OS BURAQUINHOS DE ROSS

SÃO PAULO (agora é assim) – A Coluna Warm Up de hoje, que volta a ser publicada ininterruptamente às sextas, já está no ar. O tema: a engenhosidade de Ross Braws e os buraquinhos em sua asa móvel. Um trecho:

É uma pena que essa história dos dutos instalados a partir de buraquinhos na asa traseira da Mercedes não transformou os carros de Schumacher e Rosberg no que foram os Brawn da primeira metade de 2009. É uma ideia genial, essa de reduzir a pressão aerodinâmica da frente usando uma traquitana que a FIA inventou para diminuir o arrasto atrás.

São as armas de Ross Brawn contra a sofisticação aerodinâmica de Adrian Newey. Três anos atrás, ele inventou os difusores duplos que transformaram carros brancos de uma equipe à beira da extinção em máquinas imbatíveis que conseguiram a façanha de conquistar o título em seu único ano de vida.

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BELO LUGAR

SÃO PAULO (ridículos) – Reproduzo a foto e recomendo a leitura do post no blog do Fábio Seixas. Imagem registrada hoje em Manama. É esse país aí que vai fazer uma corrida de F-1 na semana que vem. A foto é da Reuters. Qualquer evento esportivo internacional num país em conflito é, além de absurdo, um desrespeito.

O Grande Prêmio segue em tempo real a situação no Bahrein.

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MAO AÍ (2)

SÃO PAULO (falam muito) – A Tecla SAP de hoje demorou um pouco mais porque as traduções foram feitas em Xangai e me enviaram tudo em chinês. Falo um pouco de mandarim e eu mesmo me encarreguei de verter para o português as principais declarações desta sexta-feira depois dos treinos livres para o GP da China. Vamos lá, para que se entenda exatamente o que nos espera este fim de semana.

GLOCK, O ESQUECIDO – “In general a positive day of progress. Unfortunately we have experienced a problem which points towards an operational issue. There is damage to the car, as you might expect from the impact, but the chassis is fine. Personally I am fine. Initially I had some pain in my hand from the steering wheel when I hit the wall.” SAP – “Acho positivo que generais cuidem do progresso [da China]. Mas tivemos problemas operacionais. O carro ficou todo estropiado, porque o chassi é fino. Inicialmente, achamos que tudo aconteceu porque eu tinha um pão na mão quando dei um murro no muro.”

RAIKKONEN, O SINCERO – “To be honest, it doesn’t matter if you are the slowest car on Friday if you are fast for the rest of the weekend. We tried some different things with the set-up today so we have some information to look at, and we know there are certain areas where we have to improve.” SAP – “Pra que servem essas sextas-feiras? Puta saco.”

HAMILTON, O FELIZ – “It’s been a great day – it stayed dry in the afternoon so we successfully got through our run programme. The guys back at the factory have done a great job.” SAP – “Pô, mano, puta dia! Fiquei seco pra ter sucesso de tarde no nosso programa [de TV]. Os caras lá no fundão da fábrica foram bem, mano, venderam uns bagulho bão pra nóis.”

SENNA, O APRENDIZ – “I don’t know the circuit particularly well so it is a steep learning curve, but I’m learning all the time and we’ll have some further improvements tomorrow.” SAP – “Não conheço bem esse autódromo aqui e não sei em que curva deixei o estepe. Mas vou aprender e amanhã encontro.”

VETTEL, O BALADEIRO – “I haven’t seen everything, but I think overall we can be quite happy. We tried a lot of things today and now we need to go through everything and see what the best set-up is. It’s cooler here than at the last two races.” SAP – “Cara, não vi nada, mas tô de boa. Tentamos umas paradas aí, mas o cara que fez o acerto é uma besta. Colocaram mais uns coolers nos boxes porque tinha pouca coisa pra beber nas últimas duas corridas.”

KOBAYASHI, O PREOCUPADO – “Sometimes the visibility was a bit poor and this didn’t help to predict where the track was and wasn’t slippery. Of course there is still room for improvement in regard to the set-up.” SAP – “Vindo pra cá era visível a quantidade de pobres escorregando no nosso caminho. Mas fizemos um curso para dividir nossos quartos com eles.”

HAUG, O ANALFABETO – “We are not reading too much into today’s lap times but we are quite positive about what we have learned.” SAP – “Nós não estamos lendo muito neste fim de semana, porque não dá para entender nada que eles escrevem, mas vamos aprender.”

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HISTÓRIA NO LIXO

SÃO PAULO (exceções) – Abrindo um espacinho para o futebol, seara na qual raramente este blog se mete, porque é realmente triste o que conta o blogueiro Pedro Ivo, de Uberlândia. Leiam e vejam:

Entro com frequência no seu blog e tenho acompanhado a série de camisas dos pequenos grandes clubes que você recebe, entre as quais algumas do Uberlândia, equipe da minha cidade.
Bom, como você dá uma atenção bacana aos times do interior, queria contar uma história sobre o Verdão que talvez não seja do seu conhecimento. O seu tradicional estádio, o Juca Ribeiro, nome do primeiro sócio e dirigente do clube, foi vendido para o grupo supermercadista Bretas, que não hesitou em derrubar boa parte do histórico caldeirão para construir mais uma loja na cidade. Sobrou muito pouco do lugar, e na minha opinião, era melhor que tudo tivesse ido abaixo. Após dois anos, foi a primeira vez que tive coragem de ir até lá. Uma terrível experiência, como já esperava. O campo, palco de muitos duelos regionais, hoje é um estacionamento. Ver parte das arquibancadas em pé e os tão sonhados refletores adquiridos após uma campanha que mobilizou toda a população iluminando carros é de partir o coração.

Não conheço detalhes das negociações entre UEC e a rede
Bretas, mas sei que muita gente, inclusive a Diocese de Uberlândia, levou dinheiro na jogada. O poder público como sempre, deve ter tido algum interesse nisso também, pois se lixou para a demolição. O Verdão, na mão de diretores e empresários com outras prioridades, está atolado em dívidas desde sempre, por isso deve ter aceitado qualquer trocado.

Quando ainda estava na faculdade (sou formado em publicidade, mas não sou da turma da Vila Olímpia), dediquei meu último ano a ajudar o Uberlândia.  Acompanhei uma
situação crítica na época: leilões de bens, corte de luz, telefone etc. Após analisar detalhadamente o cenário, criei propostas que tirariam o time do atoleiro. Eram medidas simples e que teriam grande efeito caso fossem implantadas de forma correta. A diretoria só precisaria entrar com uma coisa para e execução do plano: boa vontade. A resposta foi zero, nem na apresentação do trabalho eles compareceram.

Com a falta de ação, uma grande parte da história saiu de cena para dar lugar a um supermercado. Hoje, o Uberlândia manda os jogos no Parque do Sabiá, um imenso estádio criado na época da ditadura. Sem o caldeirão, a pequena e insistente torcida fica ainda menor num elefante branco pra 50 mil pessoas. A situação do time após o grande negócio? O mesmo lixo.
Sempre que posso, evito passar na porta do velho Juca. A pintura externa do estádio permanece, como uma espécie de provocação aos românticos, como gostam de dizer. Em pouco tempo e para o delírio de muitos, o único verde que estará na fachada será o da rede Bretas.

Em anexo eu lhe mando as fotos para que você possa ver. As imagens após a demolição são de minha autoria.

Aqui, um link para a notícia no jornal da cidade. Apenas uma pessoa comentou a notícia.

As fotos lá no alto dizem tudo. Sem mais.

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JÁ QUE É NA CHINA…

SÃO PAULO (moderno demais) – Já tinham me mandado isso, mas aproveitemos o fim de semana chinês para mostrar, afinal. Ói o trem que não para na estação, que genial. É projeto, ainda. E genial numas, também. Esse treco economiza tempo e energia e tal, em termos de engenharia é um espetáculo. Mas precisam mesmo acabar com o ritual de um trem parar na estação, abrir suas portas, o apito soar? Ainda bem que se isso um dia existir, nunca vai chegar aqui, nem na Europa, onde não tem espaço para essas coisas. Mas vale pela curiosidade.

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REFORÇO ARGENTINO

SÃO PAULO (só crescendo) – Estreou hoje no Grande Prêmio a coluna Carrera, do argentino Bruno Tarulli, que vai falar sobre o automobilismo aí do lado, onde se leva corrida a sério. É mais um grande reforço ao nosso time de colunistas que terá, ainda, mais novidades nos próximos dias.

Deu para perceber que estamos ampliando bem a área de colunas porque julgamos que hoje, com a quantidade infinita de informações circulando pela internet, é importante termos referências que possam orientar os leitores em seus julgamentos e análises. A internet despeja muita coisa no ar e é difícil acompanhar tudo. As colunas, de certa forma, organizam essa deliciosa (e muitas vezes perigosa) bagunça geral.

A página de colunas do Grande Prêmio está aqui. E é claro que queremos saber o que vocês estão achando.

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MAO AÍ (1)

SÃO PAULO (lindo, o dia) – A sexta-feira começou embaçada em Xangai, na acepção da palavra. Tempo feio, névoa misturada com poluição, aquele cenário cinzento com arquibancadas monumentais nem às moscas, que tinham mais o que fazer.

Do primeiro treino não dá para dizer muito, porque o asfalto esteve úmido na maior parte do tempo. No segundo, já com o asfalto seco, Schumacher fechou a sessão (e o dia) com a melhor volta, 1min35s973. Foi 0s172 mais rápido que Hamilton, o segundo. A Red Bull deu sinal de vida com Tião em terceiro e seu companheiro marsupial em quarto. Rosberguinho em quinto e Button em sexto fecharam o grupo restrito às três grandes da atualidade. Pelo menos em treinos, porque a Mercedes, em corrida, é meia-boca pacas.

A propósito, vale ver a tabela de Trapos de Velocidade do primeiro dia de treinos. Vejam como a Mercedes é bem mais rápida de reta que todo mundo. São os buracos e tubos. Funcionam muito quando a asa móvel pode ser usada à vontade.

A Ferrari, que lidera o campeonato com Alonso, voltou à vaca fria. O espanhol foi o décimo, 1s343 atrás do alemão, e Massa ficou em 17°, a 2s320 do líder. Quase um segundo, de novo, para o espanhol. Senninha foi o 18° e também ficou atrás do parceiro, Mal-Danado, o 16°.

É claro, óbvio, evidente e desnecessário dizer que sexta é sexta e tal. Dá apenas algumas pistas. E elas apontam na direção de uma Mercedes rápida em classificação por causa de sua tubulação embutida, uma McLaren idem e uma Red Bull disposta a não permitir que os adversários disparem na frente. Bom lembrar que Hamilton perderá cinco posições no grid por troca de câmbio (que será levada a cabo antes do terceiro treino livre), ele que fez as duas poles do ano até aqui.

Olho na Sauber também neste fim de semana. Está com cara de que pode aprontar, como na Malásia. Mas é bom que o Mito Koba se mexa, porque o Malagueta Pérez anda acelerando além da conta. Previsão é de sol para sábado e chuva para domingo. Vi isso em algum lugar.

Voltamos mais tarde com a tecla SAP, caso a turma tenha caprichado nas declarações.

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CONFIRMOU

SÃO PAULO (quero só ver) – A FIA, do alto de sua soberba, cagando e andando para a real situação de um país que oprime e agride seu povo, confirmou a realização do GP do Bahrein para o dia 22. Não quer nem saber. Diz que tem garantias e que seus arapongas estão monitorando a situação na ilhota desde o ano passado, recebendo relatos de empresários, autoridades, xeques e califas.

Tomara que não aconteça nada. As equipes e os pilotos, claro, vão se calar. Ninguém tem a menor noção da importância política que teria um boicote, uma recusa, em nome da população barenita, brutalmente reprimida por uma monarquia absolutista que está no poder há mais de dois séculos, com o apoio da Arábia Saudita.

Mais uma vergonha na lista de muitas que a F-1 acumula. E não se iludam. Os que protestam há mais de um ano vão protestar. E a repressão será violenta. Não sei se saberemos de alguma coisa. Mas que o pau vai comer, vai.

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BRAZUQUINHAS

SÃO PAULO (tem um ali que conheço bem…) – Vejam que legais as fotos e a mensagem enviadas pelo Thiago Dantas Lima. Os carros, vocês é que têm de identificar. São todos personagens da história do automobilismo nacional.

Me chamo Thiago Dantas Lima (conhecido no meio dos colecionadores como Thiago Nacionais), tenho 30 anos e sempre fui apaixonado por carros, principalmente os fabricados em nossa terra. Desde criança ficava fascinado com as miniaturas e não me conformava de não ter para brincar carros iguais aos que eu via nas ruas. Por isso, quando comecei a colecionar de verdade, resolvi me dedicar somente aos nacionais. Hoje a coleção passa dos 300 modelos nas escalas 1/18, 1/43 e 1/64. Resolvi então partir para os carros de corrida, resgatando a história do nosso automobilismo. Até agora tenho 36 modelos prontos, de várias marcas que são customizadas, além de algumas compradas prontas da Automodelli, Ixo e Spark. Quem faz a customização pra mim é o amigo de Curitiba Ervino Haupt Jr.

Aí estão os 36. Tem um aí que precisa atualizar a pintura, ou fazer outro, o que seria ainda mais legal…

 

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