SOBRE DOMINGO DE MANHÃ
RIO (já na espera) – Três pilotos fazendo “zerinhos”, 11 títulos mundiais somados. Hamilton, Vettel e Alonso deram o adeus à temporada de 2018 com declarações de respeito mútuo, protagonistas que foram de quase todas as últimas temporadas da F-1. Não é exagero. Quando Alonso foi campeão pela primeira vez, em 2005, nem Hamilton nem Vettel haviam chegado ainda à categoria. Ele repetiria o título em 2006. Sebastian e Lewis fariam suas estreias em 2007.
Pois de 2007 a 2018, um dos três foi ou campeão, ou vice. E de 2005 até 2018, 14 campeonatos, apenas três foram vencidos por gente de fora desse trio parada dura: Raikkonen em 2007, Button em 2009 e Rosberg em 2016. Os três, além de acumularem os já mencionados 11 títulos, somam também oito vices (três para Vettel e Alonso, dois para Hamilton).
É uma geração e tanto. Pena que quando festejavam suas carreiras ao final do GP de Abu Dhabi, a TV Globo, detentora dos direitos da F-1 para o Brasil, mostrava a “Escolinha do Professor Raimundo”. A transmissão, que obviamente mostraria momentos históricos, foi encerrada mal Hamilton recebeu a quadriculada. Ninguém nem falou tchau. Tratam muito mal o produto, os caras do Jardim Botânico.
Por conta dessa pressa de se livrar da F-1, a Globo não mostrou as entrevistas e os abraços de todos, nem a troca de capacetes, um pouco mais tarde, entre Vettel e Hamilton. Ainda bem que o nosso Maurício Falleiros viu! E não perdoou o alemão, coitado.
Bem, rolou vídeo da gentileza nas redes sociais. Acabei vendo no Twitter. A F-1 sob a gestão Liberty tem divulgado essas pequenas ações com frequência nas suas plataformas de mídia, não é difícil de encontrar. O Grande Prêmio também está atento e costuma reproduzir as postagens mais relevantes.
Foi um GP de muitas despedidas, definitivas, provisórias ou simplesmente de pilotos que mudarão de equipe em 2019. Do grid deste ano, seis dos 20 que começaram e terminaram o Mundial — pela primeira vez na história não houve nenhuma troca de piloto ao longo do campeonato — não estarão na F-1 na próxima temporada, a saber: Ocon (será piloto reserva da Mercedes), Vandoorne (está indo para a Fórmula E), Ericsson (vai para a Indy), Hartley (sem destino certo), Sirotkin (idem) e Alonso (WEC, Indianápolis, Classic Cup, Fórmula Vee e o que mais pintar).
Seis vão mudar de time, e vale a lista: Stroll (da Williams para a Force India), Gasly (da Toro Rosso para a Red Bull), Leclerc (da Sauber para a Ferrari), Raikkonen (da Ferrari para a Sauber), Sainz Jr. (da Renault para a McLaren) e Ricciardo (da Red Bull para a Renault).
Apenas duas equipes não vão mexer nas suas duplas, o que mostra como a dança das cadeiras foi agitada ao logo dos últimos meses: Haas, que fica com Grosjean e Magnussen, e a campeã Mercedes, com Hamilton e Bottas.
O NÚMERO DE ABU DHABI
…pontos Lewis Hamilton marcou em 2018, estabelecendo um recorde para uma temporada. A F-1 adota essa fórmula (25 pontos para o vencedor, os dez primeiros marcando) desde a temporada de 2010. O inglês ficou 88 pontos à frente de Vettel. Mas não foi a maior diferença entre campeão e vice na história. Vettel (Red Bull) colocou 155 sobre Alonso (Ferrari) em 2013, 397 (recorde absoluto anterior) x 242 e 122 sobre Button (McLaren) em 2011 (392 x 270).
Notícia que acho que não comentei deste fim de semana foi a extensão do contrato da F-1 com a Pirelli, que terminaria no final de 2019. Serão quatro anos além, até 2023, inclusive. A marca italiana é fornecedora exclusiva da categoria desde 2011. Em 2012, serão adotados pneus de 18 polegadas.
Ano que vem, pelo que entendi, os compostos serão chamados apenas de “macios”, “médios” e “duros” a cada corrida, ainda que a gama de dureza/moleza vá variar de pista para pista. Vai facilitar a vida de todo mundo.
A FRASE DE YAS MARINA
“Obrigado por tudo, obrigado Fórmula 1. Sempre serei um fã.”
Fernando Alonso, que segurou bem a onda sem muito choro ou vela na sua última corrida na categoria. Parecia estar mais aliviado do que triste. Afinal, foram quatro anos de doer na McLaren. Ele disputou 77 GPs pelo time na sua segunda passagem, e não terminou 30 deles — por quebras ou acidentes. Fechou seu último Mundial em 11º, sem pontuar nas últimas seis corridas.
Nosso Maurício Falleiros, generoso porque era a última corrida do ano, também brindou o espanhol com um cartum de sua lavra, sempre genial. No vídeo de amanhã no “GP às 10”, falarei bastante sobre a carreira do asturiano e sobre seus planos para o futuro.
Acabei negligenciando dois episódios meio obscuros de sua carreira, o “Singapuragate” (ele jura que não sabia de nada sobre a batida premeditada de Nelsinho) e o escândalo da espionagem da McLaren — ele teria conhecimento, e usado o fato para chantagear o time, ou pressioná-lo para que o favorecesse contra Hamilton. Espero que, um dia, Alonso fale com sinceridade sobre ambos.
E assim vamos encerrando nosso último “Sobre ontem…” do ano, prometendo um esforço hercúleo para manter o pique no ano que vem. O “gostamos & não gostamos” fecha a série de 2018.
GOSTAMOS – Da incrível, impecável temporada de <<< Lewis Hamilton, que quebrou o protocolo no último pódio do ano, arrancou a camiseta e deu seu recado: “Still I rise”. É isso aí. Foram 11 poles e 11 vitórias. Não dá para contestar nada. Foi seu melhor campeonato em tudo, principalmente na pilotagem e na entrega e dedicação.
NÃO GOSTAMOS – Da queda abrupta de Sebastian Vettel >>> depois do GP da Alemanha. Desde aquela batida besta, venceu apenas um GP, na Bélgica. No mesmo período, Hamilton ganhou oito. Sebastian fechou o ano com cinco vitórias e cinco poles. Prometeu fazer mais no ano que vem. Tomar que consiga, para que tenhamos um Mundial mais emocionante.
GP típico de campeonato decidido antecipadamente. A única surpresa, como já disseram, foi Raikkonen ter mantido o terceiro lugar na tabela apesar da quebra e com dois adversários diretos com potentes carros.
O finlandês merecia esse presente na sua segunda despedida pela Ferrari.
O Vettel teve a humildade de reconhecer que o Hamilton foi melhor que ele nesse Campeonato. Mas mesmo assim acho que ainda falta senso crítico ao Alemão. Sabe o que ele disse Flávio? Que o pior vice da carreira foi o de 2009 e não o desse ano. Tudo bem, é uma opinião dele. Mas quem assiste F1 e tem senso crítico jamais vai achar que o pior vice de Sebastian foi o de 2009. E esses tem mais razão que o Alemão com sua opinião pessoal. Oras, é muito mais tolerável cometer erros bestas que custem o Campeonato com 21/22 anos e apenas na 3 temporada da carreira, que com 30/31 anos, maduro e com mais de 10 anos de carreira. Ele não parece ter capacidade de admitir isso. Vejo malandragem no Toto Wolf, ao dizer que o Vettel arriscar demais é algo positivo. Assim como vi falsidade no Lewis quando disse que Vettel foi um rival muito forte esse ano. Pois os dois sabem que não é nada disso. O Toto diz isso como estratégia pra que Sebastian saiba e assim continue a cometer a mesma burrada facilitando a vida de Lewis. E o Hamilton sabe muito bem que o Vettel não foi um rival forte M** nenhuma. Ambos dizem isso como um estímulo a Vettel. E como Vettel tem uma “amizade” com o Lewis e é de boa com o pessoal da Mercedes, pode ver os comentários de Lewis e Wolf como um conselho(será que ele é tão ingênuo assim?). Enfim… É o que parece… Mas na verdade o que a Mercedes e Hamilton querem mesmo é que Sebastian repita sempre as burradas dignas de juvenil que ele vem cometendo desde o ano passado, pra que assim ambos vençam cada vez mais. Se Sebastian é tão ingênuo assim, precisa parar de ser, e precisa ser mais auto crítico. Pois o vice desse ano foi de longe o pior e a temporada foi talvez a pior de todas. Pois a credibilidade do Alemão nunca esteve tão em baixa(nem mesmo em 2014 quando foi desbancado pelo Ricciardo).
A verdade sobre Vettel pra mim é algo bem mais simples: Ele não é muito bom piloto, só isso!! Enquanto olharem apenas para os 4 títulos que conquistou e nas circunstâncias em que conquistou, vai ser sempre a mesma balela!!
#2ºmaiorfakedahistórianaF1……………………..o 1º foi seu compatriota!
Cuidado, viúva. A inveja mata!
É por isso que você gosta do Vigarilton. O inglês imitou o Alonso e não devolveu a vitória ao Bottas.
Schumacher foi o melhor piloto depois de Senna. Gostou cara? E sobre o Vettel acho que o que deve ser discutido sobre ele, é quem foi o pior piloto com mais de um Campeonato. Se foi ele ou Mika Hakkinen.
É difícil devolver a vitória quando o outro está em quarto ou quinto. É fácil entender isso, não para a ve44elete inconformada.
Penta é luxo!
Desculpa esfarrapada, viúva.
Realmente o Hamilton está no Céu, ele ganhou GPs até em momentos adversos, o único lance negativo foi o desnecessário jogo de equipe na Rússia, tirando isso ganhou de forma merecida e absoluta.
O Vettel errou muito, isso aconteceu até nos momentos favoráveis, ou ele muda de postura no ano que vem ou vai assistir o Hamilton ser Hexa indo buscar o Hepta no ano seguinte.
408 pontos numa temporada, essa pontuação no passado era na carreira de um piloto, agora um novo recorde que é do Lewis Hamilton nessa pontuação gigante.
Zerinhos! Daqui a pouco a F-1 vai inventar uma competição de zerinhos no final da corrida, quem fizer mais bonito ganha um prêmio, só não sei ainda qual?
Também teve a largada ridícula de Silverstone(só pra refrescar a memória das Hamiltetes), que teve como consequência aturar a dancinha do Vettel no pódio. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Foi lá e justamente por isso que Vettel e a Ferrari perderam o campeonato. Parece que não foi um bom negócio zoar a Mercedes e Hamilton.
A Globo é ruim, mas ainda é a melhor opção para a F-1 na TV aberta.
Infelizmente.
https://youtu.be/nZf6tFX6xbU
Bela temporada, Hamilton é um “osso duríssimo de roer”. O “resto” vai ter que suar sangue para batê-lo enquanto a Mercedes continuar a fazer carros tão sólidos em desempenho. Que dupla!!!
Ficamos apenas na ansiedade pela próxima temporada, que para mim continuará com domínio da Mercedes pois enquanto não houver um novo regulamento de motores é muito difícil que o cenário mude dramaticamente (torço para estar redondamente enganado).
Flavio, quanto ao “Sr. Eu não Sabia” pode tirar o “cavalinho da chuva”, Ele nunca falará sobre suas safadezas de uma maneira mais sincera, nesses casos não há como não lembrar do ditado popular: “Réu sim; confesso NUNCA”.
Cade as provas que o Idiota Veloz Espanhol trapaceou? Cade os vídeos? Cade os e-mails? Cade os rádios? Alguém acredita que “o Cara” vai assumir a culpa de vez? Você acha que “o Cara” vai falar que fudeu a carreira do Nelsinho deixando o moleque na hora da encrenca absolutamente sozinho? Esquece, “o Cara” morre pagando de inocente mas é incapaz de dizer para todo o Mundo o quanto canalha ele foi.
Réu sim! Confesso NUNCA!
Segue o jogo,
Hum. Interessante este seu ponto de vista.
Essa coluna continuou impecável ao longo do ano!
Aproveito para elogiar o texto que escreveu espinafrando o presidente eleito ao comentar o carinho que o campeão da atual temporada tem pelos carros. Foi uma sacada genial. :-)
Um grande abraço do fundo do meu coração vermelho de outubro de 1917,
Atenágoras Souza Silva.
– O Vettel “apagado” foi o ÚNICO piloto que ofereceu alguma resistência ao Hamilton, fez cindo poles e cinco vitórias contra um piloto fenomenal e com um carro que NUNCA QUEBRA e evidentemente SUPERIOR em todos os momentos.
– A Globo maltratar a transmissão da F1 não é novidade. Seja pela narração de um Luis Roberto de vez em quando, seja pelos repórteres “de campo” que escolhem para fazer perguntas e comentários no minimo desnecessários durante a corrida, quando não é a “Magda ” Becker com suas fofocas e comentários vergonhosos, é agora um outro rapaz que consegue ser mais besta que a titular. A F1 não trata bem quem ama a F1. Só faz a média com as viúvas de Senna e os pachecos. Agora que não tem brasileiro nem no grid, respeita muto menos. A Globo não gosta de esporte. Gosta de lucrar em cima de ídolos que ela projeta e no emocionismo barato abusando do pachequismo de quem não tem vontade de pensar.
– Para mim, o melhor momento é troca de capacetes entre Vettel e Hamilton. Rivais, mas com respeito mútuo, cavalheiros um com o outro. Não tem essa de Alemanha x Inglaterra, “inimigo numero 1 da nação”, “o maior vilão que quer destruir o nosso herói nacional”, nenhum dos dois se colocando nesse papel. Ótimo. Assim que deve ser.
“Espero que, um dia, Alonso fale com sinceridade sobre ambos” (aqueles outros dois momentos meio (???) “obscuros” de sua carreira na F1)
Ah tá. Vai nessa FG “Poliana”…hehehehehe
Patético seu pensamento……..”com um carro que NUNCA QUEBRA e evidentemente SUPERIOR em todos os momentos.”………..Todos viram um campeonato e vc outro……….Mas não desista schukruzete, o pilotinhoFake vai continuar sendo muito bom em oferecer resistência. kkkkkkkkk
Parabéns pro Hulkenberg, campeão do resto!
Aliás, a F-1 poderia recriam os Troféus Colin Chapman e Jim Clark.
Ocon tirou a vitória de Verstappen no Brasil quando era retardatário, ou seja, com uma volta atrás ele se empenhou dividir curva com o holandês.
Engraçado que nos EAU, com Verstappen atrás, não fez nenhum esforço para manter a posição. Simplesmente estendeu o tapete.
Alonso mesmo andando atrás, era notícia. A imagem ficou arranhada em alguns episódios, mas…. foi bi-campeão contra Schumacher e fez história. Fará falta, e espero que ainda retorne.
Ocon não estendeu tapete pro Verstappen (ambos chegaram a tocar rodas), mas acredito que ambos tenham pensado um pouco mais.
Início de corrida, os dois tinham muito a perder…
Só você viu isso. Realmente chegaram a tocar rodas, mas não disputando melhor espaço.
O tocar rodas no caso foi porque Max errou o ponto de frenagem e foi pra cima de Ocon, que gentilmente “quase” chegou na arquibancada, estendendo o tapete vermelho.
São ótimos pilotos mas é muito difícil comparar o grau de dificuldade de obter qualquer um dos títulos de Hamilton com o de Nelson Piquet em 1983 por exemplo. Acho que Hamilton (ou mesmo Vettel) não é tão bom quanto seus números monstruosos fazem supor. Especialmente se comparado a um Stewart, um Piquet ou Lauda
A se pensar assim poderíamos também discutir o talento de Schumacher, o que seria uma insanidade. Com todas as décadas que carrego nas costas tenho também essa tendência de valorizar pilotos antigos, mas não esta correto. Pilotos (e segundos pilotos), carros, equipes, regulamentos, pontuação, pistas e todas as inter-relações entre estes fatores tornam impossível qualquer comparação entre pilotos de épocas diferentes..
Me parece que estamos dizendo a mesma coisa. Não estou discutindo que Hamilton ou qualquer um desses tenha muito talento. Apenas que Hamilton não é necessariamente melhor que grandes campeões do passado só por ter números tão superiores. E, queira ou não, quando a gente diz que fulano é o melhor ou um dos melhores de todos os tempos estamos usando como referência pilotos do passado, de épocas totalmente distintas
Discutir o “talento” do Schukrute é impossível pelo simples fato dele nunca existir….!!
Mas posso lembrar de cabeção que ele nunca derrotou nenhum oponente quando este estava no mesmo nível e com equipamento equivalente(caso de 98, 99, 2005/2006) pra garantir seu 1ºtítulo sabemos bem o que teve de arranjar pra cima do Hill em 94…………..Então meu amigo, não me venha falar de talento quando o assunto for Schumacher.
Das duas, uma, Sennafredo: Ou você é burro ou tendencioso.
Em 1999, Schummy quebrou a perna. Quem disputou o título foi Irvine.
Em 2005, quem disputou o título foi Raikkonen na McLaren.
Em 1994, Schummy foi desclassificado em uma prova e suspenso em outras, com o intuito (leia-se FIA) de manter o campeonato equilibrado.
O Pinto é o cara maos esperto desse blog. Ele percebeu a furada que é torcer pro Vettell e rapidamente voltou a torcer pro Schumacher.
kkkkkk…….foi o que lhe restou!! Muito boa Zanetti
Faltou dizer, “viúva”: você muda de assunto quando fica sem argumentos .Ou não responde.
Números não são parâmetro de nada na F1 meu amigo! Pelo menos pra quem consegue ter uma mínima visão desse esporte.
Os números só seriam importantes para as “viúvas”, se o seu amado tivesse cumprido a sua Lenda Pessoal. O que não aconteceu.
Pode-se dizer que troca de pilotos entre as equipes também não aconteceu em 2008. Mas, de fato, nessa temporada nem todos os pilotos que começaram a temporada a terminaram porque a (simpática e saudosa) Super Aguri abandonou o certame alguns dias antes do GP da Turquia. Os pilotos da equipe à época eram Anthony Davidson e Takuma Sato.
Pneu 18 polegadas em 2012?
É uma pena ver o Alonso sair da F1 em uma fase tão ruim da equipe! Sucesso para os novos desafios!