FIM DE FEIRA (1)

SÃO PAULO (chegamos) – A equipe do Grande Prêmio acaba de se instalar no autódromo. Dia bonito, temperatura agradável, arquibancada nova bonita e campeões brasileiros na sala de imprensa.

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RÁDIO BLOG

Doze minutos do som mais gostoso do mundo. Já dirigi esse carro do meu amigo Martin. É o DKW mais rápido que já vi. Tem motor de F-3 dos anos 60 (na Europa, a F-3 já foi disputada com motores 1.0). Uma coisa.

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INACREDITÁVEL

SÃO PAULO (há limites) – Não é possível que os pais desse menino assistam a isso e fiquem quietos. Ou mesmo o Ministério Público. Ou seus amigos, namorada, sei lá. Rodrigo Otero mandou.

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MAIS DE ONTEM

SÃO PAULO (vou acabar com a carreira dele!) – Julgo relevante seguir no tema de ontem, a sutil batida de que fui vítima em prova de kart que contou com jornalistas e um piloto de F-1, Philippo Dahora. Vamos primeiro avaliar as fotos do Ney Messi, primo-irmão de Lionel, começando com essa aí embaixo.

Nota-se a elegância do piloto, o estilo limpo e arrojado ao mesmo tempo. A forma como ataca a zebra, a maneira de empunhar o volante, o olhar fixo no objetivo final, a vitória, mas não a qualquer custo. O número 27, escolhido pela própria Ferrari, era uma homenagem a Gilles Villeneuve, um de seus maiores nomes, a quem o time italiano decidiu celebrar entregando-o ao piloto que mais se assemelhava a ele entre os participantes — pelo modo de guiar, pelo carisma e pela fluência em francês quebequiano e italiano sardo.

Agora atentem para o instantâneo abaixo.

Avisado pelo rádio da aproximação de Philipp Dahora, abaixei a cabeça temendo ser atingido por um taco de beisebol ou por algum artefato bélico que pudesse estar embutido no kart que vinha atrás. Se vocês repararem bem, a mão direita de Dahora está prestes a largar o volante para alcançar o que se supunha ser uma Glock Gen4, oculta sob o tanque de gasolina.

Ciente de que poderia ser abatido, decidi manter minha trajetória para tornar-me um mártir de reputação inatacável, já que qualquer movimento de defesa poderia ser interpretado pelos comissários como atitude hostil.

O fim dessa história é conhecido e ganhou manchetes no mundo inteiro. O portal Terra, indignado, chamou Fillipo de “sujo”. Já o portal da emissora oficial da F-1, o Globoesporte.com, preferiu dar destaque à minha excepcional (de novo) largada, aos 30s deste vídeo que poupou Phillip de maiores críticas. Vejam como o #27 busca o terceiro lugar nos primeiros metros como um míssil soviético. Por fim, a ESPN, emissora claramente simpática ao piloto da Ferrari, foi obrigada a colocar no ar imagens captadas por celulares que provam que Phillippo me “jurou” antes da corrida, quando eu já me encontrava amarrado no cockpit, pronto para vencer.

A FIA vai receber essas imagens hoje mesmo. Vou mandar para o Hamilton, também.

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#20 NO AR

SÃO PAULO (e tá bem boa!) – A edição #20 da agora premiada Revista WARM UP está no ar, às vésperas do 40° GP do Brasil de F-1 (a 41ª corrida da categoria no país, contando a de Brasília em 1974; duas não válidas pelo Mundial, portanto, porque a primeira, de 1972, não contou pontos).

Destaques da edição 20
– GP do Brasil, 40: apesar de não ter a pompa e o luxo dos novos autódromos, Interlagos é tradição e se mantém intacta no calendário da F-1

– O que vale mais, a GP2 ou a World Series: uma análise completa das duas categorias que têm servido à F-1 os mais jovens pilotos

– Por trás das corridas: como é feita a preparação dos GPs de F-1, aqui e lá fora – tem até ator indiano como comissário

– Mario Haberfeld mostra seu novo projeto de vida: defender as onças-pintadas na Amazônia

– Fernando Rees: e Bruno Senna, segue ou não na Lotus em 2012?

Para ler e/ou baixar para seu computador, é só clicar aqui.

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SEM KUBICA

SÃO PAULO (acelerando aqui)Kubica não volta “no começo de 2012”, de acordo com a Renault e com o próprio. A informação é oficial e ele será mantido sob contrato, com uma equipe a postos em simuladores e um carro de fórmula para que ele possa fazer sua recuperação, quando tiver condições de dirigir. É algo demorado e, infelizmente, difícil de ser revertido em se tratando de F-1. As exigências físicas são muitas.

A Renault, futura Lotus, vai agora formar sua dupla para o ano que vem. Grosjean, Bruno Senna, Petrov e Barrichello lutam pelas duas vagas. Quem pagar mais leva. Victor Martins informa em seu blog que Rubens está atrás de patrocinadores. Visitou a Nestlé ontem.

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VALE A PENA

SÃO PAULO (mas não é fácil) – O Victor Martins, em nome de toda a equipe da Revista WARM UP, acaba de ser premiado pela ACEESP, Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo, como melhor repórter de imprensa escrita em 2011.

Salvo engano, é a primeira vez na história do Troféu Ford-ACEESP que um prêmio para mídia escrita é concedido a uma publicação eletrônica, como nossa revista, e sai do ambiente natural desses prêmios, que são os jornais. Ainda mais quando se trata de esporte. Os grandes jornais de São Paulo, mais os diários esportivos nacionais que circulam no Estado, costumam ganhar essas láureas por conta de suas grandes equipes de produção e, obviamente, pela prioridade dada ao futebol, que tem um público muito maior que o automobilismo.

Por isso, é um enorme feito do Victor e do time da WARM UP essa conquista de 2011. Inscrevemos duas reportagens para a análise da comissão julgadora: a da unificação dos títulos mundiais considerando a era pré-Fórmula 1 e a do doping no automobilismo, tendo como gancho o caso de Tarso Marques escondido pela Stock, pela CBA e pelo piloto. Foi essa que ganhou, publicada em abril deste ano após mais de seis meses de investigações.

A gente faz jornalismo sério. Mal-humorado, às vezes. Sarcástico, ácido, pentelho. A gente cobra, critica, aponta o dedo. Chamem do que quiserem o jornalismo que fazemos. Mas nunca se esqueçam de que é jornalismo. Voltado para um setor pouco relevante para a maioria das pessoas, o automobilismo, mas jornalismo.

Seriedade que não nos rende muita coisa no meio — a mais recente é um processo que pode acabar com minhas finanças já combalidas; o único, diga-se, que sofri em quase 30 anos de estrada. Nos veem com antipatia, raiva, algum desprezo. “Tem muita gente que te odeia”, me disse o Massa hoje lá na Granja. Felipe não é um deles. Mas rende o que é mais importante para quem abraçou esta profissão: respeito de quem nos lê.

Como vocês sabem, este blog deixou o iG recentemente. O portal, que hoje pertence à Oi, está passando por uma vasta reformulação e dela faz parte, também, o fim da parceria que deu origem ao Grande Prêmio no final de 1999. Ela tem data para terminar, em meados de janeiro do ano que vem. O destino do site é incerto. Até agora não falei disso publicamente, mas é uma boa hora. Infelizmente o mercado publicitário ainda reluta em investir em internet, e muitos anunciantes que atuam mais fortemente no automobilismo não gostam muito do nosso jeito de fazer jornalismo. Talvez por isso mesmo, porque fazemos jornalismo, e não promoção de eventos. Não somos amiguinhos de ninguém, raramente somos convidados para almoços e convescotes, porque os anfitriões acreditam que não existe almoço de graça, e nós não. Além do mais, o mercado publicitário não curte produtos baratos. Dão trabalho, e é mais fácil empurrar uma cota milionária anual no lombo de alguma empresa grande para morder uma gorda comissão do que trabalhar no varejo de uma mídia como a internet, pensando possibilidades, estudando alternativas.

Estamos lutando para sobreviver em 2012. Não será fácil, mas estamos lutando. Um prêmio como o concedido hoje ao Victor e à WARM UP não vai mudar muito essa realidade, mas para nós vale muito. Vale para que a gente tenha reforçada, dia a dia, a certeza absoluta de que o único caminho decente e aceitável neste ofício é a honestidade.

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UAU

SÃO PAULO (vai chover domingo) – Gente do céu, deem uma olhada nessa pista aí em cima. As imagens são de 1986, corrida na antiga Alemanha Oriental — que tinha, como se vê, um automobilismo mais vigoroso que o Brasil hoje. O circuito foi usado pela primeira vez em 1923 e se chama Schleizer Dreieck. Tinha quase 8 km, mas andou sendo reduzido. Uma Spa da DDR, inacreditável. E vejam a quantidade de gente assistindo à corrida de formulinhas. Onde será que andam esses carros? Pelo jeito, usavam motor de Lada 1.300 cc. Quem mandou o vídeo foi o velho e bom Humberto Corradi.

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“GOOD JOB, MAN!”

SÃO PAULO– Fomos correr de kart hoje na Granja Viana, a convite da Ferrari. 25 jornalistas, mais um certo Phillip Massa, titular da equipe e 10 kg mais magro que eu.

Muito bem.

É possível que as imagens já estejam correndo na internet, porque quando acabou a corrida dei um tapão nele e disse “good job, man!”. Depois fui reclamar na torre de atitude antidesportiva, mas não encontrei a torre. Restou-me almoçar com o indigitado. Ainda ganhei um boné e uma medalha. Vou sortear o boné e guardar a medalha, chapiscada com o sangue de meu esforço e dedicação.

Mas perdi a corrida.

Foi assim. Entrei como favorito absoluto, mesmo com a presença de Massa no grid. Fui mal nos treinos livres, virando 1min07s50 na minha melhor volta. O mais rápido, Rafael Munhoz, da “Racing”, enfiou quase 2s “nimim”. Mas na classificação baixei para 1min05s99 e fiquei em quinto. Quarto, na verdade, porque Phillip virou 1min03s e alguma coisa, mas foi punido porque estava rápido demais e largou em último.

Na minha frente, no grid, Munhoz, Alexander Wurz e Tico-Tico. Como sempre, larguei esplendidamente e coloquei-me atrás de Munhoz e Wurz, porque uma hora eles iam fazer alguma cagada e eu ganharia fácil. Sou uma espécie de Prost, inteligente e cerebral, mas um pouco mais arrojado.

Aí aconteceu o momento dramático, estapafúrdio, inominável. Na altura da terceira ou vigésima volta, não lembro direito. No final da reta principal, molhada, eu fazendo um traçado próximo do perfeito, chego na freada e sou atingido por trás. Enquanto rodava, gritava pelo rádio: “Quem foi? Quem foi? Avisem os comissários! Peguem o vídeo! Coloquem no YouTube, no Facebook e no Twitter! No Orkut não precisa, ninguém mais vê essa merda!”. Meu engenheiro não respondeu nada.

Estávamos a mais ou menos 290 km/h. E o piloto que me tocou ainda olhou dentro da minha viseira e deu uma gargalhada. Usava um capacete amarelo e verde e um macacão vermelho. O sacripanta foi embora e resignei-me. “Hamilton tem razão”, pensei. Comecei a remar tudo de novo. Lá na frente, como eu previa, Munhoz e Wurz se enroscaram. Cheguei novamente nos dois, mas começou a chover e aí foi um desastre. Meu acerto era para clima úmido-com-possibilidade-de-leve-garoa-vinda-do-leste, e choveu pra cacete. Não parei mais na pista.

O piloto do capacete verde e amarelo chegou a me encontrar novamente. “Phillip is faster than you”, me avisou o engenheiro pelo rádio, ao que respondi “e eu com isso?”. Aí ele me passou com alguma dificuldade.

Terminei em sexto. Maça, ou Massa, não sei direito quem é, o piloto que aniquilou minhas chances de uma vitória épica, ganhou. A segunda posição foi do azarão Lucas Santinho, do site Tazio, que aproveitou quando Munhoz e Wurz se tocaram e passou os dois. Ainda terminei atrás de Tico-Tico.

A melhor volta do dia foi desse rapaz, Maça, 1min03s799. Seu kart, aparentemente, tinha dois motores. A segunda melhor foi minha, 1min05s098. O que prova, sem sombra de dúvidas, que eu merecia ganhar.

Quando acabou a corrida fui para o cercadinho da imprensa, dei um tapão nele e falei “good job, man!”. As câmeras da BBC e da ESPN captaram tudo. Sei que na ESPN vai ao ar no Bate-Bola, se der tempo, e no Sportscenter, com certeza.

Massa, ou Maça, parece que tem uma corrida em Interlagos domingo. Mas existe a chance de, antes, cassarem a superlicença dele assim que as imagens chegarem à FIA.

Este é o piloto que acabou com a minha corrida. Se chama Phillip, é meio baixinho e anda sempre de boné. Qualquer notícia sobre seu paradeiro, favor me informar ou ligar para o disque-denúncia, 181. Garantimos o sigilo aos informantes e ainda damos um brinde.
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AULINHA

SÃO PAULO (semana cheia) – Doze minutinhos com o Meianov sendo caçado implacavelmente pelo Passat do Mário Bove sábado em Londrina. E a melhor largada do mundo de camarote… Notem pela janelinha que mostra as luzes vermelhas se acendendo e apagando que o Ladinha sai até um pouquinho atrasado.

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