SÃO PAULO (pecado) – Burburinho da semana aqui dentro. O autódromo de Curitiba não deve passar do meio do ano que vem — inclusive, pelo que sei, só há datas reservadas até junho. A venda, para virar condomínio, é iminente.
Comentários (27)Arquivo para outubro 15th, 2015
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UM A MENOS
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DOIS MOTORES
SÃO PAULO (difícil) – Burburinho da semana lá fora. Bernie estaria trabalhando no sentido de permitir um motor “alternativo” na F-1, para garantir a permanência de Red Bull e Toro Rosso no grid. V8 aspirado? Turbo, mas sem a sofisticação (e chateação) dos dois motores elétricos acoplados ao de combustão?
Considero a proposta quase inviável, tamanha seria a necessidade de equalizar os dois tipos. Mas é bom lembrar que no passado já conviveram motores turbo e aspirados na F-1. Nunca se sabe…
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ONE QUESTION
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ESQUISITICES
SÃO PAULO (sempre aparece mais um) – A impressão que tenho é que nunca conheceremos todos os modelos de DKW fabricados no mundo. Apareceu este ser esquisito no eBay alemão. Aparentemente, modelo único, feito por algum construtor independente sobre um chassi de 1000SP, talvez até usando partes da carroceria. O detalhe dos espelhos retrovisores é incrível. Não sei nem se é feio ou bonito. Na verdade, é lindo, como todo DKW. Passei o link do leilão para o pessoal da Audi Tradition. Eles precisam ver de perto do que se trata.
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LEGIÃO URBANA
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FOTO DO DIA
Isso aí é o que se pode chamar de paraíso (Berlim Oriental, 1970). Vejo Ladas, Skodas, Wartburgs e Trabis, Trabis, Trabis…
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MARCO CAMPOS, 20
SÃO PAULO – Hoje faz 20 anos do acidente que levou à morte de Marco Campos, lembra o Alessandro Neri, que enviou a compilação de vídeos abaixo. Marco corria pela Draco e estava em sua primeira temporada na F-3000. Era a última volta da última prova do ano, em Magny-Cours, e ele tentou uma ultrapassagem na disputa pela nona posição — que não dava pontos. O toque roda com roda com o italiano Thomas Biagi fez seu carro decolar, bater no muro que separava as duas retas ligadas pela curva Adelaide, virar de cabeça para baixo e, quando aterrissou, o capacete de Marco se chocou violentamente na mesma mureta.
Não havia como sobreviver. Ele foi levado a Paris e sua morte foi constatada dois dias depois.
Paranaense de Curitiba, vitorioso no kart, Marco foi para a Europa correr a F-Opel pela mesma Draco, de Adriano Morini, em 1994. Morini era uma espécie de pai de pilotos brasileiros. Passaram por suas mãos em algum momento, como lembra aqui o bravo Felipe Giacomelli, Rubens Barrichello, Felipe Massa, Augusto Farfus, Ricardo Zonta, Bruno Junqueira, Gualter Salles, Djalma Fogaça, Rodrigo Sperafico, Leonardo Nienkotter, Wagner Ebrahim, Ricardo Teodosio, Luiz Fernando Uva, Alberto Jacobsen, Paulo Garcia, Eduardo Merhy Neto, Alexandre de Andrade e Sergio Paese, além de Marco.
Morini deixou as corridas no fim de 2010. A Draco encerrou suas atividades em 2011.
A temporada de Marco na F-3000 (há um relato detalhado aqui) não foi das mais brilhantes. Depois de ganhar o título da F-Opel, a ideia era correr na F-3. Mas apareceu um Lola de F-3000 na Draco, ele testou, foi bem, e Morini resolveu apostar no salto para a categoria — então, o último degrau antes da F-1.
O equipamento não era dos melhores, mas mesmo assim Marco conseguiu um ou outro resultado interessante. Seria importante, no ano seguinte, fazer uma segunda temporada num time de ponta e, aí sim, o caminho para a F-1 estaria pavimentado. Isso porque, naqueles tempos, o pessoal do andar de cima olhava com muita atenção para o andar de baixo. As provas preliminares da F-1 eram um verdadeiro celeiro de talentos. Todo mundo chegava mais cedo aos autódromos para ver de perto a molecada.
E Marco impressionava. Na F-Opel, fez corridas extraordinárias sem conhecer pista alguma, sem falar uma palavra em inglês ou italiano — a língua de sua família adotiva da Draco –, sem experiência alguma com carros, já que tinha vindo direto do kart.
Sua morte aconteceu um ano e meio depois da de Senna, traumatizando ainda mais o automobilismo brasileiro. Marco Campos foi o piloto brasileiro que mais me impressionou em categorias de base. Eu era um desses que ficava pendurado na mureta para vê-lo correr nas provas de apoio dos GPs. Manino tímido, virava bicho quando colocava o capacete. Tinha um futuro esplendoroso pela frente.
Seu irmão Julio corre hoje na Stock Car e usa um capacete igual ao de Marco. Já venceu na categoria e atualmente está em oitavo na classificação. Apesar da tragédia de 1995, a família seguiu nas pistas, mantendo viva a paixão do garoto brasileiro mais talentoso que vi depois de Senna.
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