Infelizmente esse é o pior momento do esporte, mas a gente tem que seguir em frente rezando pela alma do atleta falecido.
Julio
8 anos atrás
Na boa, é um esporte de risco e quem entra sabe que existe isso. Obvio que há de se minimizar estes mas não deve se descaracterizar a modalidade. Acredito que a F1 ficaria mais chata do que está.
Vicente
8 anos atrás
Realmente triste sempre que um piloto morre, risco da profissão , Mas veja a moto GP onde os pilotos colocam até o cotovelo no chão para fazer uma melhor curva, que arriscam mais, que andam no limite e que dão espetáculo É para isso foram contratados, o risco faz parte da profissão e do esporte, É a unica categoria que não foi distorcida com o passar dos anos, agora se não gosta ou tem medo de dar uma “panca”, pega um Volvo e vá para a padaria !!
Flavio,
Achei honesta a sua resposta sobre fechar ou não cockpit. Eu já vejo F1 há muitos anos e não consegui chegar também a uma conclusão. Se vc, que tem muito mais experiência e bagagem também não chega a mesma conclusão, imagino que seja uma decisão muito difícil para a FIA.
Abc,
Fernando
pedro arnaldo
8 anos atrás
Parabéns pela sinceridade da emoção, mas falando em sentimentos acredito quando diz que um dos momentos mais marcantes da sua vida, foi quando cobriu a morte do Senna em Imola, e você jamais foi uma das viúvas… Talvez mesmo com uma proteção(carlinga) ele tivesse partido, mas teria tido mais chances de sobreviver acredito e ai pergunto: Se apenas uma vida, de um dos muitos pilotos que morreram em acidentes tivesse sido salva, não valeria a pena trocar a estética pela preservação de uma existência? Para mim tudo que se fizer tentando preservar a vida de um piloto valera a pena, mesmo sabedores que jamais tornaremos uma corrida 100% segura. Podemos apenas tentar diminuir o risco, tentar restringir o desafio que uma competição automobilística impõe de forma compulsória e que por isso mesmo nos atrai, nos mobiliza, quase que como uma droga que mesmo nos fazendo sofrer de forma profunda e incontrolável, não conseguimos nos afastar, parar de desejar e de nos transformar, mas que nos completa com esta sensação tão única e visceral…
Roberto Torres
8 anos atrás
Caracas FG, fazia um tempinho que não entrava no blog. Mas esse vídeo fou do cacete. Parabéns. Sou aquele que tentou achar os Ladas junto com vc. Abs.
Gabriel Medina, O outro
8 anos atrás
Trabalho com um americano que é alucinadamente apaixonado por corridas, assim como nós. O comentário dele sobre a morte do Justin foi simples, direto e, de certa forma, bonito: “One of our guys, forever in our hearts”.
David Felix
8 anos atrás
Vou falar o óbvio, foi uma fatalidade, e não há muito mais o que dizer… é isso mesmo… é triste ver um cara que eu vi correndo na F3000 partir assim…
O que não gosto é da histeria que se forma… já tem campanha pra cockpit fechado… se for pra fechar o cockpit melhor juntar com o WEC e pronto…
Não sou contra a segurança, mas a verdade é que esses acidentes não acontecem todos os dias, o último acidente similar foi a mola do Rubinho pro Massa em 2009, lá se vão 6 anos e antes disso creio que foi a barra da direção do Senna em 94 ? Esse negócio de cockpit fechado também não adianta, Alboreto faleceu em um carro de cockpit fechado, circunstancias diferentes, mas a segurança teoricamente era maior e infelizmente ele se foi… Gustavo Sonderman e Rafael Sperafico morreram em Interlagos que era um autódromo que eu sempre vi como um dos mais seguros do mundo e em carros de cockpit fechado… ou seja, não faz diferença…
Não sei se sou frio, ou se após a morte de Senna, Ratzenberger, Alboreto, Greg Moore fiquei meio cascudo, mas a verdade é que esses caras sabem o tamanho do risco quando sentam no carro, é por isso que o salário deles é maior do que o normal também… é triste, mas, esse é um risco que o piloto assume quando ele coloca a balaclava… as vejo pessoas falando… “ah, o Senna não queria correr…” – cara eu nem o conheci pessoalmente, mas se voce pega aquela entrevista que ele deu pro Stewart que aparece no documentário como estudo psicológico voce ve que o cara JAMAIS pensou em desistir de uma corrida… poderia estar incomodado de correr no mesmo local em que o Ratzenberger morreu, como disse Brundle certa vez… passar 80 vezes por uma possa de sangue… mas duvido muuuuito que o Ayrton fosse desistir da corrida… assim como Schumacher, Berger e todos os pilotos… essa é a vida deles…
Fechar o cockpit diminiu os riscos ? Talvez… mas os carros ainda farão curvas em um oval qualquer a quase 350km/h… e infelizmente ainda vão haver acidentes, eu particularmente não gosto de ver os acidentes, prefiro a corrida em si… e vão haver loucos dispostos a enganar a morte volta após volta…
Nessas horas me lembro de uma cena do excelente filme Rush em que o “James Hunt” está apresentando um carro de F1 pra namorada, ela fala pra ele a respeito do cockpit – “…é meio apertado e desconfortável…” – e ele replica – “…como um pequeno caixão…” – mórbido ? Com certeza, mas dá uma centelha da realidade…
Marcelo
8 anos atrás
Quem tem profissão de risco precisa enganar a morte todos os dias. Vai de piloto de corrida, de avião a limpador de vidros, segurança, policial, paraquedista, caminhoneiro, motoboy, pedreiro, pintor de prédios. A lista é bem grande. Em todos os campos um acidente contribui para melhorias. Fechar cockpit é o jeito. Ainda é monoposto.
Giovanni
8 anos atrás
Se o cockpit deve ser coberto, o que pensam a respeito das motos, onde o corpo inteiro fica exposto? Por favor, não entendam como uma pergunta com tom de deboche. É uma pergunta séria.
Uma moto sempre vai ser menos segura que um carro, seja uma 125 do motoboy ou a moto do Valentino Rossi. Se você bater o carro a 40 por hora não vai te acontecer nada, numa moto, você pode quebrar um braço ou morrer.
O fato de uma moto ser menos segura que um carro não impede que os carros de corrida sejam mais seguros.
AS
8 anos atrás
Sentimentos nao podem ser explicados… sao para serem sentidos. Descanse em paz Justin.
Como você disse, corrida é um sentimento que não tem explicação. Autódromos: todos tem a mesma atmosfera, do mais suntuoso ao mais modesto. Estive em Indianápolis mas também no finado Jacarepaguá. O jeito, o ar, as cores, o som, o cheiro, as pessoas, tudo é o mesmo. É impressionante e eu não sei o que é.
É claro que não é o melhor momento para se falar em culpados, mas vale apurar causas, não do objeto que acertou Justin mas o que teria feito Sage bater, o que aconteceu antes, o que poderia ser evitado, o que poderia ser melhorado. Enfim.
Quanto ao esporte, é o risco. Os pilotos sabem disso, talvez não com essa consciência da morte tão forte. Sabem que podem não voltar, mas pensam que nunca acontecerá com eles. Disso sim eles têm certeza, por isso correm, por isso amam correr.
Finalmente, em todo este tempo acompanhando corridas é a primeira vez que assisto a um acidente fatal ao vivo. Em todas as corridas onde um piloto morreu eu por acaso não estava assistindo. Desta vez, quando Justin bateu e percebi que não mexeu o capacete e que estavam demorando muito para tira-lo do carro, já vi que ali a chance dele era mínima. Foi estarrecedor, porque a corrida estava boa e no fundo, como disse, você acha que nunca vai acontecer, ainda mais na circunstância que foi.
Carlos
8 anos atrás
Desafiar a morte realmente não é para qualquer um. E, sem desmerecer os pilotos atuais, fico me perguntando que tipo de gente eram os caras que corriam nas ´décadas de 50/60/70!
Mauricio Camargo
8 anos atrás
Flávio, quando você fala que não tem o menor sentido os pilotos correrem para chegar na frente um dos outros, me fez lembrar um programa que assisti na TV que fala que a competição faz parte de nossos instintos. Competíamos no passado para sobreviver e de uma certa forma ainda hoje competimos para sobreviver, mas no passado e digo há muitos anos anos atrás, a competição pela sobrevivência era árdua e trazia muito prazer ao vitorioso pois o prêmio era a própria vida. A competição pela vida ainda é muito forte em outras espécies animais, mas nós com a evolução, construção das cidades, desenvolvimento da agricultura não precisamos mais lutar para comer ou não ser comido. O esporte trás este instinto à tona, qualquer que seja o esporte, futebol, basquete, ou até mesmo bolinhas de gude, por isso comemoramos quando ganhamos No caso de pilotos de corrida este instinto está à flor da pele. Sei lá é meio difícil explicar e entender.
Felipe Verissimo
8 anos atrás
Estou como você, eu só faço assiitir, mas sinto, temo e sei que isso perigoso, sabias palavras Flávio.
Paulo Fonseca
8 anos atrás
Prezado F&G : Hoje você foi um cara muito sincero,justificou e disse que não tinha uma opinião formada,muito bom ouvir pilotos sobre o assunto, o automobilismo é um esporte e um profissão de auto risco, a morte de espera na entrada , n o meio e no fim da cursa,outras vezes em plena reta infinita do prazer de acelerar, da emoção. Justin foi um piloto querido por todos, representou bem a profissão. A discussão será muito forte, neste momento na minha humilde opinião, o carro monoposto de formula deve ser aberto, é uma de suas principais características, fechar o cockpit com uma carlinga( termo usado na aviação de caça), mudaria muito. Você lembrou muito bem célula de segurança, como também tenho motocicletas sou da geração que pilotava com capacete sem viseira, e com o advento da tecnologia ,hoje capacete fechado é usado por todos ,muito mais seguro,hoje um fórmula usa sinto de segurança com mais de quatro pontos,também é usado o equipamento hands. A Morte sempre estará presente nas competições de automobilismo buscando levar suas vidas, para criar seus mitos. A Morte deixa o registro da tristeza no espetáculo,mais é um risco conhecido e permitido e todos os pilotos ao entrarem nos seus carros sabem dos eventuais riscos de acidentes,por falha mecânica,falha humana , ou no caso de Justin foi uma fatalidade. Lamento muito .Mais ainda defendo o carro de fórmula aberto.
clodoaldo
8 anos atrás
assisti rush ontem e ai hoje a noticia da morte quem assistiu vai entender mas infelizmente e isso
Não acho que uma cobertura transparente descaracterizaria um carro da fórmula monoposto. No entanto salvaria a vida de muita gente como o próprio Senna, Justin Wilson, Julles Bianchi (talvez), sem falar em pilotos que quase morreram como o Massa e o Da Matta.. Acho que já passou da hora. Ver uma morte assim e não fazer nada a respeito é burrice mesmo.
A cabeça é a parte mais frágil do ser humano e ainda está completamente vulnerável no automobilismo de Fórmula.
JT
8 anos atrás
Essa é a passagem dos Eclesiastes que você nunca ouvirá de um padre ou pastor na TV, no rádio ou na internet. Não é preciso ser religioso para refletir a respeito. Parece que o “Sábio” que escreveu tais palavras conhecia as angústias de nossa época. Antes de me chamarem de careta, conservador e “reaça”, leiam até o final.
“Desfrute a vida com a mulher a quem você ama, todos os dias desta vida sem sentido que Deus dá a você debaixo do sol; todos os seus dias sem sentido! Pois essa é a sua recompensa na vida pelo seu árduo trabalho debaixo do sol.
O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois na sepultura, para onde você vai, não há atividade nem planejamento, não há conhecimento nem sabedoria.
Percebi ainda outra coisa debaixo do sol: Os velozes nem sempre vencem a corrida; os fortes nem sempre triunfam na guerra; os sábios nem sempre têm comida; os prudentes nem sempre são ricos; os instruídos nem sempre têm prestígio; pois o tempo e o acaso afetam a todos.
Além do mais, ninguém sabe quando virá a sua hora: Assim como os peixes são apanhados numa rede fatal e os pássaros são pegos numa armadilha, também os homens são enredados pelos tempos de desgraça que caem inesperadamente sobre eles.”
Tem que ser idiota pra se procupar com a “descaracterização do monoposto” no lugar da segurança dos pilotos.
Sergio Miami
8 anos atrás
Flavio, não ha muito mesmo o que falar, essa morte ė uma daquelas coisas estúpidas que nunca vamos entender, o cara estava lá na hora errada e no lugar errado. Junta-se a Tom Pryce como uma das mortes mais infames do esporte a motor.
Em relação ao canopi, fechamento, cobertura, como se queira chamar, sempre parece parcial pensar nisso. Porque tem o outro lado: protege a cabeça do piloto. Mas se o carro cair virado, pegando fogo? Como vai se sair do carro? Se o canopi for danificado numa batida severa ( ex: Raikkonen e Alonso na Hungria, um por cima do outro), pode até dificultar o socorro e tal. Então não há solução simples e que não traga outros riscos, tão grandes quanto. Por isso FG foi certeiro: esporte a motor e risco são gêmeos siameses.
JR
8 anos atrás
Flávio Gomes,
Concordo com você que o automobilismo é mais perigoso do que outros esportes, que existe o risco eminente a cada treino, corrida, etc.
Por outro lado, provavelmente você ou eu corremos mais risco indo e vindo de carro de casa pro trabalho, do que um piloto dentro de um autódromo.
Os carros de corrida são seguros? Sim, são muito seguros. O problema todo são as pessoas, pois os seres humanos não foram criados para se locomover a 300km/h, e qualquer tipo de impacto em alta velocidade, nosso corpo não foi feito para suportar.
Fechar o cockpit, talvez evite que como aconteceu com Wilson, um pedaço de carro acerte a sua, se isso já fosse pratica das corridos, talvez ele ou mesmo o Senna ainda estivessem por aqui, ou ainda a mola do Massa sequer renderia uma passagem pelo hospital. Nick Lauda poderia estar isolado das chamas no Cockpit fechado, ou por outro lado, talvez fosse mais difícil dele sair do carro a tempo e a morte seria inevitável.
Nunca se sabe como um novo acidente vai acontecer e o que pode ser implementado para mitigar ao máximo tais riscos.
Não importa o que seja feito para aumentar a segurança dos carros de corrida. Enquanto existir um piloto lá dentro desafiando seus limites, a morte continua sendo um dos possíveis resultados.
Tiago
8 anos atrás
Acho que essa discussão sobre a cobertura do cockpit será eterna. Mas veja que na motovelocidade não há nenhuma proteção extra para o piloto (exceto capacete, macacão etc.) e não há discussão sobre ter uma “bolha” em volta do piloto pra protegê-lo. O motociclismo é muito mais perigoso, e ainda assim as corridas continuam, sempre ótimas. Ninguém quer colocar capota nas motos. Por que deveriam colocar nos carros?? Porque a cabeça dos pilotos fica exposta? E nas motos o corpo inteiro, inclusive a cabeça, fica exposto! Deixa aberto esse cockpit!
suas palavras refletem o sentimento de todos nesta hora triste, mas não dá para negar que a Indy é uma verdadeira carnificina nestes circuitos superspeedway. Vendo as provas as previsões de acidentes são altíssimas por mais seguro que seja os habitáculos. estas fatalidades podem ser evitadas com mudanças no regulamento e exclusão dos superspeedway.
Rafael Chinini
8 anos atrás
é sempre uma droga.vc vê homenagens, reportagens, discussões, procura de soluções. e no fim agora que já foi, não há o que se fazer. talvez por isso ficam todos perdidos tentando achar algo pra se agarrar.
falam dos carros, dos ovais que são perigosos. mas sinceramente, dessa vez não foi culpa de nada disso! foi uma zica do caramba!! podia ser qualquer coisa..podia ser a raposa que entrou na pista, um pássaro..sei lá!
mas se fechar os carros e esse for o futuro, isso diminuir ainda mais a chance de dar merda. que assim seja.
pode ser uma pena ter que “acabar” com o monoposto fechando o carro, mas vão existir outras inúmeras razões de prazer no esporte. a própria velocidade, o barulho do motor (cof cof), etc..
Fabio Maio
8 anos atrás
Muito difícil mesmo ser apaixonado por este esporte que é tão cristalino para nos apaixonados e tão turvo para aqueles que não conseguem entender entender a alma de um piloto.
Bruno Cardoso
8 anos atrás
Nas duas principais categorias de fórmula, esse foi o 11° acidente fatal em 20 anos.
Na F1, nos dois últimos acidentes fatais, o piloto foi atingido diretamente no capacete; além de Massa, que teve problemas sérios, mas não foi fatal.
Os carros atuais são tão seguros que fazem todos acharem que a única maneira de se ter um acidente fatal guiando um fórmula é ser atingido diretamente na cabeça, por algum objeto.
Talvez, a única solução para a imortalidade nas pistas seja esse Canopy de que tanto falam ultimamente.
Se for, teremos o mesmo estranhamento que tiveram todos os envolvidos com esse maravilhoso esporte, quando o capacete que cobria toda a cabeça do piloto foi apresentado como solução, entre o final da década de 60 e meados da de 70.
Mas com certeza, a morte vai continuar rondando entres as curvas de qualquer autódromo, porém, desafiando ainda menos os pilotos.
Mas ainda assim, será automobilismo.
Gustavo Oliveira
8 anos atrás
Gostei do depoimento e concordo com o sentido geral e também na dúvida quanto a iminente mudanças para monopostos com capotas. Justin Wilson era um dos caras mais queridos entre os pilotos, fico pensando no Hélio e no Tony, que já perderam tantos bons amigos, como o próprio Wilson, Greg Moore e Dan Wheldon, para eles deve ser imensamente mais difícil do que para nós, que apenas amamos o esporte e não nos arriscamos a vida em nome dele.
Vou confessar que, apesar da tristeza, ri um bocado com a parte do xadrez!
Mefistófeles
8 anos atrás
Simplesmente disse tudo, de forma espontânea, natural e sincera!
Corremos atrás do amor, saúde, felicidade, dinheiro mas principalmente da emoção, o viver e sentir cada instante único de nossa curta passagem na vida!
Felipe Teixeira
8 anos atrás
Bacana FG, sinto algo parecido, mas não exclusivamente quando morre um piloto. Sinto isso sempre que morre alguém que vivia desafiando o destino, acho que é uma mistura de admiração com um pouco de inveja, afinal de contas são poucos os que morrem sorrindo.
Marlo Gomes
8 anos atrás
Já acompanho seu blog, o grande prêmio, seus vídeos, enfim tudo há um bom tempo. E poucas vezes ou nenhuma vez te ví assim, emocionado. Também comentei que morte de pilotos me abalam profundamente não sei bem o porque. Talvez pela paixão que eles tem pelo que fazem. Não me entenda mal, não estou dizendo que, por exemplo, um jornalista não tenha paixão pelo que faz, ou um médico, ou um professor ou qualquer outro. Mas os pilotos são seres humanos diferenciados. Ninguém faz o que eles fazem (talvez só os atletas de voo livre), com tamanha vontade mesmo com todos os riscos. Nem por dinheiro algum! Eu, que sou piloto frustrado (se é que correr de kart de aluguel é tão frustrante assim), tenho um respeito enorme por esses seres. Que a família possa superar essa dor da melhor forma possível.
ms
8 anos atrás
no automobilismo TODOS os pilotos atravessam duas linhas: uma é a linha de chegada, a outra é aquela tênue linha que separa os meninos dos homens…..
Ricardo Milla
8 anos atrás
Gostei das palavras Flávio, sinceras e emocionadas, sei bem o que sente, tambem brinco com a morte de vez em quando, mas faço minhas as suas palavras, sempre que um piloto se vai a gente sente de uma maneira diferente. Seguimos adiante! Abraços!
Marcos Vertiro
8 anos atrás
Propaganda de 30 segundos antes do vídeo, e sem opção de “pular”?
Fica pra próxima….
Cara, para mim deu a opcao de pular apos 5 segundos…quanto ao video, nao acho que o canopy iria tirar a graca do monoposto….a F1 mudou tanto nos ultimos 20 ou 30 anos e continua atraindo gente…acho pior a falta de competitividade das equipes, transformando a categoria (qualquer uma) em uma monomarca ou monoequipe…
Nelson
8 anos atrás
Belas palavras Flávio.
Já perdi muitos pilotos, que não são só esportistas, mas pessoas que me fazem feliz, só quem ama verdadeiramente o automobilismo, sente o baque e mesmo assim continua amando.
O que isso faz de nós? Sádicos por ver o risco deles. Telespectadores do Datena?
Não vemos pessoas verdadeiramente felizes.
E assim roubamos um pouco dessa felicidade.
Mas o mais engraçado (se é que se pode falar assim) é que as perdas não nos calejam, e olha que já foram muitos pilotos próximos começando pelo Pace, Villeneuve. Senna e tantos outros.
Mas como tem que ser, continuo aguardando ansioso a programação do próximo final de semana na página do Grande Prêmio.
Jornalista, dublê de piloto, escritor e professor de Jornalismo. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.”
Infelizmente esse é o pior momento do esporte, mas a gente tem que seguir em frente rezando pela alma do atleta falecido.
Na boa, é um esporte de risco e quem entra sabe que existe isso. Obvio que há de se minimizar estes mas não deve se descaracterizar a modalidade. Acredito que a F1 ficaria mais chata do que está.
Realmente triste sempre que um piloto morre, risco da profissão , Mas veja a moto GP onde os pilotos colocam até o cotovelo no chão para fazer uma melhor curva, que arriscam mais, que andam no limite e que dão espetáculo É para isso foram contratados, o risco faz parte da profissão e do esporte, É a unica categoria que não foi distorcida com o passar dos anos, agora se não gosta ou tem medo de dar uma “panca”, pega um Volvo e vá para a padaria !!
Flavio,
Achei honesta a sua resposta sobre fechar ou não cockpit. Eu já vejo F1 há muitos anos e não consegui chegar também a uma conclusão. Se vc, que tem muito mais experiência e bagagem também não chega a mesma conclusão, imagino que seja uma decisão muito difícil para a FIA.
Abc,
Fernando
Parabéns pela sinceridade da emoção, mas falando em sentimentos acredito quando diz que um dos momentos mais marcantes da sua vida, foi quando cobriu a morte do Senna em Imola, e você jamais foi uma das viúvas… Talvez mesmo com uma proteção(carlinga) ele tivesse partido, mas teria tido mais chances de sobreviver acredito e ai pergunto: Se apenas uma vida, de um dos muitos pilotos que morreram em acidentes tivesse sido salva, não valeria a pena trocar a estética pela preservação de uma existência? Para mim tudo que se fizer tentando preservar a vida de um piloto valera a pena, mesmo sabedores que jamais tornaremos uma corrida 100% segura. Podemos apenas tentar diminuir o risco, tentar restringir o desafio que uma competição automobilística impõe de forma compulsória e que por isso mesmo nos atrai, nos mobiliza, quase que como uma droga que mesmo nos fazendo sofrer de forma profunda e incontrolável, não conseguimos nos afastar, parar de desejar e de nos transformar, mas que nos completa com esta sensação tão única e visceral…
Caracas FG, fazia um tempinho que não entrava no blog. Mas esse vídeo fou do cacete. Parabéns. Sou aquele que tentou achar os Ladas junto com vc. Abs.
Trabalho com um americano que é alucinadamente apaixonado por corridas, assim como nós. O comentário dele sobre a morte do Justin foi simples, direto e, de certa forma, bonito: “One of our guys, forever in our hearts”.
Vou falar o óbvio, foi uma fatalidade, e não há muito mais o que dizer… é isso mesmo… é triste ver um cara que eu vi correndo na F3000 partir assim…
O que não gosto é da histeria que se forma… já tem campanha pra cockpit fechado… se for pra fechar o cockpit melhor juntar com o WEC e pronto…
Não sou contra a segurança, mas a verdade é que esses acidentes não acontecem todos os dias, o último acidente similar foi a mola do Rubinho pro Massa em 2009, lá se vão 6 anos e antes disso creio que foi a barra da direção do Senna em 94 ? Esse negócio de cockpit fechado também não adianta, Alboreto faleceu em um carro de cockpit fechado, circunstancias diferentes, mas a segurança teoricamente era maior e infelizmente ele se foi… Gustavo Sonderman e Rafael Sperafico morreram em Interlagos que era um autódromo que eu sempre vi como um dos mais seguros do mundo e em carros de cockpit fechado… ou seja, não faz diferença…
Não sei se sou frio, ou se após a morte de Senna, Ratzenberger, Alboreto, Greg Moore fiquei meio cascudo, mas a verdade é que esses caras sabem o tamanho do risco quando sentam no carro, é por isso que o salário deles é maior do que o normal também… é triste, mas, esse é um risco que o piloto assume quando ele coloca a balaclava… as vejo pessoas falando… “ah, o Senna não queria correr…” – cara eu nem o conheci pessoalmente, mas se voce pega aquela entrevista que ele deu pro Stewart que aparece no documentário como estudo psicológico voce ve que o cara JAMAIS pensou em desistir de uma corrida… poderia estar incomodado de correr no mesmo local em que o Ratzenberger morreu, como disse Brundle certa vez… passar 80 vezes por uma possa de sangue… mas duvido muuuuito que o Ayrton fosse desistir da corrida… assim como Schumacher, Berger e todos os pilotos… essa é a vida deles…
Fechar o cockpit diminiu os riscos ? Talvez… mas os carros ainda farão curvas em um oval qualquer a quase 350km/h… e infelizmente ainda vão haver acidentes, eu particularmente não gosto de ver os acidentes, prefiro a corrida em si… e vão haver loucos dispostos a enganar a morte volta após volta…
Nessas horas me lembro de uma cena do excelente filme Rush em que o “James Hunt” está apresentando um carro de F1 pra namorada, ela fala pra ele a respeito do cockpit – “…é meio apertado e desconfortável…” – e ele replica – “…como um pequeno caixão…” – mórbido ? Com certeza, mas dá uma centelha da realidade…
Quem tem profissão de risco precisa enganar a morte todos os dias. Vai de piloto de corrida, de avião a limpador de vidros, segurança, policial, paraquedista, caminhoneiro, motoboy, pedreiro, pintor de prédios. A lista é bem grande. Em todos os campos um acidente contribui para melhorias. Fechar cockpit é o jeito. Ainda é monoposto.
Se o cockpit deve ser coberto, o que pensam a respeito das motos, onde o corpo inteiro fica exposto? Por favor, não entendam como uma pergunta com tom de deboche. É uma pergunta séria.
Uma moto sempre vai ser menos segura que um carro, seja uma 125 do motoboy ou a moto do Valentino Rossi. Se você bater o carro a 40 por hora não vai te acontecer nada, numa moto, você pode quebrar um braço ou morrer.
O fato de uma moto ser menos segura que um carro não impede que os carros de corrida sejam mais seguros.
Sentimentos nao podem ser explicados… sao para serem sentidos. Descanse em paz Justin.
Lauda entrevistando schumi.
http://www.autojunk.nl/2010/06/niki-lauda-en-michael-schumacher-in-de-nieuwe-e-cabrio
Bem dito.
Como você disse, corrida é um sentimento que não tem explicação. Autódromos: todos tem a mesma atmosfera, do mais suntuoso ao mais modesto. Estive em Indianápolis mas também no finado Jacarepaguá. O jeito, o ar, as cores, o som, o cheiro, as pessoas, tudo é o mesmo. É impressionante e eu não sei o que é.
É claro que não é o melhor momento para se falar em culpados, mas vale apurar causas, não do objeto que acertou Justin mas o que teria feito Sage bater, o que aconteceu antes, o que poderia ser evitado, o que poderia ser melhorado. Enfim.
Quanto ao esporte, é o risco. Os pilotos sabem disso, talvez não com essa consciência da morte tão forte. Sabem que podem não voltar, mas pensam que nunca acontecerá com eles. Disso sim eles têm certeza, por isso correm, por isso amam correr.
Finalmente, em todo este tempo acompanhando corridas é a primeira vez que assisto a um acidente fatal ao vivo. Em todas as corridas onde um piloto morreu eu por acaso não estava assistindo. Desta vez, quando Justin bateu e percebi que não mexeu o capacete e que estavam demorando muito para tira-lo do carro, já vi que ali a chance dele era mínima. Foi estarrecedor, porque a corrida estava boa e no fundo, como disse, você acha que nunca vai acontecer, ainda mais na circunstância que foi.
Desafiar a morte realmente não é para qualquer um. E, sem desmerecer os pilotos atuais, fico me perguntando que tipo de gente eram os caras que corriam nas ´décadas de 50/60/70!
Flávio, quando você fala que não tem o menor sentido os pilotos correrem para chegar na frente um dos outros, me fez lembrar um programa que assisti na TV que fala que a competição faz parte de nossos instintos. Competíamos no passado para sobreviver e de uma certa forma ainda hoje competimos para sobreviver, mas no passado e digo há muitos anos anos atrás, a competição pela sobrevivência era árdua e trazia muito prazer ao vitorioso pois o prêmio era a própria vida. A competição pela vida ainda é muito forte em outras espécies animais, mas nós com a evolução, construção das cidades, desenvolvimento da agricultura não precisamos mais lutar para comer ou não ser comido. O esporte trás este instinto à tona, qualquer que seja o esporte, futebol, basquete, ou até mesmo bolinhas de gude, por isso comemoramos quando ganhamos No caso de pilotos de corrida este instinto está à flor da pele. Sei lá é meio difícil explicar e entender.
Estou como você, eu só faço assiitir, mas sinto, temo e sei que isso perigoso, sabias palavras Flávio.
Prezado F&G : Hoje você foi um cara muito sincero,justificou e disse que não tinha uma opinião formada,muito bom ouvir pilotos sobre o assunto, o automobilismo é um esporte e um profissão de auto risco, a morte de espera na entrada , n o meio e no fim da cursa,outras vezes em plena reta infinita do prazer de acelerar, da emoção. Justin foi um piloto querido por todos, representou bem a profissão. A discussão será muito forte, neste momento na minha humilde opinião, o carro monoposto de formula deve ser aberto, é uma de suas principais características, fechar o cockpit com uma carlinga( termo usado na aviação de caça), mudaria muito. Você lembrou muito bem célula de segurança, como também tenho motocicletas sou da geração que pilotava com capacete sem viseira, e com o advento da tecnologia ,hoje capacete fechado é usado por todos ,muito mais seguro,hoje um fórmula usa sinto de segurança com mais de quatro pontos,também é usado o equipamento hands. A Morte sempre estará presente nas competições de automobilismo buscando levar suas vidas, para criar seus mitos. A Morte deixa o registro da tristeza no espetáculo,mais é um risco conhecido e permitido e todos os pilotos ao entrarem nos seus carros sabem dos eventuais riscos de acidentes,por falha mecânica,falha humana , ou no caso de Justin foi uma fatalidade. Lamento muito .Mais ainda defendo o carro de fórmula aberto.
assisti rush ontem e ai hoje a noticia da morte quem assistiu vai entender mas infelizmente e isso
cuma??
Não acho que uma cobertura transparente descaracterizaria um carro da fórmula monoposto. No entanto salvaria a vida de muita gente como o próprio Senna, Justin Wilson, Julles Bianchi (talvez), sem falar em pilotos que quase morreram como o Massa e o Da Matta.. Acho que já passou da hora. Ver uma morte assim e não fazer nada a respeito é burrice mesmo.
A cabeça é a parte mais frágil do ser humano e ainda está completamente vulnerável no automobilismo de Fórmula.
Essa é a passagem dos Eclesiastes que você nunca ouvirá de um padre ou pastor na TV, no rádio ou na internet. Não é preciso ser religioso para refletir a respeito. Parece que o “Sábio” que escreveu tais palavras conhecia as angústias de nossa época. Antes de me chamarem de careta, conservador e “reaça”, leiam até o final.
“Desfrute a vida com a mulher a quem você ama, todos os dias desta vida sem sentido que Deus dá a você debaixo do sol; todos os seus dias sem sentido! Pois essa é a sua recompensa na vida pelo seu árduo trabalho debaixo do sol.
O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois na sepultura, para onde você vai, não há atividade nem planejamento, não há conhecimento nem sabedoria.
Percebi ainda outra coisa debaixo do sol: Os velozes nem sempre vencem a corrida; os fortes nem sempre triunfam na guerra; os sábios nem sempre têm comida; os prudentes nem sempre são ricos; os instruídos nem sempre têm prestígio; pois o tempo e o acaso afetam a todos.
Além do mais, ninguém sabe quando virá a sua hora: Assim como os peixes são apanhados numa rede fatal e os pássaros são pegos numa armadilha, também os homens são enredados pelos tempos de desgraça que caem inesperadamente sobre eles.”
Poxa!
Muito bonito!
Não sou religioso e nunca tive muita paciência para ler a Bíblia. Mas essa passagem é para se guardar.
Nossa cara, mostra bem a realidade da existencia humana…
Muito bom cara.]
Obrigado
Tem que ser idiota pra se procupar com a “descaracterização do monoposto” no lugar da segurança dos pilotos.
Flavio, não ha muito mesmo o que falar, essa morte ė uma daquelas coisas estúpidas que nunca vamos entender, o cara estava lá na hora errada e no lugar errado. Junta-se a Tom Pryce como uma das mortes mais infames do esporte a motor.
Modesto como sempre.
Em relação ao canopi, fechamento, cobertura, como se queira chamar, sempre parece parcial pensar nisso. Porque tem o outro lado: protege a cabeça do piloto. Mas se o carro cair virado, pegando fogo? Como vai se sair do carro? Se o canopi for danificado numa batida severa ( ex: Raikkonen e Alonso na Hungria, um por cima do outro), pode até dificultar o socorro e tal. Então não há solução simples e que não traga outros riscos, tão grandes quanto. Por isso FG foi certeiro: esporte a motor e risco são gêmeos siameses.
Flávio Gomes,
Concordo com você que o automobilismo é mais perigoso do que outros esportes, que existe o risco eminente a cada treino, corrida, etc.
Por outro lado, provavelmente você ou eu corremos mais risco indo e vindo de carro de casa pro trabalho, do que um piloto dentro de um autódromo.
Os carros de corrida são seguros? Sim, são muito seguros. O problema todo são as pessoas, pois os seres humanos não foram criados para se locomover a 300km/h, e qualquer tipo de impacto em alta velocidade, nosso corpo não foi feito para suportar.
Fechar o cockpit, talvez evite que como aconteceu com Wilson, um pedaço de carro acerte a sua, se isso já fosse pratica das corridos, talvez ele ou mesmo o Senna ainda estivessem por aqui, ou ainda a mola do Massa sequer renderia uma passagem pelo hospital. Nick Lauda poderia estar isolado das chamas no Cockpit fechado, ou por outro lado, talvez fosse mais difícil dele sair do carro a tempo e a morte seria inevitável.
Nunca se sabe como um novo acidente vai acontecer e o que pode ser implementado para mitigar ao máximo tais riscos.
Não importa o que seja feito para aumentar a segurança dos carros de corrida. Enquanto existir um piloto lá dentro desafiando seus limites, a morte continua sendo um dos possíveis resultados.
Acho que essa discussão sobre a cobertura do cockpit será eterna. Mas veja que na motovelocidade não há nenhuma proteção extra para o piloto (exceto capacete, macacão etc.) e não há discussão sobre ter uma “bolha” em volta do piloto pra protegê-lo. O motociclismo é muito mais perigoso, e ainda assim as corridas continuam, sempre ótimas. Ninguém quer colocar capota nas motos. Por que deveriam colocar nos carros?? Porque a cabeça dos pilotos fica exposta? E nas motos o corpo inteiro, inclusive a cabeça, fica exposto! Deixa aberto esse cockpit!
Exatamente como penso!
suas palavras refletem o sentimento de todos nesta hora triste, mas não dá para negar que a Indy é uma verdadeira carnificina nestes circuitos superspeedway. Vendo as provas as previsões de acidentes são altíssimas por mais seguro que seja os habitáculos. estas fatalidades podem ser evitadas com mudanças no regulamento e exclusão dos superspeedway.
é sempre uma droga.vc vê homenagens, reportagens, discussões, procura de soluções. e no fim agora que já foi, não há o que se fazer. talvez por isso ficam todos perdidos tentando achar algo pra se agarrar.
falam dos carros, dos ovais que são perigosos. mas sinceramente, dessa vez não foi culpa de nada disso! foi uma zica do caramba!! podia ser qualquer coisa..podia ser a raposa que entrou na pista, um pássaro..sei lá!
mas se fechar os carros e esse for o futuro, isso diminuir ainda mais a chance de dar merda. que assim seja.
pode ser uma pena ter que “acabar” com o monoposto fechando o carro, mas vão existir outras inúmeras razões de prazer no esporte. a própria velocidade, o barulho do motor (cof cof), etc..
Muito difícil mesmo ser apaixonado por este esporte que é tão cristalino para nos apaixonados e tão turvo para aqueles que não conseguem entender entender a alma de um piloto.
Nas duas principais categorias de fórmula, esse foi o 11° acidente fatal em 20 anos.
Na F1, nos dois últimos acidentes fatais, o piloto foi atingido diretamente no capacete; além de Massa, que teve problemas sérios, mas não foi fatal.
Os carros atuais são tão seguros que fazem todos acharem que a única maneira de se ter um acidente fatal guiando um fórmula é ser atingido diretamente na cabeça, por algum objeto.
Talvez, a única solução para a imortalidade nas pistas seja esse Canopy de que tanto falam ultimamente.
Se for, teremos o mesmo estranhamento que tiveram todos os envolvidos com esse maravilhoso esporte, quando o capacete que cobria toda a cabeça do piloto foi apresentado como solução, entre o final da década de 60 e meados da de 70.
Mas com certeza, a morte vai continuar rondando entres as curvas de qualquer autódromo, porém, desafiando ainda menos os pilotos.
Mas ainda assim, será automobilismo.
Gostei do depoimento e concordo com o sentido geral e também na dúvida quanto a iminente mudanças para monopostos com capotas. Justin Wilson era um dos caras mais queridos entre os pilotos, fico pensando no Hélio e no Tony, que já perderam tantos bons amigos, como o próprio Wilson, Greg Moore e Dan Wheldon, para eles deve ser imensamente mais difícil do que para nós, que apenas amamos o esporte e não nos arriscamos a vida em nome dele.
Vou confessar que, apesar da tristeza, ri um bocado com a parte do xadrez!
Simplesmente disse tudo, de forma espontânea, natural e sincera!
Corremos atrás do amor, saúde, felicidade, dinheiro mas principalmente da emoção, o viver e sentir cada instante único de nossa curta passagem na vida!
Bacana FG, sinto algo parecido, mas não exclusivamente quando morre um piloto. Sinto isso sempre que morre alguém que vivia desafiando o destino, acho que é uma mistura de admiração com um pouco de inveja, afinal de contas são poucos os que morrem sorrindo.
Já acompanho seu blog, o grande prêmio, seus vídeos, enfim tudo há um bom tempo. E poucas vezes ou nenhuma vez te ví assim, emocionado. Também comentei que morte de pilotos me abalam profundamente não sei bem o porque. Talvez pela paixão que eles tem pelo que fazem. Não me entenda mal, não estou dizendo que, por exemplo, um jornalista não tenha paixão pelo que faz, ou um médico, ou um professor ou qualquer outro. Mas os pilotos são seres humanos diferenciados. Ninguém faz o que eles fazem (talvez só os atletas de voo livre), com tamanha vontade mesmo com todos os riscos. Nem por dinheiro algum! Eu, que sou piloto frustrado (se é que correr de kart de aluguel é tão frustrante assim), tenho um respeito enorme por esses seres. Que a família possa superar essa dor da melhor forma possível.
no automobilismo TODOS os pilotos atravessam duas linhas: uma é a linha de chegada, a outra é aquela tênue linha que separa os meninos dos homens…..
Gostei das palavras Flávio, sinceras e emocionadas, sei bem o que sente, tambem brinco com a morte de vez em quando, mas faço minhas as suas palavras, sempre que um piloto se vai a gente sente de uma maneira diferente. Seguimos adiante! Abraços!
Propaganda de 30 segundos antes do vídeo, e sem opção de “pular”?
Fica pra próxima….
No meu não.
Cara, para mim deu a opcao de pular apos 5 segundos…quanto ao video, nao acho que o canopy iria tirar a graca do monoposto….a F1 mudou tanto nos ultimos 20 ou 30 anos e continua atraindo gente…acho pior a falta de competitividade das equipes, transformando a categoria (qualquer uma) em uma monomarca ou monoequipe…
Belas palavras Flávio.
Já perdi muitos pilotos, que não são só esportistas, mas pessoas que me fazem feliz, só quem ama verdadeiramente o automobilismo, sente o baque e mesmo assim continua amando.
O que isso faz de nós? Sádicos por ver o risco deles. Telespectadores do Datena?
Não vemos pessoas verdadeiramente felizes.
E assim roubamos um pouco dessa felicidade.
Mas o mais engraçado (se é que se pode falar assim) é que as perdas não nos calejam, e olha que já foram muitos pilotos próximos começando pelo Pace, Villeneuve. Senna e tantos outros.
Mas como tem que ser, continuo aguardando ansioso a programação do próximo final de semana na página do Grande Prêmio.
Vc é estranho, “perdi muito pilotos”, “pessoas que me fazem feliz”, “sádicos”, “telespectadores do Datena”…. Tá delirando