MP NA ESTRADA
SÃO PAULO (lindos de morrer) – Sábado foi dia de passeio do Clube MP Lafer Brasil. Saíram de São Paulo e foram a Serra Negra. No total, 80 carros, sendo sete do Rio. Adoro esses carrinhos. O Jean Tosetto conta como foi. Para ilustrar, foto incrível: o primeiro protótipo, 1972, e o último emplacado, 1989 — este, raríssimo, na minha modesta avaliação, embora esteja longe da beleza dos modelos que deram origem à série.
Parabéns a todos.
Agradeço a você, Flavio Gomes, pelo espaço que concede para os clubes e aficionados dos mais variados carros antigos, divulgando seus eventos.
Essa foto foi uma feliz coincidência, pois os carros estacionaram aleatoriamente no posto do km 28 da Bandeirantes, para a largada do passeio do MP Lafer. Muita gente passou batida pelos carros, indo cumprimentar amigos que se veem uma vez por ano, mas tive a felicidade de fazer a observação.
O protótipo da direita se chamava MGT, era originalmente negro com capota em xadrez. Os pneus não tinham faixas brancas e a grade frontal não tinha os faróis auxiliares e suporte para insignias. Quem restaurou o carro o deixou belamente deste jeito.
E agora cabe fazer uma defesa do MP Lafer da esquerda (cujos faróis auxiliares amarelos não são originais do modelo), da versão TI – Turismo Internacional. Esta versão do MP foi um modo da Lafer reduzir custos de produção, eliminando peças cromadas, e também para dar mais liberdade para seus designers experimentarem inovações, tentando trazer o carro para a cara dos anos 80.
Esteticamente cada um tem seu gosto, mas conceitualmente o MP Lafer TI é muito interessante. Reparem nos spoilers sobre o para-choque frontal, que evita a passagem de ar sob os para-lamas, melhorando a aerodinâmica do modelo. O interior do conversível é muito bonito, com estofamento em couro branco e painel de madeira laqueada também branca. Neste link, lá dos primórdios do site do MP, há mais detalhes sobre o carro: http://wwv.com.br/mplafer/g_benevides.htm
Cabe lembrar que o fim da produção do MP Lafer lembra o que aconteceu com os Beatles – eles gravaram “Let It Be” antes de “Abbey Road” mas lançaram o álbum experimental por último. Pois bem, este MP TI da foto foi o último construído na fábrica, tendo sido licenciado em 1989, embora alguns pouquíssimos carros da versão clássica, estocados, fossem comercializados até 1990.
Note que, no protótipo, as portas tinham abertura “suicida”, como nos MG TD de verdade.
Já o último era uma aberração. Só lembro de ter visto em fotos.
Em um episódio recente do “SOS carros” recuperaram um MG TA (acho que era 1936) .
Apesar do motor traseiro e do fraco desempenho, eram muito bem construídos e tinham ótimo acabamento! Prefiro lembrar dos MG TF do Avallone, que tinham motores dianteiros e tração traseira – como os originais.
Contudo, deixaram sua marca na história. E, o último modelo – o branco – só pecou por não oferecer a grade cromada nem como opcional. E, era caro pacas, na época!
O 89 queria ser uma Lotus 7…
O último pode ser raríssimo, mas é feio pra caramba!