DICA DO DIA
SÃO PAULO (dó) – A história da fábrica da Duchen, projetada por Oscar Niemeyer e derrubada nos anos 80, por Glaucia Garcia, do “São Paulo Antiga”. Um desses crimes que a ganância comete. Custava a transportadora preservar alguma coisa por sua própria conta?
É querer demais. Nesses anos 80 meu pai tinha uma firminha de água mineral e eu trabalhei com ele um tempo, me dividindo entre o jornal, a faculdade e os garrafões de policarbonato de 20 litros. Não sei bem o que fui fazer na Atlas, a transportadora, mas sei que tive de ir até a Dutra para resolver algum pepino, ou buscar alguma coisa. Sei lá.
A fábrica ainda estava lá. Vazia, prédio desocupado e bastante debilitado, mas de pé. Em volta, os caminhões. Achei linda. Não tinha muita noção de sua importância arquitetônica, mas lembro de ter perguntado para quem me atendeu o que eles iriam fazer naquele terreno. “Derrubar”, me respondeu o cara, ou a moça. E por que não fazer um depósito?, perguntei. “Sei lá”, o cara falou. Ou a moça.
No fim das contas, é a indiferença que mata tudo. Tudo.
parabéns pelas fotos ea hist´ria dessa grande fabrica de biscoitos
muito boa as fotos adorei se tiver mais fotos para postar eu agradeço adorei muito de ver as fotos e lembrar dessa fabrica de biscoitos duchen enfilizmente a transportadora vizinha que comprou o terreno mandou pro chão a fabrica sem saber que era um patrimonio historico de São Paulo.
adorei as fotos da antiga fabrica de biscoitos duchem parabéns.
Será que o sabor dos biscoitos Duchen tinham aquele sabor devido a arquitetura ? Prédio lindo biscoito delicioso saudade dos anos 80
Meu cunhado trabalhava lá, na transportadora, na época que começaram a demolir, na calada da noite eles dinamitavam, pouco a pouco, o mesmo, que me parece, estão fazendo com as árvores do clube da falida VARIG OU VASP, não me lembro, CHUVISCO, dizem que uma rede de supermercados o comprou ou ‘ganhou’ e pouco a pouco estão derrubando as árvores e construções, fica no final da avenida Água Espraiada ( prefiro este nome ao do patriarca da Globo)
É o preço muitas vezes caro do progresso. Mudança, renovação, destruição por insensibilidade, indiferença, incompetência e pela ganancia do dinheiro. A Av Paulista e seus belos casarões também sucumbiu .
Lembro-me como se fosse hoje: aula na GV sobre “Estratégia para Construção e Localização de Indústrias” (ou coisa parecida), na qual se discutia sobre o formato dos telhados dos galpões. De repente o prof. Kurt Weil cita um tal de “domo geodésico”. Pela cara de espanto de todos pelo “palavrão”, ele logo trata de explicar: “como por exemplo, a fábrica da Duchen” Aí, todo mundo entendeu do que se tratava…. lamentável a demolição!
Quando eu era criança e via de longe o predio eu achava que era um binóculo gigante, moleque besta kkk
Me lembro da minha primeira ida a São Paulo com meus pais nos meados dos 50, deveria ter 10,12 anos e pouco antes de chegarmos perto, meu pai avisou para prestar atençao à esquerda pois passaríamos logo logo em frente à fabrica dos biscoitos que eu mais gostava.Pouco depois, me deparo com aquela maravilha grandiosa(já era grande, mas na cabeça de criança, muito maior). A partir de então, sempre que voltavamos a São Paulo ansiava para ver a fabrica pois alem de ser linda ainda me indicava a proximidade da chegada. Infelizmente moramos realmente num país de merda em que só as coisas novas tem valor. Mas o que mais me entristeceu foi o pouco caso que o proprio arquiteto teve para com sua criação, diga-se de passagem, na minha opinião a melhor obra por ele idealizada, uma das poucas realmente bem utilizaveis ao contrario dos tenebrosos edificios dos ministérios em Brasilia, sem falar na bela obra de cartão postal que é o alvorada, mas que como residencia é a pior possivel. Só quem o conhece é que sabe. Triste país das SUVS.
CONHECI A FABRICA,LINDO É MUITO POUCO PARA ESTA ARQUITETURA.
Eu como típico morador de Guarulhos e trabalhador de São Paulo, passo por lá todo dia.
Não cheguei a conhecer a obra, ou se vi, era muito novo e nem lembro. Mas toda vez, que passo lá na frente com o meu bom senhor, meu pai, ele comenta a história “Aqui era a fabrica da Duchen, que fazia biscoitos, o arquiteto foi o Niemeyer, etc etc.”
Mas realmente, vendo as fotos, era uma bela obra, que pena temos perdido de maneira tão fácil e incopetente
Tenho mais saudade dos biscoitos…
Já o prédio, o vi pouco antes da demolição, logo após um daqueles temporais arrasa quarteirão que assolam essa cidade no verão (fiquei preso no congestionamento quase o dia todo…). Parte do teto tinha desmoronado.
E antes que algum engraçadinho fale besteira, final dos anos 80… Não lembro o ano exato, mas a merda da Marginal Tietê já transbordava na época, e pior, formava uma poça no trevo de saída da Dutra que uma vez me fez perder o controle do carro. Bati feio no guard-rail.
mauricio, os biscoitos voltaram com a marca duchem pela nestlé, mas não com a mesma qualidade
Parmalat e são uma merda. Nada comparado com a antiga fabricante.
Da Nestlé era o São Luiz, a do Belensinho, lembra? Perto da ponte da Vila Maria. Perto da Goodyear…
Agora entendi algumas antigas intervenções suas: voce é entendido em BISCOITOS!!!
Desculpe Mauricio. A resposta era para o Enko.
Como não foi feita por/para órgão público o arquiteto preteriu sua obra…..
André, parabéns pelo resgate histórico que você faz ao postar fotografias antigas do Rio de Janeiro em seu sítio.
Uma pena… mais uma…
niemeyer….cada vez que olho uma obra prima nova deste monstro
niemeyer vem mesma pergunta sempre..como pode um cara fazer
o que fazia e ninguem conseguir chegar perto de sua criações…
Povo sem memória é povo sem cultura, típico de pais emergente.
Bem diferente do que se vê na Europa.
Um país sem memória é um país sem história!
Triste, mas verdadeiro. . .
Zé Maria
Flavio,
Conforme o Caca disse acima o próprio Oscar não colaborou com o processo de tombamento de condephat, se o arquiteto achava sua premiada obra sem importância ficava difícil justificar.
é uma pena pois a fábrica devia ser linda, as colunas, pelas fotos, eram incríveis.
Abs
Veja como são as coisas, ele brigou anos por aquela capelinha de merda que fez em Belo Horizonte e pouco ligou por uma obra fantástica que alem de tudo era super pratica e utilizavel!!
A famosa goiabinha que existe até hoje era a Goiabinha Duchen !!
Não bastasse tudo isso a Duchen era incentivadora do automobilismo, haja visto o patrocínio que teve a vida inteira o Luiz Valente (http://bandeiraquadriculada.com.br/Valente.htm), tanto nos Mecânica Nacional como nas Carreteras, ele sempre era reconhecido como “Duchen Especial”.
Dá para ver lá no geoportal.com.br, no levantamento aéreo de 1958 (a Fernão Dias não existia!). Comparando com 2008, dá para ver que o estacionamento era na área exata da fábrica, portanto a fundação deve ter sido aproveitada para o peso dos caminhões.
Lendo a história, o próprio arquiteto foi indiferente em relação à demolição.
Começou por aí o fim.