NÃO DEIXEM!
RIO (resistam!) – O Cine Leblon, inaugurado em 1951, vai fechar as portas. A rede Kinoplex, dona de uma das últimas salas de rua do Rio, diz que a operação é deficitária.
E daí? Que tal assumir um prejuízo em nome da preservação de algo tão caro aos cariocas? Quanto dão de lucro as centenas de salas Kinoplex espalhadas pelos shoppings do país? Que tal separar apenas a renda da pipoca de uma delas por mês para manter o Leblon funcionando?
Espero que a população do Rio não permita essa barbárie. O Belas Artes, em São Paulo, está sendo reformado. A Caixa vai bancar a brincadeira. E está certíssima. Chega dessa visão mercantilista de mundo. Dinheiro não é tudo.
E o Cine Odeon no centro do Rio, na Cinelândia, fechou mesmo?
Esse filme passou na Globo em 1985 ou 1986. Era a segunda parte de Os três mosqueteiros, de 1972 ou 1973, com Raquel Welch, Richard Chamberlain, Michael York, Christopher Lee e outros.
Tempo que demorava 10 a 15 anos pra um filme ir pra TV aberta no Brasil.
Discordo! O cinema é bonito e coisa e tal, mas não vive de vento e nem verba pública. Tem dono! É só você se colocar no lugar do dono que rapidinho muda sua opinião! Essa visão de mundo é um pouco romanceada. Não vivemos em Paris. Não sou artista mas vejo o quanto alguns lutam para montar um espetáculo e ser obrigado a vender ingresso pela metade. Aqui os ricos e grandes empresas não bancam museus, universidades e teatros, como ocorre nos EUA. Aquio buraco é mais embaixo. O empresário tem a maior carga tributária do mundo com quase nenhum retorno em hospitais, escolas, etc. Aqui impera a lei da selva e da corrupção. Então, se você é dono de alguma coisa é obrigado a entregar de bandeja para a sociedade ainda que experimente prejuízos? É você quem passará noites em claros sem saber como pagar os salários, tributos, etc. etc? É bonito no discurso politicamente correto, mas na realidade a coisa é bem diferente.
PERFEITO! Caridade com o bolso alheio é moleza, né?
“Dinheiro não é tudo”
Venda sua casa e seu carro, conclame os outros artistas que estão dando piti a fazer o mesmo, juntem a grana, comprem o ponto e toquem vocês mesmos o cinema deficitário.
Acho curioso ouvir papos do tipo “cinema de rua x cinema de shopping”.
Moro em Botafogo e, no bairro, temos hoje três cinemas de rua, sempre bem cheios nos finais de semana.
Inúmeras vezes tenho que voltar da porta por falta de ingresso – especialmente no caso do Arteplex Botafogo (um belo e moderno cine de rua feito no local onde ficavam os tenebrosos Scala e Coral).
Já o grupo Estação tem dois cinemas de rua no bairro, Também estão sempre cheios entre sexta e domingo (o grupo Estação está em crise, mas por causa de uma barbeiragem financeira com uma sala de shopping, na Gávea).
Creio que o problema do Cine Leblon é ter uma programação de filmes tipo blockbuster, mas com uma projeção medonha nos últimos tempos (digo pela última vez em que estive lá, há um mês). Aí, realmente, não há como concorrer com as salas de shopping, com telas maravilhosas e projetores novinhos, à moda Cinemark.
Isso sem falar que o Cine Leblon ocupa um terreno gigante em um dos pontos mais valorizados do mundo.
Acho que é inevitável… Se fosse tão caro assim aos cariocas, ele sobreviveria. Ao que parece, não tem sido frequentado (não sou do Rio, estou chutando). Logo, inviável economicamente. E é um processo generalizado aqui no país, os cinemas de rua foram perdendo público desde o começo dos anos 90 e fechando um a um, na maioria das vezes se transformando em “templo” da Igreja Universal (“templo é dinheiro!”, já dizia o filósofo).
Dói nas pessoas que viveram os áureos tempos do cinema de rua esse fechamento. Eu sou um tanto quanto indiferente com relação a esse assunto, já que estou longe de ser um cinéfilo e sempre frequentei muito pouco qualquer cinema. Mas realmente os cinemas de shopping ficam muito restritos a blockbusters de baixa qualidade e muita animação pra criançada, com pipocas caríssimas. Realmente faltam espaços para exibição de algo um pouquinho mais profundo. Será que um cinema de rua seria viável economicamente se atuasse num nicho mais específico? E sem a participação de uma estatal patrocinando? Valeria a pena um patrocínio estatal? Que o pessoal do Leblon responda a essas perguntas…
O Corcel GT, o Dodge 1800 e a bicicleta Tigrão já valeram a foto!
Haja pipoca pra bancar um aluguel no Leblon. Culpe o dono do imovel e não o dono do cinema. Tudo que e bom está ficando Leblon.
Discordo, Flávio.
A empresa não tem que fazer caridade ou bancar negócios deficitário. A solução, essa sim equilibrada, é dinheiro público. É para isso que dinheiro público serve: pagar aquilo que é necessário ou importante, mas deixado para a iniciativa privada não dá lucro.
Que alguma Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa ou Correios assuma a fatura.
Odeio cinema de shopping, odeio ir de carro ou taxi para o cinema, fui criado em Copacabana onde num raio de 1 km da casa dos meus velhos tinha a minha disposição pelo menos uns 5 cinemões, dentre eles os lendários Roxy, o Art- Palácio, o Rian e o Metro. Desses todos só restam dois o Roxy dividido em 3 salas e tombado ( mas parece que isso não garante nada pois o Leblon tb é) e o pequetito Jóia. De resto os prédios foram demolidos ( os crimes do Metro ou do Rian, ou transformados em lojas desprezíveis como a Casa e Vídeo e a Renner.
Infelizmente, cinema hoje em dia é aquele canto frio nos shoppings, com cartazes de blockbusters de super-herói, abarrotado de adolescentes com seus smartphones e pipocas a preço de filet-mignon.
Dinheiro não é tudo, mas é 200%.
E, francamente, melhor seria que a Caixa usasse essa grana para patrocinar o Corinthians, ou usar com algo que desse retorno para a empresa.
enquanto o MDB estiver no governo, apoiado ou não pelo PT,
a cultura nacional é colocada de lado em detrimento a exploração financeira e aos ganhos individuais.
MDB e ARENA = PMDB E PT
extrema direita e já tem até morte nas cotas.
“Que tal separar apenas a renda da pipoca de uma delas por mês para manter o Leblon funcionando?”
Pô… essa é a visão correta das coisas pra mim tb. Será que é tão difícil isso? Sem falar que o lucro nas pipocas deve ser de 3000%. Abs a todos.
Acho que de cidades grandes, a única que mantém cinemas de rua sempre cheios é Santos.
O Blog é seu, vc fala o quiser, mas Pimenta no olho do Kinoplex é facil..sugerir que eles assumam prejuizo..(?) O foda é ver aqui em BSB o cretino que votamos, o Agnelo, fazer o estadio mais caro do Mundo, por baixo superfaturado em 500 milhoes… Vc podia gritar um pouco sobre isto antes de bradar outras “causas”, ou nao né… Pensa bem sangue bom que admiro! Abraço
Você mora aí? Grite você, uai.
É, ta certo…abraço ..
Pena. Espero que voltem atrás. O Cine Leblon é belíssimo por dentro. Estive lá uma par de vezes em Fevereiro passado em uma visita ao Rio, A sensação de entrar num cinema é algo que está se perdendo neste Brasil mercantilista. Espero que os cariocas do Leblon, tão caros a seu cinema, não deixem esse absurdo contra a memória se consolidar.
Nasci e fui criado na rua do cinema a Carlos Góis, quando soube da notícia quase fui as lágrimas.Estamos marcando um abraço ao edifício, e no mínimo tentar que ao menos com o fim do cinema, seja erguido um centro cultural, chega de prédios comerciais no Leblon, Scala já se foi e outros cinemas do Rio idem, Condor, Veneza, Largo do Machado, Bruni..só vai sobrar o Roxy em Copa, se um dia não tiver o mesmo fim.Quanto ao Odeon no centro, soube até que vai virar Igreja evangélica, triste fim de outro cinema querido aqui no Rio.
Muito triste
gostei da ideia! vamos propor uma hashtag também #preservecineleblon, hashtags pegam rápido.
Uma Monark Tigrão amarrada no poste. Nunca tive uma !
Esse é o problema,fazer o que não pode com o dinheiro que não tem.Fazer graça com dinheiro alheio é especialidade de governos sem patrão (povo),é igual cartão de credito,vai usando pra pensar depois como vai pagar.
Fazer uma empresa ser rentavel no Brasil é missão impossivel,tem que ter muito valor agregado no produto para conseguir repassar os custos e principalmente os impostos que sustentam as costumeiras corjas que se abancam nos cofres publicos.Não se tratando de empresa privada que tem seu problemas para pagar,no Brasil o dinheiro publico tem muita coisa importante para fazer e que ainda não foram feitas por governo nenhum,a não ser nas propagandas.
Concordo com o FG: um fim de semana de venda de pipocas caríssimas nesses cineminhas, pagava o funcionamento do Cine Leblon. E acho correto empresas públicas como a Caixa patrocinar o Belas Artes.
Sendo assim temos um a menos para reclamar das mazelas.
Eu acho que o dinheiro da ppoca cara, ao inves de ficar comm os bons vivans do lelon , os esqdurda caviar-‘s, devia ir para o produtor de milho de ppoca que falam de sol a sol.
Falam. I eh isso mesmo, no singular como na roça..
Falam naum, RALAM
Pra quem é de Sampa, três salas que deixaram saudade, Cine Chaplin, Vila Rica e Graúna na Av Santo Amaro. Uma pena que lugares assim são esquecidos e depois fechados sem nenhum respeito com sua história. E pra piorar, alguns viram igreja…
Essa foto tem mais uma coisa legal: é de quando dividiram o cinema em duas salas, Leblon 1 e Leblon 2 (que estava para inaugurar). O Leblon 1 ficou com a parte de baixo, da plateia, e o Leblon 2 com a parte de cima, do antigo balcão.
Estacionei muito meu Fuscão onde tá aquele Corcel… Tô ficando velho, daqui a pouco me interditam também por minha operação ser deficitária.
os carros
fusca canela fina, corcel GT , Dodge 1800
e também as bicicletas (amarradas ) no poste
monareta se não me engano , e caloi tigrão (acho) rsrsrsr.
valeu a foto.
Adoro estas fotos de época, principalmente em P&B. Ali está um belo Ford Corcel GT XP 1972, que creio seja marrom canela, e um Dodge 1800 STD.
O Corcel é sim, GT, mas 1975. Pela lanternas, rodas, pintura, espelho. Lindo. O Corcel e a foto toda.
Cinema de rua, Fusca, Corcel, Polara… Como era bonita as ruas nos anos 1970!
nada contra as salas dos shopping mas para mim cinema era os antigos onde agente sentira o cheiro de cinema, na minha concepção é uma pena que os ultimos ainda existente estão fechando.
Chega desta visão romântica do mundo. Sem lucro nenhum negócio privado funciona no mundo real. Duela a quem duela.
Jura? Nossa, que machão!
Nem você, pelo jeito.
E Flavio, o Odeon, na Cinelândia, encerrou suas atividades na última quarta-feira…
O sindicato das empresas que exibem produções cinematográficas diz que o fechamento é definitivo; o Grupo Estação, que mantém o cinema, diz que é para uma ampla reforma – mas também diz que ainda não tem recursos para tal. Parece ser definitivo, mesmo.
E muito, muito triste.
Lamentável o fechamento do Odeon. Ali na Cinelândia, eu era fã do Palácio, que esta sendo reformado. Cinema de rua, ainda existe o Roxy Copacabana, mas não sabemos até quando, o Cine Leblon e o Odeon devem virar Igreja Universal.
Lembrando que o Odeon pertence ao Grupo Severiano Ribeiro/Kinoplex. O Grupo Estação está (ou estava) há mais de 10 anos arrendando o cinema. Pelo GSR o Odeon já teria fechado faz tempo. O grupo também era dono do Palácio (na Rua do Passeio) que fica bem perto do Odeon.