LOS HERMANOS

dofangioleilaoSÃO PAULO (calma) – O Daniel Tevez mandou a imagem ao lado, mas sem maiores detalhes — e estou com preguiça de procurar; para isso servem os blogueiros!

De qualquer forma, dá para entender. O carro que foi de Fangio será leiloado em julho e os argentinos estão se mobilizando para que ele seja comprado por alguém do país, para que possa, provavelmente, fazer parte do acervo do espetacular museu dedicado ao pentacampeão mundial em Balcarce.

Dia desses mostramos o Toleman de Senna de 1984, que também está à venda. Até sugeri que alguém no Brasil comprasse. Mas, na prática, não haveria onde expô-lo. Exceto, claro, junto ao acervo do Paulo Trevisan em Passo Fundo. Mas o Paulo é um guerreiro solitário nesse negócio de preservar a memória do automobilismo brasileiro.

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Felipe AG
Felipe AG
11 anos atrás

Juan Manuel Fangio… Para mim foi, é e será o maior piloto que a F1 da história. Essa flecha de prata foi feita sob medida para o argentino de Balcarce; que foi para a Europa – continente de seus pais, mas de só ouvira falar, já quarentão a mando de um outro Juan, el caudillo Perón, o qual comprou uma Ferrari para Fangio pintada em azul e amarelo. Boquense? Não que se saiba. Fangio foi o melhor porque fez como César na antiguidade: veio, viu e venceu. Foi, como já disse, quarentão; viu que podia bater os ases da época; e venceu cinco campeonatos em, salvo lapso, oito disputados. E com três carros diferentes: Ferrari, Alfa Romeo e Mercedes. Fangio ainda por cima sobreviveu. Sobreviveu em uma era em que a morte era tão corriqueira nos autódromos improvisados de outrora quanto às bandeiradas aos vencedores. Outro vencedor, Ayrton Senna,há exatos 20 vinte anos, vencia o GP Brasil de F1. Senna, a quem Fangio, o maior de todos, considerava seu sucessor. Naquele pódio em uma tarde de domingo em Interlagos, Fangio foi quem deu o troféu de vencedor àquele que considerava seu herdeiro nas pistas, Senna. Naquele pódio, havia outro futuro campeoníssimo, que chegara em terceiro, o alemão Michael Schumacher. O segundo colocado foi o inglês Damon Hill, que seria “apenas” campeão uma vez. Não consta nos anais, que os três maiores da história, Fangio, Senna e Schumacher, estivessem estado juntos, em público, em outra ocasião. Naquele pódio de Interlagos, estiveram. Somando-se tudo, são dezesseis títulos mundiais: os sete do alemão, os cinco do argentino, os três do brasileiro e o do inglês. Dezesseis! Que algum mecenas faça justiça, compre a flecha de prata, e a faça repousar em Balcarce perto daquele que mais magnificamente a pilotou, Juan Manuel Fangio. O melhor de todos.

Felipe AG
Felipe AG
Reply to  Felipe AG
11 anos atrás

Flavio, peço desculpas pelos erros de digitação acima. Escrever em celular, desses com tela touch screen, é uma m…

Roberto Fróes
Roberto Fróes
11 anos atrás

Eu tive a sorte de vê-lo nessa Mercedes, aqui no Rio de Janeiro.
Deu várias voltas na pista de Jacarepaguá.
E para quem pichou alguns de seus campeonatos, esqueceu-se que o regulamento previa isso? Estava ao alcance de qualquer um…
Os regulamentos nunca agradam a todos, vejam o atual, cheio de absurdos como sempre. Mas tem que ser seguido!

Levi Davet
Levi Davet
11 anos atrás

Se eu fosse a Cristina, financiaria a compra de algum modo… Já não basta perderem as Malvinas, não podem perder a Mercedes do Fangio também.

Fangio, aliás, que creio não ter sido homenageado da devida maneira pela marca da estrela de três pontas. A homenagem mais recente que a Mercedes fez a um de seus pilotos em um carro de rua foi a edição “Stirling Moss” do esportivo SLR. Justo, porque Moss pilotou e ganhou título com o lendário 300 SLR na década de 50, mas mesmo assim fica a bronca. Foi preciso um argentino, Horacio Pagani, para encarnar em uma máquina o espírito do pentacampeão Fangio. Essa máquina foi o Pagani Zonda. Que usa motores Mercedes, é verdade, mas não é um Mercedes “oficial”.

Tevez
Tevez
Reply to  Levi Davet
11 anos atrás

Levi…. tem uma dessas em Balcarce no Museu….e a 196R a que esta lá, é idêntica a que será leiloada. Ela é linda

Fangio enquanto viveu foi Presidente Honorario da MB Argentina e até hoje uma reventa Mercedes de Buenos Aires é Fangio e sempre mandaram a ele o último lançamento de carro a Buenos Aires.

Ele sempre foi tratado na Alemania pelos médicos da sua saúde….

Martim
Martim
11 anos atrás

Olha aí, Flavio, um belo vídeo dos carros que Fangio, e um desfile dos mesmos no circuíto de Goodwood.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=z1sdYSeX7cU

Tevez
Tevez
11 anos atrás

Fui mal Gomes, é isso sim, esta sendo leiloada a Mercedes do Fangio mesmo.

Como sou argentino e leio português se virem pra ler em argentino ….Ta aqui

El 12 de julio próximo, la casa de Subastas Bonhams una de las más importantes del mundo, subastará, en Inglaterra, el Mercedes Benz W196 con el que nuestro “Chueco”, el más grande: Juan Manuel Fangio, se consagrara en 1954 y 1955.

Robert Brooksm, presidente de esta prestigiosa empresa de subastas asegura el orgullo que siente de poder ofrecer uno de los autos mas representativos y con mayor historia del automovilismo.

Este auto representa mucho más que la suma de datos técnicos, es un símbolo, parte de nuestra historia, la imagen del orgullo, una serie de sentimientos que exceden cualquier explicación y una muestra del pasado para las generaciones actuales y por venir.

Sabemos que nuestros país tiene necesidades mucho más importantes, salud, educación, seguridad, etc. Con lo cual, en el orden de prioridades queda muy relegado y es correcto que sea así. Por eso, si el gobierno decidiera comprarlo con dineros destinados a los verdaderamente necesitados sería una estupidez rayana con la maldad y la demagogia.

Pero…., pero si el mismo gobierno decidiera distraer una pequeña suma del presupuesto que tiene para Fútbol para Todos y tantos otros gastos que son totalmente con fines políticos, entonces y recién entonces estaría cumpliendo con una obligación histórica como lo es: dejar entre nosotros, en un museo, sea el de Balcarce, sea cualquier otro, una pieza que marca un territorio, una historia y parte indiscutible de una figura que excedió con creces el marco deportivo para convertirse en un ejemplo de vida a seguir.

Y también, en nuestro país, hay personas y empresas que quizás tienen la disponibilidad económica para comprar el auto. A ellos les pedimos, rogamos que si pueden, traigan a “casa” este Mercedes. Es el lugar que tiene que estar.
Hay gestos que exceden las sumas y restas.

Es una expresión de deseos. No nos gustaría, termine, la Flecha de Plata en un museo del exterior o formando parte de una colección privada a la que no podamos acceder todos los argentinos.

Porque es, indudablemente: un patrimonio nacional

Tengamos cruzados los dedos……

Como o Sr é muito forrado vai que a coloca na sua coleção particular ao lado do 147

Valeu a força obrigado

Roberto
Roberto
Reply to  Tevez
11 anos atrás

Se correrem contra o tempo vcs vão conseguir a mercedes do Fangio. Já conseguiram o Papa agora só falta ganhar a Copa de 2014.

Marcelo
Marcelo
11 anos atrás

Quem diria, até você Juan Manuel Fangio?

Luigui Fagioli ficou famoso por sua determinação e por seu temperamento explosivo. Em 1934 muito antes da F-1 existir, correndo uma prova pela Mercedes em pleno Nurburgring, recebeu ordens para ceder a vitória a um companheiro de equipe. Furioso, parou o carro na beira da estrada (a corrida era disputada em uma rodovia) e voltou para casa, deixando a equipe.

Em 1951 Fagioli era companheiro de equipe de Juan Manuel Fangio, e à altura do Grande Prêmio da França o argentino disputava o título com Giuseppe Farina. Durante a prova Fangio teve problemas com seu carro, e usando um artifício permitido pelo regulamento, a Alfa chamou Fagioli (líder da prova) para os boxes e entregou seu carro a Fangio(para Fagioli ceder na liderança é porque tinha algo no contrato). O argentino venceu a prova, mas de acordo com o regulamento, a vitória e os pontos foram repartidos com Fagioli. Bom lembrar, Fagioli entregou NA LIDERANÇA e terminou em 11º lugar. Era apenas a terceira prova da temporada de um total de sete, ou seja, Fangio foi favorecido muito antes da temporada terminar.

Em 1956 Peter Collins chegou à ultima prova do campeonato em Monza numa posição em que poderia ser campeão do Mundo. Fangio liderava a corrida mas teve um problema na coluna de direção indo para os boxes. A equipe ordenou a Luigi Musso para que cedesse seu carro a Fangio(de novo?), mas o italiano recusou. Contudo, o piloto argentino teve carro para prosseguir a corrida e alcançar o título. Carro cedido por… seu rival, Peter Collins. Como podem ver, a coisa era até pior que nos dias de hoje, Collins tinha chance de ser campeão, mas foi obrigado a favorecer Fangio.

O Argentino pegou duas vezes carro na liderança pra terminar sua prova, em uma delas, pegou carro de Collins que liderava a corrida e disputava o título justamente com Fangio!

Mais tarde, quando a corrida terminou, Fangio celebrava o seu segundo lugar na corrida (vencida por Stirling Moss) e conseguia os pontos suficientes para ser campeão do mundo pela quarta vez. Perguntou-se a Collins o porquê deste gesto de aparente fair-play. A resposta foi simples, mas hilária:

“Sou demasiado novo para ser Campeão do Mundo”

Peço licença a quem estiver lendo…kkkkk

Em 1958 no temido Inferno Verde, circuito alemão de Nurburgring, Collins morreria em um gravíssimo acidente. O piloto foi cuspido para fora do carro ao bater contra uma árvore, causando traumatismos graves na cabeça. Transportado de imediato para Colônia, o inglês morreria no final dessa tarde, aos 26 anos.

Acredite quem quiser, mas eu não engoli essa desculpa “Sou demasiado novo para ser Campeão do Mundo”, Collins recebeu ordens da equipe para ceder o carro a Fangio. Luigi Musso se recusou(Fangio tinha vários capachos?), mas Collins aceitou sem reclamar bem ao estilo Coulthard!!! Collins foi um banana essa que é a verdade, tinha chance de ser campeão, mas se rendeu aos caprichos do time que bajulava Fangio. Em 56 Stirling Moss tinha 27 anos e estava acelerando pra ser campeão, essa desculpa de Collins não cola!

Alguns vão lembrar que as corridas em duplas ou trincas eram permitidas na década de 50. OK, mas porque Fangio era sempre o favorecido? O argentino nunca cedia seu carro, sempre ele era o piloto que pegava carro emprestado. Em alguns casos, sequer o carro quebrava, Fangio sentia que o carro não estava bem, parava no boxes e pegava carro do companheiro que estava melhor(basta lembrar Fagioli e Collis acima liderando). Oras, assim é fácil ser pentacampeão…E ainda tem gente que sataniza o Schumacher, o alemão sequer dependeu de pontos de Rubens pra ser campeão! Sem os pontos que Massa cedeu, Alonso não brigaria pelos títulos de 2010/12. O espanhol é um baita piloto, mas também precisa de ajuda pra se manter na briga. Não da pra fazer dramas já que vários campeões foram favorecidos!

Jogo de equipe nos dias de hoje é piada perto do que acontecia na década de 50. Se Fangio podia ser favorecido nas equipes Alfa e Ferrari, Schumacher e Alonso não podem em suas épocas? A equipe Ferrari é a mesma, o esporte o mesmo, a ética pelo jeito também não existia só importava a vitória. Collins quis sair pela tangente dizendo que foi camarada(foi é trouxa), mas o fato é que um piloto foi favorecido em Monza-56 e outro prejudicado…

Como podem ver, ordens na F-1 existem desde a década de 50, e Fangio não era nenhum “santinho”, era até pior que Schumacher. Tirar o companheiro da liderança, pegar seu carro emprestado pra terminar a prova, tenha dó! Parabéns a Luigi Musso, “o Vettel da época”. Fangio queria só filé e deixava o osso para os outros, ele tinha vários capachos a disposição, menos Musso…

Tevez
Tevez
Reply to  Marcelo
11 anos atrás

Ta bão…Era pior do que o Schumacher nem? Ainda bem que li de baixo pra cima…

Levi Davet
Levi Davet
Reply to  Marcelo
11 anos atrás

Fangio nunca jogou seu carro em cima do adversário pra ser campeão… Nem correu com carro claramente fora do regulamento.

Mário
Mário
Reply to  Marcelo
11 anos atrás

como faz falta ter um pouco de cultura geral, quem se dá ao trabalho de escrever um post tão longo podia se dar ao trabalho de entender as diferenças das gerações e das relações que as pessoas tinham em outros tempos, simplesmente ridícula a comparação de Fangio com Schumacher, mas fazer o que, a juventude de hoje não sabe um monte de coisa sobre a vida