3 DE ABRIL DE 1988

cred88SÃO PAULO (e eu lá) – Minha pauta: Piquet e Gugelmin. Ótimo. Senna daria muito trabalho. Era sua estreia na McLaren, tinha feito a pole e provavelmente ganharia a corrida. Fazia um calor infernal e no corpo-a-corpo com os colegas e anexos que cercavam o piloto, eu perdia sempre. Era baixinho e frágil. Ainda sou baixinho e frágil.

3 de abril de 1988, 25 anos atrás. Meu primeiro GP. Trabalhando, claro. Porque antes disso eu tinha ido a vários, em Interlagos e Jacarepaguá, como torcedor de arquibancada. Eram mais divertidos, devo dizer.

Eu tinha voltado para a “Folha” algumas semanas antes, depois de um mês na (em) “Placar”. Uma das ferramentas de sedução do meu editor, Nilson Camargo, para me tirar da Abril foi essa: te mando para cobrir a F-1 no Rio.

Pô, cobrir F-1 no Rio era legal. Sol, mulherada, festas, vamos nessa.

Há 25 anos, não era fácil fazer cobertura fora de São Paulo, em lugar algum. Transmitir textos, só por telex. Havia poucas máquinas na sala de imprensa montada sob uma tenda no autódromo. Às vezes o jeito era bater na máquina de escrever e entregar as laudas a um motoqueiro do lado de fora do portão, que levava o material para a sucursal, no centro da cidade, onde cada texto era digitado e entrava no precário sistema de computadores do jornal — que na época era moderníssimo, com suas telas de letrinhas verdes.

Foto, então… Tínhamos dois fotógrafos, se não me engano, em Jacarepaguá: Juan Esteves e Jorge Araújo. Monstros, dois dos maiores do Brasil. De noite, no apartamentinho alugado na Barra onde nos hospedávamos, porque era mais barato que hotel e mais perto do autódromo, eu ficava com as poderosas lentes deles espiando as meninas se trocando pelas janelas dos enormes prédios do condomínio.

Para mandar fotos para São Paulo, o esquema era o seguinte: fazer uns dez ou 15 minutos do treino da manhã, sair correndo do autódromo e se instalar no motel Monza, que ficava na avenida do autódromo — existe ainda? O dono do motel havia sido fotógrafo e tinha um pequeno laboratório no prédio da administração, não muito longe dos quartos onde a moçada trepava à vontade.

Aí Juan e Jorge revelavam os filmes em meio aos gemidos dos quartos vizinhos, ampliavam as fotos, escolhiam três ou quatro e conectavam à linha telefônica um aparelho que consistia numa caixa metálica com um cilindro anexo, alguns botões e fios que seram ligados ao bocal do telefone.

Isso feito, conectada a máquina de telefoto ao telefone, discava-se para a redação em São Paulo. Quando a ligação era completada, o cilindro onde a foto escolhida tinha sido fixada com durex começava a girar, e um sensor ótico “lia” a imagem transformando os tons de cinza em pulsos elétricos, que “viajavam” pela linha telefônica e eram convertidos novamente em tons de cinza pela máquina que recebia a ligação, imprimindo a imagem original em papel fotográfico. Se vocês não estão entendendo nada, era isso aqui.

Cada foto levava 20 minutos para ser transmitida, isso se não houvesse nenhum ruído na linha. Mas sempre havia. Então, era preciso começar tudo de novo.

Enquanto os fotógrafos se viravam para mandar as imagens para São Paulo, a gente se virava para levantar informações na pista. Nossa equipe tinha Marcos Augusto Gonçalves, eu, Mario Andrada e Silva e Marcelo Fagá — o saudoso Fagá, brilhante repórter que morreu em 2003 aos 49 anos.

Lembro o básico daquela corrida. Assisti à largada de dentro da pista, atrás do guard-rail da curva 1. Senna empacou. Largaram de novo e ele pegou o carro-reserva, o que não podia. Acabou desclassificado depois de partir dos boxes e chegar à segunda colocação. Demoraram para decidir pela bandeira preta, o que para o público foi ótimo — pôde ver algumas voltas alucinantes do rapaz. Segundo o DataFolha (a gente encomendou uma pesquisa com a turma na arquibancada), 70% dos que estavam em Jacarepaguá torceram por Ayrton, contra 23% que queriam uma vitória de Piquet, estreando na Lotus, e 3% dos que esperavam um triunfo de Prost. Prost venceu.

A pesquisa levantou mais dados interessantes: 58% acharam que Senna merecia ganhar, apenas 29% consideraram justa a vitória do francês e 59% apostavam que, mesmo tendo sido desclassificado da corrida no Rio, Ayrton seria o campeão naquele ano. Ayrton foi o campeão naquele ano. O público nas arquibancadas, de acordo com o instituto, era formado por 82% de homens e 18% de mulheres; 31% das pessoas eram de São Paulo; 29%, do Rio.

Não tenho fotos da gente trabalhando. Lembro de um cromo (para quem não tem ideia do que estou falando, é isso aqui) em que aparecemos eu e o Mario andando na frente dos boxes, debaixo de um sol catastrófico. Ficou um tempão jogado numa gaveta, mas nunca mais vi. Pode ser que encontre.

Mas guardei minha credencial, como todas as outras. É alguma coisa.

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Wanderley
Wanderley
10 anos atrás

O que será que a rapaziada nos quartos pensava quando ouvia este barulho do telefoto ?

@chrisalves88
@chrisalves88
10 anos atrás

“Cada foto levava 20 minutos para ser transmitida, isso se não houvesse nenhum ruído na linha. Mas sempre havia. Então, era preciso começar tudo de novo.”

HAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHHAHAHAHHAHAHHAHAHAHAHAHA QUE MEEEEEEEEEEERDA ERA HEIN! HAHAHAHHAHAHAHHA

PS: tenho 25 anos.

Christian
Christian
Reply to  Flavio Gomes
10 anos atrás

Apenas imaginei vocês fazendo isso na época, e me imaginei utilizando esse aparelho que eu, mesmo gostando de coisas antigas, não havia ouvido falar e visto também.
Se já é emputecedor, nos dias de hoje, você carregar uma foto na internet e no meio a net cair, ou cair a luz também. e ter que fazer tudo de novo. Imagina esse procedimento todo que você mencionou, naquela saudosa época, em que, não havia muitos aparelhos desse, as linhas de telefone tinham péssima qualidade, revelar uma foto não era tão simples e rápido, tendo um prazo curto e fazer isso o mais rápido possível. E ainda contar com a sorte de dar certo. NOSSA! rs. E você e seus amigos, depois de ralarem tanto nesse trabalho, com esses perrengues todo no trabalho, podiam se dizer uns aos outros: “Ah é foda, mas ainda vamos rir muito disso um dia” ou “Ganhamos pouco mas a gente se diverte.”. Também é engraçado pelo motivo de algo que é tão fácil hoje em dia, como transferir fotos, fosse tão complicado hà vinte e cinco anos atrás! E essa facilidade, disso que temos hoje, será também difícil de entender nos próximos 25 anos quem sabe, onde a tecnologia tornará as coisas mais simples e rápidas do que hoje. Aí, quem sabe, todos nos riremos quando lembraremos o quanto era “difícil e lento” enviar fotos para o pc e enviar pela a internet, ou compartilhar textos, enviar emails, carregar videos… Uma vez que estaremos em 2050 e estaríamos quem sabe, compartilhando videos, memórias, fotos, nossa visão em tempo real, entre nossas mentes, do tipo você olha e envia o que se está vendo ao vivo para a mente de outras pessoas olharam o que você está vendo, ou o que você viu, ouviu, sentiu, etc. Nisso, tudo o que foi difícil, complicado, lento ou até perigoso e que depois passa a não ser mais, acaba sendo engraçado e com aquele bom sentimento nostálgico. É fácil você ver pessoas, contando que chegaram lá e que venceram, que são isso ou aquilo. Mas, é mais interessante e difícil, ver pessoas que venceram de uma forma ou outra, contando seus perrengues, percalços, pequenas derrotas, que foram superadas no caminho até a vitória. É ai que você nota aquele riso e aquele olhar distante, e vê no rosto aquele: “Me fudi, Mas to aqui”. É inspirador.

Eduardo Britto
Eduardo Britto
10 anos atrás

1988, eu era trainee na Volkswagen, setor de análise de preços. Éramos 16 técnicos numa sala, e para trabalhar nos revezávamos em 4 computadores de tela de fósforo verde na bancada no fundo da sala. A impressora era matricial… A diretoria da maior montadora do Brasil usava Santanas… Era época da Autolatina, e o carro dos sonhos era um Escort XR3 preto… Celular era uma ficção dos Jetsons… Na saída da fábrica em direção ao ônibus fretado tomava uma caninha pensando na chance do Lula ser presidente… Ayrton Senna morava na av. Nova Cantareira, Zona Norte, onde íamos recebê-lo com festa quando voltava das vitórias… Faz 25 anos! Saudades… Valeu FG!

Eric
Eric
10 anos atrás

FG, esse foi meu primeiro GP in loco também…exatamente assim , ap na Barra alugado!!! Eu tinha 11 anos…fui com meu pai!!!
Bons tempos.

|Rui Viincius
|Rui Viincius
10 anos atrás

Hoje as coisas são tão fáceis, que acabam sendo feitas de qualquer jeito! Em segundos textos e imagens estão disponíveis para todos e não há mais controle de qualidade do que será publicado. Admiro quem passou perrengue para fazer coberturas antigas!

Nelson
Nelson
10 anos atrás

Incrivel como em pouco tempo as coisas se transformaram tanto e neste caso, para melhor. Ficou muito mais facil fazer uma cobertura desta, pois sobra muito mais tempo para o que realmente importa: pensar, ver , entrevistar e escrever. Flavio, infelizmente em materia de reporteres é que a coisa tá danada. Os bons antigos continuam, e são poucos(tá bom,voce incluso,rsrs) mas a mioria dos jovens são de dar dó ou sono!!!!!

Rafael
Rafael
10 anos atrás

Talvez a quantidade limitada de recursos explique a alta qualidade das reportagens dessa época.

Alexandre Lannes
Alexandre Lannes
10 anos atrás

O Motel Monza ainda existe.

A nota: Cesar Maia fez um desinteressado “Rezoneamento de IPTU” e transforma, forçadamente, aquela área em Barra da Tijuca. Ai as contrutoras chegaram e vendem aptos mínimos como se fossem… Barra da Tijuca.

Ai vc tem, Aeroporto Municipal de Jacarepaguá mais perto da praia que esses prédios.

E as “Arenas do Pan” que ficam na Barra? Mas dentro do (ex) Autódromo de Jacarepaguá,

Mas como o sonho de td suburbando é ir pra Barra, a área é um sucesso de vendas. Mesmo que esteja longe da praia…

|Rui Viincius
|Rui Viincius
Reply to  Alexandre Lannes
10 anos atrás

Concordo plenamente com vc. E não me espanto se daqui há alguns anos eles pegarem a parte de curicica e transformar em Barra também!

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
10 anos atrás

Muito bom… como sempre, grandes historias. Agora; cade a materia com o Piquet e o Gugelmin? Acho que tem muita gente curiosa sobre a materia.

Abraço

Imperador

Alessandro Neri
Alessandro Neri
10 anos atrás

Estava lá tbm Flavio trabalhando como cabo-man para a FOCA-TV, e concordo plenamente: F1 no Rio era inigualável.

rogerioV
rogerioV
10 anos atrás

Putz sou desta época… hoje esta uma moleza…. (na boa!)
-Simplificou tanto com a tecnologia que parece diversão!

Marcelo Pacheco #49
Marcelo Pacheco #49
10 anos atrás

legal a história…

Akio Kikuchi
Akio Kikuchi
10 anos atrás

Como diriam os mais experientes (“velhos não!”)
Na minha epoca…

Me impressiona essas historias sobre o jornalismo antigamente, tirar fotos,mandar o texto para a Folha…o que hj parece ser um negocio simples, antigamente era um “parto”!
E mesmo assim,as noticias ja estavam no jornal do dia seguinte,sem atrasos.

Marcelo
Marcelo
10 anos atrás

Flávio, esse foi meu primeiro GP “ao vivo”. Saí de Santos, em um ônibus fretado. Fiquei na arquibancada, bem em frente à linha de largada. Uma curiosidade até agora não comentada: não me lembro exatamente se foi na primeira ou na segunda formação do grid, mas do “nada” surgiu o finado “Beijoqueiro”, correndo pela na pista e indo na direção dos carros da primeira com a intenção de beijar o Ayrtob, presumo eu, mas errou o alvo – pulou em cima do carro do Prost e, no meio de agarrões e empurrões, lascou um beijo em seu capacete. Depois a confusão de sempre pra tirar o português do grid.
Abraço
P.S.: sem querer ser anacrônico e fugir do assunto, mas sobre a polêmica da ultrapassagem do Vettel sobre o Webber na Malásia: tudo pode ser resolvido, toda a discussão pode ir por água abaixo com uma simples correcão: em vez de usarem o termo “jogo de equipe” – algo já digerido por muita gente – poderiam adotar o termo “jogo de pilotos”. Aí ninguém vai ter mais o que dizer. Funcionaria fácil! Hello, Bernie!!!

Gerson Padoan
Gerson Padoan
10 anos atrás

Talvez vc seja baixinho, não sei sua altura. Mas, definitivamente, vc não é frágil; é forte e fala muitas verdades que só um forte, livre, progressista, humano (no bom sentido…) falaria. Sucesso!!!

Marcos Alvarenga
Marcos Alvarenga
10 anos atrás

Esse barulho do telefoto devia atrapalhar a trepada do pessoal nos quartos.

Ron
Ron
10 anos atrás

Essas estórias de coberturas de GPs “antigos” são muito boas.
Excelente.

Ricardo
Ricardo
10 anos atrás

Flavio, voce que estava cobrindo a F 1 me diz por favor: como foi vista na época pela mídia e pela torcida a saída do Piquet da Williams e a ida para a Lotus?

Reinaldo
Reinaldo
Reply to  Ricardo
10 anos atrás

boa pergunta
FG coloca o link da repercusão na época… se não for pedir muito

Carlos Tavares
Carlos Tavares
Reply to  Ricardo
10 anos atrás

Eu tinha 9 pra 10 anos quando Piquet trocou a Williams pela Lotus. Vi no JN. Torcia pelo Piquet, e minha reação foi:

Como é burro? Por que ele fez isso?

Levi Davet
Levi Davet
10 anos atrás

Por que raios todo mundo torcia pro Senna? Piquet era o atual campeão!

Claro que Senna tinha muito mais chances de ganhar a corrida que o Piquet (equipamento), mas é no mínimo curioso que tanta gente assim já torcia pro Senna.

Tencel
Tencel
Reply to  Levi Davet
10 anos atrás

Senna fazia milagres com sua Lotus, feitos admiráveis, aliás tbm com a \toleman/84. Em 88 tinha finalmente sua chance de ser campeão, e não desperdiçou!

Tom
Tom
Reply to  Levi Davet
10 anos atrás

Senna vinha de boas temporadas com um carro inferior que era a Lotus,chegando a ganhar algumas corridas então era natural a torcida para ele por finalmente ter um carro de ponta,já Piquet ja era tricampeão e passou muitas vezes um jeito azedo nas entrevistas,principalmente quando ganhou o primeiro titulo da F1 em 1981 nos EUA, e logo depois ,acho em 1982 ele derrubou umas barras de ferros em reporteres que o seguiam quando do divorcio da primeira mulher.Acompanho a F1 desde 1980 e vejo qualidades e deficiências dos mesmos ,mas eram os Top-driver da época.

Arrows Megatron
Arrows Megatron
Reply to  Levi Davet
10 anos atrás

Simples, Piquet nunca manteve relações muuuito cordiais com a imprensa. E essa antipatia acabava repercutindo com o público. Por outro lado, Senna era o queridinho da Globo e seu estilo de pilotagem era mais agressivo, “espetaculoso”, por assim dizer; portanto, atraía a torcida. Era questão de tempo que Senna seria campeão e, depois disso então, virou deus.

Eduardo Melo
Eduardo Melo
Reply to  Levi Davet
10 anos atrás

Depois daquela corrida espetacular do “moleque” Senna pela Toleman em Mônaco e de ótimas corridas pela Lotus, o número de fãs dele aumentou muito, embora eu, pessoalmente, fosse torcedor do Piquet, mas já gostava bastante das corridas do Senna.

J Fernando
J Fernando
Reply to  Levi Davet
10 anos atrás

” 31% das pessoas eram de São Paulo; 29%, do Rio.”

A rivalidade SP x RJ era evidente.
Senna era paulista.
Não houve nenhuma badalação global com os campeonatos que o Piquet ganhou. A globo, apesar de carioca, já considerava Senna um “produto” muito mais atraente em termos de audiência que o campeão Piquet, que não fazia nenhuma questão de ser simpático.

Jr.
Jr.
10 anos atrás

Olha Flavio. é gozado como as coisas de antigamente, por serem mais simples, parecem ser mais legais e interessantes.

Ernesto Longhi
10 anos atrás

PQP aquela máquina de transmitir foto! Inacreditável!!!!!!!

Giovani Jardim
Giovani Jardim
Reply to  Ernesto Longhi
10 anos atrás

Pensei a mesma coisa.

LucioSp
LucioSp
10 anos atrás

Muito bacana o post!

Lucas Carioli
10 anos atrás

Interessante a pesquisa da Data Folha constatar que haviam mais paulistas do que cariocas nas arquibancadas, rs.

Adorei essa máquina WirePhoto. Uma coisa que sinto muita saudade de quando era garoto eram esses vários aparelhos sensacionais que faziam coisas diversas e foram aposentados pela internet. Lembro de quando minha irmã comprou uma máquina de escrever elétrica. Toda preta, com luzes e barulhos, eu ficava babando, era a coisa mais tecnológicamente avançada que tinha visto.

Adoro essas histórias das corridas do ponto de vista jornalístico. Escreva mais, Gomes!

JOANNIS LYKOUROPOULOS
JOANNIS LYKOUROPOULOS
10 anos atrás

BELA MATÉRIA!!! COMO TUDO ERA DIFÍCIL EM TERMOS DE TECNOLOGIA,PARABÉNS!!

Paulo "McCoy" Lava
Paulo "McCoy" Lava
Reply to  JOANNIS LYKOUROPOULOS
10 anos atrás

Prezado Joannis, boa noite OU bom dia. Meu nome é Paulo McCoy Lava. Sou jornalista automotivo aqui no RGS; sou igualmente pesquisador sobre a historia do esporte no Brazil. Para resumir longo relato: tenho algumas duvidas sobre a categoria nacional HOT CAR; mais especificamente, a temporada 1984, na qual vc atuou de forma destacada.
Por favor, preciso te contatar, via email. SE não tiver transtorno, gostaria que vc me passasse seu email (meu address: [email protected])
Grato pela atenção.
With kind regards,

Paulo McCoy Lava

Romeo Nogueira
Romeo Nogueira
10 anos atrás

Belo relato! Em 1988, eu estava na oitava série do fundamental. Fora a TV, era difícil encontrar informações impressas sobre Fórmula 1. A Quatro Rodas fazia um especial, no começo do ano, e trazia alguma coisa nas edições mensais, com o Lemyr Martins, conterrâneo catarinense (ele é de Mafra-SC). Lembro que, nas bancas, aqui em Itajaí, era mais fácil encontrar o Estadão. Não sei o porquê, mas os jornaleiros diziam sempre que não recebiam a Folha nem O Globo…

Antonio Carlos
Antonio Carlos
10 anos atrás

Eu tava lá;só que na arquibancada.

Silvio
Silvio
10 anos atrás

O Motel Monza ainda existe mas, porém hoje não é mais motel, e sim hotel.

Acarloz
Acarloz
10 anos atrás

Demais o texto, tudo rudimentar com transmissão de fotos no ancestral do fax, de dentro do motel, no meio da sacanagem… tudo de bom.

Jader
Jader
10 anos atrás

Da matéria sobre a estréia do Senna, pela McLaren, no site do grande prêmio:

“Além disso, Gomes também assistiu novamente à prova para fazer uma crítica da transmissão da TV Globo: “O editor de esportes, Nilson Camargo, queria que a gente fizesse as coisas pensando em como elas eram na TV, tanto é que a gente tinha que escrever o nome da equipe junto do nome do patrocinador, McLaren/Marlboro, que era como aparecia na TV. ‘É para o cara identificar de quem estamos falando!’”.

Hoje, a Globo faz de tudo pra não falar o nome do patrocinador! Os tempos mudam…

wesley
wesley
10 anos atrás

Muito legal saber como era o mundo anteriormente (nem faz tanto tempo assim …)
Relato interessante, parabéns FG…

Eduardo Melo
Eduardo Melo
Reply to  wesley
10 anos atrás

Realmente Wesley, não sei a sua idade, mas a evolução tecnológica da época descrita pelo Flávio Gomes para hoje foi brutal, ainda fico perplexo quando me lembro disto. Nesta época eu tinha 20 anos de idade e achava o telex o máximo, hehehehe.

kari0ca
kari0ca
10 anos atrás

O Motel Monza ainda existe, hoje renomeado para Hotel, o autodromo… já se sabe o destino, não é?
Bons tempos esses dos anos 80…

Pedro
Pedro
10 anos atrás

O Motel Monza ainda existe, só que agora fica de frente para um parque aquatico, uma arena de shows e um canteiro de obras onde ficava o finado autódromo.

Gustavo
Gustavo
10 anos atrás

E eu estava nessa corrida! Presente de aniversario de 10 anos, fiquei na arquibancada no final do retão e nunca esquecerei como fiquei feliz quando a Williams-Judd do Nigel Mansell passou pela arquibancada no warm-up, a seqüência de ultrapassagens do Senna, cheiro de borracha queimada e o barulho dos motores turbo. Bons tempos, excelente clima dentro e fora do autodromo, uma F1 com grid cheio, grandes pilotos e com varias equipes estreando naquele ano: Rial, Eurobrun, Dallara.

Paulo Torres
10 anos atrás

Existe hoje um Hotel Monza, bem em frente à entrada da HSBC Arena (a Arena Olímpica do Pan 2007, onde era a curva do final da reta dos boxes.) http://goo.gl/maps/UOlp6

Deve faturar uma boa grana com quem vai aos shows que acontecem nesse ginásio e também na tal “Cidade do Rock”.

Tiago
Tiago
10 anos atrás

Puxa vida, como vc é velho!
hahaha

J Fernando
J Fernando
Reply to  Tiago
10 anos atrás

E você deve ser um bebezinho de 15 anos.
A internet, com toda a tecnologia atual, tem menos de 15 anos.

Artur Bottura
Artur Bottura
10 anos atrás

Flávio, parabéns!

Você é um cara privilegiado.
Já parou para pensar nas historias que tem para contar aos seus filhos?
Isso é o que existe de maior valor, a vida que foi vivida.
Grande abraço!

Giovani Jardim
Giovani Jardim
Reply to  Artur Bottura
10 anos atrás

Verdade, eu imagino que os filhos dele devem gostar de carros também. Realmente, eles devem ouvir belas histórias.

Thiago Gomes
10 anos atrás

O Hotel Monza ainda existe. A minha empresa coloca vários “fornecedores” para dormir lá e embarcar no dia seguinte. O embarque até é feito pelo aeroporto de Jacarepaguá (aposto que você já tenha visitado, não?!)

Carlos Tavares
Carlos Tavares
10 anos atrás

Eu tinha 10 anos. E torcia para o Piquet. E, por idiota, mas justificadamente infantil consequência, contra o Senna.

Vibrei quando desclassificaram o Senna. Lembro que Gugelmin abandonou na largada e Piquet foi terceiro. Mas dava pra ver que não teria como disputar muita coisa.

Parabéns pelos 25 anos. Lendo – e lembrando – , parece que foi em outro planeta.

Vinicius Soares
10 anos atrás

Uma matéria dessa é tão maneira quanto um furo de reportagem. Quem não tem história pra contar não sabe o que é viver!!!

Mauro Batera
Mauro Batera
10 anos atrás

Estive com meu pai e meus tios neste GP de 1988 e também no de 1989.

Tenho guardado até hoje o ingresso do de 1988, setor A.

Tempos maravilhosos a F1 em plena era Turbo na pista carioca!

Abraço!

Dú
10 anos atrás

Telex > Internet. Daqui 25 anos vamos ver como vai estar a F1 e o automobilismo.

Roberto Andrade
Roberto Andrade
10 anos atrás

Orgulho!!!!!!!!!!!!!!!!

Arílson
Arílson
Reply to  Roberto Andrade
10 anos atrás

Ah, foi você que cobriu? Puxa-saco!

Roberto Andrade
Roberto Andrade
Reply to  Arílson
10 anos atrás

Sai fora viúva!!!!!!!!!!!! Tenho orgulho de acompanhar o trabalho de Gomes faz 12 anos, O CARA QUE MAIS ENTENDE DE FÓRMULA 1 NO BRASIL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Nelson
Nelson
Reply to  Roberto Andrade
10 anos atrás

Ai , Ai, eu agradeço, mas para de esticar que já tá doendo. rsrsrsrsrsrsrsrsr