DIÁRIO DE UMA BUSCA (1)
SÃO PAULO (querência) – Tudo começou quando meu contato nos arquivos empoeirados do Céu dos Carros, a quem chamo de “Dolglas” por ser um nome que ninguém jamais teria, me colocou no encalço do Twingo que vocês já conhecem.
Achei a dona do Twingo, fiquei amigo dela, terei o carro de volta, vocês vão acompanhar tudo aqui, no ritmo certo, com tranquilidade e critério.
Mas aí aconteceu uma outra coisa, eu nem sei de devia contar, mas não consigo guardar segredos muito tempo. E para que vocês entendam direitinho, preciso voltar algumas semanas no tempo.
Dia desses, começo do mês, talvez, recebi um e-mail de um leitor perguntando se me interessaria por uma Vemaguet de um amigo dele. Eu sempre me interesso por Vemaguets, mesmo não precisando de mais Vemaguets. Tudo bem, é compulsão que um dia irei tratar com algum psicólogo, talvez quando tiver uns 90 anos, se lá chegar.
Recebo e-mails com ofertas de carros com bastante frequência. A maioria, se eu tivesse dinheiro, compraria na hora. Alguns não me falam ao coração e agradeço a oferta e a atenção. Outros são encrencas ambulantes, é comprar e quebrar. Segundo meus critérios de irresponsabilidade fiscal, vou descartando quase tudo para não me afundar ainda mais na falência iminente.
Mas de vez em quando um carrinho olha para mim através da tela do computador e diz: “Preciso de um dono legal. Não me abandone”. E lá vou eu pelo menos conhecer o carro, o dono, a história, e na pior das hipóteses ganho novos amigos.
Essa Vemaguet se encaixa nessa categoria. Mas alguma coisa além de seu olhar de cachorrinho precisando de uma casa nova me levou a buscar mais informações sobre ela, e eu não sabia bem o quê. São mistérios que não me esforço muito para desvendar. Chamou, vamos ver o que ela quer comigo.
E então, quarta à noite, recebi do leitor um pacotinho de fotos digitais e dois vídeos, e sorri para ela e resolvi conhecê-la pessoalmente. O carro estava perto, em Caieiras, um pequeno município da Grande São Paulo a uns 40 km daqui. Minha quinta-feira estava razoavelmente tranquila, seria até bom pegar uma estradinha para espairecer. O dono parecia ser uma figura ímpar, de apelido Magirus, portanto com o dobro da minha altura, e segundo meu leitor, o que indicou a Vemaguet, um cara legal que eu adoraria conhecer.
Caieiras, OK. Registrado. Se der, vou amanhã à tarde.
Voltemos à noite de quarta. Depois de ver as fotos da Vemaguet, estava fazendo a última ronda pelo Facebook e percebi que “Dolglas” (eu podia ser mais criativo para inventar nomes) estava on-line. Do nada, depois de um gentil boa noite, perguntei a ele se seria possível me ajudar a achar meu primeiro carro, o Golzinho LS 1982 que vendi em 1985. Nem sei por que perguntei isso. Afinal, já estou com o projeto do Twingo Goiabinha em andamento, e sou só um. Do Gol, eu só tinha a placa. Mas era amarela. “Número do chassi?”, perguntou telegraficamente “Dolglas”. “Como vou saber?”, retorqui. Mas me deu um estalo. Pode ser que eu tenha, sim. “Espera aí”, escrevi, e fui ao setor de caixas de sapato do meu guarda-roupa. Nelas, há tesouros. Na segunda caixa, encontrei um envelope plástico e, dentro dele, alguns papéis do Gol. Entre eles, uma nota fiscal de uma revisão feita na revenda Santa Luiza em 1983. Na nota, o número do chassi. Uau. Anotei. Voltei ao computador e mandei a informação para “Dolglas”, que achou graça de eu ter guardada, há mais de 30 anos, uma nota fiscal de uma revisão de 15 mil km.
Tenho, “Dolglas”. Tenho cada coisa que você nem imagina…
Era tarde, e fui dormir com a promessa de “Dolglas” de que assim que abrisse o expediente do Céu dos Carros ele tentaria descobrir.
Quinta-feira cedo, abri meus e-mails. Lá estava uma mensagem criptografada de meu contato no Céu dos Carros. A ficha do Gol. Nome do proprietário, placa atual, endereço. Carro em circulação, segundo a mensagem. Registrado em Caieiras.
Caieiras.
Caieiras?
OK, é apenas uma coincidência, pensei. Eu vou hoje a Caieiras ver uma Vemaguet. Sim, é uma grande coincidência o carro estar registrado na mesma cidade. Grande mesmo. Puxa vida, que coincidência. Caieiras. Anotei o endereço num papel. Apenas para ilustrar, vou inventar um nome de rua: Celestino Turíbio, número tal.
Tomei banho, me vesti e saí. No caminho, telefonei para Magirus, o dono da Vemaguet. De fato, uma figura. Perguntei se podia ir à tarde ver a peruinha, peguei indicações de caminho, era fácil, e antes de encerrar a conversa perguntei: “Seu Magirus, o senhor conhece bem Caieiras?”. Ele, claro, conhecia. “Então, aproveitando o ensejo, o senhor conhece a rua Celestino Turíbio?”. “Sim. É a minha rua.”
Na hora, e juro que é verdade, senti um calafrio. Não era possível. Sou misteriosamente atraído por uma Vemaguet, pela qual não teria nenhum interesse especial em condições normais, apenas o interesse de sempre por qualquer DKW, mas ela me chamou a Caieiras, por alguma razão. Na mesma noite em que decido ir a Caieiras resolvo procurar meu Gol, meu primeiro carro, e na manhã seguinte descubro que meu Gol, meu primeiro carro, está registrado na mesma rua da Vemaguet.
Como pode?
Era, realmente, algo inacreditável que estava acontecendo. Fiz o que tinha de fazer e no meio da tarde liguei de novo para seu Magirus e avisei: o senhor vai ouvir hoje a história mais louca da sua vida. Peguei o caminho para Caieiras.
Se eu tivesse de usar uma figura de linguagem, diria que fui de respiração presa de São Paulo a Caieiras. Encontrei o condomínio onde fica a rua Celestino Turíbio (que não aparece no Google Maps, diga-se; a verdadeira, não essa cujo nome inventei) e Magirus me esperava na portaria, com a linda Vemaguet sorrindo para mim. Fomos até sua casa e contei toda a história. “Vamos lá já”, ele falou. A casa do suposto dono do meu Gol 82 ficava a não mais que 300 metros da casa do Magirus.
Paramos diante dela e a garagem estava vazia. A campainha não funcionava. Batemos palmas, ninguém apareceu. Vamos embora, Magirus. Um dia você passa aí e tenta descobrir alguma coisa. Fizemos a volta, mas quando passamos diante da casa de novo havia um carro. Um carro novo, não lembro qual. Paramos de novo. Batemos palmas, uma jovem saiu na varanda. Perguntei se ali morava Fulano de Tal, o dono do Gol cujo nome aparecia na ficha do Céu dos Carros. “Ah, ele morava aqui, sim, mas se mudou há uns nove anos. Não sei onde anda, não. Mas sei que ele se separou e a ex-mulher dele mora ali perto do mercadinho do Paulinho. Numa casa azul, acho.”
Olhei para Magirus, ele olhou para mim, e falou: “Vamos achar esse Fulano de Tal”. Não preciso dizer que Magirus já virou um de meus melhores amigos, e que comprou a ideia da busca com enorme alegria. Não é para menos… Ex-piloto, correu nos anos 70 de Divisão 1 de Fusca, conhece toda a turma dos anos 60, Bird, Marivaldo, Gallina, Moco, foi jogador de basquete da Portuguesa (sim, da Lusa!), coleciona e restaura bicicletas antigas, tem a Vemaguet e uma Belina, e está meio ralado de um tombo de moto que tomou outro dia. Aos 68 anos. Um garoto de 68 anos, com o dobro da minha altura e o triplo da minha energia.
Lá fomos nós atrás da casa azul perto do mercadinho do Paulinho — nome fictício, também. Encontramos uma. Uma senhora nos atendeu e quando perguntamos se ela conhecia Fulano de Tal, ela disse que sim, que ele era parente do Bidu da Escolinha. E fomos à casa do Bidu da Escolinha, e a esposa dele nos atendeu, e disse que sim, claro que conhecia Fulano de Tal, casado com sua cunhada. “Mas não se separaram?” Já tinham se reconciliado. A casa dele fica ali, depois da subida, após a descida, antes do muro, está em construção.
E fomos seguindo as indicações da senhora Bidu da Escolinha até encontrar a casa. Nenhum sinal do carro, nem de Fulano de Tal. Depois de palmas insistentes, aparece a filha de nosso alvo. O pai não estava. Mas eu já tinha um telefone, e disse à menina que ligaria mais tarde, apenas para que ela já avisasse Fulano de Tal, para que ele não estranhasse um telefonema de um estranho. Antes de ir embora, perguntei: “Seu pai tem um Gol assim-assado?”. “Ih, ele vendeu faz tempo. Faz anos!”.
É a última informação disponível. Fulano de Tal vendeu o Gol, mas ele ainda está em seu nome. De acordo com “Dolglas”, do Céu dos Carros, em circulação, com todas as taxas em dia. Tem um valor aberto em multas, o que significa que o cara que comprou o Gol de Fulano de Tal precisa tomar mais cuidado, e passar o carro para seu nome.
Ou para o meu.
Não consegui falar com Fulano de Tal à noite, o número não atendeu. Tento de novo hoje durante o dia. Se o Golzinho ainda existe, eu vou encontrá-lo. Tenho certeza que essa Vemaguet me chamou até a rua onde mora em Caieiras para isso.
Chamou, tá chamado. Vou te achar, garotão.
E ai Flavio, noticias do Gol?
Embarquei em uma dessas, estou buscando o Monza do meu pai, carro em que aprendi a dirigir. Ja achei nome e endereço do proprietário, agora e convence-lo a se desfazer do carro…
Grande abraco
Allan
Essa estórias são fantásticas.
O Magirus é tio de um amigão meu, o Paulus.
Figura o homem. Se a Vemaguette não der, compre umas bicicletas dele.
O Gol aparece, pode ter certeza
Abraço
Valter Prieto (o do Saab 900)
“Dolglas” se vc ler e achar um 147C bege, 1985 que tinha placas amarelas AJ 0704, vendido de Palhoça/SC para Turvo/SC em 1993/94 eu lhe pago pelo serviço. Foi meu primeiro carro, era de uma unica família, mas coloquei rodas Binno modelo então da Copa Shell, escape 4×1, cabeçote, comando mais bravo e um webber 460 bem feita, abrindo dois estagios juntos…coisas da época mas andava junto com Gol GTS.
Por causa dele começou minha paixão pela FIAT e em especial pelo 147.
abç
Conseguiu encontrar o dono do famigerado gol zinho 82 cara? Abracço
Flavio, te mandei o e-mail sobre o dodginho, mas deu erro de envio para mim. Confirme se recebeu ou forneça outro endereço, por gentileza. Abraço. João
Era muito grande o arquivo? Não recebi nada. Anota de novo: [email protected], mas não pode ter mais de 10 MB.
Cara, me ajuda, qndo era muleque meu pai tinha um Voyage 1.8 com carburador duplo, era muito bem cuidado, mas ele vendeu ha muito tempo, hoje que cresci, queria o encontrar de volta, queria saber se o ”Dolglas” podia ajudar, o que precisa pra achar, placa e nº do chassis só? Se puder eu ia agradecer muuuito.
Desde já, obrigado…
FG tu és uma figura! Ta fodido…vai ter que abrir uma porra de um museu!
-Cada carro um texto…. ou será que isto pode virar outro livro?
Tenho saudades do meu primeiro carro. Sei onde ele está e tudo mais. Uma vez até mandei foto dele para o Limite. Vocês me zoaram um monte, mas tudo bem… levei na esportiva :o)
A historia, o desenrolar, o desfecho…. Incrível, muita coincidência. Espero que encontre o Gol com a frente da SR e que o mesmo lhe proporcione grandes emoções. Ao pessoal que está procurando os seus antigos primeiros carros, há um aplicativo gratuito para Android chamado Sinesp, onde é possível consultar a situação atual do mesmo. Porém só funciona para placa cinza, mas já é um começo. Infelizmente o meu querido Hobby 96 aparece com queixa de furto e nunca encontrado.
Abraços
Acessórios Dacon, certo?
Não. Eu mesmo comprava essas coisas e colocava no carro.
Eu só tinha visto esta dianteira com faróis divididos (deve ser uma mascara por cima) no filme Rio Babilônia. Aparecia um Gol conversível, repleto de acessórios de época.
Cacete Flávio…que história!!
Primeiro o Twingo, agora o Golzinho?
Leio seu blog a mais de 3 anos, agora que não paro mesmo, quero saber onde isso vai dar!
Abraços.
De arrepiar mesmo.certeza que nada seja por acaso mesmo.quando você deseja muito algo,o universo inteiro conspira a teu favor.fato.
Ainda bem vc não me contou antes pra não estragar a surpresa e me tirar o prazer de ler esse sensacional relato do que virou agora sua nova missão na terra : Atender chamados de carros sedentos por seus donos originais …FG você esta ficando assustador !… Mas vê se não deixa o Goiabinha enciumado tá ? rsss … Parabéns pelo texto !Adorei !
Então , não foi você que falou que o nº do chassi não presta pra nada !? Ah ! já sei , só os da F1 ! rsrsrs !
Sugestão para o Dolgas e empreendedores de plantão :
Criar um site ou serviço especializado em encontrar as antigas paixões sobre rodas.
Eu também gostaria de reencontrar 2 de meus ex-carros, um Passat TS 77/78 branco e um Gol GTI 95 (8V) vermelho.
No momento é melhor não me empenhar nas buscas, pois não possuo as condições ideai$ para as aquisições e restaurações.
Uma coisa é certa :
Nada acontece por acaso…
Dolglas…
Grande história Flávio! Seria interessante você publicar a placa do Gol, para que nós, leitores, ajudássemos na busca.
Se esse carro aparecer e estiver bom,íntegro, vai ser demais!!
Flavio Gomes tua história é arrepiante!!!
Um dia o Golzinho aparece!!!
Olá Flávio Gomes sou um leitor assíduo do seu blog e como você també tenho uma história de afeto com um Gol. Comprei ele em uma agência no bairro de Perus próximo a ” Caieiras “. no ano de 2009, é um Gol BX bege palha ano 1984 a álcool, o carro era de uma mulher que morava no Paraná e veio pra São Paulo morar com os filhos, o carro tem manual e assim como você tem do seu Gol algumas notas de revisão. O cansado motor refrigerado a ar começou a me dar problemas com vazamento de óleo e meu mecânico disse que precisava fazer o motor porque o vazamento estava vindo do bloco mas não tinha condições de fazer tal reparo e continuei andando mesmo assim. em 2010 não fiz o licenciamento porque precisava passar pelo controlar e sabia que com aquele vazamento meu carro não seria aprovado, fui andando com ele mesmo com o documento vencido até o dia 18 de Novembro de 2011 quando fui parado na Rodovia Tancredo Neves em ” Caieiras ” e me levaram o carro guinchado. Fui pra casa desolado pois sabia que dificilmente iria tirar o carro de lá. Dois anos se passaram, no mês de outubro de 2013, quando fui trocar o óleo do meu Corsa em um posto de Gasolina ao lado do Pátio onde meu carro estava. Vendo alguns carros que estavam entrando no pátio sendo recolhidos disse ao frentista a história do Gol e ele me disse que fosse a administração do pátio que fica próximo ao posto pra ver quanto ficava pra tirar o veiculo. No dia seguinte fui lá e descobri que o carro não estava mais naquele pátio, deixei a placa para a atendente verificar se o carro estaria no outro pátio deles na cidade de Mairiporã. Se o carro não estivesse lá ela me disse que provavelmente o carro já teria virado sucata em algum leilão. Dois dias depois ela me ligou dizendo que encontrou o carro, fui lá no patio para rever o carro. Pintura queimada, vidro traseiro quebrado totalmente sujo os pneus furados e uma tristeza ao vê-lo naquela situação. Fiz a consulta de quanto pagaria para tirá-lo de lá e me assustei. R$ 274,00 reais de licenciamento atrasado + 500 de transferência de municipio ( pra não fazer o controlar) e 1,000,00 de estadia pelos 2 anos. Sai do pátio e fui diretamente ao despachante pagando todas as taxas e encargos. Tirei o Gol do pátio no dia seguinte guinchado direto para a oficina. Depois de uma revisão para deixá-lo funcionando encostei com muita alegria meu carrinho na garagem e agora estou me concentrando na recuperação total do veiculo. quero deixar ele todo original, restaura-lo e deixa-lo impecável. Moro em ” Caieiras ” e torço pra que você encontre seu carro. Assim como os outros leitores deste blog aguardo ancioso por novidades desta linda história. Abraços André.
Tenho a felicidade de possuir o meu 1º carro até hoje. Um Fuscão 1971. Meu grande amigo “Sete Um”… Estamos juntos a longos 21 anos. Repousa impecável na garagem. Grande história, Flávio. Espero sinceramente que o final seja feliz.
Flávio TU ÉS um Tampinha hahaah…FICASSE quase cheirando o suvaco do Senhor kkk
“Ficaste”, você deve querer dizer. Não sabe usar tempos verbais, não use.
Muito bacana a história Flavio. Do jeito que está a sua maré de sorte, tenho certeza que daqui umas duas semanas o Gol vai estar de volta com você. Aquela Belina azul na foto é do Magirus também?
Muito legal a história, de arrepiar! Eu sempre vejo meu 1º carro, um Renault Clio 1997 fabricado na Argentina (por isso chamamos ele de Clio Maradona, pelo menos aqui em Foz do Iguaçu e mais algumas cidades do PR), que comprei em 2008 (quando tinha 22 anos) e vendi em 2011 para dar como parte da entrada em um apartamento. Na verdade, só tive 2 carros, esse Clio e meu atual hehehe. O seu atual dono sempre fica no bar em frente ao Colégio que eu trabalho. Toda semana vejo meu antigo Maradona guerreeeeeeeeeiro parado alí na frente.
Historia mistica, estou tentando desde novembro encontrar o meu segundo carro, um escort xr3 1984, ficou comigo de 1984 a 1990, tenho a placa e o renavam dele, placa OM 6166 e renavam 368 411 915 . Poderia falar com o Dolglas? , sera que ele da uma ajuda divina?
O melhor desta história ,é que você conheceu Caieiras.
Flávio,
Não é para publicar. Eu gostaria de mandar uma foto de um simpático 2cv, placa preta, que tirei numa casa perto da minha, estacionado na garagem, mas não sei seu e-mail. É possível?
Obrigado.
Vermelho e branco?
Sim….. pelo jeito vc já conhece! Legal.
Incrível essa história, assim como a história do Twingo, são relatos fantásticos, reais, verdadeiros presentes para quem admira uma boa escrita e ama uma boa leitura.
Parabéns, Flavio. Bravo!
Peço a gentileza que o Dolglas veja meu comentário. Também. procuro um carro que era do meu pai!!!
Essa história ficou parecendo filme agora! Quero a parte 2 logo, torço por finais felizes!
Ainda vou atrás do meu primeiro Uno: AIF – 5562.
Boa tarde Flávio.
Também estou a procura de um gol, mas 84, que foi do meu pai. Ele faleceu faz pouco tempo e achei nas coisas dele um documento do carro. Se não tiver problema, poderia passar o contato do “Dolglas” para me ajudar nessa busca?
Depois que li sua história, fiquei muito empolgado com a chance de encontra-lo.
Abraço
“Dolglas” está lendo os comentários e se achar que deve, entrará em contato. Não tenho autorização para revelar sua identidade. Na verdade, nem sei quem é ele.
OK Flávio, sem problemas, muito obrigado pela resposta.
“Dolglas”, se puder me ajudar, segue meu email: [email protected]
Abraços e obrigado!!!
História magnífica, Flávio. Como seus textos são tocantes e bons, pqp.
Vou querer contar com os poderes do Dolglas – e espero ser contemplado – daqui a uns 20, quiçá 30 anos, quando eu decidir recomprar meu primeiro carro comprado. Tive outros antes, mas esses ganhei, contam menos. Falo de um Ford Focus MK1 1.6 GL, com as lindas rodas do GLX. Hoje está com a minha irmã, daqui a décadas, não sei. Saberei.
Sem palavras. Quando é de verdade conspira a favor, só pode.
A Vemaguet parece zerada, vc vai ficar com ela?
Sim.
que beleza ! pelo visto pensou e vai casar . Parabéns a moça é linda.
Pois é FG … passei pela mesma história a algum tempo atrás .. fui atrás do meu primeiro carro, um Passat GTS Pointer verde esmeralda .. contatei o meu agende “Dolglas”, consegui tudo sobre o carro, mas em contato com o atual proprietário descobri que ele preferia vender a esposa do que o carro.
Algum colega tem alguma dica de como convencer o amante do meu primeiro carro a me vender ele de volta? rs
Pior é entender o amor dele pelo carro .. até hoje sinto falta do Passatão.
“…coleciona e restaura bicicletas antigas…”
Definitivamente não posso conhecer esse cara! Principalmente se ele vender algumas delas…
E vende… [email protected]
Estes teus posts estão me deixando com uma vontade danada de encontrar meus antigos carros…Ah, um Dolglas na minha vida!!
Já sei, o nome do tiozinho é Magirus por que se assemelha a uma escada Magirus, não é ?
Nossa, que sagaz.
A vida e seus mistérios. Mera coincidência? Duvido! De arrepiar!
Demais essa história…. como da o Twingo…. demais… Isso daria um belo livro. Boa sorte! Abs!
Ótimo texto. Já temos duas histórias para seguir: A da Volta do Twingo e a busca do Gol. Depois que li a história do Twingo resgatei meu CD Paris do Supertramp com Take The Long Way Home, o qual não ouvia faz tempo…Muito Bom!
Você vai ter que escrever outro livro só pra contar as histórias com seus carros…sensacional!
Depois manda mais detalhes da história da Vemaguete.
E depois que botar a mão de vez, manda fotos.
Parece linda!
Muito legal a história toda, e também os carros.
Tomara que ainda esteja com essas rodas originais, da foto.
Bons motivos pra amar os DKW’s, você tem.
Quando a vida ta uma merda – quase sempre – entro aqui só pra me emocionar.
muito legal! não existe coincidências… é o destino
Caraca!!!!
E se não achar, pelo menos achou uma amigo.
Mas não desista.
Abraço!
Outra bela história!!!!!
Estamos na torcida!
boa tarde Flavinho, quando pintar alguma coisa parecida e vc não tiver interesse, dá um toque falouuu!!!! Obrigado.
Muito bacana o texto. Que história! É sempre bom saber que ainda existem, neste País indecente, pessoas como o Magirus. Estão em extinção, pode acreditar. Entre os mais novos, então…
Engraçado que no final do ano passado vendi uma Ecosport para um Senhor de Caieiras, Seu Antônio, que também parece ser da estirpe do Magirus.
Ele me procurou, dei o preço, aí ele falou que ia comprar, mas teve um problema no Banco e falou que me ligaria em 15 dias (quando o dinheiro fosse baixado da aplicação). Pediu para esperar e não vender o carro para outro. Falei: “Seu Antônio, o carro é seu, fique tranquilo”.
Depois de 15 dias me liga e diz que a mulher falou que era muito dinheiro pra gastar num usado (mesmo sendo 2012), que com esse dinheiro era melhor pegar um novo (ah, as mulheres e essa mania de jogar baldes de água fria nos nossos desejos), e que tinha desistido da compra.
Fiquei realmente triste. Queria vender o carro para ele, simplesmente porque gostei dele e sabia que o carro estaria em boas mãos (e que ele teria nas mãos um carro em perfeitas condições).
Para minha alegria, depois de uns dias ele me liga de novo e fala que não tirava a Eco da cabeça, que tinha adorado a cor (vermelha) e já via a bichinha na garagem dele. E falou que ia usar “pra ir pescar, porque carro pequeno pega embaixo quando vou lá pras pescaria”.
Disse para ele: “se você quer, se sismou com o troço, faça, não pense muito”. Disse do fundo do coração, porque estava na mesma situação, prestes a realizar meu sonho (comprar uma picape a diesel) e ainda estava indeciso. Ou seja, falei para ele e para mim mesmo.
No final das contas, ele ficou com a Eco e eu comprei minha picape.
E nesse mundo tão indecente, esse simpático Senhor de Caieiras, que só comprou um carro de mim, as vezes me liga para perguntar como estou, e para dizer que está tudo bem com a Eco, sem problema nenhum, indo pras pescarias que ele tanto adora.
É, o mundo ainda não acabou….
Ainda nos resta a esperança.
Pode ser fantasioso….mas se tiver histórico de multas você já tem uma idéia da área de atuação do indivíduo….
Uma das melhores histórias que já ouvi. Até me emocionei.