FOLHINHA
SÃO PAULO (apertado) – O Mundial de F-1 do ano que vem vai começar mais tarde, em 3 de abril. E termina no fim de novembro. E, se tudo der certo, com 21 corridas — as 19 desta temporada, mais Alemanha (não é possível que fique fora de novo) e Azerbaijão.
Significa que vai encavalar tudo e as equipes ficarão malucas.
Na primeira temporada em que cobri F-1, o Mundial começou no dia 3 de abril em Jacarepaguá e terminou em 13 de novembro em Adelaide. Foram 16 corridas em 224 dias — exatamente uma a cada duas semanas, em média. Dez delas, na Europa, que delícia. Longe, mesmo, apenas Japão e Austrália, que fechavam o calendário. Três na América do Norte, uma seguida da outra, viagem bem aproveitada, e uma na América do Sul, a da abertura. Redondinho. Com pistas legais como Estoril, Jerez, Paul Ricard.
Pelo esboço de calendário que se tem para 2016, serão 21 GPs em 238 dias. Um a cada 11 dias! De novo serão dez na Europa, incluindo Rússia e Azerbaijão (portanto, oito na Europa, digamos, “tradicional”). Sete na Ásia/Oceania. Quatro nas Américas (três naquela do Norte, uma aqui na do Sul).
Para quem vê na TV, ótimo. Para quem arrecada a grana, melhor ainda. Para quem faz a brincadeira, um massacre.
21 GPs na próxima temporada? Começaram com a “inflação” do número de pontos a partir de 2010, e agora estão partindo para o “empilhamento” de vitórias, poles, etc.
O problema é um só. As conquistas do passado vão se tornando nanicas com o passar do tempo.
Quando eu comecei a acompanhar F1, em 86, eram 16 etapas. E sempre achei esse um número perfeito para uma temporada. E fiquei surpreso, quando comecei a comprar revistas pra saber mais da história da F1, que, nos primórdios, o campeonato tinha 9 etapas, se não me engano. Infelizmente, o dinheiro fala cada vez mais alto.
Quanto mais, melhor. Não me oponho à ideia de corrida no Azerbaijão, mas está errado a França ficar de fora ainda. Ir para novos lugares é legal, mas os países tradicionais não podem ser esquecidos.
Muito tempo sem F1, 5 mêses , até vão esquecer que ela existe,
já pensara na Mídia que cobre a F1 , 150 dias inventando notícias ,
fulano falou isso , o outro está de férias não sei aonde , o motor
está uma bala, quando chega na corrida não da nada etc…. etc….
AH e o Bernie em Amparo que por sinal fica perto da minha Itatiba,
o que o véio veio fazer e dixer ???????????????
Eu acho uma péssima idéia começar o campeonato só em abril.
Ainda mais vindo num momento de preocupação com a baixa audiência/popularidade da categoria e a crise financeira das equipes (e por consequência, da categoria).
Ficar sem F1 por 5 MESES (dez-abril)???
Quem estava perdendo o interesse, agora ficando quase meio ano sem corridas então…vai deixar de lado de vez.
Outra idéia mirabolante de Bernie Ecclestone?
Sera que só eu que bebo? Sera que só eu que bebo? Hein? (2)
Pelo jeito não.
Dirigentes de futebol e de automobilismo, pelo que parece, depois de muito tempo “no meio” e no comando, começam a ter delírios e idéias idiotas,
Massacre nada. Abre mais oportunidade de criação de emprego.
Ao invés de apenas um jornalista “fominha” cobrir o campeonato, pode se contratar um segundo e dividir as coberturas entre oriente e ocidente.
Assim também com a logística das equipes, e etc.
Mais trabalho, mais gente empregada, se o empregador não for FDP é claro…
Prezado Flavio,
na minha modesta opiniao, se condensarem as corridas nos respectivos continents, uma seguida da outra, acho legal. Um mes na America do norte, um ou dois meses na Asia e oceania, 2 meses na Europa e a final no Brasil.
Pelo lado do custo, isso iria gerar uma economia consideravel, ja que os avioes cargueiros teriam um voo mais curto na maioria das vezes, com 3 mais longos durante o ano. Um aviao desses, em um voo Europa-brasil, nao sai por menos de 450 mil obamas..se a intencao eh baixar custos, acho que estao no caminho certo…
abracos,
A NASCAR faz corrida TODO final de semana, às vezes viajando do Meio-Oeste para o Leste, e não tem esse mi-mi-mi todo.
O que não falam é que o trabalho pesado é na fábrica, durante a semana.
Quando se podia fazer treino particular, as equipes tinham dois grupos de mecas, um exclusivo para o desenvolvimento e outro para as corridas.
Ninguém é obrigado a trabalhar na F-1. Se não aguenta o tranco, pede pra sair!
Eu acho 21 corridas pouco, quero mais!!!
A F1 poderia ser como a Nascar, ter corrida em tudo quanto é lugar, um final de semana depois do outro. Tem que parar de ser se “achar” o máximo do automobilismo (não que não seja, mas o véio Bernie e seus asseclas “se acham” mais do que realmente são, não conseguem perceber o tamanho da TROLHA que se avizinha em seus respectivos “bumbuns” com a atual crise da categoria), e voltar a locais que realmente podem produzir corridas boas. Estoril,Magny-Cours, Paul Ricard, Brands Hatch, enfim, acabar um pouco com os “Tilkódromos”.
Vai, que não se acabe com as corridas nos circuitos “anda e para”, mas que se acrescente mais circuitos dos chamados “templos” do automobilismo.
Gosto de automobilismo, não de ver brasileiro “vencendo”, então quanto mais corridas melhor!!!
Em que pese esse lance de ser ruim pra quem trabalha, eu egoisticamente acho que quanto mais corridas, melhor. Só acho que o calendário precisaria ser mais bem dividido.
Tudo que é demais enjoa. Quando eu era pequeno as corridas, mesmo vendo pela televisão, eram um acontecimento, um evento e tanto. De uns anos para cá não passa de um etapa corriqueira do mundial, muitas vezes enfadonha. Ano que vem será mais tedioso ainda.
Azerbaijão não é Europa.
Azerbaijão é uma nação intercontinental, tem uma parte na Europa e outra na Ásia.
Então falar que fica num continente ou no outro está correto.
Fica no cáucaso, é um país transcontinental. Mas onde a corrida acontecerá é o lado Europeu.
E chama GP da Europa.
Poderiam construir o circuito exatamente na divisa dos dois continentes (metade na Europa e metade na Ásia). E o evento se chamaria GP da Eurásia, já que o Bernie gosta de novidades.
A narração enfrentaria situações ímpares: – Hamilton está contornando a chicane na Ásia, enquanto Alonso ainda não saiu da última curva na Europa…