários, mulheres bonitas, mulheres feias, gordos, magros, cadeirantes, bigodudos, depiladas, juízes, promotores, desembargadores, delegados, policiais, jornalistas, tatuados, alcoólatras, bandidos, mocinhos, condenados, inocentados, pacifistas, gente violenta, lúcidos e idiotas.

Portanto, quando se quiser fazer qualquer comparação, qualquer uma, de categorias humanas, sejam elas divididas em classes social, profissional, econômica, sexual ou racial, a torcida do Corinthians será sempre, em qualquer circunstância, 100 vezes mais do que a da Portuguesa. Se há um tocador de tuba no Canindé, haverá 100 no Pacaembu. Se há uma morena linda no Canindé, haverá 100 no Pacaembu. Para cada taça exposta na sala de troféus do Canindé, há 100 no Parque São Jorge.

A conclusão é que sim, é possível dizer que a torcida do Corinthians é 100 vezes mais violenta que a da Portuguesa. E 100 vezes mais pacífica, também. Só que quando se fala de multidões, e 20 milhões representam uma multidão assim como 200 mil, individualizar a discussão perde o sentido e resulta em medidas inócuas. Trata-se de coletivos. Uns maiores — corintianos, flamenguistas, são-paulinos, vascaínos, palmeirenses, gremistas — e outros menores — juventinos, xavantes, lusos, americanos. E os indivíduos que fazem parte dessas coletividades dificilmente serão atingidos individualmente por punições se o coletivo não o for.

No Brasil, sei lá se no resto do mundo é assim, o medo de generalizar só emerge quando se trata de algo negativo. Às dezenas de ocorrências envolvendo a torcida do Corinthians, todos se apressam em clamar que “não é a torcida toda”. É óbvio. Tão óbvio, que desnecessário dizer. Mas, por outro lado, generaliza-se para o bem, porque é de bom tom afagar a massa. Quando se encontra um corintiano humilde que vendeu a geladeira, o fogão e a bicicleta para ver o time no Japão, todos se apressam em clamar que “a torcida do Corinthians é diferente, apaixonada, não mede esforços etc”. Aí a generalização é aceita. Mesmo sabendo-se que entre os 50 mil que foram ao Japão, havia também escroques, estelionatários, traficantes e proxenetas. Mas ninguém afirma, ao encontrar um desses, que “a torcida do Corinthians é diferente, um bando de procurados pela Justiça e ex-presidiários, não liga a mínima se está viajando com dinheiro fruto de ilegalidades”.

Tem de tudo, do humilde apaixonado ao bandidão que roubou dinheiro da merenda escolar, e assim não é possível determinar com precisão qual é o perfil majoritário que integra essa coletividade. Não é justo dizer que corintiano é tudo bandido, como é impreciso afirmar que é tudo apaixonado com auréola de santo. Mas é seguro afirmar que a torcida corintiana é violenta, porque o ser humano é, a sociedade é, e quando mais indivíduos qualquer grupo agrega, mais “tudo” ele é. Violento, inclusive. Donde é possível afirmar que a torcida do Corinthians é 100 vezes mais violenta que a da Portuguesa, pela única e simples razão de que ela é maior. 100 vezes maior.

O caso do futebol é bastante específico e há farta literatura disponível sobre o conjunto de medidas possíveis para reduzir a violência, inibindo os indivíduos de praticá-la a partir de punições coletivas, uma vez que é virtualmente impossível identificar e punir indivíduos que fazem parte de grandes massas humanas. O caso mais clássico é o da tragédia de Heysel, na Bélgica, em 1985, na final da Copa dos Campeões entre Liverpool e Juventus. Os hooligans ingleses já estavam fora controle havia muito tempo, espalhando o terror pela Europa, e nada era feito, até a briga generalizada que matou 38 pessoas no estádio de Bruxelas.

Entre as medidas punitivas impostas pela UEFA esteve a suspensão de TODOS os times ingleses de competições continentais por cinco anos. Não sei quantos hooligans foram presos e condenados. O que foi possível pegar, creio que pegaram. Mas o espírito da punição foi esse, coletivo. Não se atacou apenas uma torcida organizada, que poderia ser proibida de entrar nos estádios, ou um grupo específico de beberrões que se reuniam num determinado pub da cidade para sair barbarizando por aí. Nem mesmo o Liverpool, que poderia ter sido suspenso individualmente — digamos que, nesse caso, o Liverpool poderia ser comparado a um indivíduo entre o coletivo de “indivíduos” representados pelo conjunto de outros clubes.

Não. Coletivizou-se a condenação: toda a Inglaterra, por cinco anos. E foda-se.

O resultado, como se sabe, é que nunca mais algo parecido aconteceu em competições europeias, com as exceções de praxe — Sheffield, por superlotação, pancadarias isoladas na Grécia e na Turquia etc; os ingleses saíram do noticiário policial, ao menos com a frequência que lhes era dedicada. Não resolveu o problema integralmente, porque estamos falando da espécie mais mal-sucedida do planeta, o Homo sapiens, mas ao menos reduziu-se a violência ao ponto de ela poder ser controlada, o que já é alguma coisa.

O que aconteceu ontem na Bolívia poderia não ter acontecido se, por exemplo, o Corinthians (ou TODOS os times brasileiros) tivesse sido suspenso de todas as competições sul-americanas por cinco anos depois que sua torcida (OK, não foi toda, não precisam repetir o tempo todo) tentou invadir o campo no Pacaembu para bater em seus jogadores e nos do River Plate, em 2006. Sabe-se lá como aquela turba enfurecida foi detida por meia-dúzia de policiais que seguraram a massa literalmente no peito. Uma enorme tragédia poderia ter ocorrido. O Corinthians ficaria cinco anos sem Libertadores. Seus torcedores pensariam duas vezes antes de fazer algo parecido. O infeliz que disparou o morteiro e matou Kevin ontem, consciente de que seu clube, sua grande paixão, sua vida e seu amor poderia ser suspenso de novo, talvez enfiasse o rojão no próprio rabo, em vez de disparar contra outras pessoas.

E isso vale, obviamente, para qualquer indivíduo e para qualquer torcida. Se um manuel ou joaquim qualquer fizer isso no Canindé um dia, defenderei o mesmo rigor — como fiz, na TV, quando um paspalho invadiu o vestiário da Portuguesa com seguranças armados outro dia, fazendo com que jogadores e técnico se sentissem ameaçados; falei na TV que o correto seria rebaixar a Portuguesa para sei lá qual divisão, assim como deveriam ter rebaixado o Coritiba para o Desafio ao Galo quando seus torcedores promoveram cenas de horror no Couto Pereira no rebaixamento de 2009.

O que é preciso entender é que para controlar enormes coletividades, só com grandes punições e ameaças de. Não vai acontecer rigorosamente nada de realmente sério nesse caso de Oruro. Uma multa para o Corinthians, talvez, ou a prisão do responsável se ele for identificado. Mas a Conmebol não é uma entidade que tenha estatura moral para fazer nada, ela que há décadas é conivente com espetáculos de selvageria nos estádios de todos os países da América do Sul (Brasil, inclusive).

Kevin poderia estar vivo se não fosse a estupidez coletiva que passa pelas autoridades bolivianas, que não revistam os torcedores, pelos idiotas que vendem sinalizadores, morteiros e rojões que nada mais são do que armas de fogo, pelas autoridades que não proíbem explicitamente a entrada de tais artefatos nos estádios, pelos clubes que sustentam torcedores pau-pra-toda-obra, pelos acéfalos que acendem um rojão e miram nos caras que torcem para outro time, pelos amigos dos acéfalos que sabem que eles, mais cedo ou mais tarde, farão algo parecido.

Se prenderem o rapaz, ou a moça, que disparou o morteiro, azar dele, ou dela. Não creio que isso vá inibir outros corintianos, ou torcedores do Peñarol, ou do Boca, ou da Portuguesa, ou do Grêmio Barueri. “O cara se fodeu”, dirão. E continuarão fazendo suas merdas em maior ou menor quantidade dependendo do tamanho do grupo ao qual pertençam.

Punam o clube, ou o país, e a coisa começa a estancar.

ATUALIZANDO

Na noite de quinta-feira, a Conmebol, surpreendentemente, determinou que todos os jogos do Corinthians pela Libertadores, em casa, acontecerão com portões fechados. E que nas partidas fora do país não serão vendidos ingressos aos seus torcedores. O Corinthians pode recorrer (e vai) e a medida poderá ser derrubada. Tomara que persista. É pouco, para o tamanho da tragédia, mas já é um começo.

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Elder Tanaka
11 anos atrás

Se é para generalizar, Flávio, vamos fazê-lo direito. Troque no texto “torcedores do Corinthians” por “torcedores brasileiros”. Ou “torcedores sulamericanos”. E vamos fazer como na Inglaterra.

Cronos
Cronos
11 anos atrás

A melhor análise sobre a tragédia até agora.Gostaria,apenas,de fazer duas considerações:
1)Segundo pesquisa do IBGE(2010) 43% da população não gosta de futebol.Preferem as novelas e/ou os Shows das duplas sertanejas.Portanto,acho que a torcida corintiana não chega a 20 milhões;
2)Tenho um amigo morando no Japão há mais de 10 anos e,segundo ele,a torcida corintiana presente lá no mundial da Fifa,com muito boa vontade,talvez,chegasse a 10 mil torcedores.Não sei de onde você tirou esses 50 mil.

Rolf Bateman
Rolf Bateman
Reply to  Cronos
11 anos atrás

Não vejo como essas considerações podem ajudar a aprofundar o debate. Ao meu ver, só desviam o foco do texto, que é a morte de uma pessoa, e não a quantidade de torcedores de um clube.

Cronos
Cronos
Reply to  Rolf Bateman
11 anos atrás

Pode até ser,mas o costume que a mídia tem de superestimar números e feitos de uma determinada torcida,via de regra, leva essa torcida a considerar-se acima do bem e do mal.

Paulo Pinto
Paulo Pinto
Reply to  Cronos
11 anos atrás

Cronos, concordo plenamente com o segundo post.

Sandro Macedo
Sandro Macedo
11 anos atrás

Não tem tanto a ver com o post, mas muito a ver com esporte.

Para esses animais sanguinários lembrarem pra que serve o esporte.

http://extratime.uol.com.br/ainda-existem-boas-pessoas-no-esporte/

Alexandre Vigas
Alexandre Vigas
11 anos atrás

Magistral.

Gisan Vitoria
Gisan Vitoria
11 anos atrás

Acho que deveria se combater as causas do problema, ou seja, punir e treinar o comandante e seus comandados da polícia. Punir o árbitro e auxiliares da partida, que deveriam exigir ao comandante a retirada dos artefatos que foram apresentados já na entrada das equipes, também o clube que é mandante e conhece as regras da competição e portanto deveria se impor, deveria também punir os organizadores de excursões que não fiscalizam o que seus excursionistas estão levando, a polícia de fronteira que não fez revista, as lojas que vendem este artefato sem exigir documentação ou autorização de quem compra e os fiscais federais, municipais ou seja quem for que deveria estar fazendo o seu trabalho corretamente e não o fez. Generalizar a punição aos clubes, torcidas ou até uma nação, é como proibir todo mundo de andar de carro por causa dos barbeiros drogados ou não que vivem matando e se matando pelas estradas a fora, isto sim é infinitamente mais grave e acontece a cada minuto neste país.

Fábio Alisson de Oliveira
Fábio Alisson de Oliveira
11 anos atrás

Flavio,

É muito ingênuo quem pensa que punir uma torcida de assisitir aos jogos no estádio, ou até mesmo banindo um time de uma competição, irá resolver o problema da entrada de objetos proíbidos no estádio. Seus companheiros da ESPN do RJ mesmo fizram uma repostagem ontem na qual entraram sem dificuldade nenhuma no Engenhão com um sinalizador de quase 30 cm na mochila, a revista policial foi praticamente inexistente, assim como foi inexistente a revista policial em Oruro.

Não adianta tomar uma atiude apenas olhando um lado. Tem que tomar uma atitude olhando todos os lados. Independente de qualquer punição a clube, quem quiser entrar no estádio com rojões, sinalizadores, bombas e drogas, vai continuar entrando se o problema não for tratado como um todo.

Na minha opinião, o que deveria ser feito no caso do Corinhtians:

– Prisão por homicio de quem atirou o foguete e matou o garoto (Não foi fatalidade, foi homicídio);

– Prisão a quem quer que tenha sido pego com foguetes, sinalizadores, bombas e qualquer outra coisa que tenha a entrada proíbida no estádio;

– Punição ao Corinhtians (Seja perdo de mandos, jogos sem torcida, etc);

– Punição igual ao San José, afinal, todo que cerca o jogo é de responsabilidade do mandante. Se algum idiota entrou no estádio com um artefato explosivo proíbido, foi porque a policia não fez a revista que era necessária.

Essas medidas sim iriam no sentido de aumentar a segurança nos estádios e fariam com que os criminosos pensassem duas vezes antes de cometer os delitos.

Punir só o Corinthians é uma pura questão de atendimento à pressão pública e da mídia sobre a Conmebol. Ou pune-se todos os responsáveis, ou não pune ninguém. Li em algum lugar que a imprensa boliviana está pressionando a polícia local para que eles também assumam a responsabilidade de ter permitido que uma pessoa entrasse com fogos de artíficio dentro do estádio. Gostaria de ver a imprensa brasileira fazendo os mesmos tipos de questionamentos.

Abs e parabéns pelo blog!

Rodrigo
Rodrigo
11 anos atrás

Seria um ato de Nobreza, por parte do Corinthians, aceitar a punição. Seria educativo inclusive para as outras torcidas e seria nobre no tocante a esfera moral do ocorrido. Mesmo sendo palmeirense de coração, morreria de inveja da gambazada se tivessem esta atitude. No entanto, oque vemos é uma bando de loucos, tanto torcida como diretoria, tentando se esquivar de punições de todas formas possíveis e imagináveis (inclusive as inimagináveis vide o menor apresentado, oque soa muito estranho). Que a torcida uniformizada do Palmeiras tire as lições do que esta acontecendo, vejam a vergonha que os integrantes da uniformizada deles estão causando ao clube e aos tocedores ditos “normais”. Oque vale um titulo mundial diante dos fatos que ocorreram semana passada ?

pc
pc
11 anos atrás

Concordo em genero , numero e grau. Parabens pela sua coragem. O restante da sua classe com raras exceções, tá se cagando de medo . Não passam de um bando de sicofantas.

Marco Aurélio Leite da Silva
Marco Aurélio Leite da Silva
11 anos atrás

Pois é… Concordo integralmente com a postagem. Mesmo com a ressalva de que já é um começo a punição anunciada (e, realmente, é), acho que é muito, muito pouco.

herminio fernandes
11 anos atrás

PERFEITO FLAVINHO….MAS A NAÇAO NAO TEM QUE SE PREOCUPAR MAIS…VEM AI O “DI MENOR”

Marcelo
Marcelo
11 anos atrás

Gaviões apresentará garoto de 17 anos como autor de disparo, diz jornal
http://esporte.ig.com.br/futebol/2013-02-24/gavioes-apresentara-garoto-de-17-anos-como-autor-de-disparo-diz-jornal.html

Gaviões, bando de covardes!!! Cobrindo assassinos em cima de um menor vendido. “Timão”, toma vergonha nessa cara safada!!!

helio
helio
11 anos atrás

Parabens Flavio , muito boa sua matéria. Deveria ser publicada e lida por muita gente que pode fazer mudanças nas leis e criar novas regras de segurança para estádios de futebol, boates e outros locais …. não é mera coincidência, pode ser até um sinal, mas este ano estes tais sinalizadores tem causado grandes tragedias e é urgente rever a sua livre comercialização e também a permissão da entrada de torcedores nos estádios com eles.

Raphael Russo
Raphael Russo
11 anos atrás

Flávio Gomes, faço das suas as minhas palavras!

Para alguns seres da espécie mais mal sucedida, o Homo Sapiens, é difícil entender que a VIDA é mais importante que a paixão por um clube e que nesse caso, punir só o culpado pela morte não é o suficiente para iniciar-se um movimento em prol de uma nova mentalidade para torcedores brasileiros! Aliás não é nova… é aquela mesma mentalidade que nossos avós tinham quando iam assistir futebol!
É por isso que devemos “odiar” o futebol moderno!

Saudade do antigo futebol! Sim, aquele que só conheci por livros ou ouvi falar!

Claudio
Claudio
11 anos atrás

Que tal convidar os dirigentes de clubes de futebol e suas familias para assistir jogos de futebol na arquibancada, bem no meio das torcidas organizadas, para ver o quanto é “seguro” frequentar um estádio hoje em dia ? Seria divertido, não ?

José Manoel
José Manoel
11 anos atrás

Parabéns pelo texto. Concordo com você. É realmente uma pena a Comenbol não ter envergadura moral e competência para agir de forma rigorosa e implacável. O pior é termos que esperar aconterecer uma tragédia destas para que todos comecem a refletlir. O menino morreu e não volta mais, isto, não pode ser remediado. O que podemos fazer é tentar evitar que casos sememelhantes voltem a acontecer.

Fabricio
11 anos atrás

Grande FG,

Primeiro de tudo o pessoal nos comentários esta misturando duas coisas.

Juridicamente o torcedor que soltou o sinalizador tem que ser punido. Fato. Foi um homicídio e ele tem que pagar por isso.

No lado esportivo pouco importa essa conversa se o clube deve ser punido ou não. Existe um regulamento, um código diciplinar que foi aceito pelo Corinthians onde diz que o clube é responsável pelos atos do seu torcedor dentro e fora de casa. Ponto final. É justíssimo.

E por fim, falando do lado humano da coisa, o coletivo tem que ser punido com toda certeza. Quando um torcedor faz merda e os outros idiotas dão todo suporte, o acobertam e ainda batem palma, tem que se punir todo mundo.

“Ahhh mas não é justo 20 milhões pagarem por um” diria algum filósofo torcedor. Que se foda, É justo um garoto de 14 anos morrer desta forma vendo um jogo de futebol? Que os dois times sejam banidos por 5 anos, que se pare e termine a Libertadores deste ano agora mesmo. E que por mais extremo que seja uma punição, ela nunca será suficiente. É inaceitável que pessoas morram dentro de estádios.

Poderia ter acontecido em um derby contra o Palmeiras, em um jogo contra a Lusa ou contra o Ibis. A vítima poderia ser qualquer um, eu, um de vocês ou seus filhos. Já basta!

Fabricio - Poços de Caldas
Fabricio - Poços de Caldas
Reply to  Flavio Gomes
11 anos atrás

Corretíssimo FG.

Eu ainda não havia pensado nisso. Perfeito.

E errei ao usar o temo “pagar”. Pagar o que cara pálida? Nada paga uma vida humana. Parece que é um grande sacrifício não poder ir a um estádio ver o time jogar por um tempo.

Se pudesse salvar uma vida eu ficaria facilmente anos sem ver a gloriosa Caldense aqui no estádio Ronaldão que é o estádio mais charmoso de Minas Gerais.

Quem protege esse tipo de gente tem sangue nas mãos e não são tão diferentes dos que defendem o tal ‘tiozão da hornet”.

Essa sociedade ta uma merda.

RTL
RTL
Reply to  Fabricio
11 anos atrás

Certo Fábio… uma simples analogia pra quem gosta de F1: um Torcedor da Ferrari em Silverstone mata um da Caterham e teremos GP de Monza com portões fechados… Gênio vc… E nem fale que é outro esporte outro público… A virtude da lei é tratar igual os desiguais. Procure estudar o que foi na Inglaterra com a torcida do Liverpool, como foi bem lembrado pelo seu colega PVC da ESPN, não se pune o coletivo por ato de um(ns) indivíduo(s). Você sugere que a instiuição Corinthians deve sofrer punição com portões fechado e levar um baita prejuizo por que 2 caras erraram. O governo local é o responsável pela segurança. Assim fica fácil, entro num jogo do São Paulo rival do Corinthians, apronto uma e deixa o São Paulo pagar com portões fechados e perda de mando de campo… Não é pq torço pelo Corinthians, achei baixa a atitude da torcida do Santos hostilizando o Ganso. Proibir este torcedor de ir ao estádio permanentemente, e, fazendo-o ir a uma delegacia no horário do jogo e de lá sair só 2 horas depois, acho que poderia ser o caminho.

Flavio Pontes
Flavio Pontes
11 anos atrás

Concordo com tudo e apoio 100% – Toda punição é ainda pouco para o que aconteceu – não podemos mais permitir que em jogos de futebol hajam mortes

Bruno Cabral
Bruno Cabral
11 anos atrás

O time da Bolivia tambem deveria sofrer punicao da Conmembol. A segura no estadio deveria ser feita por parte deles….

Enko
Enko
11 anos atrás

por morar perto do canindé conheci muitos torcedores da lusa, desculpe flavio, mas na década de 80 eles eram considerados os mais violentos de sampa.
não, torço nem para a seleção brasileira em futebol, mas acho,que a culpa se deve também aos policiais que estavam fazendo a revista na entrada, (se é que o fizeram. e se o, fizeram, não o fizeram corretamente, pois também havia artefatos na torcida boliviana),
cito um fato que aconteceu quando,tinha uma auto-peças, certo sábado apareceu um sujeito querendo comprar um cabo de bobina do fusca,,comm informei só vender o jogo, completo, ele acabou por adquirí-lo e foi embora, 2 horas depois surge uma senhora segurando 4 cabos,de vela nas mãos perguntando se alguém havia comprado os mesmos lá.
ao afirmar que sim ela me xingou dizendo que eu não poderia tê-los vendido pois o comprador usou o cabo da bobina para roubar seu precioso fusca cujo cabo estava em sua bolsa?
sou culpado por isso?
pode o time ser culpado por ato irresponsável de um membro de sua torcida, membro esse quem o time desconhece?

Nelson
Nelson
11 anos atrás

É por isto que apesar de gostar de um Bom futebol nunca me pegarão em um estádio. Nada mais chato que comentaristas deste esporte que conseguem falar horas de baboseiras, nada mais mentiroso que se ouvir uma transmissão pelo rádio e assistir na televisão, são 2 jogos totalmente diferentes. Jogador dando entrevista é outro pé no saco. Torcida organizada é só um abrigo para pessoas que não tem coragem sózinhas mas que se tornam os machões quando formam grupos, deveriam ser sumariamente extinguidas e proibidas de entrar nos estadios. Sempre achei que é um esporte para se ver na televisão sem som!!!!!

brazilhudson@hotmail.com
Reply to  Nelson
11 anos atrás

certissimo

Bruno
Bruno
11 anos atrás

De longe, o que melhor li desde quarta-feira. Parabéns pela lucidez e contundência necessária.

Mário Malerba
Mário Malerba
11 anos atrás

Flávio concordo com quase tudo que escreveu, especialmente com a questão central que é a punição coletiva para esse casos, passou da hora de adotarmos essas medidas e a Comenbol me surpreendeu positivamente no caso, só me chama atenção o seguinte trecho: “pelos idiotas que vendem sinalizadores”
A venda de sinalizadores marítimos é uma atividade legal e não uma idiotice, inclusive eles são vendidos para salvar vidas e seguramente já devem ter salvado várias, se um imbecil usa um artefato desses para tirar a vida de um garoto a culpa não é do comerciante, assim como se eu esfaquear alguém com uma faca de cozinha, comprada num comércio de utensílios domésticos, não poderemos culpar a loja.

artur melo
11 anos atrás

Está provado que o cara não tem que ser formado no MIT , Phd em logica matematica,doutor em estatistica para compreender a burrice dos homens.Basta usar a inteligencia e o bom senso,ter uma visão isenta e então gerar um artigo como o do FG.Só isso.

Eduardo Britto
Eduardo Britto
11 anos atrás

Sou corintiano, mas é por coisas assim que penso em mudar de time, e começar a torcer pelo time da Cidadania. Aquele que faz gols ensinando a viver em sociedade. É fundamental baixar essa HISTERIA TODA-PODEROSA, um comportamento de manada regido por cerveja e UFC, que só conduz à merda. Punição rigorosa! Sete jogos sem torcida em São Paulo será de bom tamanho pra baixar a testosterona a níveis civilizados. FG, sua lucidez nos ilumina. Valeu!

emerson57
emerson57
11 anos atrás

demorou, tem que haver câmeras em todo lugar público em que há aglomeração de pessoas. corrida de automóvel, reunião de condomínio e jogo de futebol.
se pegam o maluco, sem sombra de dúvida, que soltou o foguete,
e ele paga por isso, ótimo.
penalizar todo o grupo também é desejável e correto.
afinal o atrevimento de um para soltar o foguete, atirar pedras ou dar tiros é sustentado pelo grupo.
pegaram o rojas pelo filme de uma câmera,
o josé çerra, aquele da bolinha de papel, idem.

Isaias
Isaias
11 anos atrás

Tirando a estatística “bruta” que você discorreu, o texto é muito bom, mesmo você sendo publicamente contra o Corinthians, como disseram anteriormente.
Embora eu tenha a opinião de que a generalização da pena não seja a pena mais justa, pelo fato de que a culpa ser individual, tenho que concordar com algumas opiniões que você expressou.
As torcidas organizadas já passaram da hora de serem extintas, a dor da família de Kevin é algo impensável e os culpados devem ser punidos nos rigores da lei da Bolívia.

Cezar Augusto
Cezar Augusto
11 anos atrás

Está faltando SENSIBILIDADE às pessoas. Não esqueçam que mataram um garoto de 14 anos, uma criança. O único que disse uma coisa sensata foi o técnico Tite, “que trocaria o título mundial pela vida do menino”.

Denis
Denis
11 anos atrás

Flávio,

Precisa ir mais longe do que o caso da Libertadores contra o River Plate, já que em 1989, um fato quase similar rendeu até capa de revista masculina para a envolvida no disparo. E o absurdo não para por aí, já que quem poderia ter morrido, no caso o goleiro Rojas, “apenas” por ter simulado foi banido do futebol pela FIFA, entidade máxima a qual pertence a Conmebol.

Não acredito que devemos fechar o senado pois só tem corrupto, nem que todo mexicano quer cruzar a fronteira dos Estados Unidos e nem que todo corinthiano é maloqueiro e sofredor, e estas afirmações, são quase unanimidades, que também, são burras.

Generalização é sim perigoso, pois assim, todos que estarão no estádio, serão declarados culpados até que provem o contrário.

Agenor
Agenor
11 anos atrás

Não confunda: a punição por Heysel não mudou o futebol inglês. Revolução foi provocada por outra tragédia

“…A Tragédia de Heysel é um marco na história do futebol e do hooliganismo. Mas não foi ela nem a punição aos clubes ingleses decorrente dela que transformou o futebol inglês e tirou dos estádios europeus os episódios de violência. Três anos depois da final da Liga dos Campeões de 1985, em que 39 torcedores morreram, os torcedores ingleses ainda alastravam sua violência pelos campos da Europa. Às vésperas da Eurocopa de 1988, na Alemanha, a Uefa estudava encerrar a punição aos clubes ingleses, proibidos de jogar na Europa desde a final Juventus 1 x 0 Liverpool, em Heysel. Desistiu porque 381 torcedores do English Team foram presos por atos de violência durante o período da Euro, na Alemanha…” Texto do PVC. Vale a leitura.

hullingtom
hullingtom
Reply to  Flavio Gomes
11 anos atrás

O texto do PVC certo em parte. A punição individual deve acontecer, óbvio.

Mas quando a UEFA decidiu suspender toda a Inglaterra de competições internacionais passou o recado de que o problema não era de um time, mas do país todo.

E que se aocntecesse algo parecido envolvendo torcedores de outros países aconteceria o mesmo.

A partir daí eles se coçaram e criaram leis e regras mais rígidas em relação aos torcedores de futebol.

herminio fernandes
Reply to  hullingtom
11 anos atrás

A UEFA SUSPENDEU APENAS O LIVERPOOL…QUEM TIROU OS OUTROS TIMES INGLESES….INCLUSIVE A SELEÇAO INGLESA FOI A PRIMEIRA MINISTRA…MARGARETH TATCHER….

Agenor
Agenor
Reply to  Flavio Gomes
11 anos atrás

Concordo com você Flávio. Apenas quis aumentar o debate. Não tem como uma punição dessa não contribuir para algo melhor.

Claudio
Claudio
Reply to  Agenor
11 anos atrás

O que importa, cavalheiro, é que lá foi feita ALGUMA coisa. Ou que pelo menos ALGUMA iniciativa foi tomada. Se deu efeito ou não, não interessa, o fato é que levantaram o rabo da cadeira pra fazer alguma coisa. O que pelo jeito, só será feito quando algum parente de algum dirigente de time de futebol for vitima desse bando de desgraçados.

Eduardo Martin
Eduardo Martin
11 anos atrás

Não vamos esquecer das brigas de torcida no metro, nas ruas, brigas com data e hora marcada pela internet.Que os clubes sejam punidos por essas ações tbem.

Vivi
Vivi
11 anos atrás

Quando o assunto é Corinthians parece que as pessoas deixam um pouco de usar a razao para comentar sobre o ocorrido,como na materia,nada vai mudar q uma vida foi tirada,fatalidade ou nao.Muitas coisas devem ser refletidas nessa situação,mas nao só agora,nao so com a torcida do Corinthians,quando houve aquela guerra entre o Palmeiras e São Paulo que um torcedor morreu a pauladas dentro do estadio e centenas ficaram feridas,nao houve essa comoçao q esta tendo agora.Sim,a torcida foi punida e deve ficar fora do estadio,concordo,que o Clube Corinthians deve sim pagar uma indenização a familia que sofreu essa grande perda,concordo.O que nao concordo é generalizar a torcida do corinthians como assassina,nao é assim,todos sabemos que há violencia em qualquer torcida no Brasil,o que deve ser aprendido e levado p sempre desde outras ocasioes de violencia,é o prejuizo q isso traz ao futebol brasileiro e a mancha do pais vista lá de fora.Como dito nada vai mudar o fato pior da situação,oq nao se pode e e deve-se evitar é a ignorancia de generalizar a situação a torcida do Corinthians em geral,q seja identificado o verdadeiro autor e nao coloquem atras das grades quem talvez nao tenha nada a ver com a situação.

PAULO MARTINS
PAULO MARTINS
11 anos atrás

O Nassif linkou o seu texto lá e vc estava quase virando um herói. Mas ai o pessoal linkou o seu twitter, que de cada 10 tweets tem uns 9 xingando o Corinthians e os corintianos. Ai ficou difícil acreditar no seu repentino amor pelo menino Kevin, e fácil de se perceber que você não tem isenção alguma, nem caráter para separar as suas opiniões pessoais e conceitos do seu trabalho como jornalista.

André Luis
André Luis
Reply to  PAULO MARTINS
11 anos atrás

Mimimi.

DINO MARTINS
Reply to  PAULO MARTINS
11 anos atrás

seu comentário é digno de pena, de uma pessoa recalcada e que enxerga só o proprio umbigo.

Ernesto Silva
Ernesto Silva
11 anos atrás

A torcida da Portuguesa é civilizada e não é violenta. Só não pergunte isso para o Wagner Benazzi. E é incrível como o seu ódio contra o Corinthians é tão grande que vc apela até para argumentos tucanóides, como chamar os corintianos, que em sua maioria são de origem humilde, de bandidos e ladrões. Concluo então que o Corinthians tem uma força tão poderosa na sua psique que faz vc até abandonar conceitos progressistas para atacar os corintianos. Fantástico.

Mauricio
Mauricio
Reply to  Ernesto Silva
11 anos atrás

Acho que este cara não sabe ler.

Marcio
Marcio
Reply to  Ernesto Silva
11 anos atrás

Pelo jeito vc não gosta dos tucanos e nem sabe que FHC é corintiano.

edgard reymann
edgard reymann
11 anos atrás

Para refrescar a memória de todos: São Paulo X Palmeiras, Pacaembu, 1995. Torcedor espancado brutalmente até a morte, na famosa batalha campal, literalmente.

http://www.youtube.com/watch?v=dvXbbfhusjA

Joao Augusto Navarro
Joao Augusto Navarro
11 anos atrás

Boa noite Flavio,perfeito teu texto.Espero um dia ir a um jogo do meu Palmeiras e poder sentar ao lado de meu amigo corinthiano sem ter qualquer tipo de chateaçao por torcermos por clubes diferentes,de poder usar a camisa de meu time sem ter medo de ser atacado por outros torcedores.Fim das torcidas organizadas ja.

JOSÉ CARLOS CONTE
JOSÉ CARLOS CONTE
11 anos atrás

Sempre gostei de você, Flavinho. Agora, orgulhoso/emocionado e recompensado, te abraço. (Conte)

Marcio
Marcio
11 anos atrás

E saber que esse time ganhou do governo brasileiro um estádio pago com o nosso dinheiro.

Pereira
Pereira
11 anos atrás

Em tempo, para que não haja dupla interpretação. Gostei do texto, só acho que não podemos mais perder tempo com discussões bestas, daqui e de lá. Temos que botar o dedo na ferida e resolver essa merda!

Valeu!

Breno Azevedo
Breno Azevedo
11 anos atrás

Acho essencial nesta história agir com a frieza da legislação que trata do assunto. Na esfera administrativa, a CONMEMBOL tem um regimento interno que traz, em um de seus dispositivos, a responsabilidade extensiva do atos da torcida ao clube que é vinculada. Logo, o Corinthians tem que pagar pelos atos da sua torcida. Isso, portanto é indiscutível.

O que pode se discutir é a dosagem da pena.No direito penal, a pena é dosada pela extensão do dano proporcionado. E na mesma legislação ordinária que pode ser importada para essa tragédia, nada é mais grave que a morte. Portanto, por uma questão de harmonia entre o resultado alcançado e o dispositivo que propõe várias punições, há de se punir da forma mais drástica lá disponível que é a exclusão do clube do torneio, podendo, em sede excepcional, com o objetivo de dar sentido pedagógico a punição, proibir o clube de participar de torneios internacionais.

Civilmente, o clube ainda teria de pagar pelos danos causados ao menino, que teria de se harmonizar com o Código Civil boliviano (competência do lugar da delito) e criminalmente, apesar de muitos jogarem luz na necessidade de encontrar o autor do disparo, é perfeitamente legítima a tese de co-autoria que decretou a risão preventiva dos membros da torcida. Não há o que discutir, tem imagens de TV e perícia que detectou pólvora na mão de alguns dos detidos.

Mas não vaia acontecer nada, o Timão (???) já está reclamando porque joga de portões fechados, imagina se a exclusão for consumada. E nada acontecerá. Perderá-se uma chance de ouro. E em breves termos nova tragédia. Só não espero que a vítima seja alguém que você ame tanto quanto chora o pai do menino Kevin.

@evaristosouza83
@evaristosouza83
11 anos atrás

Não só concordo como assino embaixo.

Felipe
Felipe
11 anos atrás

Muito bom o texto, como de costume.

Sérgio Pais Junior
Sérgio Pais Junior
11 anos atrás

Sou corinthiano, já viajei para ver meu time em outros estados, finais, etc.

Infelizmente o Corinthians merece ser punido. Se um time nao for punido depois da morte de uma criança, será punido quando?
Sou a favor do Corinthians pedir para sair desta edição da Libertadores.

Espero um dia ter um, dois filhos.

Se nada for feito agora, como poderei, daqui 20 anos, levar meu filho ao estádio?

Se os torcedores pensarem na sua familia, no seu primo, no filho do vizinho, as coisas saem do fanatismo e ficam mais faceis.

Tom Morais
Tom Morais
Reply to  Sérgio Pais Junior
11 anos atrás

A unica pessoa que esta adorando esta punição é o proprio autor do disparo do sinalizador. Voces realmente acham que criminosos vão se importar de não poder ir ao estadio na Libertadores? Existem outras competições e nelas eles podem entrar. Essa punição é somente para satisfazer interesses pessoais da Conmenbol de tirar o foco de cima deles que são os principais responsáveis por qualquer tragedia que aconteça nestes estádios horrorosos onde são realizado jogos da Libertadores. A unica coisa que resolveria esse problema, não so da morte do menino mas dos Palmeirenses que quebraram o pacaembu no ano passado, os palmeirenses que agrediram uma policial feminina dentre muitas outras situações é terminar a IMPUNIDADE. Tem de colocar esse cara na cadeia e ele tem de pegar 20 anos. Tem de colocar na cadeia quem agride outro torcedor, tem de ter penas individuais pesadas, ai sim o cara vai ter medo. Voce acham realmente que eliminar o Corinthians de uma competicao ou impedir que torcedores honestos assistam os jogos vai mudar o comportamento destes criminosos? Claro que não! Somente o MEDO DE FICAR PRESO 30 ANOS pode amenizar essas desgraças. 99% das torcidas de Palmeiras, Corinthians, Sao Paulo e de outros times grandes sãoi compostas por pessoas de bem, tem de PRENDER os criminosos que usam os nossos times para promover sua má índole! Essa punição foi somente para inglês ver e não terá nenhum efeito pratico. Falam tanto da Inglaterra que ficou fora 5 anos de competições e isso resolveu o problema. Isso é a mais pura mentira, os Hollingans continuaram a se matar nas imediações dos estádios, depois de 5 anos NADA MUDOU, o que mudou foi a mentalidade do poder publico e das leis, cameras foram espalhadas e os torcedores que eram pegos brigando ou ficavam presos ou era impedidos durante, em alguns casos, anos de assistir seu time jogar. Eram obrigados a se apresentar a policia. Isso é justo, tirar do estadio a parte podre, agora tirar do estadio os outros torcedores é um ABSURDO!

Haroldo
Haroldo
Reply to  Tom Morais
11 anos atrás

Sr. Tom , o sr. fez um belo complemento…alem de punir as torcidas como sugeriu o Flavio…punir individulmente, é isso aí …assim fica perfeito!

Thiago Basilio
Thiago Basilio
Reply to  Tom Morais
11 anos atrás

Concordo plenamente, até porque o torcedor morto pagou um ingresso.O dinheiro foi para os donos do estádio, para o San Jose e para Commebol e como contrapartida esses deveriam lhe oferecer no mínimo segurança.Após a morte do menino sequer interromperam o jogo.Agora que o fato tomou grandes proporções aparecem esses figurões tentando punir quem não tem responsabilidade pelo fato.

George McCrae
George McCrae
11 anos atrás

FATO: A TAL DE GAVIÕES DA FIEL É UMA MÁFIA, FACÇÃO CRIMINOSA QUE PRECISA SER ELIMINADA. JÁ APRONTOU MUITAS, COMO NO CARNAVAL DE SP DO ANO PASSADO.

George McCrae
George McCrae
Reply to  George McCrae
11 anos atrás

Infelizmente o próprio clube financia eles. O Corinthians não precisa deles pra se sobreviver já que tem a Plim-Plim para apoiar né?

José Angelo
José Angelo
Reply to  George McCrae
11 anos atrás

O pior é ouvir o advogado (acho que era advogado, ou algo que o valha) dizer na TV que “o clube e a torcida organizada são duas instituições distintas, não podendo o clube ser responsabilizado pelos atos da torcida”.

Engraçado, e quando é pra dar ingresso de graça pra lotar jogos?

Acho que só a torcida é “fiel”, o clube não. Detalhe, perguntaram pro Mauro Naves (que está em Oruro) se o Corinthians disponibilizou algum advogado pra dar assistência aos 12 “criminosos” presos em Oruro. A resposta? Adivinhem… claro que não. O clube tá lavando as mãos, colocando a culpa na torcida, no San José por ser o mandante… vão tira da reta bunitinho.

Na hora do “ruim” é sempre assim.

Sérgio Roberto
Sérgio Roberto
11 anos atrás

Flavio,como vc mesmo colocou eles são 100 vezes maior em tudo,inclusive no poder,e ai entra a paixão clubistica,aquela mesma que faz algumas pessoas se indignarem com suas palavras,estas pessoas não veem o ocorrido só se importam com o clube,é uma pena o povo ser assim tão cego!!

Juca
Juca
11 anos atrás

Perfeita e merecida a punição. Perguntem se a torcida do Coritiba vai invadir novamente o gramado para repetir a barbárie de 2009. Não, pq o clube sofreu durante 6 meses sem mando e sem torcida (e ainda acho que foi pouco)

pedro Paiva
pedro Paiva
11 anos atrás

Sou corinthiano. Que essa seja a primeira de várias punições da Conmebol aos times sulamericanos. O Corinthians deveria ter sido excluído da competição, saiu barato.

Fernando
Fernando
11 anos atrás

Sou corinthiano e acredito que jogar com os portões fechados é pouco. O time deve ser excluído da competição e os seus dirigentes, por apoiarem bandidos travestidos de torcedores, devem ser banidos do futebol.

Mario Merigo
Mario Merigo
11 anos atrás

Discordo Flávio, se for pra generalizar, pq a torcida do San Jose nao foi punida? Não atacaram objetos nos gramados e acenderam sinalizadores? E no jogo de ontem? Eu sei que não mataram ninguem, mas se for do jeito que vc falou não pode haver excessoes.
E em relação “Se prenderem o rapaz, ou a moç… Não creio que isso vá inibir outros …. “O cara se fodeu”, dirão… E continuarão fazendo suas merdas…” COMPLETAMENTE ERRADO. Aqui em são paulo vc acha que a torcida nao leva sinalizador pq? pq a revista é boa? Não! Pq eles sabem que no proximo jogo serão proibidos de entrar com bandeiras, faixas e instrumentos musicais. E quando um acende os que estão proximos logo tratam de jogar ao chao e pisar até apagar e depois ainda dõa uma bronca nele.É possivel sim punir de uma maneria mais equilibrada e nao generalizada!

Palomino
Palomino
Reply to  Mario Merigo
11 anos atrás

Justamente, camarada: todo mundo apaga o sinalizador porque sabe que, se um babaca acender, a torcida toda se ferra, fica sem o direito de entrar no estádio com bandeiras e instrumentos musicais. Entendeu a lógica? Um fez merda, pau na torcida inteira. Isso cria um clima ruim para quem quer tomar atitudes não muito saudáveis, como as de disparar sinalizadores contra a torcida adversária…

Mario Merigo
Mario Merigo
Reply to  Palomino
11 anos atrás

Eu Concordo Palomino, mas desde que não seja um “exemplo errado” só o Corinthians está sendo punido. Vai dar a impressão para aqueles IDIOTAS que podem fazer tudo, derrubar alambrado, jogar pedra, sinalizador, etc. “Só” não vale matar…

Guilherme
Guilherme
Reply to  Mario Merigo
11 anos atrás

Não dá para equilibrar uma punição quando um garoto é morto dentro de um estádio por um objeto que atinge 300 km/h lançado por um boçal.

Tiago Guerra
Tiago Guerra
11 anos atrás

Excelente reflexão. Curtido e compartilhado.

Thiago
Thiago
11 anos atrás

Fala Flávio,
Pergunta de um corintiano: Como você consegue ler e responder tanta idiotice nos comentários????
Continue prestando bons serviços ao jornalismo.