RESTOU UM

SÃO PAULO (pois é…) – Como sempre, certeiro o amigo Márcio Fonseca no press-release sobre André Negrão, único brasileiro inscrito na GP2, que começa a temporada neste fim de semana no Bahrein. Reproduzo trechos, com grifos meus:

Sem categorias de base, autódromos que desaparecem e patrocinadores esquivos, o automobilismo brasileiro atravessa uma longa crise cujos reflexos estão atingindo também a GP2, a divisão de acesso criada há dez anos pela FIA com a missão de processar a renovação de valores na F-1. O paulista André Negrão será o único brasileiro no grid de 26 carros que abrirá a temporada de 2015 neste fim de semana.

“Último moicano”, depois da ascensão do brasiliense Felipe Nasr à Sauber neste ano, o campineiro da Arden International iniciará sua segunda participação na GP2 confiante em alcançar posição melhor que o 12º de 2014, mas rechaçando qualquer fardo adicional. “Minha única obrigação é tentar fazer o meu melhor. Se sou o único piloto do país, a responsabilidade não é minha“, afirma. Com apenas 22 anos, Negrão – originário de uma das famílias mais conhecidas das pistas brasileiras, já que o pai Guto, o tio Xandy e o primo Xandinho também foram pilotos – tem já uma experiência considerável na Europa, onde passou pelas Fórmulas Renault 3.5, Renault 2.0 e Abarth.

As atividades de pista da primeira das dez rodadas duplas serão abertas na sexta-feira às 6h (Brasília) com a sessão única de treinos livres com duração de 45 minutos. A tomada de tempos para a formação do grid da corrida 1 está marcada para as 14h. No sábado, a corrida 1, com distância de 32 voltas, começará às 7h15. A corrida 2, no complemento da programação, terá 23 voltas e início às 8h10 no domingo. As provas serão transmitidas ao vivo pelo SporTv.

250239_491455__sbl1521

Subscribe
Notify of
guest

5 Comentários
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Flavio Bragatto
Flavio Bragatto
9 anos atrás

É tudo muito caro.
A GP2 já é cara demais.
“Pagar” para entrar na F1, eu creio, que nem se passa pela cabeça de muitos pilotos, pois é muito mais cara. E pagar para correr de bosta, é um desaforo.
Não temos muitos brasileiros lá fora, e os poucos que temos, são gente que trilharam o caminho por lá, desde que sairam do Kart.
Vai fazer o quê? Tem que acabar mesmo! (Ou assistir provas de arrancada ilegais por aí).

Fernando Delucena
Fernando Delucena
9 anos atrás

É engraçado, porque às vezes escuto que a crise do automobilismo brasileiro vem da morte do Senna … Mas não é, vem de muito antes! Se o sucesso de Fittipaldi-Piquet-Senna serviu para melhorar algo por aqui, foi mascarar uma decadência anunciada de muitos anos. Não sei explicar muito mais do que isso, mas sinto que com o passar dos anos, o automobilismo foi ficando mais e mais inacessível, tanto para pilotos como para público.

Sobre o acesso de brasileiros à F-1, essa crise promete perdurar ainda muito, pois tanto não tem categoria de formação por aqui, como a própria F-1 se encontra num poço que parece bem longe de achar luz! Aí não tem jeito! Só milagre, e isso não acontece todo dia. E olhe por aqui já foram três …

Alberto
Alberto
Reply to  Fernando Delucena
9 anos atrás

É exatamente isso Fernando, o automobilismo é no Brasil uma brincadeira de meninos ricos. Pegue os brasileiros que chegaram a F-1, todos ricos ou muito ricos, Felipe Nasr não é, o tio e o pai não tinham tanto dinheiro assim mas eram bem amigos dos que tinham .Acho o Nasr muito bom mas os contatos e o conhecimento do pai e do tio foram muito mais importantes para a carreira dele do que os próprios resultados. Nos outros casos foi muito dinheiro, muitas vezes do bolso. Hamilton, Alonso e Vetel se fossem brasileiros não teriam chegado a F-1 e assim acontece; pra chegar a F-1 a qualidade de piloto é apenas um dos itens importantes mas no Brasil essa qualidade não vale quase nada, ou nada.

Dú
9 anos atrás

Último moicano, e só pelo Guto ter comprado a famosa equipe Draco, e o André vem fazendo uma escalada de boa rumo a F1.

Wagner Campos
Wagner Campos
9 anos atrás

Olha, assisti as duas últimas temporadas da GP2 por conta do Nasr. Esse Negrão, pelo que ví n deve nem chegar na F1, ao menos n pelo desempenho. Vc podia falar um pouco do Pietro Fittipaldi e do Pedro Piquet que estão nas categorias de base, sobre suas chances e planejamento futuro. Acho q vai ficar na mão desses dois apenas o futuro do país na F1…