O Marcos Abreu Ferreira mandou o link do Mercado Livre. Fico imaginando a luta por trás de cada um desses troféus — o da foto é de 1979, do Campeonato Brasileiro de F-Ford, de uma corrida de Corcel.
Categoria ‘Automobilismo brasileiro’
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HISTÓRIA À VENDA
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DÚ CARDIM
SÃO PAULO – Quando foi que Dú Cardim apareceu pela primeira vez em Interlagos? Num dos farnéis do #96, saudosos encontros de blogueiros no autódromo para ver um DKW lerdo que carregava dentro dele sonhos e nostalgia de uma gente diferente?
Claro que não.
Dú sempre esteve em Interlagos, e o que aconteceu lá pelos idos de 2006 foi apenas que nos recebeu com a alegria e a generosidade que essas entidades aladas misteriosas entregam a novos visitantes em seus domínios.
Desde então, lá estava ele em cada corrida, em cada treino, a cada motor quebrado, a cada aflição nos boxes, em cada acidente que nos assustava, e como um anjo nos acudia o tempo todo, parecia se multiplicar, via e vivia tudo, de tudo sabia e a todos conhecia, e quando o sol se punha atrás daquela curva, fazia a última vistoria de seu solo sagrado e desaparecia, para amanhecer ali mesmo no dia seguinte, afinal era ali que vivia, era daquela terra que se alimentava, era aquele o único ar possível que respirava, os sons que daquele lugar emanavam eram os únicos dignos de se escutar. Dú chorava quando via a neblina baixar sobre Interlagos.
O mundo é um lugar estranho para anjos, e talvez por isso eles não sejam devidamente compreendidos. Há uma certa urgência no que fazem, porque as demandas daqueles que protegem, num ambiente apressado como o de uma pista de corridas, assim são.
Então que mesmo assim Dú Cardim dava conta de acudir a todos nós e é bem possível que encerrasse suas jornadas esgotado, ainda que seu sorriso tímido não demonstrasse cansaço ou estafa. Era ele que nos trazia notícias e peças e palavras e sabedoria e fita crepe e adesivos e histórias e cigarros e cervejas e capacete e balaclava e papeletas com resultados e que ficava conosco no hospital, fosse um caso de ossos quebrados numa porrada na Reta Oposta, fosse um caso de porre que precisava ser contornado imediatamente porque no dia seguinte haveria um grid e uma largada e uma corrida e a necessidade de se cumprir uma missão sacra, a de acelerar como faziam seus ídolos Luizinho e Pace, a quem nunca conseguimos nem remotamente imitar para, pelo menos, agradecer os cuidados que ele nos oferecia em troca de nada, absolutamente nada.
Não sei bem o que aconteceu com Dú Cardim anteontem, uma queda no jardim de casa, me contaram, um hospital, outro hospital, atividade elétrica que cessa, o fim.
Pane elétrica, deveria ser essa a causa mortis, era o que eu colocaria na certidão de óbito se pudesse, e o anjo magro colocaria os óculos para rir de mim, abriria uma latinha, acenderia um Marlboro, me daria um, e encerraria a questão dizendo é nóis, Efegê, para bater as asas e ir-se, porque tem corrida neste fim de semana e vão precisar dele lá.
Vai lá então, Dú Cardim, proteja a todos, nos proteja.
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DICA DO DIA
Aqui tem 25 fotos coloridas (existe “colorizadas”?) por computador da Rússia e da URSS até 1965. A última é essa do Gagarin. Alguém arrisca dizer qual é o carro? O local é onde fica hoje o Museu do Cosmonauta, em Moscou.
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FOTO DO DIA
Por estar morando no Rio, ando meio afastado das coisas que estão acontecendo em Interlagos. Hoje vi esta foto e não entendi nada. Aí recebi o vídeo do brother Luiz Salomão, que explica: nasceu uma nova categoria do Paulista, Opala 250, para todos os carros da linha Opala, incluindo Caravan. É uma espécie de campeonato de acesso para a Old Stock Race, que usa apenas modelos caracterizados como os Opala 1979, com uma preparação mais sofisticada. Esses da Opala 250 ainda viram tempos altos em Interlagos, coisa de 10s mais lentos que os Old Stock pelo pouco que pude apurar. Mas ver uma Caravan na pista é legal demais!
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DELÍRIOS MINEIROS
SÃO PAULO (dias loucos…) – O Flavio Soares mandou as fotos acima. Começou a mensagem, mui mineiramente, com um “Ei Flavio”. Só mineiro fala assim, e é uma delícia! Depois ele segue: “Primeiramente, fora Temer, segundamente parabéns e obrigado pelo seu trabalho. Você é o melhor jornalista de automobilismo que já acompanhei.
Meu xará mandou também uma foto do pai Eliseu sentado numa Vemaguet na garagem, e outra dele mesmo, Flavio Soares, ainda garoto de pé num Gurgel.
As fotos que envio são das corridas que aconteciam no entorno do Mineirão. Essas meu pai tirou em Agosto de 1969″.Depois, se der, posto essas. Por enquanto, fiquem com o Mineirão. A que mais me agrada é a que tem a molecada sentada na calçada, as meninas lindas com ar entediado vendo de perto aqueles doidos correrem – ou apenas acompanhando seus namorados –, maravilhoso retrato de um Brasil que vivia dias muito sombrios, meio como hoje, mas resistia.
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FOTO DO DIA
RIO (figuras lindas) – Bem, só para explicar o ligeiro sumiço, para aqueles que não me seguem em outras plataformas, como se diz. Terça fui para Brasília porque à noite haveria a festa dos 50 anos da Camber, a pequena oficina da capital de onde, no fim das contas, saíram nada menos do que três pilotos para a F-1 — Alex Dias Ribeiro, Roberto Pupo Moreno e Nelson Piquet. Foi uma linda festa, diga-se. Num local maravilhoso, que eu não conhecia: o hotel Brasília Palace, inaugurado em 1958, que pegou fogo em 1978 e ficou 28 anos fechado, até ser restaurado de forma extraordinária voltando a ser uma das obras-primas de Niemeyer em todo seu esplendor.
Símbolo da turma da Camber é o Patinho Feio, primeiro carro de corrida dos meninos, que estreou em 17 de setembro de 1967 com um segundo lugar nos 500 Km de Brasília. E ele estava lá, claro. Foram momentos muito emocionantes, que vão render um programa especial no Fox Sports e matérias para o “Fox Nitro”.Isso dito, o Sandro Macedo, leitor do blog lá de Brasília, apareceu no fim da manhã desta quarta (já passou de meia-noite) para dar uma olhada nas coisas e ainda encontrou o Alex com um de seus sócios na Camber, o Jean Luiz Fonseca — que foi, também, um dos pilotos na prova de estreia. Fez várias fotos e selecionei esta para eternizar o encontro dos dois criadores ao lado de sua encantadora criatura.
Foi legal demais, Camber.
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NOSSOS 500
RIO (sucesso a todos) – Alguns amigos não pedem, mandam. Caso do Tiago Mendonça, que faz parte da equipe que está produzindo um documentário sobre os 500 Km de São Paulo, prova que está completando 60 anos de vida — tendo nascido como 500 Km de Interlagos.
Ao lado das Mil Milhas, foi durante muito tempo a corrida mais importante do Brasil. O filme vem em boa hora, pertinho da edição deste ano — que será realizada no dia 24 de setembro no Velo Città, em Mogi Guaçu.
O trailer está aí em cima, e as informações do filme, abaixo. Vejam também a lista dos vencedores, que demais! É muito importante esse resgate da nossa história. Parabéns a todos.
Comentários (4)Em comemoração aos 60 anos dos 500 km de São Paulo, o programa Auto+ está produzindo um documentário que conta a história da corrida, hoje a mais tradicional do esporte a motor no Brasil. Criada pelo Automóvel Clube Paulista em 1957, a prova era disputada pelo anel externo de Interlagos e nasceu como a versão brasileira das 500 milhas de Indianápolis.
Desde 2014, é disputada no autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu, o que motivou a mudança do nome: de 500 km de Interlagos para 500 km de São Paulo.
O filme traz entrevistas de personagens marcantes do automobilismo brasileiro, como Bird Clemente, Jan Balder, Lian Duarte, Ingo Hoffmann, Luís Alberto Pereira, entre outros. Um dos destaques é a participação de Beatriz Barberis, filha de Celso Lara Barberis, o maior campeão de todos os tempos. Beatriz tinha nove anos quando o pai morreu, na corrida de 1963, e nunca havia dado entrevistas sobre o tema.
O documentário foi idealizado e dirigido pelos apresentadores do programa Auto+, Marcello Sant’Anna e Benê Gomes; e escrito e produzido pelo jornalista especializado Tiago Mendonça. O lançamento do filme, marcado para setembro, é resultado da parceria entre o Auto+ e o Automóvel Clube Paulista.
O documentário terá 45 minutos de duração e será disponibilizado em 6 capítulos a partir de setembro nos canais do Auto+ na internet. Uma versão reduzida também está sendo preparada para TV.
O filme tem apoio do Grupo Comolatti, um dos patrocinadores mais tradicionais do automobilismo. A edição de 2017 dos 500 km de São Paulo será realizada no dia 24 de setembro, em Mogi Guaçu. “Eu cresci ouvindo todas essas histórias, e hoje este legado está nas minhas mãos”, diz Silvio Zambello, promotor da corrida. “É uma grande honra poder ver os 500 km de São Paulo em um filme que mostra as nossas origens, e a nossa luta para manter um evento tão tradicional no calendário”.
Todos os campeões dos 500 km de São Paulo
1957 – Celso Lara Barberis/Ruggero Peruzzo (Maserati Corvette)
1958 – Fritz D’Orey/Roberto Matarazzo (Ferrari Corvette)
1959 – Celso Lara Barberis (Maserati 300S)
1961 – Celso Lara Barberis/Ruggero Peruzzo/Emilio Zambello (Maserati 450S)
1962 – Roberto Galucci (Maserati Corvette)
1963 – Roberto Galucci (Maserati Corvette)
1964 – Ciro Cayres/Fernando Toco Martins (Abarth Simca)
1965 – Jayme Silva (Abarth Simca)
1966 – Luiz Pereira Bueno (Alpine A110 Renault)
1967 – Totó Porto (Aranae Fórmula V)
1970 – Luiz Pereira Bueno (Protótipo Bino MKII Renault)
1971 – Luiz Pereira Bueno/Lian Duarte (Porsche 908)
1972 – Reinhold Joest (Porsche 908)
1973 – Bird Clemente/Nilson Clemente (Ford Maverick)
1974 – Tite Catapani (Ford Maverick)
1982 – Luís Alberto Pereira/Nabil Khodair (Chevrolet Opala)
1997 – André Lara Rezende/Antonio Hermann (Porsche 911 GT3)
1999 – José Ney Fonseca/Antonio Chambel Filho (Protótipo Aldee Coupé VW)
2000 – Flávio de Andrade/Ruyter Pacheco (Protótipo Tango BMW)
2001 – Flávio de Andrade/Ruyter Pacheco (Protótipo Tango BMW)
2002 – Paulo Bonifácio/Dener Pires/Max Wilson (Porsche 911 GT3)
2003 – Alcides Diniz/Paulo Gomes/Pedro Gomes (Mercedes-Benz CLK)
2004 – Xandy Negrão/Guto Negrão (Audi TT DTM)
2005 – Frederico Caneda/Charles Rothchield/Álvaro Águia (Protótipo Spyder Race)
2006 – Lucas Molo/Nelson Silva Jr. (Ferrari 550 GT)
2008 – Marcel Visconde/Max Wilson (Porsche 911 GT3 RSR)
2009 – Chico Longo/Daniel Serra (Ferrari F430)
2010 – Chico Longo/Daniel Serra – (Ferrari F430)
2013 – Alexandre Finardi/Nelson Silva Júnior – (Protótipo MRX)
2014 – João Pedro Andrade/Euclides Kid Aranha/Claudio Capparelli (Protótipo Radical SR8)
2015 – Ingo Hoffmann/Guilherme Spinelli/Leandro de Almeida (Mitsubishi Lancer Evo X)
2016 – Henrique Assunção/Fernando Fortes/Emílio Padron (Protótipo MRX) -
MORTE POR INANIÇÃO
RIO (tudo acaba) – Era bola cantada desde o ano passado, época em que o GRANDE PREMIUM fez uma extensa reportagem sobre a crise na categoria. Hoje a Fórmula Truck suspendeu suas atividades, por absoluta inanição. Neusa Navarro assina o comunicado informando sobre o fim do campeonato de 2017, que começou trôpego, com grid minguado, passou pelo cancelamento de uma etapa em Cascavel e, agora, morreu.
Pilotos e equipes migraram para a Copa Truck, nascida de uma dissidência da categoria — que já não conseguia conviver com o estilo de administração da viúva de Aurélio Félix, seu idealizador. Assim, não se deve lamentar muito a extinção deste campeonato, que nasceu morto — afinal, os caminhões continuarão correndo, sob outra gestão e com outro nome.Há espaço para corridas de caminhões no Brasil, como o passado recente mostrou. Será preciso recuperar investidores, montadoras, credibilidade, patrocinadores. Quanto à Fórmula Truck, acredito que ela mesma cavou sua cova. E com algum empenho, diga-se. O desfecho não poderia mesmo ser outro.
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MURRO EM PONTA DE FACA
RIO (esforço inútil) – Lembram que há algumas semanas a Fórmula Truck cancelou a corrida de Cascavel oficialmente por causa do mau tempo? Pois a prova seria realizada no próximo fim de semana, de acordo com a direção do campeonato. Não será mais. Foi cancelada de vez. A categoria simplesmente não avisou a Prefeitura da cidade de sua intenção de fazer uma corrida na data — e não há tempo de preparar as coisas.
Na verdade, mesmo se tivesse solicitado o autódromo não haveria etapa alguma. Porque já não há mais participantes. Quase todos os pilotos e equipes migraram para a recém-criada Copa Truck. Dona Neuza Navarro, atual dona da F-Truck, viúva do criador Aurélio Félix, não deveria insistir mais num negócio que se tornou insustentável. Os motivos do racha ela conhece. E todos na categoria, também.Melhor zerar tudo, reconhecer a queda, sentar e conversar com quem de direito. Se quiser continuar envolvida com as corridas, claro. Caso contrário, os caminhões seguirão correndo em outra freguesia. Essa divisão não tem volta, e não há espaço no Brasil — nem em país algum — para dois campeonatos diferentes com caminhões.
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O RACHA DA TRUCK
SÃO PAULO (para enquanto é tempo) – A Fórmula Truck cancelou a corrida que estava marcada para o fim de semana em Cascavel. Seria a quarta etapa do campeonato, que teve grids magérrimos nas três corridas disputadas até agora — de oito a dez caminhões. Oficialmente, a razão do cancelamento foi o mau tempo no oeste do Paraná e a previsão de chuva para os próximos dias.
Uma dissidência da categoria fez nascer a Copa Truck, que estreou no fim de semana passado em Goiânia. Os principais nomes da boleia estão nela. Neusa Navarro, viúva do criador da F-Truck, Aurélio Félix, está ficando sozinha. Pilotos que começaram o ano com ela já migraram para a outra. Não há outro desfecho possível: a F-Truck antiga vai acabar, morrer por inanição.
Divisões como essa que está acontecendo nunca resultam em algo sustentável. Foi assim com a IRL e a Cart, lembram? E estamos falando de um nível de automobilismo bem mais alto, mercado americano, Indianápolis, fábricas como Honda, Chevrolet e Toyota na parada. Quase que ambas morreram, até serem reunificadas.Dona Neusa, a quem não conheço, deveria parar para colocar as ideias em ordem. Se ficar dando murro em ponta de faca, vai enterrar tudo que foi feito por seu marido de forma muito bem-sucedida. Ninguém vai querer disputar um campeonato sem participantes se um outro já nasceu e se mostra muito mais vigoroso.
É hora de o pessoal sentar e conversar.
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DARCY DE MEDEIROS, 73
SÃO PAULO – Darcy de Medeiros, figura história do automobilismo brasileiro, morreu hoje em São Paulo, vítima de infarto. Ele tinha 73 anos. Desde a década de 60, quando conheceu Wilson Fittipaldi Jr., atuou nas pistas em várias categorias. Ajudou a desenvolver os primeiros Fórmula Vê, acompanhou Wilsinho na Europa desde a F-3 até a F-1 e participou como mecânico-chefe do projeto da Copersucar. Trabalhou ainda com Christian Fittipaldi, Hélio Castroneves e Tony Kanaan, entre muitos outros.
Darcy participou ativamente, junto à Dana, do restauro dos carros da Copersucar que hoje estão com a família Fittipaldi. Estava trabalhando com Wilsinho na F-Vee brasileira. O velório acontece a partir das 22h no Cemitério da Saudade, em Taboão da Serra, e o enterro está previsto para as 9h de amanhã.
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DICA DO DIA
SÃO PAULO (que homem!) – É longo, mas vale muito a pena. Porque estamos falando de Alex Dias Ribeiro. Recebi há alguns dias a mensagem do Bruno Escarim, que tem um ótimo site sobre kart. Vejam:
Sei que você gosta do Alex Dias Ribeiro, e recentemente gravei um podcast com ele. Ele contou uma porrada de causos da vida dele desde Brasília, com a Camber, que completa 50 anos em setembro, e sobre suas participações nas demais categorias de fórmula, kart etc. Incluindo a prova de Nurburgring de F-2 que ele venceu, e que considera a principal corrida de sua carreira. É de arrepiar ouvir o relato dele contando detalhes daquele corrida emblemática. O papo foi muito legal.
Bem, quem não gosta do Alex? Escutei tudo e, realmente, é sensacional. Vocês podem ouvir por aqui. Parabéns aos meninos do “Kart Buzz”. Prestam um ótimo serviço ao esporte e entendem do assunto, por isso o resultado acaba sendo maravilhoso, claro. Fora que a qualidade do som é ótima. Divirtam-se.
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TRUCK X TRUCK
SÃO PAULO (vamos ver o que vai dar) – Estava na cara que as equipes que deixaram a Fórmula Truck iriam se mexer. Depois que a categoria original fez a primeira etapa com oito caminhões, indicando que vai morrer de inanição, os times dissidentes anunciaram a criação da Copa Truck. A ideia é fazer seis corridas neste ano.
Separações são traumáticas — vide a disputa Cart x IRL em passado recente. Mas não arrisco prever o futuro. São tempos bicudos. Carlos Col, ex-Vicar, o responsável pelo salto que a Stock deu no início dos anos 2000, estará à frente da promoção.
Torço para tudo dar certo para todo mundo. E “dar certo”, no caso, será o fim da cisão. Alguém vai ter de ceder. A F-Truck realiza sua segunda etapa do ano neste domingo em Rivera, no Uruguai. Vamos acompanhar para tentar entender os rumos dessa confusão toda.
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GUARANÁ
SÃO PAULO - Alfredo Guaraná Menezes morreu na manhã de hoje em São Paulo. Ele estava internado no Hospital das Clínicas e se preparava para um transplante de fígado. Tinha 64 anos.
Guaraná foi o maior rival de Piquet nos anos 70, conta Rodrigo Mattar em seu blog, assumindo o posto do tricampeão mundial na histórica equipe Gledson, pela qual conquistaria o bicampeonato na Super Vê, em 1977 e 1978. Teve também uma épica participação nas 24 Horas de Le Mans de 1978, chegando em segundo na sua categoria, correndo com Marinho Amaral e Paulo Gomes.
Façamos um minuto de silêncio em sua memória.
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TRUCK EM CRISE
SÃO PAULO (vixe) – A Fórmula Truck começa seu campeonato neste fim de semana no Velopark. Os treinos de hoje foram cancelados porque havia uma dívida da categoria com a federação gaúcha. O valor foi pago, segundo apurou o Grande Prêmio. Mas apenas nove caminhões deverão formar o grid da primeira etapa.
Desse jeito acaba.
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PORSCHE AO VIVO!
SÃO PAULO (vamos ver!) – Novidade no Grande Prêmio, presentão para os fãs da velocidade: a temporada 2017 da Porsche GT3 Cup será transmitida ao vivo pelo site e também nas suas mídias sociais oficiais — Facebook e YouTube. A parceria com a categoria levará todas as corridas do ano aos nossos fiéis seguidores.
O campeonato começa neste fim de semana em Curitiba. Todos os detalhes estão aqui.
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CUNHADA QUERIDA
SÃO PAULO (que feio) – Foram 780 mil têmeres-golpistas pagos pela CBA em quatro anos à empresa da cunhada do presidente Cleyton Pinteiro, que está deixando o cargo para o sucessor da situação que ganhou a eleição há algumas semanas.
Pelo que se sabe, a empresa da cunhada não prestou serviço algum. Foi a “Folha de S.Paulo” que revelou o escândalo que a entidade — nem seu presidente, nem o eleito — não explicou até agora.
O jornal procurou ouvir o que chamamos de “outro lado”, assim como o Grande Prêmio. Ninguém quis falar, nenhuma resposta foi dada.
Até agora, essa história só tem um lado. O ruim.
Surpresa zero.
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FALA, PRESIDENTE
ITACARÉ (terminando) – Waldner Bernardo, presidente eleito da CBA, foi entrevistado por Victor Martins no GRANDE PREMIUM. Interessante conhecer suas ideias e diagnósticos sobre o automobilismo brasileiro.
“Dadai”, como é conhecido, era o candidato da situação.
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TRETA NA TRUCK (2)
SÃO PAULO (só faísca) - Muito dura a entrevista de Felipe Giaffone a Fernando Silva no Grande Prêmio sobre a crise na Fórmula Truck. O piloto, maior campeão da categoria, critica os promotores e diz que o espetáculo, “que já foi maior até que a Stock Car”, hoje é pior que corrida de campeonato regional. Ele fala sobre a “lei da mordaça” involuntária a que foi submetido,
Giaffone diz que não vai pegar o campeonato para ele organizar. Era meu palpite. Furado.No blog de Victor Martins, uma análise da situação da categoria e o que levou à crise. Vale a leitura. E a Truck se manifestou depois que a CBA decidiu abrir o campeonato para um novo promotor. Disse que a marca tem dono, que é a única categoria de caminhões existente e que vai procurar se internacionalizar para arrumar uma filiação. O calendário divulgado para 2017 inclui corridas na Argentina e no Uruguai, mas não se sabe de nenhuma tratativa oficial com esses países para fazer as provas.
O bicho tá pegando, como se diz, e quando caminhão despenca sem freio na ladeira é difícil segurar.
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TRETA NA TRUCK
SÃO PAULO (bem que falamos…) – A CBA mandou avisar que se alguém quiser organizar a Fórmula Truck neste ano, tem de se apresentar no guichê. Aparentemente os atuais promotores perderam o direito de fazer o campeonato. Ou não se interessaram em continuar. Tenho um palpite sobre quem vai querer pegar o negócio. Mas é só um palpite.
Ano passado, o GRANDE PREMIUM expôs os problemas da categoria. Vamos ver se ela sobrevive.
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LOS 3 GRINGOS
SÃO PAULO (fiquei fora dessa) – A Fórmula Vee trouxe três pilotos estrangeiros para correr neste fim de semana em Interlagos, um canadense, um sul-africano e um estadunidense. MUrillo Latorre, brasileiro, venceu a corrida. Legal a iniciativa de fazer um intercâmbio com categoria semelhante lá fora. Torcendo para dar certo.
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DEU DADAI
SÃO PAULO (pff) – Informações de Américo Teixeira Jr.: Dadai, da situação, venceu a eleição para a presidência da CBA.
Nada vai mudar.
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ELEIÇÕES NA CBA
SÃO PAULO (zzz) – Amanhã será eleito o novo presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo. De um lado, o candidato da situação, apoiado pelo atual presidente Cleyton Pinteiro, de Pernambuco. Seu nome: Waldner “Dadai” Bernardo, 41 anos, do mesmo Estado. Muito prazer. Do outro, o candidato da oposição, Milton Sperafico, 58 anos, do Paraná. Muito prazer.
São 20 votos válidos: 19 de federações estaduais e um da ABPA, a Associação Brasileira de Pilotos de Automobilismo, capitaneada por Felipe Giaffone. A Federação Gaúcha tentou impugnar o voto da ABPA e perdeu na Justiça. Não sei bem em quem os gaúchos votam. Aparentemente, na oposição. Nem os pilotos da ABPA. Aparentemente, na situação. O que seria inexplicável. Mas pode ser o contrário. Não importa.
O colégio eleitoral no caso da CBA é ridículo. A maioria das federações não comanda atividade esportiva nenhuma, seja por falta de autódromos em seus Estados, seja por falta de pilotos. Algumas nem sede têm — no máximo, um logotipo e um número de telefone. O problema é que elas têm o mesmo peso na eleição que federações onde existe automobilismo de verdade — como São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.Claro que é um formato medieval para se eleger um presidente, modelo que muitos esportes no Brasil ainda praticam. O ideal seria que todos os envolvidos numa modalidade pudessem votar — dirigentes, praticantes, técnicos, se bobear até torcedores. No caso do automobilismo, creio que pilotos, chefes de equipe, mecânicos, enfim, todos que vivem do ofício deveriam ter direito a voto — mediante, claro, algum tipo de cadastro ou filiação.
A eleição acontece na sede da CBA, no Rio. Estou torcendo por Sperafico, embora não o conheça, por razões óbvias: o automobilismo no Brasil está uma merda, e se a situação vender, acredito que vai continuar igual. Não há nada que credencie a atual gestão a permanecer no comando. Sperafico, teoricamente, conhece melhor o meio — é fruto dele, e não alguém que caiu de paraquedas.
Mas, sendo sincero, não me empolgo mais com nada no que diz respeito a dirigentes esportivos no Brasil. Espero, apenas, que o vencedor faça alguma coisa que preste. E parece que vai ganhar o tal de Dadai, mesmo.
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FOTO DO DIA
SÃO PAULO (faz tempo…) – O queridão Marcelo Battistuzzi manda a mensagem, e a foto:
Olá Flavinho,
Revirando umas fotos antigas, achei essa sua, no camarote da F-Renault em Interlagos em 2002!! E quem disse que você não manda bem num simulador?!
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50 ANOS
Foi no domingo, dia 20. Cinquenta anos da vitória de Camillo Christófaro e Eduardo Celidônio nas Mil Milhas de 1966. Sempre que falo da corrida, lembro mais da dupla Fittipaldi-Balder e sem GT Malzoni DKW do que dos vencedores. Fica aqui o registro. Meio século da corrida mais espetacular já disputada no Brasil. Obrigado ao Marcelo Aranha, que mandou a foto e não me deixou esquecer a data.
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DESAFIO DO DIA
Quero saber tudo que for possível sobre este carro. Quem, quando, como, onde, por quê, detalhes, histórias, cascata, tudo. Monza de corrida é algo muito especial.
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OS PROBLEMAS DA TRUCK
SÃO PAULO (eles existem, sempre) – Num trabalho de muito fôlego e responsabilidade, a equipe do GRANDE PREMIUM abriu hoje uma série de reportagens sobre as dificuldades da Fórmula Truck. “Um caminhão de problemas” é o título da primeira parte, que radiografa a situação da categoria em seu momento de maiores incertezas quanto ao futuro.
Vale a leitura, a reflexão e, claro, a torcida para que as coisas se ajeitem da melhor forma possível e a F-Truck volte aos seus dias de brilho intenso.
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TRISTEZA EM PIRACICABA
SÃO PAULO – Acabo de saber que um piloto de arrancada morreu sábado em Piracicaba, provavelmente porque seu acelerador travou. André Minoru Matsutani tinha 42 anos e morava em São Paulo. O acidente aconteceu nos treinos e as provas foram canceladas.
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TEM CORRIDA AO VIVO NO “GP”
SÃO PAULO (boa) – Pela primeira vez desde a manjedoura, o Grande Prêmio será responsável pela transmissão ao vivo de corridas no país. A partir deste fim de semana, em Interlagos, o site vai mostrar as etapas do Campeonato Brasileiro de Turismo. A categoria faz parte do pacotão da Vicar, que tem também o Brasileiro de Marcas, o Mercedes-Benz Challenge e a F3 Brasil. Aliás, quem gosta de automobilismo não tem o direito de não ir a Interlagos. Olha a quantidade de provas. São cinco categorias diferentes. Carro que não acaba mais. Não dá para reclamar.
Todos os aplausos ao Victor Martins e sua equipe, que costuraram o acordo e oferecem mais um produto ao amigo internauta.
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PIQUET PNEUS
SÃO PAULO (aceitamos patrocínio) – Exclusiva do nosso Américo Teixeira Jr.: Nelson Piquet está entrando de sócio na construção de uma fábrica de pneus de competição no Ceará. Os italianos da LeCont são os parceiros. Fundada em 1993, a empresa de Trento atuava no mercado motociclístico, mas se firmou mesmo com pneus para kart. E faz também slicks para carros de corrida, mas limitados a aro 13.
Piquet é um empresário muito bem-sucedido. E um dos negócios dele — longe de ser o maior — é justamente… uma loja de pneus! Aliás, não uma, mas nove no total — espalhadas pelo Distrito Federal e por Goiás. A Piquet Pneus existe desde 1991, o ano em que Nelson deixou a F-1. Que me lembre, foi a primeira coisa que ele montou quando a aposentadoria das pistas deu o ar da graça. A Autotrac veio depois.
Claro que o mercado kartista será o alvo da LeCont/Piquet no Brasil, mas estou curioso para saber como vai ser com pneus para carros de corrida. Se forem baratinhos, quem sabe a gente não pode pensar em equipar várias categorias com eles?
ATUALIZANDO…
Pessoal de Brasília diz que a Piquet Pneus não é mais do Piquet, embora use ainda o nome de Piquet. Como não entendo nada dessas transações esquisitas, fico com a informação dos amigos. Não é mais. Mas foi, um dia.
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