THE GLEN, 45

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SÃO PAULO (a número 1) – Foi num 4 de outubro, 45 anos atrás, que Emerson Fittipaldi deu ao Brasil sua primeira vitória na Fórmula 1. A primeira das 101 que viriam a partir daquela em Watkins Glen, nos EUA — que deu a Jochen Rindt, seu companheiro de Lotus, o título póstumo no Mundial de 1970. A história está em “Na Garagem”, de Charles Nisz, nosso historiador diário.

[bannergoogle] Emerson também foi o primeiro brasileiro a fazer uma pole, em Mônaco, 1972. O primeiro a registrar a volta mais rápida de uma corrida, na Argentina, em 1973. O primeiro a subir ao pódio, na mesma corrida de Watkins Glen que faz 45 anos hoje. O primeiro a conquistar um título, em 1972.

Primeiro isso, primeiro aquilo, ainda o terceiro maior vencedor do país (depois de Senna e Piquet, apenas, com 14 triunfos), bicampeão, depois pioneiro na Indy, bi em Indianápolis, é por isso que costumo dizer que Fittipaldi, dos três grandes do Brasil, é o mais importante de todos.

Não fosse ele a abrir tantas portas, é difícil imaginar se teríamos todos os outros que vieram depois.

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Paulo Pinto
Paulo Pinto
8 anos atrás

Em grau de importância entre os pilotos brasileiros, Emerson estará sempre no cume da pirâmide.

Marcio
Marcio
8 anos atrás

Fittipaldi,um dos grandes responsáveis por me tornar fã do automobilismo,sempre precoce e inovador , Quase venceu uma Mil milhas em parceria com Jan Balder num Malzoni. Foi campeão da F3 Inglesa em seu primeiro ano na europa (1969), Esta corrida que ele venceu em Glen foi na sua QUARTA participação na F1. No ano seguinte correu o GP da Itália com o revolucionário ( e lindo) Lotus 56B turbina com tração nas 4. Em 72 se tornou o mais jovem campeão da F1 aos 25 anos, recorde que só seria batido pelo Alonso e depois pelo Vettel E foi campeão correndo contra o Stewart (já bicampeão e considerado um dos melhores de todos os tempos). Achei que o bi viria já em 73 (pelo resultado das primeiras provas ), contudo uma serie de contratempos somado ao fato de a Lotus dividir as atenções entre ele e o recém contratado Ronnie Peterson acabou dando o tri ao Stewart. Neste mesmo ano ganhei um autorama super pista com curva inclinada em que os carros eram exatamente a Lotus preta e o Tyrrel azul. Sabiamente fez as malas para a Mclaren em 74 onde se tornou o primeiro campeão por aquela equipe. Achei temerária a sua ida para a equipe do irmão em 76,sem esperar um amadurecimento do projeto, Não fosse isso certamente teria mais vitorias na F1 e talvez um tri no currículo

Juarez
Juarez
8 anos atrás

E poderíamos pensar onde ele iria parar se a Copersucar não o tivesse atrasado…..

Rodrigo Moraes
Rodrigo Moraes
8 anos atrás

A ele cabe muito bem a frase de Jean Cocteau: “Não sabendo que era impossível, foi lá e fez”.

Sil
Sil
8 anos atrás

Se pensarmos que o mundo até então, não sabia que o Brasil tinha piloto e não só jogador de futebol, Emerson merece todo nosso respeito por se aventurar na F1.
E não podemos misturar as coisas, que o Rato foi um dos melhores do mundo foi.
Agora como empresário, ficarei devendo o comentário…

Robertom
Robertom
Reply to  Sil
8 anos atrás

Nem fale em ficar devendo…

Celio Ferreira
Celio Ferreira
8 anos atrás

FG , concordo em numero gênero e grau . Me lembro ter ouvido no rádio
a transmissão do velho Barão , 45 anos , estou ficando velho , mas ainda
gosto de F1. apesar de tudo.

Alessandro
Alessandro
8 anos atrás

Flávio, concordo contigo em gênero, número e grau.

E acrescentaria ainda a ousadia de, ao lado de Wilsinho, ter criado a ÚNICA equipe de Fórmula-1 da América Latina, e que apesar de ter fechado as portas cedo, foi espaço para tanta gente renomada no circo trabalhar (Ricardo Divila, Harvey Postlethwaite, Adrian Newey, Ingo Hoffman, Alex Dias Ribeiro, Chico Serra, Keke Rosberg, Jo Ramirez, etc.).

André Fonseca
André Fonseca
Reply to  Alessandro
8 anos atrás

Ia falar a mesma coisa Alessandro!!!

E olha que o Emmo era Bicampeão e poderia continuar brigando por mais títulos, mas preferiu ter sua equipe…

Rogerio
Rogerio
8 anos atrás

Não curtia muito o estilo de pilotagem de Emerson, mas o cara foi um pilotaço e abriu o caminho para os brasileiros na F1. O cara com 25 anos já era bi campeão do mundo !!
Alguns dizem que ele estragou sua carreira ao ir para a Copersucar.
Eu penso bem diferente. Ele foi atras de um sonho. Não deu certo, mas pelo menos tentou.

Paulo Pinto
Paulo Pinto
Reply to  Rogerio
8 anos atrás

Rogerio, uma pequena correção: Emerson foi bicampeão aos 27 anos.

Rogerio
Rogerio
Reply to  Paulo Pinto
8 anos atrás

Verdade.
Com 25 ele foi campeão.
Com 23, o mais jovem a ganhar uma corrida. Superado pelo Vettel tempos atras.

Farid Salim Junior
Farid Salim Junior
8 anos atrás

Grande Emerson!!! Podemos dizer que a história do automobilismo brasileiro divide-se em antes e depois dele. O que ele fez pelo esporte no Brasil, é de arrepiar. Trouxe o apelo popular, trouxe mais qualidade para as transmissões internacionais (a Globo teve que adquirir material de ponta para as transmissões, câmeras, microfones, pessoal especializado, etc.), mudou o cenário das nossas pistas. Surgiram Cascavel, Tarumã, Virgílio Távora, Rio de Janeiro – que já existia, mas que foi totalmente mudado para receber a F1 – entre outros. Trouxe profissionalismo e intercâmbio com outros centros tecnológicos, fez surgir uma nova geração de bons pilotos, novas escolas de pilotagem. Também, novas categorias, mais corridas, etc. Pena ter ocorrido a crise do petróleo em 1973, que freiou um bocado os ímpetos…
Contudo, despertou a figura de patrocinadores, novas equipes, novos preparadores de motores, carrozzieris, construtores… enfim, o cara criou o que temos hoje. Devemos muito ao Emerson. A Globo deve muito a ele também. Deviam reapresentar as corridas dos anos 70, 80 e 90 em um programa do tipo “Vale a Pena Ver de Novo” só com corridas!… Mas, aí, as transmissões atuais da F1 iriam pro saco…

ms
ms
8 anos atrás

emerson sempre foi um oportunista de mão cheia e falo oportunista no bom sentido da palavra ou seja era aquele piloto que tinha um talento e paciência inigualáveis pra reconhecer, avaliar cenários e aguardar as melhores condições de corrida pra capitalizar e tirar proveito em benefício próprio e fazia isso com tal maestria que dava a impressão de ser uma mistura de “computador humano” e vidende tal era a precisão de suas leituras de corrida dando sempre a impressão de que o destino conspirava a seu favor só que um olhar mais atento sobre suas corridas e estilo de pilotagem mostram que o “feiticeiro narigudo” conseguia ver com antecedência através de sua “bola de cristal” aquilo que os outros pilotos só viam depois que acontecia……..

ms
ms
8 anos atrás

emerson sempre foi um oportunista de mão cheia e falo oportunista no bom sentido da palavra ou seja era aquele piloto que tinha um talento e paciência inigualáveis pra reconhecer, avaliar cenários e aguardar as melhores condições de corrida pra capitalizar e tirar proveito em benefício próprio e fazia isso com tal maestria que dava a impressão de ser uma mistura de “computador humano” e vidende tal era a precisão de suas leituras de corrida dando sempre a impressão de que o destino conspirava a seu favor só que um olhar mais atento sobre suas corridas e estilo de pilotagem mostram que o “feiticeiro narigudo” conseguia ver com antecedência através de sua “bola de cristal” aquilo que os outros pilotos só viam depois que acontecia……..

Roberto Fróes
Roberto Fróes
8 anos atrás

Muitíssimos parabéns ao Rato, ele mereceu e merece!
Mas antes dele, Chico Landi venceu 2 provas de Formula 1 em Bari, na Italia, com Ferrari, em 1948 e 1952.
Apesar de poucos saberem, a Formula 1 começou em 1948, e não em 1950. Neste ano – 1950 – o que começou foi o Campeonato Mundial corrido com carros da Formula 1.
E se Emerson abriu as portas das pistas estrangeiras para os brasileiros, houve quem abrisse as portas burocráticas para ele e todos os outros. Emerson foi o 1º a bem utilizar essa abertura.
Quem demoliu a burocracia e abriu as portas internacionais para os pilotos brasileiros foi o Ricardo Achcar, que descobriu o caminho para desviar dos entraves então colocados pela Federação Brasileira de Automobilismo e pelo Automovel Clube do Brasil para a atuação de brasileiros no exterior.
Ambas as entidades se consideravam as “donas” do automobilismo nacional, e ameaçavam o brasileiro que corresse no exterior de perder sua carteira de piloto.
Tapetadas… merece um post aqui!