LONE STAR (1)
SÃO PAULO (coisa rara) – Não lembro quando a F-1 cancelou um treino inteiro pela última vez. Mas hoje, em Austin, não tinha jeito. No Texas, Estado normalmente associado a desertos e regiões áridas, o que se viu nas cercanias da capital foi água, muita água, devido à aproximação do furacão Patricia.
A previsão para sábado e domingo não é das mais animadoras. Pelo menos os pilotos puderam andar um pouco de manhã, com a pista também molhada. Nico Rosberg fez o melhor tempo, mas não dá para tirar nenhuma conclusão para o resto do fim de semana. O piloto que andou mais foi Button, 20 voltas. Alonso e Ericsson, com 18, vieram a seguir. Ninguém quis arriscar muita coisa.
O resultado é que sai todo mundo do zero amanhã, isso se as condições climáticas permitirem a realização do segundo treino livre e da classificação. Há quem já aposte numa definição do grid no domingo pela manhã — se me lembro bem, isso aconteceu uma vez no Japão por motivos parecidos.
No fim das contas, a notícia mais importante do dia foi a surpreendente aproximação da Red Bull com a Honda. Depois que Ferrari e Mercedes se negaram a fornecer seus motores à equipe das latinhas, tudo apontava na direção de um novo acordo com a Renault, por falta de opções. Mas, ao que tudo indica, o divórcio é definitivo. Bernie Ecclestone entrou no circuito para tentar resolver as coisas e impedir que os rubro-taurinos picassem a mula, levando junto a Toro Rosso.
[bannergoogle] Agora, o que se comenta é que a Red Bull poderia usar os motores japoneses e sua filial ficaria com os Ferrari deste ano. Um período de transição, sonhando com a chegada da VW (com Audi ou Porsche) em 2017 — algo que, sinceramente, me parece muito remoto.
Se a Honda chegar, o patrocínio da Infiniti se vai. Aliás, deve ir mesmo, porque esta é uma marca de carros de luxo da Nissan, que por sua vez é de propriedade da Renault.
Não sei bem o que pensar disso. A Honda vai fazer algum milagre e produzir um motor espetacular em 2016? É algo pouco provável. A Red Bull segura a onda, com o perdão do trocadilho, mais um ano sem chance alguma de vitória? Também é pouco provável. Curioso é que seu futuro poderá ser definido justamente quando a equipe completa 200 GPs na F-1 — com 50 vitórias, 57 poles e oito títulos (quatro de pilotos, todos de Vettel, e quatro de construtores). Segundo a Red Bull, foram 21.045 voltas completadas, 3.068 delas na liderança, 3.014,5 pontos conquistados e 106.204 km percorridos em corridas.
Estou muito curioso para saber qual será o desfecho dessa história.
E a outra notícia do dia, igualmente surpreendente, foi a confirmação de Jolyon Palmer como titular da Lotus no ano que vem, ao lado de Pastor Maldonado. Campeão da GP2 no ano passado, Palmer, o da foto aí embaixo, foi reserva do time nesta temporada. Resta saber qual será o nome da equipe em 2016. A Renault ainda não fechou oficialmente a compra do time, algo que deverá acontecer em questão de dias.
Acredito que a parceria Red Bull-Honda não aconteça com os motores atuais, e sim com a possível introdução do moto alternativo V6 biturbo de 2.2l, pois a Honda fornece esse motor na Indy e seria uma mina de ouro fornecer esses motores mais baratos não só para a Red Bull, mas a todas as equipes clientes do grid. Como essa ideia está sendo encampada por Bernie Eclestone e Jean Todt, e o velho Bernie também está intervindo pela permanência da Red Bull, acho que pode haver uma convergência de interesses: manter os rubro-taurinos, baratear os custos do esporte, motores potentes e de baixo custo, tirar o poder das montadoras e tornar o esporte mais competitivo e atraente para público, investidores e patrocinadores. Esse é o meu modesto palpite.
Nem todos os furacões possuem nomes femininos. Um dos poucos com nome masculino é o Gilbert (ou Gilberto) que também provocou vários estragos no Caribe e na América do Norte no início dos anos 90. Não foi por causa de Furacão… mas por causa do excesso de chuvas, acho que o treino que definiu o Grid do GP da Austrália de 2014 também foi o da manhã de domingo (no horário deles… of course)!
Antigamente, todos os furacões tinham nome de mulher. Com o movimento feminista exigindo direitos iguais em todas as áreas, os ditos passaram a ter nomes de ambos os sexos.
Porque todo furacão tem nome de mulher ???
Porque é a maior força da natureza, capaz de destruir tudo por onde passa. Para o bem ou para o mal.
Como assim, “destruir para o bem” ?
Por exemplo:
O furacão Honda que destruiu as últimas esperanças do Amonso foi para o bem da F1.
Hahahahahahaha! Você se superou, Matteoni.
Porque assim como a maioria das mulheres, é capaz de destruir tudo que o homem construiu. :D
Antigamente todo furacão tinha realmente nome de mulher. O motivo era que eles são de certa forma imprevisíveis em seu comportamento, como as mulheres . Mas a onda do politicamente correto acabou com isso e, desde uns 15 anos atrás passaram a batizar também com nomes masculinos
Porque chega úmido e quando vai embora leva tudo o que você tem.
Desta estória (tá certo com e ? ) o que mais me deixou contente foi a Patrícia. Aí que saudades!!!
Lembro que no Grande Prêmio do Japão de 2004, em Suzuka, também houve um tufão ou furacão (não sei ao certo) a ponto de o treino que definia o grid de largada ser transferido para o domingo de manhã.
Tufão. Furacão só a Leste da Linga de Mudança de Data