PRECISAMOS FALAR SOBRE KEVIN
SÃO PAULO (mas mal falaram) – Foi a frase de Ron Dennis para sua secretária, Justine, ontem. “Deixa comigo”, respondeu a eficiente funcionária. E mandou um e-mail para o jovem dinamarquês que disputou o Mundial pela McLaren no ano passado, mas perdeu a vaga de titular com a chegada de Alonso — o que nem foi tão ruim assim, considerando a porcaria de carro que o time de Woking e os samurais da Honda fizeram para esta temporada.
[bannergoogle] Kevin Magnussen recebeu a notícia de sua demissão no último dia 5, quando completou 23 anos. Hoje, pelo Twitter, confirmou a saída. Passou este ano na condição de piloto de testes. Na Austrália, foi escalado para correr enquanto Alonso se recuperava do acidente nos testes de Barcelona, mas o carro quebrou quando seguia para o grid. Em 2014, pontuou em 12 das 19 corridas. Estreou muito bem, com um segundo lugar em Melbourne. Mas teve um campeonato bastante irregular, terminando apenas em 11º com 55 pontos. Jenson Button, seu companheiro, foi o oitavo com 126, num ano fraco da McLaren — o time fechou o Mundial de Construtores apenas em quinto lugar, ameaçada pela Force India.
A única boa notícia é que se der sequência à vida de piloto, provavelmente será para correr, e não ficar assistindo às provas de uniforme engomado dentro dos boxes, com fone de ouvido e boné. Vinculado à McLaren desde 2010, Magnussen teve como ponto alto na carreira, antes do pódio na Austrália, o título da World Series de 2013.
Era um jovem promissor. Engraçado usar o verbo no passado para falar de um moleque de 23 anos, mas a F-1 tem sido pródiga em destruir carreiras antes mesmo delas começarem direito.
Difícil saber para onde Kevin vai apontar a proa, agora. Fez a vida em monopostos, e um caminho possível, que seria o DTM, deixou de existir quando a Mercedes se mandou da McLaren. No Mundial de Endurance, talvez? Ou na Fórmula E, quem sabe…
Fato é que o garoto acaba repetindo a trajetória efêmera do pai, Jan Magnussen. Considerado um dos grandes fenômenos dos anos 90, campeão inglês de F-3 em 1994, foi correr no DTM pela Mercedes, ganhou uma prova, foi ao pódio seis vezes e era um desses caras de quem se esperava muito quando chegasse à F-1.
Estreou há em 1995 pela mesma McLaren no GP do Pacífico, em Aida, no lugar de Mika Hakkinen — se bem me lembro, o finlandês estava doente, algo assim. Em 1997, virou titular da Stewart. Todo mundo achava que iria engolir Rubens Barrichello, então em baixa depois da demissão da Jordan.
Que nada. Zerou no primeiro ano, enquanto o brasileiro se virava nos 30 e conseguia até um pódio em Mônaco. Na temporada seguinte, foi demitido depois de sete corridas, substituído por Jos Verstappen. Recebeu o bilhete azul depois da única prova em que pontuou, no Canadá, com um sexto lugar — naquela época, só os seis primeiros marcavam. A partir daí, fez uma carreira errática, correndo principalmente de protótipos e carros de Turismo nos EUA. Ganhou até um título na Le Mans Series americana, na categoria GT, em 2013.
À boca nada pequena, comentava-se na época da F-1 que o rapaz, mal saído dos 20 anos, era chegado numa birita brava e fumava feito uma chaminé. Nada contra a birita, nem o tabaco — cada um leva a vida como quiser. Mas para os padrões fundamentalistas de comportamento da categoria, não pegava bem. E também não dava muito resultado.
O filho, perto dele, é um monge franciscano. Centrado, discreto, trabalhador, esforçado. Mas também não adiantou muito. Kevin está a pé e ninguém mais vai precisar falar dele.
Mais uma vítima do moedor de carne da F-1.
Uma excelente opção, tando para a futura Renault, quanto para a nova Haas.
Poderia correr ao lado de Maldonado em 2015, ainda como Lotus, e fazer dupla com Esteban Ocon na Renault em 2016, um dupla jovem e bastante talentosa acompanhando a reestruturação da equipe.
Formar dupla do Grosjean na Haas também seria interessante, mas dizem que os americanos já “ganharam” o Gutierros de presente, veio de Maranello, inclusive.
Ele é um piloto bom, mas não excepcional. Os titulares do time, mesmo Button, que todos cogitavam sua aposentadoria ainda ano passado, tem mais talento nato que o Kevin. Mas é injusto ele não permanecer na categoria, pois melhor que o MaldanadA, por exemplo, ele é….. mas fazer o quê?? a PDVSA ajudou, a LEGO não!!
Por outro lado, ele teve a oportunidade dele, sem ser pagante, mas foi inconstante…. já o Nasr, mesmo com o BB dando uma força para ele pilotar, vem aproveitando a oportunidade e metendo quase o triplo de pontos no companheiro (que não é o button, tem isso). Torço pro magnussen ainda ser feliz na profissão!!
Talvez a Lego não tenha ajudado por ser uma empresa sólida, inovadora e que obedece a um planejamento estratégico de marketing que não identifica a F1 como um canal de divulgação interessante?
Acredito que você tenha razão Gustavo, talvez ela não tenha interesse mesmo em divulgar na f1.. Mas quando citei a lego foi só querendo dizer q o dinheiro manda muito, e se ele tivesse um suporte financeiro acho q ele ainda pilotava, pois é melhor que alguns pilotos do atual gride.
Sim, concordo. Uma das coisas mais tristes da F1 hoje em dia é gente com dinheiro e sem talento pilotando, nesse cenário, se o Magnussen tivesse um patrocinador pessoal forte, com certeza, não estaria a pé.
Não sei quem dá mais mancada. os cartolas da McLaren ou os cartolas do meu SPFC.
Só mancadas e sensibilidade zero.
O moleque recebeu essa notícia no dia do aniversário dele!!
Ninguém merece um chefe tão fdp.
E não joguem a culpa no Alonso e no Button.
Eles também estão sofrendo com a INCOMPETÊNCIA da McLaren-HONDA.
Lastimável.
Só bolas fora.
Bons (grandes) pilotos rodeados de gente incompetente por todos os lados, principalmente “acima” dentro da equipe.
Alonso, Button e Magnussen que deveriam demitir a McLaren-Honda, o arrogante Ron Dennis e cia.
podia voltar na haas…
É ridiculo demais uma empresa demitir um funcionário por email.
Que ano que vem andem atrás da Manor.
Gosto desse piá ai. Torço para que consiga um [bom] time.
Esse espanhol apronta mesmo, e desse jeito vai acabar comprando uma vila nova.
Mas o que queriam que a McLaren fizesse? Que pagasse uma passagem de classe executiva para o menino ir até a sede prá ouvir a demissão da boca de Mr. Dennis?
Ou que mandasse uma carta via aérea em envelope azul com selos da Rainha da Inglaterra?
Não sei se perceberam, mas estamos no estamos no século 21, gente.
Pelo que o garoto relatou (“não temos nada prá você no futuro”) ele nem tinha um contrato regular em vigência. Mandar um email foi uma forma por escrito de não gerar duvidas no futuro, a exemplo do que aconteceu com outros pilotos este ano.
Precisamos mudar de assunto.
Pra pilotos como Kevin Magnussen, Hulkenberg, Vergne, etc. faltaram apenas equipes.
Certamente, tivesse a sorte de ter 23 anos nos Anos 80-90, sempre teria uma Lotus, uma Brabham, uma Benetton, uma Tyrrell, uma Ligier, uma March, uma Arrows disponíveis para abrigar talentos.
Hoje a F-1 está limitada a 20 carros, e esse numerário sempre ameaça baixar ainda mais.
O Magnussen está conversando com 3 equipes.
Lotus(Renault);
Manor;
Haas.
Para a Haas, eu acho que ele não vai. Dizem que tem que ser um piloto da academia de pilotos da Ferrari, e o mais cotado é o mexicano Gutierrez.
Então, sobra a Renault(Ainda Lotus) e a Manor. Esse impasse da Renault com a Lotus está gerando um impasse também na F1, pois não estão falando se a Renault entra ou sai da F1.
Se a Renault entrar, acho que seria o melhor lugar para o Magnussen se sentar, pois estará em uma equipe de fábrica, e no futuro pode vir a ter chances reais de título.
Se o negócio da Renault com a Lotus não der certo, vai sobrar a Manor. A Manor está em fase de ESTRUTURAÇÃO, pois contratou o Bob Bell(Ex-Renault e Mercedes) e também vai vir com o motor da Mercedes no ano que vem.
Vamos dizer que o Magnussen tem duas boas opções para o ano que vem e é com a Renault ou com a Manor que ele vai fechar.
É uma perda imensurável para F-¡.. um piloto que teria um futuro do pretérito muito promissor…
Leio essa notícia, enquanto estava assistindo o GP do Japão que será realizado no dia 30 de outubro de… 1988, no qual o piloto japonês Satoru Nakajima será o mais evidenciado!
Mais uma vez, lamentável.. triste.. a F-¿ não será a mesma¡¡¡¡¡
Muito bom o filme e boa sacada no título do tópico.
Acho que o 2° lugar que caiu no colo do Kevin logo de cara na sua corrida de estréia foi extremamente prejudicial para ele, achei que depois disso ele ficou mais relaxado e acomodado e pensou que a F1 era moleza… Tenho impressão que agora é fim de carreira pra ele na F1.
Boa noite Flavio,se fosse possível gostaria da sua opinião sempre sincera e isenta sobre as decisões de campeonato da f1 de 1990 e 1991,já que no especial da globo e esse do canal brasil,não foi mostrado sua opinião por eles,talvez por você não ter emitido nenhuma sobre a questão,ou foi editado por eles já que um especial é reprise do outro,abraços.
Ótimo texto! Bravo!
Para apostar em um piloto que a cada corrida que passa mostra mais e mais anti-profissionalismo e algum sinal de decadência técnica.
Dê um arco e flecha de presente para esse Kevin e o coloque no paddock, o que vai acontecer?!
Mais um bobo que acha que F-1 é tudo na vida…rsrsr…
Tem tanta categoria melhor, ….WEC, V8 Supecars, Nascar, Super GT, Blancpain Series…pra que ficar barrando numa categoria mequetrefe como essa f-1 que só tolos ainda aguentam???
Olha, Fernando, sou uma das pessoas que mais acha o papel da F1 no automobilismo super estimado e que a proteção que a FIA dá ao campeonato é prejudicial ao esporte como um tudo, mas dizer que é uma “categoria mequetrefe” e que o Blancpain Series – recheado de amadores – é melhor é uma imensa injustiça.
Das que vc citou só a Nascar – onde Magnussen não teria a menor chance na Sprint Cup, diga-se – se equivale ao circo do Tio Bernie, de resto, excelentes campeonatos, mas conservemos o realismo.
Triste, mas que saiu de bolso cheio saiu. Pode fazer o que quiser, onde quiser. Não é muito triste ser demitido assim.
F1 é igual a time grande , chegou tem mostrar serviço , se não
um bom patricínio , fora isso dança.
Um palpite : Manor-Mercedes.
É bom piloto, mas estava no lugar errado e na hora errada, acho, e só acho, que F1 pra ele já era, muito difícil a Lotus se arriscar com ele e acredito que ir correr em qualquer outra categoria é melhor do que guiar a Manor.
Não pode estar certo um mundo onde um guri de 23 anos é dado como “acabado”.
Assim vão acabar os números legais disponíveis… #17, #20, #99, #4, #53, #98, #25, #28… Daqui a pouco a FIA vai ter que reciclar.
Vai pra Lotus.
a divisa-fronteira entre sucesso & fracasssss……
Sorte?
Presenca de espirito???
coisa e tallll…..?????
Dura, a vida.
Vida dura essa, de piloto….
Bom… pelo menos foi avisado antes do fim do contrato, e do ano.
Eu já passei coisa pior, me comprometendo, a pedido da minha gerência, para continuar na empresa em que trabalhava por mais um ano, sem nem pedir aumento extra de salário, mesmo com uma proposta melhor para mudar de empresa, e área, no fim do ano, e depois das férias coletivas eu recebo um email da secretária do gerente financeiro me pedindo para ir assinar minhas férias. Férias, como assim se nós já voltamos das férias, perguntei eu…quando cheguei lá para assinar realmente as minhas férias, descobri que eram as proporcionais do ano seguinte, já que eu tinha sido demitido no fim do anos, antes das férias coletivas. Todo mundo sabia, mas me deixaram trabalhando, desempregado, por 15 dias, porque meu gerente não teve cara de pau de me demitir pessoalmente. Isso é que é dureza. rsrsrs
Não seria opção para a Renault/Lotus, uma vez que o Grojean está de saída?
Mais uma vítima da ganância do Picaretonso.
Tadinho né. a McLaren e a Honda chamaram o Alonso para o lugar dele. Quem estava na dúvida se iria ficar era o Button. Mas já percebi que esse é seu hobby. Pena que o Alonso deve aposentar depois de 2017, para sua tristeza.
Mas pega leve na cachaça.