SEM KUBICA

SÃO PAULO (acelerando aqui)Kubica não volta “no começo de 2012”, de acordo com a Renault e com o próprio. A informação é oficial e ele será mantido sob contrato, com uma equipe a postos em simuladores e um carro de fórmula para que ele possa fazer sua recuperação, quando tiver condições de dirigir. É algo demorado e, infelizmente, difícil de ser revertido em se tratando de F-1. As exigências físicas são muitas.

A Renault, futura Lotus, vai agora formar sua dupla para o ano que vem. Grosjean, Bruno Senna, Petrov e Barrichello lutam pelas duas vagas. Quem pagar mais leva. Victor Martins informa em seu blog que Rubens está atrás de patrocinadores. Visitou a Nestlé ontem.

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VALE A PENA

SÃO PAULO (mas não é fácil) – O Victor Martins, em nome de toda a equipe da Revista WARM UP, acaba de ser premiado pela ACEESP, Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo, como melhor repórter de imprensa escrita em 2011.

Salvo engano, é a primeira vez na história do Troféu Ford-ACEESP que um prêmio para mídia escrita é concedido a uma publicação eletrônica, como nossa revista, e sai do ambiente natural desses prêmios, que são os jornais. Ainda mais quando se trata de esporte. Os grandes jornais de São Paulo, mais os diários esportivos nacionais que circulam no Estado, costumam ganhar essas láureas por conta de suas grandes equipes de produção e, obviamente, pela prioridade dada ao futebol, que tem um público muito maior que o automobilismo.

Por isso, é um enorme feito do Victor e do time da WARM UP essa conquista de 2011. Inscrevemos duas reportagens para a análise da comissão julgadora: a da unificação dos títulos mundiais considerando a era pré-Fórmula 1 e a do doping no automobilismo, tendo como gancho o caso de Tarso Marques escondido pela Stock, pela CBA e pelo piloto. Foi essa que ganhou, publicada em abril deste ano após mais de seis meses de investigações.

A gente faz jornalismo sério. Mal-humorado, às vezes. Sarcástico, ácido, pentelho. A gente cobra, critica, aponta o dedo. Chamem do que quiserem o jornalismo que fazemos. Mas nunca se esqueçam de que é jornalismo. Voltado para um setor pouco relevante para a maioria das pessoas, o automobilismo, mas jornalismo.

Seriedade que não nos rende muita coisa no meio — a mais recente é um processo que pode acabar com minhas finanças já combalidas; o único, diga-se, que sofri em quase 30 anos de estrada. Nos veem com antipatia, raiva, algum desprezo. “Tem muita gente que te odeia”, me disse o Massa hoje lá na Granja. Felipe não é um deles. Mas rende o que é mais importante para quem abraçou esta profissão: respeito de quem nos lê.

Como vocês sabem, este blog deixou o iG recentemente. O portal, que hoje pertence à Oi, está passando por uma vasta reformulação e dela faz parte, também, o fim da parceria que deu origem ao Grande Prêmio no final de 1999. Ela tem data para terminar, em meados de janeiro do ano que vem. O destino do site é incerto. Até agora não falei disso publicamente, mas é uma boa hora. Infelizmente o mercado publicitário ainda reluta em investir em internet, e muitos anunciantes que atuam mais fortemente no automobilismo não gostam muito do nosso jeito de fazer jornalismo. Talvez por isso mesmo, porque fazemos jornalismo, e não promoção de eventos. Não somos amiguinhos de ninguém, raramente somos convidados para almoços e convescotes, porque os anfitriões acreditam que não existe almoço de graça, e nós não. Além do mais, o mercado publicitário não curte produtos baratos. Dão trabalho, e é mais fácil empurrar uma cota milionária anual no lombo de alguma empresa grande para morder uma gorda comissão do que trabalhar no varejo de uma mídia como a internet, pensando possibilidades, estudando alternativas.

Estamos lutando para sobreviver em 2012. Não será fácil, mas estamos lutando. Um prêmio como o concedido hoje ao Victor e à WARM UP não vai mudar muito essa realidade, mas para nós vale muito. Vale para que a gente tenha reforçada, dia a dia, a certeza absoluta de que o único caminho decente e aceitável neste ofício é a honestidade.

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UAU

SÃO PAULO (vai chover domingo) – Gente do céu, deem uma olhada nessa pista aí em cima. As imagens são de 1986, corrida na antiga Alemanha Oriental — que tinha, como se vê, um automobilismo mais vigoroso que o Brasil hoje. O circuito foi usado pela primeira vez em 1923 e se chama Schleizer Dreieck. Tinha quase 8 km, mas andou sendo reduzido. Uma Spa da DDR, inacreditável. E vejam a quantidade de gente assistindo à corrida de formulinhas. Onde será que andam esses carros? Pelo jeito, usavam motor de Lada 1.300 cc. Quem mandou o vídeo foi o velho e bom Humberto Corradi.

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“GOOD JOB, MAN!”

SÃO PAULO– Fomos correr de kart hoje na Granja Viana, a convite da Ferrari. 25 jornalistas, mais um certo Phillip Massa, titular da equipe e 10 kg mais magro que eu.

Muito bem.

É possível que as imagens já estejam correndo na internet, porque quando acabou a corrida dei um tapão nele e disse “good job, man!”. Depois fui reclamar na torre de atitude antidesportiva, mas não encontrei a torre. Restou-me almoçar com o indigitado. Ainda ganhei um boné e uma medalha. Vou sortear o boné e guardar a medalha, chapiscada com o sangue de meu esforço e dedicação.

Mas perdi a corrida.

Foi assim. Entrei como favorito absoluto, mesmo com a presença de Massa no grid. Fui mal nos treinos livres, virando 1min07s50 na minha melhor volta. O mais rápido, Rafael Munhoz, da “Racing”, enfiou quase 2s “nimim”. Mas na classificação baixei para 1min05s99 e fiquei em quinto. Quarto, na verdade, porque Phillip virou 1min03s e alguma coisa, mas foi punido porque estava rápido demais e largou em último.

Na minha frente, no grid, Munhoz, Alexander Wurz e Tico-Tico. Como sempre, larguei esplendidamente e coloquei-me atrás de Munhoz e Wurz, porque uma hora eles iam fazer alguma cagada e eu ganharia fácil. Sou uma espécie de Prost, inteligente e cerebral, mas um pouco mais arrojado.

Aí aconteceu o momento dramático, estapafúrdio, inominável. Na altura da terceira ou vigésima volta, não lembro direito. No final da reta principal, molhada, eu fazendo um traçado próximo do perfeito, chego na freada e sou atingido por trás. Enquanto rodava, gritava pelo rádio: “Quem foi? Quem foi? Avisem os comissários! Peguem o vídeo! Coloquem no YouTube, no Facebook e no Twitter! No Orkut não precisa, ninguém mais vê essa merda!”. Meu engenheiro não respondeu nada.

Estávamos a mais ou menos 290 km/h. E o piloto que me tocou ainda olhou dentro da minha viseira e deu uma gargalhada. Usava um capacete amarelo e verde e um macacão vermelho. O sacripanta foi embora e resignei-me. “Hamilton tem razão”, pensei. Comecei a remar tudo de novo. Lá na frente, como eu previa, Munhoz e Wurz se enroscaram. Cheguei novamente nos dois, mas começou a chover e aí foi um desastre. Meu acerto era para clima úmido-com-possibilidade-de-leve-garoa-vinda-do-leste, e choveu pra cacete. Não parei mais na pista.

O piloto do capacete verde e amarelo chegou a me encontrar novamente. “Phillip is faster than you”, me avisou o engenheiro pelo rádio, ao que respondi “e eu com isso?”. Aí ele me passou com alguma dificuldade.

Terminei em sexto. Maça, ou Massa, não sei direito quem é, o piloto que aniquilou minhas chances de uma vitória épica, ganhou. A segunda posição foi do azarão Lucas Santinho, do site Tazio, que aproveitou quando Munhoz e Wurz se tocaram e passou os dois. Ainda terminei atrás de Tico-Tico.

A melhor volta do dia foi desse rapaz, Maça, 1min03s799. Seu kart, aparentemente, tinha dois motores. A segunda melhor foi minha, 1min05s098. O que prova, sem sombra de dúvidas, que eu merecia ganhar.

Quando acabou a corrida fui para o cercadinho da imprensa, dei um tapão nele e falei “good job, man!”. As câmeras da BBC e da ESPN captaram tudo. Sei que na ESPN vai ao ar no Bate-Bola, se der tempo, e no Sportscenter, com certeza.

Massa, ou Maça, parece que tem uma corrida em Interlagos domingo. Mas existe a chance de, antes, cassarem a superlicença dele assim que as imagens chegarem à FIA.

Este é o piloto que acabou com a minha corrida. Se chama Phillip, é meio baixinho e anda sempre de boné. Qualquer notícia sobre seu paradeiro, favor me informar ou ligar para o disque-denúncia, 181. Garantimos o sigilo aos informantes e ainda damos um brinde.
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AULINHA

SÃO PAULO (semana cheia) – Doze minutinhos com o Meianov sendo caçado implacavelmente pelo Passat do Mário Bove sábado em Londrina. E a melhor largada do mundo de camarote… Notem pela janelinha que mostra as luzes vermelhas se acendendo e apagando que o Ladinha sai até um pouquinho atrasado.

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FOTOS, FOTOS, FOTOS!

SÃO PAULO (quando é a próxima?) – O Rodrigo Ruiz e o Tarso Marques (que não é aquele) já colocaram todas as fotos da nossa aventura em Londrina no fim de semana. Para saber tudo que aconteceu nos três dias, é só clicar aqui e ver os quatro álbuns (sexta, sábado, domingo e bastidores). Para variar, trabalho de primeiríssima da dupla. Escolhi uma foto a esmo, só para ilustrar a nota.

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EXPLICADO

SÃO PAULO (será que ninguém viu?) – Encontrei hoje o impagável Milton Neves aqui no prédio e ele confirmou: Neymar jogou na Portuguesa. A foto aí embaixo, de janeiro de 2006, mostra o craque do Santos prestes a completar 14 anos numa das equipes das categorias de base da Lusa. Ele é amigo dos filhos do presidente do clube, Manuel da Lupa. A história está aqui, no site Terceiro Tempo. Claro que isso explica por que o menino joga direitinho.

Milton, aliás, estreia hoje seu site e blog no portal BOL, depois de alguns anos no iG — onde fomos parceiros por bastante tempo. O BOL, que andava meio adormecido, está sendo relançado pelo Grupo Folha, também responsável pelo UOL. Boa sorte a ele.

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SUPERLARGADA

SÃO PAULO (impressionante) – Vídeos de cinegrafistas amadores tomados em Londrina nas nossas duas corridas da Classic Cup estão ajudando a tirar qualquer dúvida sobre as calúnias e difamações espalhadas pelos decadentes Marcelo Giordano e Rogério Tranjan a respeito das largadas do Meianov. As imagens acima comprovam que na primeira bateria o que houve foi uma reação estupenda do piloto, calculada em 0s00004 pelos computadores e ampulhetas da TAG-Heuer. Não tenho culpa se largo bem. Reparem aos 31s do vídeo, do lado esquerdo do parabrisa do Meianov, que o reflexo das cinco luzes vermelhas desaparece e o automóvel parte imediatamente. Pelo som claro e cristalino do vídeo, percebe-se igualmente que o pole-position Antonio Chambel largou aos 24s. Ele sim, ao que parece, antecipou-se ao apagar das luzes.

Depois deste vídeo eslcarecedor, considero encerradas as discussões sobre o tema. E sugiro aos decadentes Tranjan e Giordano que procurem oftalmologistas ou geriatras.

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QUEM QUER?

SÃO PAULO (lindona) – Lembram da miniatura da Miss Universe que ganhei na semana passada do Daniel Granja? Pois ele informa que o nome do artista é Irauí Alves. “Ele faz qualquer carro. Basta enviar uma foto. Na minha coleção de miniaturas já tem Belcar, Vemaguet, Fissore, Candango e Corcel I. Dentro de alguns dias buscarei minha Universal e o Passat. Todos eles perfeitos”, conta o Granja. As miniaturas são de madeira.

Então, seguem os contatos do Irauí: [email protected], telefone (11) 2412 6743

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HIGHLANDER II

SÃO PAULO (e quem sai?) – Essa pegou todo mundo de surpresa. Pedro de la Rosa foi anunciado como titular da Hispania pelos próximos dois anos. A gente nem lembrava que ele existia! Aos 40 anos, o espanhol passou a maior parte de sua carreira testando carros para a McLaren. Interminável…

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