Por essas fotos, vejo que nós, brasileiros, éramos muito mais alegres, mesmo com a repressão política, as cruéis torturas e desaparecimentos, e os prédios pegando fogo com um monte de gente dentro.
Vocês todos aqui podem me explicar a quem interessou o contínuo processo de embrutecimento e entristecimento do povo brasileiro, de uns tempos pra cá, e porquê?
Marcos
6 anos atrás
Saudades! e tem gente que fala que era ruim no tempo da ditadura.
Antonio Seabra
6 anos atrás
Acompanhei parte da construção da ponte, do patio do recreio do Colegio São Bento, onde terminei o colegial em dez de 1972.
Depois, atravessando as barcas todos os dias, e estudando engenharia na UFF, olhava pra ver o avanço das obras, principalmente a elevação das vigas do vão central.
Passei a primeira vez na ponte de carona com um colega de faculdade, cerca de um mes depois da inauguração, por volta das 10h da noite de um dia de semana, no sentido Niteroi – Rio. Estávamos numa Variant da mãe dele, e ele cruzou a ponte toda a 100 km/h constantes. Me impressionou a qualidade do asfalto, lisinho, e (se a memoria não me trai) a iluminação alaranjada. Pouco mais de um mês depois comprei minha propria Variant 1973, semi-nova, e passei a cruzar a ponte de carro 1 vez por semana, no minino. Apesar do limite de 100 km/h, andava-se a 120 constantes, sem que ninguém incomodasse e sem correr riscos. Pra época era uma tremenda velocidade !!!
O asfalto durou um bom tempo, talvez uns 3 anos ou um pouco mais, mas depois do primeiro ‘recapeamento nunca mais foi o mesmo ! E hoje, com carros mil vezes mais seguros do que os daquela época, a velocidade limite é de 80 km/h….vai entender.
Durante anos, nas madrugadas, íamos pra ponte testar a velocidade máxima dos carros, Fuscas Brasilias e Pumas preparados, Darts e Opalas 6 cilindros, Passats, etc. Depois da meia noite era garantia de transito quase zero….Ja em 1997 andei a 230 km/h de velocimetro com meu Peugeot 306 S16 (saudade dele), descendo o vão central no sentido Rio, as 23h…mas já foi dificil, tinha um transito razoável, e já tinha um risco, Tive de tirar o pé umas 2 vezes, senão teria ido um pouco mais.
Hoje, a qualquer hora, mesmo as 3 ou as 3 da manhã, tem transito. Mesmo que não tivesse radar, não daria pra andar nessas velocidades.
Roberto Mota
6 anos atrás
Flávio, olha que bacana. A mais pura relação de amor entre o homem e sua máquina…
O carro que conduziu o Medici e o Andreazza está no Museu da Ponte. Tem a história que alguém furou o bloqueio e atravessou a Ponte na frente da comitiva…
Ford Modelo A, Karmann Ghia, Jeep, Chevette, Corcel I, Brasília, Fuscas, Kombis, Opalas, Rural, Dodge Dart, Caminhões Chevrolet e Mercedes….
Curiosamente, o primeiro carro a cruzar a ponte foi um Candango 1961, levando autoridades para uma inspeção, ainda durante as obras. Mas o mesmo veículo também teria participado do cortejo que cruzou a ponte no dia da inauguração.
O carro está em exposição no museu da Ponte S/A,
Tem o da esquerda na primeira foto que eu acho que seja um Corcel
Valmir Lopes
6 anos atrás
Do lado esquerdo da foto, sentado, está o Gonzaguinha, do outro, em pé e de camisa no ombro Guarabira, da dupla.
Felipe Teixeira'
6 anos atrás
Esse Opala na segunda foto, que coisa linda… Da pra ver tambem um Kharmann Ghia, umas corujinhas, uns fuscas, esse Bigode, um dodge no fundo do lado esquerdo, os caminhões (que eu não conheço de nome) e muitas outras maravilhas que eru não conheço ou não enxergo.
Senti falta dos DKW.
Ricardo Sandri
6 anos atrás
Kombis, fuscas (não podem faltar em nenhuma foto antiga), opalas, corcel I, um dodge 1800 (polara) na primeira foto.
As fotos são da data sim, conheço dois amigos que estavam nessa confusão aí dentro de um Itamaraty…
zé clemente
6 anos atrás
Acho que o Brasil sempre foi muito louco. Hoje tá louqinho de pedra, na minha opinião. Mas, quanto às carangas….
Na foto de cima bem na frente um Corcel que eu arriscaria dizer que é marron. Ao lado dele um fusca que penso que seja um 69 verde. À esquerda um Chevetinho com calhas na porta, que acho que não existem mais. Mais à esquerda outra fuca, esse com aquelas aletinhas no limpador de parabrisa que na pratica não serviam pra nada. Um Opala, talvez 71, modelo luxo com capota de vinil. Outro Corcel que acho que deve ser 69 ou 70. Atras dele um Dart tambem com caporta de vinil. Mais atrás um cara de gravata ao lado da porta de um carro que parece ser um Aero Willys. Mais atrás outro Aero com o cara tambem ao lado da porta do motorista. Mais um monte de fuscas, kombosas e caminhoes Chevrolet e Ford. Na pista contrária um Dart e um Opala que parece ser 2 portas. Na foto de baixo um Fordeco 29 e ao lado dele um Opala que parece estar sem as calotas. O povo gostava de tirar as calotas dos carros.
flavio
6 anos atrás
Saudades dessa época…
Era plena ditadura, mas apesar dela, a vida no Rio para uma criança como eu na época ainda era muito mais humana…
Se a foto fosse colorida saltaria aos olhos o contraste com a chatice atual de pratas, pretos e brancos na pintura dos carros.
Fernando Monteiro
6 anos atrás
Que foto bacana!!! Me lembro de ter passado pela primeira vez na ponte em Janeiro de 75. Meu pai tinha uma kombi de carroceria, nela tinha um rádio AM e me lembro de ter começado, em algum ponto do trajeto, a tocar nesse rádio uma música do Terry Winter – Summer Holiday. A música caia com uma luva naquele cenário que até então era uma novidade para todos nós, uma sensação de bem estar e liberdade, coisa de adolescente. Nunca mais esqueci desse dia, foi emocionante!!!
Celso
6 anos atrás
Caro Flavio,
Nossa “frota” se resumia em: fusca, opalão, chevette, corsel… o tempo bom, que poderiamos no sabado de manha ir na garagem com nosso pai mexer no carro (ouvi o ronco do motor mexendo no carburador) e assistir f1 na manha de domingo e passear a tarde de carro.
Eduardo
6 anos atrás
Algo parecido deverá acontecer em Floripa, quando reinaugurarem a ponte Hercílio Luz e liberarem para tráfego de veículos… A ver.
Antonio
6 anos atrás
Anos de chumbo.
AB
6 anos atrás
Inauguração da ponte Rio-Niterói.
Ah… Velhos tempos.
Os tempos da corrução-arte, da corrupçã-moleque, da corrupção-raiz.
Um tempo onde roubavam e ingenuamente, no prazo e no orçamento, vejam só, entregavam as obras!
Eduardo Britto
6 anos atrás
Era??
claudio conrak
6 anos atrás
predominio de fuscas corceis chevetes opalas combis…. cigarrão na boca sem medo e sem vergonha… e éramos todos felizes, e o Brasil tinha futuro!!!!
Jornalista, dublê de piloto, escritor e professor de Jornalismo. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.”
Saudades deste tempo, tudo era mais simples.
Por essas fotos, vejo que nós, brasileiros, éramos muito mais alegres, mesmo com a repressão política, as cruéis torturas e desaparecimentos, e os prédios pegando fogo com um monte de gente dentro.
Vocês todos aqui podem me explicar a quem interessou o contínuo processo de embrutecimento e entristecimento do povo brasileiro, de uns tempos pra cá, e porquê?
Saudades! e tem gente que fala que era ruim no tempo da ditadura.
Acompanhei parte da construção da ponte, do patio do recreio do Colegio São Bento, onde terminei o colegial em dez de 1972.
Depois, atravessando as barcas todos os dias, e estudando engenharia na UFF, olhava pra ver o avanço das obras, principalmente a elevação das vigas do vão central.
Passei a primeira vez na ponte de carona com um colega de faculdade, cerca de um mes depois da inauguração, por volta das 10h da noite de um dia de semana, no sentido Niteroi – Rio. Estávamos numa Variant da mãe dele, e ele cruzou a ponte toda a 100 km/h constantes. Me impressionou a qualidade do asfalto, lisinho, e (se a memoria não me trai) a iluminação alaranjada. Pouco mais de um mês depois comprei minha propria Variant 1973, semi-nova, e passei a cruzar a ponte de carro 1 vez por semana, no minino. Apesar do limite de 100 km/h, andava-se a 120 constantes, sem que ninguém incomodasse e sem correr riscos. Pra época era uma tremenda velocidade !!!
O asfalto durou um bom tempo, talvez uns 3 anos ou um pouco mais, mas depois do primeiro ‘recapeamento nunca mais foi o mesmo ! E hoje, com carros mil vezes mais seguros do que os daquela época, a velocidade limite é de 80 km/h….vai entender.
Durante anos, nas madrugadas, íamos pra ponte testar a velocidade máxima dos carros, Fuscas Brasilias e Pumas preparados, Darts e Opalas 6 cilindros, Passats, etc. Depois da meia noite era garantia de transito quase zero….Ja em 1997 andei a 230 km/h de velocimetro com meu Peugeot 306 S16 (saudade dele), descendo o vão central no sentido Rio, as 23h…mas já foi dificil, tinha um transito razoável, e já tinha um risco, Tive de tirar o pé umas 2 vezes, senão teria ido um pouco mais.
Hoje, a qualquer hora, mesmo as 3 ou as 3 da manhã, tem transito. Mesmo que não tivesse radar, não daria pra andar nessas velocidades.
Flávio, olha que bacana. A mais pura relação de amor entre o homem e sua máquina…
https://www.youtube.com/watch?v=MP06gvFWW64
O carro que conduziu o Medici e o Andreazza está no Museu da Ponte. Tem a história que alguém furou o bloqueio e atravessou a Ponte na frente da comitiva…
Pelos carros e pelas diferentes faces, parece o clip do R.E.M. “Everybody Hurts”.
No fundo da foto inferior, um ônibus com carroceria Eliziário modelo Bi-Campeão que era feito no RS..
Ainda bem, que estão de placas amarela.Se fosse hoje, estariam com a nefasta placa preta a venda nas melhores, esquinas.
Enquanto todos olham quem vem…. Dodge e Opala indo do lado de lá…. que coisa linda!
É só impressão minha ou as pessoas eram mais interessantes nesta época? Reparem nas fotos…
Fotos de um outro século…
Cara, sinceridade, o mundo anda chato pra cacete…………..
Tudo é “politicamente incorreto”, antes era mais divertido e sem melindres……
Fiquei imaginando essa foto colorida, pela variedade de cinzas na fotos deve ter carros de cores inimagináveis.
Que caos maravilhoso!
Um pecado ser P&B… imagina as cores disso!
Eu já penso o contrário, o charme está em justamente ser em preto e branco!!!
Fusca e Opala dominam a cena, mas vi um TL, Dodge Dart, Corcel. Kombi também tem bastante. Show de bola.
Mas éramos uns loucos bem mais legais que hoje. Viramos em alguma esquina errada nos últimos 20 anos….
Devem ser sim…muito bacana. Mas…quando da inauguração, já era essa placa, a do calhambeque? (desculpe a vulgaridade, sei lá o que é isso. Ford?)
Ford modelo A.
eu passei na inauguração atras dessa galera ai, de suzuki GT 380.
Corcel, Opala, Fusca, Kombi.
O Presidente E,ílio Garrastazu Medici e o então Ministro dos Transportes Mario Andreazza percorreram a Ponte a bordo de um Rolls-Royce. Atrás tem um Aero-Willys.
http://acervo.oglobo.globo.com/rio-de-historias/presidente-medici-inaugura-ponte-de-13-quilometros-que-liga-rio-niteroi-8891929
Aqui tem o Candango com Andreazza e staff
https://br.pinterest.com/pinstoria/ponte-rio-niter%C3%B3i/
Mais informações
http://infograficos.oglobo.globo.com/pais/ponte-rio-niteroi.html
Se tudo der certo, vão desaparecer com o nome oficial (Ponte Presidente Costa e Silva) e vamos conhece-la somente como Ponte Rio-nITERÓI
Ford Modelo A, Karmann Ghia, Jeep, Chevette, Corcel I, Brasília, Fuscas, Kombis, Opalas, Rural, Dodge Dart, Caminhões Chevrolet e Mercedes….
Curiosamente, o primeiro carro a cruzar a ponte foi um Candango 1961, levando autoridades para uma inspeção, ainda durante as obras. Mas o mesmo veículo também teria participado do cortejo que cruzou a ponte no dia da inauguração.
O carro está em exposição no museu da Ponte S/A,
Só consegui identificar Fusca, Opala e Kombi
Tem o da esquerda na primeira foto que eu acho que seja um Corcel
Do lado esquerdo da foto, sentado, está o Gonzaguinha, do outro, em pé e de camisa no ombro Guarabira, da dupla.
Esse Opala na segunda foto, que coisa linda… Da pra ver tambem um Kharmann Ghia, umas corujinhas, uns fuscas, esse Bigode, um dodge no fundo do lado esquerdo, os caminhões (que eu não conheço de nome) e muitas outras maravilhas que eru não conheço ou não enxergo.
Senti falta dos DKW.
Kombis, fuscas (não podem faltar em nenhuma foto antiga), opalas, corcel I, um dodge 1800 (polara) na primeira foto.
Uma aberração a natureza.
As fotos são da data sim, conheço dois amigos que estavam nessa confusão aí dentro de um Itamaraty…
Acho que o Brasil sempre foi muito louco. Hoje tá louqinho de pedra, na minha opinião. Mas, quanto às carangas….
Na foto de cima bem na frente um Corcel que eu arriscaria dizer que é marron. Ao lado dele um fusca que penso que seja um 69 verde. À esquerda um Chevetinho com calhas na porta, que acho que não existem mais. Mais à esquerda outra fuca, esse com aquelas aletinhas no limpador de parabrisa que na pratica não serviam pra nada. Um Opala, talvez 71, modelo luxo com capota de vinil. Outro Corcel que acho que deve ser 69 ou 70. Atras dele um Dart tambem com caporta de vinil. Mais atrás um cara de gravata ao lado da porta de um carro que parece ser um Aero Willys. Mais atrás outro Aero com o cara tambem ao lado da porta do motorista. Mais um monte de fuscas, kombosas e caminhoes Chevrolet e Ford. Na pista contrária um Dart e um Opala que parece ser 2 portas. Na foto de baixo um Fordeco 29 e ao lado dele um Opala que parece estar sem as calotas. O povo gostava de tirar as calotas dos carros.
Saudades dessa época…
Era plena ditadura, mas apesar dela, a vida no Rio para uma criança como eu na época ainda era muito mais humana…
Se a foto fosse colorida saltaria aos olhos o contraste com a chatice atual de pratas, pretos e brancos na pintura dos carros.
Que foto bacana!!! Me lembro de ter passado pela primeira vez na ponte em Janeiro de 75. Meu pai tinha uma kombi de carroceria, nela tinha um rádio AM e me lembro de ter começado, em algum ponto do trajeto, a tocar nesse rádio uma música do Terry Winter – Summer Holiday. A música caia com uma luva naquele cenário que até então era uma novidade para todos nós, uma sensação de bem estar e liberdade, coisa de adolescente. Nunca mais esqueci desse dia, foi emocionante!!!
Caro Flavio,
Nossa “frota” se resumia em: fusca, opalão, chevette, corsel… o tempo bom, que poderiamos no sabado de manha ir na garagem com nosso pai mexer no carro (ouvi o ronco do motor mexendo no carburador) e assistir f1 na manha de domingo e passear a tarde de carro.
Algo parecido deverá acontecer em Floripa, quando reinaugurarem a ponte Hercílio Luz e liberarem para tráfego de veículos… A ver.
Anos de chumbo.
Inauguração da ponte Rio-Niterói.
Ah… Velhos tempos.
Os tempos da corrução-arte, da corrupçã-moleque, da corrupção-raiz.
Um tempo onde roubavam e ingenuamente, no prazo e no orçamento, vejam só, entregavam as obras!
Era??
predominio de fuscas corceis chevetes opalas combis…. cigarrão na boca sem medo e sem vergonha… e éramos todos felizes, e o Brasil tinha futuro!!!!
Tinha futuro? Aonde?
Acho que identifiquei todos, mas o corcelzinho da primeira foto, igual ao do meu avô, é especial!