CARL HAAS

carlhaas

SÃO PAULOCarl Haas morreu no último dia 29 aos 86 anos. O anúncio foi feito apenas hoje por seus familiares.

Nos melhores anos da Indy, nas décadas de 80 e 90, Haas ficou bem conhecido por aqui, inclusive. Sua figura inconfundível, sempre com um charuto apagado nos lábios, era tão marcante na categoria quanto os brincos de Tereza Fittipaldi, o bigode de Bobby Rahal, a cabeleira de Arie Luyendik, o topete de Michael Andretti ou os olhos azuis de Paul Newman, sócio do lendário dono de equipe na não menos lendária Newman-Haas. São algumas das imagens que me vêm à cabeça quando lembro daquela época de ouro da categoria.

A Newman-Haas, com seus carros quase sempre brancos, pretos, ou alvinegros, era uma espécie de Ferrari ou McLaren da Indy. Uma gigante. De 1983 a 2011, conquistou oito títulos, com Mario Andretti (1984), seu filho Michael (1991), Nigel Mansell (1993, que ano!), Cristiano da Matta (2002) e Sébastien Bourdais, que acabou sendo, curiosamente, o maior vencedor de todos — tetracampeão na ChampCar de 2004 a 2007.

Digo “curiosamente” porque no panteão dos maiores pilotos de todos os tempos, certamente alguém há de colocar na lista Andretti, o pai. E Mansell, claro. Mas duvido que alguém se lembre de Bourdais. E é o francês quem está na história do time, o cara que dominou a ChampCar de maneira incontestável até a segunda metade da primeira década deste século.

No total, o time fundado por Carl Haas ganhou 105 corridas na IRL e na ChampCar/CART. Infelizmente, nenhuma em Indianápolis. Porque merecia, por toda essa história.

Subscribe
Notify of
guest

12 Comentários
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Zé Maria
Zé Maria
7 anos atrás

O “esquecido” Bourdais simplesmente aniquilou seu parça na equipe, o brasileiro Bruno Junqueira.
Foram 4 anos de domínio total e absoluto, simples assim!

Mistral
Mistral
Reply to  Zé Maria
7 anos atrás

Que, vamos fazer, justiça, era bom (o Bruno), campeão da antiga Formula 3000 em 1996, se não me engano

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
7 anos atrás

Bons tempos mesmo,carro simples mais a diversão para pilotos e espectadores era garantida.Carl Hass é um mito exatamente por sua história.

Marcelo de Castro
Marcelo de Castro
7 anos atrás

Sem dúvida quando li a matéria não pude deixar de lembrar do grande ano de 1993. Assisti a temporada toda e me lembro do Mansell quando ganhou logo de cara em Surfer´s Paradise saiu do carro mancando e o Tèo tirou onda dele.
Duas constatações: (1)Estou ficando velho e (2) o mundo hj é muito mais chato.

Allez les Bleus!!
Allez les Bleus!!
7 anos atrás

Grandes caras!! Nigel Mansell, Sébastien Bourdais!!

Rubergil Jr
Rubergil Jr
7 anos atrás

Não ganhou em Indy por causa da “Andretti Curse”. Quem manda ter 2 deles na equipe ainda por cima?

Brincadeira, é claro! Depois de ler aquela carta do Mario Andretti para o Mario Andretti 60 anos mais novo, falar em “Andretti Curse” chega a ser uma babaquice. Depois de uma história de vida daquelas, como ousar falar em maldição?

Mickey
Mickey
7 anos atrás

Esqueci de colar este link, com a chegada do Mansell na Newman-Haas.

https://youtu.be/wVNTBJimjP8

Cláudio F1
Cláudio F1
Reply to  Mickey
7 anos atrás

Valeu por compartilhar o link!

Mickey
Mickey
7 anos atrás

É um nome que traz muita nostalgia. Aquela época em que a Indy teve seu auge. O carro Newman-Haas de 1993 é um dos mais bonitos.

De McLaren, Ferrari, Williams, Tyrrell, Lotus, a gente se habituou com Penske, Newman-Haas, Ganassi, PacWest. Se o nome das equipes ainda era meio difícil de decorar, ainda tinha os patrocínios são memoráveis. Kmart, Target, Quaker State, Pennzoil, Valvoline…

Mistral
Mistral
Reply to  Mickey
7 anos atrás

E a Dominno’s (Dommino’s) ? Uma rede de pizzaria.

clodoaldo
clodoaldo
7 anos atrás

bons tempos aqueles da indy quase rivalizou com a f1 masss ai seu dirigentes tomaram um monte de decisões erradas e foi pro buraco fica a dica pra formula 1 que se continuar assim vai pro mesmo caminho

Robertom
Robertom
Reply to  clodoaldo
7 anos atrás

O Bernie subornou o CEO da F Indy para que ele fizesse um monte de cagadas, entre elas tirar a transmissão da TV aberta.