HÁ 40 ANOS

SÃO PAULO (quase passa) – fez 40 anos na última segunda-feira, 27, o trágico GP da Espanha disputado em Montjuic. Naquela corrida, pilotos se queixaram da montagem porca dos guard-rails. Emerson sequer correu, em protesto — e era um bicampeão do mundo. Na 26ª volta, o aerofólio da Lola de Rolf Stommelen se soltou e ele voou sobre o público. Cinco pessoas morreram. Nessa prova, Lella Lombardi chegou em sexto e fez meio ponto (os pontos foram contados pela metade), única mulher a pontuar na F-1.

Este vídeo enviado pelo Ronei Ring traz reportagem da TV espanhola muito interessante. Stommelen escapou. Sofreria outro acidente em abril de 1983, desta vez fatal, com um Porsche em Riverside.

A F-1 era legal nos anos 70, mas era meio varzeana.

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Marcelo
Marcelo
8 anos atrás

Formula Um matou muitos pilotos nessa época, o brasileiro fez o certo ao boicotar ao GP da Espanha 75. Entre 1970 e 1980, período em que Fittipaldi correu na F-1(contando prática, teste, qualificações, aquecimento ou corrida), onze pilotos perderam a vida nas pistas. Não estão incluídos os fiscais de pista ou outros profissionais, nem espectadores.

No link abaixo estão listados todas as mortes de pilotos a bordo de carros de Fórmula 1, 46 pilotos morreram nessas condições, 27 durante o fim de semana da corrida, 7 durante a Indianápolis 500, 8 nas sessões e treinos particulares e 4 durante eventos de Fórmula 1 não válidos pelo campeonato.

14 pilotos morreram na década de 1950;
14 na década de 1960;
11 na década de 1970;
04 na década de 1980;
02 na década de 1990;

Os pilotos dos Estados Unidos foram os que mais sofreram acidentes fatais, com 11 mortes.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_acidentes_fatais_na_F%C3%B3rmula_1

Marcelo
Marcelo
8 anos atrás

Fittipaldi comenta o trágico GP da Espanha de 75.

Emerson Fittipaldi Fala de Morte de Amigos na F1
https://www.youtube.com/watch?v=jvBdPvYKOx4

frank
frank
8 anos atrás

Rolf Stommelen morreu em um acidente durante uma corrida do Camel GT IMSA em Riverside International Raceway no dia 24 de abril de 1983, depois que o aerofólio de seu Porsche 935 quebrou .
Duas vezes o aerofolio quebrou , na primeira ele escapou, as duas vezes em Abril.

John Player
John Player
8 anos atrás

Admiro o Fittipaldi por suas atitudes quando piloto. Se preocupava com a a categoria, com a segurança dos colegas (além da sua, claro) e sabia da sua importância como campeão do mundo e o peso de sua influência.
Se pensasse só em si mesmo, ´só nos seus recordes pessoais, poderia ter corrido nesta prova…e ter morrido num acidente.
Sempre lutou pela segurança dos pilotos de F1, cobrando melhorias de condições com dirigentes da F1 e dos circuitos. Não era minimamente seguro, não corria. Simples.
O que me leva a lembrar Ímola, 1994.
Acidentes horrorosos nos treinos do Sábado. Morte. Um clima ruim, pesado.
Só havia UM piloto com moral (campeão, ídolo) e tamanha importância para pedir o cancelamento da corrida ou se solidarizar e não disputar aquela corrida.
Mas ele não tinha o caráter e o espirito de grupo, de equipe, de coleguismo com os colegas de grid e de profissão, como tinha Emerson Fittipaldi.
Só uma pessoa ali poderia se negar a disputar aquela corrida, sem medo de perder o “emprego”, o patrocínio, etc.
Mas optou por disputar a corrida.
E morreu na pista.
(E o portunhol do “curso de idiomas Luxemburgo” do Fittipaldi? kkkkkkkkkk)

Paulo Pinto
Paulo Pinto
Reply to  John Player
8 anos atrás

Concordo. Se Ayrton se negasse a correr em Ímola (seguindo o mesmo princípio de Emerson), estaria vivo até hoje. E com mais títulos.

FRANCÊS
FRANCÊS
8 anos atrás

Que panca do Emerson, POPSTAR, parecia o Elvis………………muita mala até no jeito de falar rsrsrsrsrsrsrsrs…………………………Até hoje F1 é para poucos “sobrenomes” , filhos de políticos, donos de bancos, etc e talz………………………..

Victor
Victor
8 anos atrás

Um desastre de organização e segurança… mas muito divertido e imprevisível, carros de corrida como devem ser.. pilotos loucos no limite…
Para o espetáculo, nota 10 !

Edward Fernandes
Edward Fernandes
8 anos atrás

Emerson ainda não era bi, só mais para o final do campeonato que foi campeão tornando-se bi,

Edward Fernandes
Edward Fernandes
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

Desculpe, a memoria já não é a mesma.

Paulo Pinto
Paulo Pinto
8 anos atrás

Os guard-rails, no final das contas, não tiveram “culpa” no acidente.

Fernando
Fernando
Reply to  Paulo Pinto
8 anos atrás

Verdade, toda a desorganização, insegurança e “bagunça” em nada contribuiu para o acidente que ocorreu por uma falha mecânica (perda da asa traseira), que fez o carro de Rolf voar por cima dos rails. Ficou a lenda, até hoje falam disso, do protesto do Emerson e tal. O Pace estava encostado nele, deu sorte. Como sempre prevalece a versão.

EduardoRS
EduardoRS
8 anos atrás

A F1 era completamente varzeana, não “meio”. Muita coisa naquela época era melhor, mas a organização realmente era, no máximo, amadora.

Nesse vídeo, destaque para o espanhol perfeito do Emerson e para o barulho de moto 2 tempos feito pelos carros.

Pablo Vargas
Pablo Vargas
8 anos atrás

O circuito parecia ser bem legal.
O balãozinho do Batman “Crash-Boom-Bang” antes do acidente é de um extremo mal gosto.

JT
JT
8 anos atrás

O jornalista e historiador Javier Del Arco escreveu um livro sobre o Circuito de Montjuïc. O parque que dá nome ao circuito fica numa montanha que rompe com o famoso traçado urbanístico em forma de tabuleiro de xadrez de Barcelona. Tal parque, repleto de belas construções e exuberante paisagismo, conta com ruas sinuosas que vencem grande diferença de altitude, o que teria encantado o piloto alemão Rudi Caracciola, vencedor de uma corrida realizada nas redondezas.

Logo a opinião dele foi encampada pela imprensa esportiva local e por clubes de automobilismo e motociclismo. A primeira prova disputada lá ocorreu em 1932, para várias categorias.

A Fórmula 1 usou a “Montanha Mágica”, pela última vez, em 1975, mas a última corrida ocorreu somente em 1986, sendo uma prova de longa duração para motos.

Paulo F.
Paulo F.
8 anos atrás

Sem várzea: só condições da época!
A segurança era precária. morria um por ano em média!
Perguntem para Sir John Young Stewart . Era amigo de Siffert, Jo Bonnier, Cevert e de Jochen Rindt . Colin Chapman depois da morte de Rindt se distanciou de seus pilotos, já havia perdido “Jimmy” Clark (um dos grandes de todos os tempos). Sobre Chapman há essa deliciosa “estória”: http://www.ultimavolta.com/formula1/noticias/2010_04_01_Dado_como_morto_ha_27_anos_Colin_Chapman_reaparece_no_Mato_Grosso.html (um causo de 1º de abril transcendental)
Mas as corridas eram com C maiúsculo e os pilotos não tinham mimimi, e os carros muito parelhos. Muito diferente desses moleques estranhos que parecem alienígenas e seus assessores de imprensa. E esses motores com acessórios de sopa de letrinha!

Marcos
Marcos
8 anos atrás

Quando era pequeno me lembro de ter lido um artigo sobre este acidente na 4 Rodas. Procurei no acervo digital e achei o artigo, igualzinho ao que estava na memória: muitas fotos e depoimento do Emerson. Precisa desabilitar o bloqueador de pop-ups do navegador e acessar http://quatrorodas.abril.com.br/acervodigital/?cod=JOFQIPPOI

Celio Ferreirac
Celio Ferreirac
8 anos atrás

Resumo da ópera , o Rato tinha muita razão !!!!!!!!!!!

Farid Salim Junior
Farid Salim Junior
8 anos atrás

Curioso saber que entre os dois pilotos que resolveram ir para a pista, mesmo nas péssimas condições apontadas pelo Emerson e pela GPDA, estava o belga Jacky Icxx, que em 1994 foi o cara que deu a bandeira vermelha no GP de Mônaco – favorecendo o Alain Prost – prejudicando o Senna. E teve a cara-de-pau de dizer que foi em nome da segurança! Logo ele, que antes da chegada do Ayrton à F1, era considerado o “rei da pista molhada”…

Farid Salim Junior
Farid Salim Junior
8 anos atrás

Sim. Naquele acidente, o piloto Rolf Stommellen ficou ferido nas pernas. Morreu anos depois correndo com um protótipo.

Eltontoptec
Eltontoptec
8 anos atrás

Os anos 50, 60 e 70 foram a dinastia da carnificina. Impressiona a evolução em 65 anos, não apenas nos recursos tecnológicos mas principalmente no conceito de segurança dos carros e dos autódromos. E a ironia é que mesmo com os riscos reduzidos ainda há espaço para o imponderável. Bianchi tá lá naquela, Massa escapou por pouco da molada, Alonso nessa pré temporada…

Luiz
Luiz
8 anos atrás

O narrador diz que houve 4 mortes e 10 feridos de diversas gravidades, entre eles o próprio Rolf Stommelen.

Rodrigo
Rodrigo
8 anos atrás

Gostei do espanhol do Emerson e da trilha sonora.

Alexandre AC
Alexandre AC
8 anos atrás

O locutor diz que Stommelen estava entre os feridos, não os mortos.

Julio Lima
Julio Lima
8 anos atrás

Engraçado é o portunhol do Emerson! Ele só sapecou um sotaquezinho mequetrefe e mandou tudo em português mesmo, hehehe.

guilherme
guilherme
Reply to  Julio Lima
8 anos atrás

O portunhol do Rato é mil vezes pior do que o inglês dele! E isso quer dizer muito!!

Luiz Rocco
Luiz Rocco
8 anos atrás

Stommelen correu oficialmente de chassis Lola até o GP da África do Sul, um antes de Montjuic, que marcou a estréia do chassis GH1, da equipe Hill Ford.

Leo
Leo
8 anos atrás

Era meio varzeana mesmo. O cara carregando a maca aos 4:04 em uma cena típica do Chapolin, acertando a cabeça de todo mundo na hora que vira.

Tiago
Tiago
8 anos atrás

O “meio” fica por sua conta né, pq era uma vázea total! Assim como o espanhol do Emerson hahaha Mas os carros eram lindos e as corridas idem