DICA DO DIA
Lindo documentário da Sky Sports: “The Last Teammate”, narrado por Damon Hill e David Brabham. A melhor coisa que vi até agora nestes dias de lembranças dos 20 anos de Imola, 1994.
Lindo documentário da Sky Sports: “The Last Teammate”, narrado por Damon Hill e David Brabham. A melhor coisa que vi até agora nestes dias de lembranças dos 20 anos de Imola, 1994.
Bela homenagem que a Honda fez recriando a volta de Senna em Suzuka.
http://youtu.be/oeO2q8FzcnM
Defunto classe A versus defunto classe B, ambos morreram trabalhando, ambos no primeiro de Maio no dia do trabalho, Tem assunto pra escrever um livro.
Outra coisa desses 20 anos é pensar que o camarada que vinha logo atrás também não está nada bem… É triste pensar nisso.
Concordo com você, o documentário é Impressionante, com Damon e David impecáveis como coadjuvantes do momento 20 anos atrás. Ambos tratam Ayrton e Roland com o mesmo respeito, imparcialidade e seriedade.
O que faltou foi mostrar outra estátua, para Roland, se é que existe. E mais tarde, se alguém escutar o nome de Roland na emissora oficial, avisem pois será a surpresa do dia.
Flávio, esse mesmo dia 1o de Maio de 1994 foi um dia do qual eu nunca vou esquecer, mas pois mais de um motivo. Estava andando de carro por Moema indo para o Campo Belo, ainda meio atordoado com tudo o que havia acontecido de manhã. Eu tinha uma Saveiro turbo e não percebi que tinham dois moleques em uma Parati azul (provavelmente roubada) me seguindo. Foi eu entrar em uma rua próxima do 27 DP para eles me abordarem em movimento e com uma arma. Eu, ao invés de parar, resolvi abaixar, acelerar e virar a esquina, e escutei dois tiros, que depois descobri que um acertou a coluna do carro e a bala parou no para sol do passageiro; ou seja, aquele foi o dia que eu praticamente nasci de novo.
Não sei porquê essa coincidência de datas, mas felizmente ficou somente nisso e eu continuo aqui vivendo a dádiva da vida, enquanto que o “Chefe” não teve a mesma sorte que eu tive.
Muito bacana esse vídeo da Sky, e fica aqui a dica de um video do Instituto Ayrton Senna registrando os 20 anos também: http://www.youtube.com/watch?v=O30hygmGhkM
Flavio, estão sensacionais todas as publicações que o Grande Prêmio está fazendo nesse período. Sinceramente, estão de parabéns!
Contudo, quero aproveitar para sugerir, embora tardiamente, algo que nesses vinte anos me vêm martelando na cabeça: foram três mortes em 1994, e não duas.
Explico: duas de pilotos, uma de traçado. Para mim, e acredito que para muitos, Ímola morreu ali. Sem a Tamburello e a Villeneuve, aquele traçado que era tão magnífico, perdeu toda a sua essência.
Então, a sugestão: que alguém do GP pudesse dedicar um post que fosse também em memória do traçado.
Abraços!
Não tem jeito o Senna era icônico
Foi o Jimi Hendrix do automobilismo.
Morreu no auge e foi o mais influente de toda uma geração de pilotos pós Senna.
Basta conversa com Alonso, Hamilton e outros.
Assisti na Sky Sport por streaming. Realmente é muito bacana!
Excelente material….e o Hill reafirma que não houve nada com o carro. Ele é bem insistente nesse ponto há alguns anos.
Flavio, realmente, um lindo documentário. O ponto de vista do último companheiro de equipe. Muito bem realizado. Bravo!
Nossa, muito interessante as palavras de Damon e David.
Ficou muito bonito , uma bela homenagem ao Senna e ao Ratzemberg , pontos de vistas diferentes ! Tem imagens atuais do local que são fantásticas .
RESUMO DE 1994-
A Fórmula 1 havia passado por diversas mudanças. Os pilotos não tinham mais tantos recursos tecnológicos como no ano passado. A Williams talvez fosse a equipe que mais sentiu a diferença. No entanto a equipe tinha a melhor “peça” de todos os tempos: Ayrton Senna!
Mesmo com todas as dificuldades o piloto conseguiu 3 poles consecutivas. Mas em todas as 3 corridas, nenhuma ele terminou.
O GP do Brasil, o 1º GP da temporada, talvez tenha sido o mais interessantes do ano e dos anos posteriores. De início Michael Schumacher andava forte para alcançar Ayrton Senna. Após os pit stops, Michael ultrapassou Ayrton e agora o piloto da Williams fazia o máximo para alcançar o piloto da Benetton.
Esse grande esforço custou a corrida de Senna, após um erro, ele abandonou a corrida e Schumacher venceu o GP.
Tudo indicava que a disputa do título seria entre Senna e Schumacher. No segundo GP o carro de Senna foi tocado logo na primeira curva e ele abandonou a prova. Schumacher venceu com facilidade. O grande destaque da temporada novamente foi o Barrichello, que terminou a corrida em segundo e fechou o GP do Brasil em quinto. Assim, Schumacher era o líder e Barrichello era o vice-líder. No GP da Bélgica ele conquistou sua primeira pole position e ainda conseguiu segurar a liderança por algum tempo.
O terceiro GP, em Imola, foi o mais trágico da história. Barrichello quase morreu nos treinos da sexta-feira, numa forte batida. Roland Ratzenberger morreu na Sessão de Classificação para a corrida, após passar reto na curva Villeneuve.
Ayrton Senna reiniciou um movimento em busca de mais segurança aos pilotos. Este movimento é conhecido hoje como Associação dos Pilotos.
Mas o líder deste movimento não pôde fazer muita coisa, pois no dia seguinte, ele morreu ao passar reto na curva Tamburello.
Schumacher venceu a terceira corrida e a seguinte. O piloto dominava a temporada com relativa facilidade.
O acidente que quase levou a morte de Karl Wendlinger no GP de Mônaco e outro acidente grave nos treinos do GP da Espanha, fez com que a FIA iniciasse uma “cruzada” rumo a segurança que conhecemos hoje em dia.
No GP da Inglaterra, Schumacher foi punido por ultrapassar na volta de formação e queimar a largada, ali nascia o “Stop/Go”. Outra malandragem dele fez com que a FIA a criasse dispositivos eletrônicos que mostram se o piloto “queima” a largada ou não.
David Coulthard assumiu o posto do Senna e mostrava ser um jovem promissor. No entanto, por ser um estreante não chegava perto da performance de Schumacher. Portanto, Hill era o único que poderia disputar contra o alemão, mas Hill também não tinha o mesmo potencial.
No geral, Schumacher recebeu diversas punições, Nigel Mansell participou em dois GP´s, mas a temporada foi um tanto sem graça.
Se não houvesse punições e perda de pontos, Schumacher seria campeão na metade da temporada. Por este motivo, Hill e Schumacher disputaram o título na última corrida. Após danificar o carro sozinho, ele jogou o seu carro para cima do carro de Damon. Se Schumaher não pontuasse, certamente o título ficaria com o piloto da Williams. Visto que ambos abandonaram a corrida, Schumacher se tornou o campeão da temporada.
Este acidente entre os dois, permitiu Nigel Mansell vencer sua última corrida de sua carreira na Formula 1.
Com as tragédias ocorridas em 1994, a Formula 1 tomou outros rumos. Como seriam as temporadas seguintes?
Eu me lembro, era um moleque de 12 anos de idade, que estava torcendo como todos para o Senna, e quando ele encheu o muro o chamei de burro, fiquei gritando para TV “seu burro!” Eu não tinha noção da seriedade da batida. Ouvi falar da morte do Ratzemberger, mas não vi acidente, nem sabia direito quem era o piloto, e nesse momento tinha esquecido. Estava empolgado que Senna estava à frente do Schumacher e fiquei frustrado quando ele “errou” novamente e deixou escapar a vitória. Depois fui ver o quão sério foi a batida. Eu sempre fui fã de fórmula 1, desde que me lembro muito pequeno. Torcia muito pelo Senna, e sempre preferi torcer pelo Senna que pelo Piquet, acho que gostava do carro preto, mesmo sendo bem novinho, e depois do carro vermelho e branco. E mesmo ficando devastado com a morte do Senna, não entendia o dia seguinte de aula com um bando de gente, incluindo meninas que jamais tinham assistido Formula 1, chorando por ele. Isso já não fazia sentido para mim na época. Me perguntava porque está todo mundo chorando como se fosse um parente. Eu estava triste, mas ele era um piloto do meu esporte preferido, que representava meu país e minha torcida, que merece a tristeza de quem o assistia, mas a comoção nacional parecia um exagero, ou uma certa falsidade, de um povo que precisava de ídolos, ídolos mortos, para chorar. O Brasil sempre festejou ou endeusou mais seus expoentes mortos, talentosos mas que morreram no caminho. Sou diretor de cinema e vejo a mesmo idolatria com Glauber Rocha, um exagero. E esse exagero impede um olhar para o futuro, é uma nostalgia, lamentação e idolatria congelante…
Muito bacana mesmo, Flavio.
Ah! Viu a bela homenagem da Azul?
http://aeroportodemocaovivo.blogspot.com/2014/04/azul-homenageia-piloto-de-formula-1.html?m=1
Abraços
Flávio, bom dia, permita-me tentar esclarecer uma dúvida acerca da “bendita” solda na barra de direção, que alguns afirmam ter sido a causa, e outros tantos contestam, como uma pequena ilustração: seu carro apresenta um problema qualquer na barra de direção e o mecânico sugere “uma soldinha” como solução. Não tenho conhecimento técnico, mas certamente eu jamais guiaria um carro com tal “gambiarra”. Aí então que está a dúvida: vc conhece algum caso similar? O regulamento, à época, permitia tal modificação em uma área tão sensível? O Ayrton tinha conhecimento dessa alteração? Grande abraço.
Marco,
O Próprio Ayrton que pediu (encheu o saco mesmo) da equipe para modificar a altura do volante dentro do cockpit, para lhe dar mais conforto na pilotagem (pois no original, ele “raspava” as mãos na parte interna do cockpit). A Williams fez então a famosa solta que todos sabem a história…
Não foi nenhuma “soldinha” e nem “gambiarra”, mas sim algo pensado e com o aval (e pedido) do piloto. O que não ficou muito claro (e lí no especial da Revista WU) é se a solda foi realizada na Italia ou na Fabrica na Inglaterra…
Se a solda tivesse sido bem feita, teria sido feito verificação com Raio X e detectado que o serviço tinha que ser refeito,ate hoje não entendi o porquê da Williams não explicar qual foi o procedimento adotado.
Não sou Flávio nem Alonso más não foi uma solda tão improvisada, a modificação teve um projeto aprovado e o trabalho foi executado por profissionais experientes, ainda assim foi algo mal desenvolvido, e a quebra da solda era inevitável (porém não necessariamente durante aquela corrida, poderia ter sido substituída antes entre corridas) o problema é que, não existe prova concreta de que absolutamente causou o acidente, se sabe que ela se rompeu com o impacto e que já apresentava fadiga anterior ao acidente.
a quebra da barra é considerada a hipótese mais provável, mas muita gente acredita em uma combinação de fatores, é fato que o safety car era muito lento e os pneus deveriam estar frios, era conhecido que a dirigibilidade do carro dele era ruim (veja ele rodando no Brasil), já que eles tinham dificuldade em lidar com as mudanças de regulamento, o próprio Adrian Newey diz que o carro tinha problemas aerodinâmicos de equilíbrio (vi gente credível dizendo que o difusor traseira parando de funcionar pode ter sido uma causa), outra fato é que na Tamburello tinha sofrido algum remendo ruim… então some isso tudo e o que pode ter acontecido é uma perda de controle por outros motivos, e como a velocidade era algo como 300KM/h e a área de escape minima não foi possível evitar a forte batida…
https://www.youtube.com/watch?v=N0N1gLOx3Os
Muito detalhista este video do zanardi, com atendimento e tudo, sem as pernas(quatro min e poco). não tem um desse do senna?
Outra coisa que eu queria saber é se não tem registro das conversas do rádio, se pelo rádio ele não reclamou de está perdendo pressão nos pneus ou a direção está tremendo. uma das possibilidades não foi de perder pressão nos pneus e por isso o carro está batendo o assoalho no chão
durante as duas voltas depois do safety car
Excelente!!
A sky foi alienada pela globo!
Cada vez que vejo algum documentário novo como este super bem feito como disse o Flavio, me convenço mais da Justiça Divina pode demorar as vezes um pouco, mas não falha nunca.
Concordo totalmente com sua observação. Aqui se faz, aqui se paga.
é verdade
Flávio, põe legenda no video e depois posta de novo? Não manjo de inglês.
Obrigado.
Estude.
Sua resposta foi “a melhor coisa que vi até agora nestes dias de lembranças dos 20 anos de Imola, 1994.” rs
Vai estudar Alan vai….
Ri alto!
vc foi maldoso nessa :P
kkkkkkkkkk
ou emtao venha morar aqui
só pode ser brincadeira hahahaha.
rs…Foi brincadeira. É que me divirto com suas respostas.
Cara é simples. Ativa as legendas em inglês e depois seleciona a tradução pro português.
Mas não deixa de estudar/aprimorar o ingês.
Excelente sacada esse ponto de vista. A única coisa original vista em anos.
muito bom mesmo, e o 20 nos 20 tbem
É tão bom ver um material racional sobre Senna. Nem a babaquice dos deslumbrados, e nem a frieza forçada e meio fora de centro de uns e outros.
Recomendo, aliás, tudo que a Sky vem publicando nesta “Senna Week” deles, como esse debate entre jornalistas:
https://www.youtube.com/watch?v=Y-0CtELwdTM
Esse o Flavio vai gostar de ver.
O pessoal costuma pegar no pé do Flavio por causa do Senna. Só ver o final desse vídeo e constatar que o Flavio não é o único a “contestar” o Senna. Longe disso.
No final, o apresentador pergunta se o Senna foi o melhor de todos os tempos. Nenhum dos 3 convidados acha que foi. Um dos jornalistas chega a dizer que o Senna, pelas atitudes que tomava na pista (ex: Japão 1990), não era um “campeão de verdade”.
Para cada um que acha que não, deve ter centenas que acha que sim. http://greatestdrivers.autosport.com/?driver=1 e http://www.bbc.com/sport/0/formula1/20324109 como exemplos.
Corrigindo: …centenas que ACHAM que sim.