DICA DO DIA
SÃO PAULO (não vi, mas o Roque viu e achou muito bom) – O Maurício Vieira mandou pelo Facebook, e antes mesmo de ver já pinguei aqui. Vou assistir quando voltar da TV. Mas tudo que diz respeito a Gordon Murray é sempre interessante. No caso, o Brabham BT46B, de 1978 “Fan Car”. Vocês sabem por que Murray inventou isso? Sabem se foi permitido?
Vamos ver quem aqui ainda se lembra dessa história, porque tem coisas que estão ficando cada vez mais distantes no tempo. 1978. Putz. Já faz quase 40 anos. Parece que foi… há quase 40 anos!
Quem estiver afiado no inglês, e quiser ver o documentário completo de onde esse vídeo foi extraído, é só seguir o link: http://www.liveleak.com/view?i=110_1346959283
Um mito vencendo em um carro mitológico.
Este carro, estreio, ganhou e foi proibido. Grande premio da Holanda(?) ou Suécia(?) vencedor Lauda. Criava o efeito solo e por isso foi proibido. Mais uma cópia de idéias boas…aperfeiçoada por um mago da F1, Gordon Murray.
Abraços e sorte
PS.: Cadê a criatividade na F1 atual? Tudo é muito igual….daí, nada de novidade nenhuma.
É só ver o link … http://www.gptotal.com.br/panda/cartas2q_07_04.htm
O Gordon Murray foi (é) um dos grandes na F-1 e no automobilismo mundial.
Já o Colin Chapman foi o construtor das “cadeiras elétricas” mais rápidas e bonitas que o homem já conheceu.
O Pandini, em seu blog, há alguns anos, apresentou um artigo sobre este F1 … além do efeito solo conseguido de forma mecânica (uso do ventilador), enquanto a Lotus conseguia o efeito solo de forma dinâmica (asas), o BT46B de Murray apresentava sensores espalhados pelo carro (acho que eram 8), para colher dados em movimento, para telemetria .. só que não existia telemetria na época … os sensores colhiam dados e regulavam a velocidade do ventilador … mas estes sensores também poderiam transmitir os dados para os boxes .. isso se houvesse como fazer em 1978 … Murray era um gênio … Seu carro estava dentro do regulamento .. inclusive, Murray, com o regulamento na mão, desafiou todo mundo a provar que seu carro era ilegal .. e não conseguiram .. Na prova, Murray havia pedido para o Lauda maneirar na velocidade e não colocar vantagem excessiva no 2º colocado … mas o Laudo fincou o pé e engavetou todo mundo … O que pouca gente percebeu, foi a grande jogada do Bernie Eclestone nisso tudo … Como dono da Brabham, era vantagem ver seu carro campeão, mesmo diante da chiadeira geral … mas, pensando longe, fez um acordo com as outras equipes e retirou seu carro do campeonato .. .em troca de comandar os direitos do queria viria a ser a FOA (na época acho que era a FOCA ou coisa que o valha) … este foi o episódio que lançou Bernie no comando de um dos mais rentáveis negócios do mundo … Em tempo, o carro NÃO foi desclassificado no GP .. a vitória ficou valendo e o BT46B se aposentou como o único carro invicto da F1 …
Como já comentou anteriormente Armando Vieira, esta não foi mais uma das geniais ideias de Murray, Jim Hall desenvolveu o modelo 2J da Chaparral para competir na temporada de 1970 da Can-Am, portanto oito anos antes. Ao final deste vídeo aparece uma série de outros vídeos que podem ser acessados, dois deles é sobre o Chaparral 2j. Vale a pena assistir.
Que eu me lembre, o Lauda venceu essa prova com esse carro, mas ninguém gostou, até mesmo Lauda, por conta da sujeira que subia na traseira do carro. Sem contar os protestos das equipes, tentando impedir que a equipe corresse a etapa (e não deixar de falar da tampa de lixo que cobria a geringonça pra não deixar ninguém ver).
A ideia foi ótima,porém dá primeira vez quê vi em 78 falaram quê ele o dispositivo, jogava o detrito da pista nos carros de traz. Contudo eu sempre achei que era outro o motivo,.
Certamente inspirado, como George Lucas, que criou o R2-D2, no aspirador de pó que sua mãe obrigava a passar em seu quarto para poder sair e brincar de carrinho de ball bearings.
Também chamado de Brabham “ventilador”.
Vi um de perto em uma exposição sobre a indústria italiana no prédio da Bienal, no Ibirapuera, lá pelo final da década de oitenta.
É a famosa Brabham “Exaustor”, criando um efeito similar dos carros “asa” da época, em especial, a Lotus 79 que estava arrebentando naquela temporada. Mas houve (segundo se diz na época), que a Brabham jogava muitos detritos em quem vinha atrás. Parece que sim como demonstram os vídeos da época. Mas funcionou e ganhou a primeira corrida em que participou (Suécia). Mas sempre desconfiei que Colin Chapman (o criador do efeito-asa), se incomodou muito com esta vantagem. Tanto é que proibiram já na coorrida seguinte.
Esse ( e seus irmãos) tem uma matéria bacana no FlatOut!
http://www.flatout.com.br/brabham-bt46b-o-carro-de-formula-1-que-tinha-um-ventilador-na-traseira/
Abs
Para fazer frende aos Lotus com efeito solo, Gordon instalou um exaustor na traseira dos Brabham sob o pretexto de refrigerar o motor, mas visando sugar o ar debaixo do carro, criando downforce. Foi banido pela alegação da grande quantidade de detritos que eram atirados em quem vinha atrás.
Foi proibido. Jody Scheckter reclamou, junto com outros pilotos, das pedras atiradas por esse exaustor nos carros que se aproximavam.
Como os carros eram esteticamente lindos. Esse video mostra uma f1 que ainda tinha um que de várzea (rs). Mas prefiro mil vezes esse estilo do que o engessamento robótico de hoje. Uma F1 em que o dono da equipe não era uma organização que só se preocupa em investir 1 e ganhar dez e quando no ano seguinte investe 1 e ganha 9 não pensa duas vezes em sair da brincadeira e deixar todos os profissionais com a brocha na mão – sendo o exemplo mais acabado disso a união do grupo geni com a lótus e Kimi que nos fez reviver por dois anos a lendária lótus. Mas foi um sonho duma noite de verão.
Piquetzão andou nesse foguete!
E nada tão revolucionãrio foi inventado desde então. Não valem suspensão eletrônica, dutos, difusor duplo e DRS…
O Lauda ganhou na Suécia com esse carro e foi desclassificado. Era o efeito solo da Brabham.
Vi esse carro em 80 e pouco no prédio da Bienal, na exposição Italia Viva. Era lindo.
Essa era uma turbina que retirava o ar de baixo do carro eliminando o colchão de ar que existe embaixo do carro,
Foi utilizado em uma corrida ,acho que pelo niki Lauda e foi ogo proibido ,já que ninguem conseguia andar atras deste carro que cuspia pedras em quem vinha atras
Era uma grande idéia.
O ventilador era pra sugar o ar debaixo do carro e colar ele na pista, aumentando sei lá quantas vezes o famoso efeito solo,
Foi proibido entre outras coisas porque sugava pedriscos e outras coisas que poderiam estar nas pista e viravam balas para os pilotos que vinham atras.
Era uma sacada genial, como quase tudo que o Murray projetou.
Btw estreiou ganhando corrida. Foi isto ?
Gordon Murray sacou que a jogada do Lotus era aerodinamica nao um segredo de suspençao como quis confundir Colin Chapman , que cobria a parte traseira dos seus carros desviando o foco do verdadeiro motivo da performance dos seus carros
Colocou um exaustor na parte traseira dos carros que sugava o ar provocando down force a consequencia é que literalmente quem estava atras comia poeira pois espalhava muita sujeira na pista e por isso pediram o baimento da novidade !
Talvez o século XX tenha sido decisivo e inspirador para a humanidade mesmo. Quem viveu, viveu.
Tentativa engenhosa de Murray (gênio), “miguelando” que o ventilador serviria apenas para refrigerar o Alfão flat-12, de combater a hegemonia acachapante das fantásticas Lotus 79. . .durou uma corrida só, vitória esmagadora de Lauda em Anderstorp, depois foi banido.
Não meu caro ,esta é mais uma ideia que os projetistas da F 1 ,pegaram dos protótipos , o criador desta “COISA” chama – se JIM HALL e foi usada no Chaparral 2 J para a série Can-Am de 1970 , muito antes (8 anos) ,de qualquer F 1 usar o efeito venturi . E para completar ,também usava um cambio automático (antigo ,mais automático , os Porsche 956 é que usaram os PDK pela primeira vez em Le Mans 1982).
Luigi, seguinte:
Eu não disse que o Murray foi o pai da idéia, mas apenas que fez uso dela miguelando sua real razão, só isso!
Abraço.
Zé Maria
Grande blogueiro!!! GP da Suécia, Anderstop, 1978… Lembro-me, como fosse hoje, da narração de Luciano do Valle. O carro que passava até as Lotus MK-III, “por fuera”!!! Lauda venceu, o carro foi banido, mas Lauda manteve sua pontuação no campeonato. Os hits das paradas eram Bee Gees (na onda dos Embalos…), Pink Floyd (Animals) e Queen (A day at the races – Bicycle Race – a mulherada da Penthouse andando pelada de bike e a censura passando borracha em cada fotograma!!!). Quantas coisas dessa época não sairiam nem do papel (aliás, brilhante ver Gordon Murray fazendo seus “sketches” em uma prancheta com TECNÍGRAFO!!!!) nos dias atuais??? Pois é, F.G. “Gomov”, a graça do mundo vai se perdendo um pouco a cada dia…
Ganhou na Suécia e foi proibido porque o regulamento proibia dispositivos aerodinâmicos moveis ( as pás da turbina ) . Era acionado pelo eixo de saída da caixa de cambio. Lembro de um comentário de que era estável, mas ´difícil , lembrando o Chaparral J2 , que tinha um motor 2 tempos . O BT 46 tinha um sistema de múltiplas embreagens para equalizar a velocidade do fan , e evitar grandes variações de pressão ( problema que a McLaren encontrou quando seguiu sugestão do Senna e direcionou a saída dos gases do motor no defletor inferior; a velocidade dos gases quentes acelerava o ar, e reduzia a pressão, inferior e melhorava a aderência, mas quando o piloto reduzia a aceleração para fazer uma curva a pressão diminuía e o carro perdia estabilidade ) . Mais :
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/08/1805492-tv-brasil-reestrutura-sua-grade-apos-intervencoes-do-governo-interino.shtml
https://en.wikipedia.org/wiki/Chaparral_Cars
Vitao,
Você acertou na mosca !
Na verdade eu me chateio um pouco quando todo mundo fala da capacidade inventiva de Chapman, nesses casos. Os Chaparral 2D e 2E de 1966-67 já usavam um aerofolio móvel na traseira, acionado por um pedal que ocupava o lugar do pedal da embreagem, inexistente, posto que esses carros usavam uma caixa automática da GM. No ano seguinte as Lotus (Chapman) e Ferrari apareceram com aero folios móveis um pouco diferentes, mas baseados no mesmo conceito.
Depois, em 1970, Hall lançou o 2J, que trabalhava com efeito solo criado por 2 grandes exaustores que sugavam o ar de uma “caixa” existente sob o carro, caixa essa vedada por 2 mini saias laterais, móveis, que iam coladas (arrastando) ao solo. O carro foi banido por efetivamente atirar pedras nos pilotos que iam atrás dele (as pistas da época eram muito mais espartanas e menos limpas que as atuais, vide o olho perdido por Helmut Marko em Charade), mas o fato eh que o carro tinha uma velocidade em curva muito superior a dos concorrentes, o que foi real .motivo por trás dos protestos.
Em 78/79 Chapman adotou o conceito de Hall, usando as mini saias e substituindo o ventilador por um Ventury.
A Ferrari e a Brabham tinham dificuldade em copiar o frutuoso conceito, porque seus motores flat.12 ocupavam o espaço necessário para fazer oVentury nas dimensões requeridas.
Foi então que Murray adaptou o conceito de Hall, para obter o efeito de vácuo criado pelo Ventury de Chapman.
Mas a F1 que andavá preocupada com o olho perdido por Marco, ao seguir Emerson em Charade….Na época dizia-se que quando alguém vinha pra ultrapassar em Clermont Ferrand era correto aplicar-se o efeito pedrada para afastar o perseguidor: comecava-se a colocar a roda traseira fora da pistas, e.mandava-se um tiroteio de debris no carro de trás….Então, usando do mesmo argumento que a McLaren usou na Can AM em 1970 , também baniu-se.na F1 o fan da BT46B: ele era uma metralhadora, mandando a saraivada de detritos no carro que vinha atrás.
Resumindo: Chapman e Murray copiaram e melhoraram as idéias de Jim Hall. Mas quem merece todos os créditos de criatividade é o piloto e construtor texano !!!!
Antonio
Correcao: que a Chaparral usou e a McLaren protestou na Can Am de 1970
Perfeito comentário Seabra. Inclusive com o problema de espaço para o venturi aerodinâmico dos motores V-12 – Ferrari e Alfa Romeo. . Obrigado
Fala Flavio,
Em 1978 a Lotus usava o conceito de Wing Car em seus modelos Mk.IV/79, e como era o único F1 com esse conceito, vinha dominando amplamente a temporada. O Murray adaptou esse “Fan” nos Brabham BT46 com forma de aumentar o downforce aspirando o ar que passava por baixo dos carros e lançando pelo fan instalado na traseira. No entanto, esse conceito não foi idealizado pelo Murray, o que ele fez foi uma adaptação do dispositivo bolado pelo Jim Hall usado em seu modelo do Chaparral 2J.
Apesar do sucesso, o ideia não foi adiante. O FIA proibiu o dispositivo já para a prova seguinte, por considerá-lo como recurso aerodinâmico móvel, o que era proibido à época e que hoje é permitido com o uso da asa móvel.
Foi pra tentar bater de frente com a Lotus e seu efeito solo. Funcionou até bem demais, o Lauda ganhou o GP da Suécia com os pés nas costas usando esse carro, mas a FIA proibiu sob a alegação de que era muito perigoso a turbina arremessando pedras nos carros de trás, se não me engano, e ele só correu essa prova.
1) Murray desejava criar mais efeito solo (ventilador suga ar debaixo do carro e este fica mais grudado no chão).
2) Foi proibido porque era uma maneira ilegal de criar efeito solo. Outra argumentação: atirava detritos nos veículos que vinham atrás.