MOCO
SÃO PAULO (um grande) – 26 de janeiro de 1975. José Carlos Pace vence o GP do Brasil em Interlagos, com Emerson em segundo. Primeira dobradinha brasileira na F-1. Primeira e única vitória do Moco, que dois anos depois morreria num acidente aéreo.
Pace dá nome ao nosso templo. É uma das coisas que gosto de Interlagos — não se chama Senna, nem Fittipaldi, nem Piquet. Se chama Pace, o campeão sem título, o garoto da Willys e da Dacon.
São 40 anos daquela vitória. Hoje é um dia muito especial para o automobilismo brasileiro.
Eu gostaria de compartilhar com vcs que tenho a carteira de condutor de piloto para treinos emitida pela federação Paulista de automobilismo dele. pois é uma pena que não consigo anexar .
lembro como se fosse hj, tinha 14 anos, tava em c.frio d ferias, sol a pino, e eu trancado num quarto d hotel, d posse d uma placar com toda materia da corrida e campeonato, vendo, talvez a mais sensacional, corrida d f1 no brasil. primeira dobradinha tupiniquim. mas nos comentarios acima ninguem lembrou de dizer q jean pierre jarier tava sumido na frente e qbrou no final do retao faltando poucas voltas, ai ficou ali mesmo, sentado na beira da pista, assistindo os dois brasucas passarem e fazerem a festa.quem viveu viveu.
Em relação à mudança de nome: chega dessa moda né. Já pegou e tá dando no saco. Tudo hoje em dia tá mudando de nome, não vai ser Interlagos a entrar nesse tipo de coisa né….
Tem de ser José Carlos Pace até o fim da existência. Ponto.
E olha que eu gosto do Ayrton. Mas, precisamos ser justos.
Queria ter a dádiva de ter participado desse dia aí. Quem me dera poder estar nessa tarde aí. Celebração, apoteose, clímax…
Outros tempos.
E essa Brabham é dos carros mais bonitos de F-1 ever.
É ela, o Copersucar FD-04 (começo de 76) e a Williams do Piquet.
Abraço.
Caro Thiago, se por um acaso algum tonto lançar uma proposta oficial de mudança do nome do autódromo, te garanto que me darei ao trabalho de organizar um movimento de resistência a tal ignomínia!
Em 2007 o Gomes publicou uma “semana Moco” , neste blog, por causa dos 30 anos da morte desse ídolo (o único q eu tive do mundo das corridas de carro).
No post sobre esse GP, está também a imagem de um adesivo q consegui naquele q foi o fim de semana mais feliz q passei em Interlagos, um adesivo da equipe Brabham-Martini com a figura do carro #8. Está em:
http://flaviogomes.grandepremio.uol.com.br/?s=Moco+1975
Um dia ainda farei uma camiseta com estampa dessa imagem.
abraço
Eu estava lá
Prezado F&G:
Moco foi apenas fenomenal, tinha um pé pesado, acelerava pra valer, dividia freadas, curvas, retas. Correu ao lado dos melhores pilotos;Lauda,Hill,R.Peterson,Carlos R.,Clay R,Wilson F., Emerson e Jack Stuart .
Imagens maravilhosas.
Foi a maior festa que Interlagos presenciou. O banho então!!!. A bandeirada nem se fala.
Acredito que o Moco seria campeão em 77.
Desnecessário mais um comentário sobre o eterno Jose Carlos Pace ! Só quem acompanhou a sua carreira, suas exibições fantásticas na F2, F1 e Sport Protótipos pela Ferrari ! Ao lado do Emerson e do Peterson , o Pace é um dos 03 meus pilotos preferidos, que me fizeram amar o automobilismo na êpoca ! Apenas quero registrar mais uma vez a minha eterna indignação? Passados agora 40 anos, porque a TV Globo , ou seja la quem tenha este material não lança um DVD com o GP do Brasil de Formula 1 de 1975 na integra e a cores ? Sei que somos um pais sem memoria, mas os jovens , os que ainda gostam de automobilismo, merecem conhecer melhor quem foi este grande piloto !
Eu tinha sete anos e lembro perfeitamente bem. Claro não podia entender muita coisa (o Emerson não vai pasar pai?), mas meu velho estava muito feliz, ele havia trabalhado na Willys e tinha conhecido o Pace em alguma vez que ele foi até a fábrica. Sensacional, que sentimentos.
Eu acho que o estilo agressivo é totalmente da velha escola brasileira, pelo que sei o Bird guiava assim, Camilo, etc. Os mais velhos que confirmem ou corrijam, mas acho que nestes anos a moçada atacava as curvas mesmo, o negocio era frear sempre depois (ou não frear).
Eu estava lá. Estava na equipe que bandeirou na curva 3. Foram dois finais de semana de muito trabalho, Não me recordo por que mas no final de semana anterior houve treino no autódromo, no domingo, para todas as equipes.
A chegada ao autódromo no domingo pela manhã da corrida, às 7 da manhã, mostrou toda a reta do boxe e boa parte do retão cobertas de restos de garrafas de todos os tipos de bebida e também de todo tipo de coisa jogadas pela torcida. Muito trabalho para limpar….
Domingo espetacular, eu também gostaria imenso de encontrar um vídeo completo dessa prova.
Ah que beleza de video. Como era bonito ver aqueles carros contornando aquelas curvas de alta a toda velocidade. Os circuitos antigos eram fabulosos. Vale lembrar que aqueles motores tinham a máxima potencia que se podia extrair deles na época. Os Ferraris Flat 12 de quase 500 hp’s, os motores V8 DFV de 450 hp’s. Os carros saiam da junção, faziam a subida dos boxes a 250km/h, reta dos boxes a mais ou menos 29o, chegando na curva 1 a uns 310 , depois a curva 2 em 290, sentavam a bota no retão antigo (que calamidade, acabaram com ele ) e chegavam lá fim da reta, na curva 3, a uns 330, 335 km/h. Isso naqueles carros de estrutura frágeis, como se fossem feitos de papel cercado de gasolina em volta. Interlagos era fantástico…
Sensacional o mecânico limando o duto de resfriamento do freio do Copersucar.
Será que naquelas caixas de ferramentas futuristas de hoje tem uma lima?
Se tiver deve custar uns $1000 cada.
Outra época, outros carros…
Tudo muito mais legal do que hoje em dia…
Me desculpem, mas é claro que interlagos tem que mudar de nome.
E sabemos muito bem para qual.
Pronto…Tinha que aparecer um idiota que nada sabe sobre Pace para falar asneira…
Já existem 3, isso mesmo, três autódromos que se chamam Ayrton Senna no Brasil.
Goiânia, Londrina e Caruaru.
E de troco ainda temos o kartódromo de Interlagos com este nome.
O cara era “The Best”, mas mesmo assim é melhor V. desapegar do Viuvismo.
Não, Renato. NÃO te desculpamos.
É isso aí!
Inesquecível Moco.
Lembro que o Moco se dirigiu para o pódio, porém o pódio ja havia mudado de lugar naquele ano, e o locutor comentou em tom de brincadeira, mas reconhecendo quem havia ganho a prova.
O Moco era o Moco, ponto. Sempre rapido, arrojado, destemido. Se o carro não ia, o Moco levava no braço ! Era show de Gordini, de Berlinetta, de Alpine, de KG Porsche, de GTA, de Bino, de Maverick, até chegar nos carros de verdade.
Da P33 para o Lotus de F3, depois o March de F3, de F2 e de F1. O “desastre” com a Pygmee, depois Surtess TS 10, TS 15, e de F1, TS 14, TS 16. E ai as Brabham.
Sempre o mesmo grande piloto, um show de tocada, a coragem, a audacia, o braço!
Graças a Deus em Janeiro de 75 eu peguei a minha Variant no Rio e, com pouquissima grana no bolso, sai pra SP para assistir a corrida. Fui ver o Moco vencer. Sai do autodromo ungido !!! Cansado, com sede, com calor estupido, mas eu vi o Moco vencer na F1 !!!!! Valeu Moco !!!
Como eu queria conseguir uma cópia dessa corrida na integra…
Vitória inesquecível. Conforme diz o Razor num comentário anterior, o estilo de pilotagem de Pace era mais “sujo” que o do Emerson, uma maneira mais Villeneuve de guiar, por isso tanto tempo depois ainda é venerado como um de nossos maiores pilotos. E a imagem da tomada da curva na Ferradura é de chorar de saudades.
Um dos dias mais felizes da minha vida. Saímos numa turminha de Santos e logo tomamos um porre fenomenal. Teve amigo que ficou na pior e repousou no chão na única sombra embaixo dum caminhão. No fim deu tudo certo pra todos e fomos passear a pé na Rua Augusta. Eu todo contente com uma camiseta amarela Cibié de brinde. Puta domingão memorável.
Moco tinha um estilo de pilotagem só dêle , inclusive falavam que usava
uma relação de marchas diferente dos outros. Pra mim campeão de uma
vitória só.
talvez um percussor do Gilles, na tocada “faca nos dentes ” , mas um acertador de carro , uma personalidade sensacional, e um bota como poucos. A história não lhe fez justiça.
1-Pace, 2-Fittipaldi, 3-Mass, 4-Regazzoni, 5-Lauda, 6-Hunt
Brabham, McLaren, Ferrari e Hesketh
Todos vencedores de Gp (é, Jochen Mass ganhou na Espanha, 1975).
Três campeões.
E eu tava lá…. Saudades dessa F1.
Pace com suas Brabaham(s), marcam minhas memórias de infância. Um feito para o outro, emanando personalidade.
Emblemática, a vitória.
O Zé Carlos era mais veloz que o Emerson. Tinha um talento maior ou era mais maluco que o Rato, não sei…mas o Moco era muito mais arrojado que o Emerson, tinha um “stilo de guida” mais cativante, que enchia os olhos da gente numa tomada de curva. E dentro dela!
Aquele dia em Interlagos, há 40 anos atrás, é inesquecível!
Uma das poucas vezes que o Moco teve uma sorte de … Emerson!
Jarrier tinha a prova no bolso, estava tranquilo em primeiro e Moco não tinha mais o que fazer.
Naqueles dias, o povo na arquibancada só via os carros desaparecerem no meio da Curva do Sol e reaparecer já na entrada da Curva do Sargento. Cinco segundos de black-out. E então o povo na arquibancada esperou o carro preto aparecer no Sargento…e esperou mais um pouco…e mais um pouquinho… e de repente quem apareceu ali foi o carro branco.
Puta que pariu, que emoção! Era o Moco em primeiro, Emerson em segundo e o Grande Prêmio era no Brasil! Só faltou rojão para comemorar!
Bandeira quadriculada baixada, e não sei de onde surgiu na minha frente, no meio da arquiba (Setor A) me passam uma garrafa de champanha, dou um gole e passo adiante. Nós, p povão da arquibancada, comemorando a vitória do Pace com champagne!!
Valeu, Moco! Obrigado por um dos melhores domingos da minha vida!
Muito legal o seu relato. Tinha 11 anos e vi pela TV. Bons tempos!
Nelson Piquet tem seu nome no autódromo de Brasília…e Jacarepaguá levava seu nome também.
E olha o que fizeram com o autódromo do RJ…
Mas já tentaram (“sugeriram” vai…) mudar o nome para o de outro piloto paulista.
E não estou falando de Emerson ou Wilson Fittipaldi.
Portanto, não considero esta uma “questão encerrada”.
Isso aqui é Brasil, afinal.