E NO AEROPORTO
SÃO PAULO (que demais…) – Os organizadores da etapa de Berlim da Fórmula E divulgaram local e traçado da pista que receberá a categoria em 23 de maio — curiosamente o Dia Internacional da Tartaruga. O circuito, infelizmente, não vai ser montado nos cartões postais da cidade, como o Portão de Brandenburgo, ou em algum trecho que lembre os tempos do Muro. Mas, felizmente, mostrará ao mundo o mais belo dos aeroportos, Tempelhof, que foi desativado há alguns anos, mas é muito utilizado para diversas atividades.
Tempelhof foi decisivo quando a URSS bloqueou as linhas terrestres de suprimentos por mais de um ano para Berlim Ocidental, no auge da Guerra Fria. Comida, água, remédios, tudo era levado por enormes cargueiros para este aeroporto, que tem uma arquitetura belíssima.
Eis o traçado, de 2,47 km e 17 curvas. Bem interessante. Tem espaço à vontade.
FG… Como perguntar não ofende. Por que não se faz corridas em autódromos? Tudo bem que a minha opinião não vai mudar mundo, mas só corrida em circuitos improvisados, também cansa.
Conceito do campeonato: apenas corridas de rua.
bom. pelo menos é em um aeroporto historico. fechado mas usado para coisas que ainda vão bem rápido…
Tempelhof só fechou porque o tráfego aereo em Berlin não justifica 3 aeroportos grandes. se fosse em Frankfurt ou Dusseldorf até vai. mas Berlin tem 2 aeroportos grandes do lado. acabou ficando sub utilizado…
se fosse em Moscou/Russia provavelmente um aeroporto desse tipo continuaria aberto. tanto que o sr Putin vai converter mais um aeroporto exclusivamente militar (paraquedismo do exército) para um de uso misto para que o pessoal das “low-cost” (Red-Wings???) possam usa-lo…
nos EUA provavelmente um aeroporto desse tipo seria bem usado. se La Guardia é usado até o talo um do tipo de Tempelhof certamente seria usado…
no Brasil não apenas seria usado como provavelmente receberia voos internacionais de longo curso já que é mais fácil construir 8 estádios novinhos do que 1 simples aeroporto…
Muito bonito o aeroporto, arquitetura belíssima! Funcionalmente nem tanto, pois o projeto parece ter sido feito “ao contrário”, reduzindo o espaço disponível para estacionar os aviões.
Vamos torcer para que seja uma boa corrida.
Muito legal a idéia de utilizar o Tempelhof, e principalmente de utilizar uma área que atualmente é isolada, ou seja, não vai atrapalhar em nada as atividades de lazer da população. Além de belo e cheio de histórias, o Tempelhof é um belo exemplo de como a população pode ocupar os espaços públicos. Falei um pouco disto ano passado num artigo em meu blog pessoal: http://botecoterapia.com/2014/06/30/berlin-tempelhof-uma-aula-de-ocupacao-dos-espacos-publicos/
E como eles bloquearam os suprimentos? Houve combate entre URSS e EUA diretamente?
Abraço
O muro de Berlin não “dividia” Berlin em duas partes, mas sim circundava a parte ocidental de Berlin, já que a cidade toda se encontrava dentro da Alemanha oriental (dá uma procurada em algum mapa no google que você vai entender). Para realizar o bloqueio bastou apenas a URSS bloquear os acessos fluviais e terrestres à cidade, já que Berlin Ocidental era como uma “ilha” dentro da área controlada pela URSS. Tem mais informações na wikipedia sobre o bloqueio: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bloqueio_de_Berlim
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/dd/Berlin_satellite_image_with_Berlin_wall.jpg/1024px-Berlin_satellite_image_with_Berlin_wall.jpg
O aeroporto é aquele circulo ali de marrom não?
E agora entendi o post do Flavinho hahaha
o aeroporto serviu como base para os suprimentos já que a linha terrestre nao poderia ser usada
À primeira vista, achei o circuito bem interessante. Mas, quando li que ele terá apenas 2,47 km, me decepcionei. Desse jeito, a reta dos boxes deve ter no máximo 400 metros de extensão. Tem tudo pra ser uma verdadeira procissão…
A Indy poderia ser realizada no Campo de Marte….
Quando vi que o traçado será montado no aeroporto, pensei que seria como aquela pista que a Indy/Cart/Fórmula Mundial utilizava em Cleveland, lá no fim dos anos 90 e início dos anos 2000.
Um êxito da F-e será demonstrar a viabilidade de circuitos de rua.
A vida está cada dia mais difícil para os circuitos permanentes. Não dá para ser no meio da cidade, para não ocupar uma área que poderia receber melhor utilização. Não da para ser muito longe senão o público não chega.
Vai restar mesmo pensar em meios de utilizar vias normais para montar circuitos. Vale lembrar que alguns dos circuitos mais tradicionais não são permanentes, como Spa, Le Mans, para citar dois.
A destruição de autódromos é uma pena, mas é bem possível que provas na orla do Rio ou no Eixo Monumental de Brasília fosse mais interessantes que os circuitos permanentes que havia nessas cidades. (Sim, eu sei que seria quase impratícável paralisar o eixo na esplanada e perto da rodoviária mesmo que “só” duas horas pela manhã e duas horas a tarde num fim de semana….).
Se a F1 tivesse uma caralhada de ultrapassagens ou os carros andassem todos colados não dava de jeito nenhum. Só que a F-e mostra que dá para ter disputa de curva, mesmo em circuito de ruas.
Pelo jeito, caiu-se no círculo vicioso de não dá para manter autodromo porque não tem eventos e gente para movimentar o lugar a cada duas semanas, e não tem eventos e gente porque não se tem o costume de ir ao autodromo porque eles quase não existem mais.
Em Brasília ainda há a opção das vias de acesso no complexo estádio / autódromo no Parque da Cidade e na UnB !
Esse aeroporto parece o Royal Crescent, em Bath, interior do Reino Unido.
Muito legal esse estilo de aeroporto, sem aqueles terminais compridos cheio de fingers, aço inoxidável e curvas futuristas. Mas de qualquer forma, uma pena abrirem mão de tantos pontos (também) históricos da cidade.
Dia Internacional da Tartaruga e também aniversário de Rubens Barrichello.